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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Transfiguração do Senhor-Jorge Lorente



Evangelhos Dominicais Comentados

06/agosto/2017 – Transfiguração do Senhor

Evangelho: (Mt 17, 1-9)
Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a sós para um monte alto e afastado. E transfigurou-se diante deles. Seu rosto brilhou como o sol e as roupas se tornaram brancas como a luz. Nisso, apareceram Moisés e Elias conversando com ele. Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Senhor, como é bom estarmos aqui! Se quiseres, levantarei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias”. Ele estava ainda falando quando uma nuvem brilhante os envolveu e da nuvem se fez ouvir uma voz que dizia: “Este é o meu Filho amado, de quem eu me agrado, escutai-o”. Ao ouvir a voz, os discípulos caíram com o rosto no chão e ficaram com muito medo. Jesus se aproximou, tocou-os e disse: “Levantai-vos e não tenhais medo”. Então eles ergueram os olhos, mas não viram mais ninguém, a não ser Jesus. Ao descerem do monte, Jesus ordenou-lhes: “Não conteis a ninguém o que vistes, até que o Filho do homem ressuscite dos mortos”.

Celebramos hoje a Transfiguração do Senhor. E, o evangelho retrata um acontecimento ocorrido seis dias depois que Jesus preveniu seus discípulos que deveria morrer. Pedro, porém, não quis aceitar esse fim. Pedro tinha suas razões. Como deixar morrer aquele que viera para salvar? Como lutar tanto e acabar derrotado pela morte?

Aproxima-se o momento em que Jesus será entregue aos malfeitores. Sua missão na terra está quase concluída. Sua paixão e morte estão muito próximas, no entanto, sua Ressurreição também está prestes a acontecer. 

É por isso que devemos nos alegrar! A Ressurreição é a vitória da Vida sobre a morte. Na Ressurreição está a certeza da vida eterna. A morte foi vencida, sofreu a sua maior derrota. A Vida Plena brotou através da Ressurreição.

Hoje os discípulos presenciam Jesus com o rosto brilhante como o sol e roupas brancas como a luz. Com sua transfiguração, Jesus quer mostrar a Pedro e para cada um de nós, que o caminho para a glória deve passar pelo calvário. A aparente derrota é só uma etapa para atingir a vitória.

O semblante resplandecente e as vestes luminosas simbolizam a presença de Deus na pessoa de Jesus. Este evangelho vem nos confirmar que quem tem Deus dentro de si tem um brilho forte que ilumina os ambientes. É um mensageiro cujo semblante, gestos e palavras irradiam a Verdadeira Luz.



No livro do Êxodo (13,21), uma nuvem luminosa protegia o povo de Israel no deserto. Esse era o sinal de que Deus acompanhava o seu povo. Quando Moisés recebeu as tábuas da lei (Ex 24,15-16), também o monte Sinai foi envolvido por uma nuvem simbolizando a Glória e a presença de Deus. A nuvem, que na transfiguração de Jesus envolve a todos, também é sinal da presença de Deus.

Em meio à nuvem, ou seja, em meio à Presença Gloriosa de Deus, os discípulos vêm Jesus conversando com Moisés e com Elias. Vejamos quem são eles: Moisés é aquele que entregou ao povo a Lei que recebeu de Deus. Elias é considerado como o primeiro dos profetas.

Para os israelitas, Moisés e Elias representavam todo Antigo Testamento, pois a Bíblia, para os judeus, se resumia na lei e nos profetas. Neste episódio, Moisés e Elias conversam com Jesus. Podemos dizer que esta cena representa o encontro do Antigo com o Novo Testamento.

Para confirmar que Jesus não é um simples legislador, ou apenas um profeta, Deus Pai apresenta seu Filho Predileto e deixa claro que, somente a Ele os discípulos devem dar ouvidos. A partir dai tudo assume um caráter novo, tudo converge para Jesus, Ele é a explicação e a realização da lei e dos profetas.

Pedro, assustado e percebendo a segurança que aquele local oferecia, tentando preservar o Mestre e, quem sabe, também a si próprio, propõe a construção de tendas para que fiquem ali.

Essa tentação de Pedro faz parte do nosso dia-a-dia. É mais cômodo e seguro fechar-se na tenda duma comunidade passiva, isolada e sem compromisso, sem se arriscar nem se expor na luta por mudanças, por justiça e paz.

No entanto, Jesus trata de desfazer essa ideia covarde e ordena que se levantem, que se organizem e que não tenham medo de sair pelo mundo para enfrentar os opressores, mesmo sabendo que encontrarão lágrimas, sofrimento e, até mesmo a morte, na difícil luta por um mundo pacífico e solidário.

(1501) 




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