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domingo, 31 de março de 2013

Cheia de Graça - Pe. Antônio G. Dalla


DIA 08 DE ABRIL

 Cheia de Graça

No Evangelho, a saudação do anjo a Maria nos faz entender
quem é o Filho de Maria (Lc 1,26-38)

O texto não um relato histórico, mas uma CATEQUESE,
destinada a proclamar certas realidades salvíficas:
- O Anúncio do nascimento de um menino é freqüente na Bíblia
e revela que ele é um dom de Deus...
- O Messias é pobre entre os pobres: Num povoado desconhecido da Galiléia...
A uma mulher virgem (para uma mulher judia não ter filhos era uma vergonha)
- O Diálogo do anjo a Maria:
   > "Ave Cheia de Graça": A Voz dos profetas na boca do anjo:
       Realizam-se todas as promessas: "Uma Virgem conceberá..."
   > Troca o nome: "Cheia de Graça":
      Quando Deus troca o nome, destina a uma missão.
   > Anúncio do nascimento confirma a profecia feita a Davi:
      Jesus é o Messias esperado, cujo reino será eterno.
   > Sobre Maria pousou a "sombra" do Altíssimo:
      O próprio Deus se tornou presente nela.
      É uma profissão de fé na divindade do filho de Maria.
   > "Eis aqui a serva...": Maria reconhece que Deus a escolheu,
      aceita com disponibilidade essa escolha e manifesta sua disposição
      de cumprir,com fidelidade o Plano de Deus;.

+ O que esta festa nos diz?

- Deus ama os homens e tem um projeto de vida plena para lhes oferecer.

- Como Deus intervém na história e concretiza essa oferta de salvação?
  A história de Maria responde:
  Através de pessoas atentas aos seus projetos e
  de coração disponível para o serviço dos irmãos,
  Deus atua no mundo, manifesta aos homens o seu amor
  e convida cada pessoa a percorrer
  os caminhos da felicidade e da realização plena.  

  - Os instrumentos de Deus na realização de seus planos?
  Deus age através de pessoas, independentemente de suas qualidades humanas.
  O que é decisivo é a disponibilidade e o amor
  com que acolhem e testemunham as propostas de Deus.

- Como responder aos apelos de Deus?
  Confrontada com os planos de Deus,
  Maria responde com um "Sim" total e incondicional,
  renunciando seu programa de vida e os seus projetos pessoais.

- Como Maria chegou a esta confiança incondicional em Deus?
. Com uma vida de diálogo, de comunhão, de intimidade com Deus.
. Deus ocupava o primeiro lugar e era a sua prioridade fundamental.
. Era uma pessoa de oração e de fé, que fez a experiência
  do encontro com Deus e aprendeu a confiar totalmente nele.

* No meio da agitação de todos os dias,
encontro tempo e disponibilidade para ouvir Deus,
para viver em comunhão com ele, para tentar perceber os seus sinais
nas indicações que ele me dá dia a dia?

Como você está se preparando para o Natal?

Imitar Maria na sua fidelidade à Vontade de Deus,
é o melhor caminho para um Natal mais cristão..

                                       Pe. Antônio G. Dalla Costa - 08.12.2009

A vida venceu a morte - Pe. Antônio



DIA 1º DE ARIL
A vida venceu a morte

Hoje celebramos a FESTA DA VIDA... O túmulo está vazio...
Cristo está vivo para sempre. Como Madalena, Pedro e João,
nós professamos a fé no Senhor ressuscitado.


No Evangelho, seguidores de Cristo procuram o Ressuscitado
e são convidados a manifestar a sua fé nele. (Jo 20,1-9)

- Maria Madalena, no "primeiro dia da semana" (ou de um novo tempo),
ainda "no escuro" procura no túmulo o Cristo morto.
Diante do túmulo vazio, pensa que haviam roubado o corpo do Senhor.
Mas quando ela o encontra, a fé desponta em seu coração.

* Ela representa a nova comunidade, que inicialmente acredita que a morte   
   triunfou e vai procurar Jesus morto no sepulcro. Diante do sepulcro vazio,  
   percebe que a morte não venceu e que Jesus continua vivo.

- Pedro, para quem a morte significava fracasso,
recusava aceitar que a vida nova passasse pela humilhação da cruz.
Para ele a Ressurreição de Jesus era uma hipótese absurda e sem sentido.
Com surpresa, ele viu o túmulo vazio e os panos dobrados...
Mas continuou "no escuro": "Viu e não creu".
* Ele representa o discípulo que tem dificuldade em aceitar
   que a vida nova passe pela humilhação da cruz.

- "O Discípulo que Jesus amava" (João), diante do sepulcro vazio,
Compreende os sinais e percebe que a morte não pôs fim à vida.
Descobre que Jesus está vivo. Por isso, ele "viu e acreditou".
É a primeira profissão de fé na Ressurreição.

* Ele representa o "discípulo ideal", que está em sintonia total com Jesus.
   É o paradigma do homem novo recriado por Jesus.
   O "Amor" conduz o discípulo pelo itinerário da fé...
* Por que não tem nome?
Para que cada um de nós possa incluir o eu nome e compreender o que deve fazer para ser como Jesus quer.
- E nós conseguimos ver apenas os sinais de morte como Pedro,
ou sabemos descobrir os sinais da Ressurreição?

- As Mulheres: abandonam depressa o lugar da morte e
correm para anunciar aos irmãos que Cristo está vivo.
* Representam os que acreditam na vitória da vida e
testemunham aos seus irmãos essa fé.

- Os Guardas: deixam-se corromper pelo dinheiro.
Simbolizam os que, por amor aos bens desse mundo,
preferem mais a mentira do que a Verdade, mais a morte do que a Vida.

+ PÁSCOA: É o maior acontecimento celebrado pela Igreja, na Liturgia.
- Mas a Páscoa não é apenas um FATO PASSADO...
Cada festa Pascal é um novo apelo de Deus,
que nos convida a morrermos com Cristo,
a nos separarmos do homem velho do pecado,
a fim de nos revestirmos do homem novo e
ressurgir para uma vida nova na graça e na santidade.
- A Páscoa não é apenas UM DIA DO ANO...
É um processo permanente que deve acontecer dentro de nós.
Todos os dias o cristão celebra a Páscoa, quando combate o homem velho
do pecado, para se revestir do homem novo, em Cristo.

TODO DOMINGO, revivendo os mistérios pascais na Eucaristia,
deve ser um momento forte dessa Páscoa, que parece não ter fim...

Prezado irmão, desejo-lhe uma FELIZ PÁSCOA...
não é a de um Cristo morto, perdido no passado,
mas sim de um Cristo vivo, glorioso, atual,
que faz vibrar o seu coração e dar um sentido novo ao seu viver...
Que assim seja!...         
 
                                             Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa -31.03.2013

Acreditar em Jesus tornou-se um grande desafio -Alexandre Soledade




Bom dia! Feliz Páscoa!
Como diria um padre que conheço: “ESSE MUNDO AINDA PAGA PARA QUE NÃO OUÇAMOS OU ACREDITEMOS EM JESUS”.
Acreditar em Jesus em alguns momentos tornou-se um grande desafio em meio a tantas crenças e crendices que vemos crescer. São tantos pastores buscando dinheiro em troca de falsas promessas; são ainda tantos interesses econômicos, sociais e pessoais que precisam prevalecer, mas que para isso Jesus precisa estar morto (hunf).
Acreditar em Jesus torna-se um ato de coragem quando se renega a programação de TV focada no corpo e no hedonismo que alguns programas oferecem. Acreditar em Jesus tornou-se um “ato heróico” em meio a tanta gente que se elege usando valores cristãos em seus comícios e propagandas eleitorais, mas ao serem eleitos constroem leis para que Ele seja esquecido, apagado… Um estado laico que esquece que os funcionários, que o cidadão, que as pessoas, não são.
Acreditar em Jesus é hoje um ato de personalidade quando um jovem opta pela missa, por participar de uma pastoral, de uma ação social, (…) ao invés de preencher sua vida com o vazio das LAN HOUSES, dos relacionamentos online (MSN, ORKUT, FACEBOOK). Acreditar no testemunho dos apóstolos e viver o que diz o livro dos atos dos apóstolos é um caminho desafiador em um mundo que nos ensina desde pequeno a sermos egoístas e individualistas.
Mas a páscoa traz de volta a esperança – o grão de trigo renasce. Revela-se novamente que ter fé, uma crença, uma identidade, vale à pena. Renasce também quem já dava por perdido, desiludido ou desanimado. Como os apóstolos que se põem aos pés de Jesus e recebem um levante confiante e uma nova missão: “(…) Jesus disse: – Não tenham medo! Vão dizer aos meus irmãos para irem à Galiléia, e eles me verão ali”.
É um novo tempo de se encontrar.
“(…) Buscai o Senhor, já que ele se deixa encontrar; invocai-o, já que está perto. Renuncie o malvado a seu comportamento, e o pecador a seus projetos; volte ao Senhor, que dele terá piedade, e a nosso Deus que perdoa generosamente Pois meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não é o meu, diz o Senhor; “(Isaias 55, 6-8)
A grande gratificação do cristão é ano após ano ver suas forças renovadas. Saber que o que acreditamos venceu o maior dos nossos medos – a morte. Entender que o tempo do silêncio e introspectivo litúrgico passa e agora retorna a alegria dos gestos e cantos. Um tempo convidativo a sair pelo mundo em missão e convidar os irmãos. Um tempo de gritar, pular e louvar aquele que se fez pequeno e enalteceu os humildes. Alguém que vale toda a nossa luta e crença.
Os dias tristes passaram, mas sabemos que um dia voltarão, pois o inimigo (ou inimigos) do projeto de Deus não descansará. Esse inimigo procurará transformar pequenas contendas em grandes discussões; pequenas dificuldades em muralhas intransponíveis, coragem em medo, ânimo em preguiça, projetos e sonhos em grandes decepções, mas feliz será aquele que mesmo assim perseverar e se atrever, como Pedro, levantar a vós e acreditar.
“(…) Então Pedro se levantou, junto com os outros onze apóstolos, e em voz bem alta começou a dizer à multidão: Meus amigos judeus e todos vocês que moram em Jerusalém, prestem atenção e escutem o que eu vou dizer! Estas pessoas não estão bêbadas, como vocês estão pensando, pois são apenas nove horas da manhã. O que, de fato, está acontecendo é o que o profeta Joel disse: É isto o que eu vou fazer nos últimos dias diz Deus—: Derramarei o meu Espírito sobre todas as pessoas. Os filhos e as filhas de vocês anunciarão a minha mensagem; os moços terão visões, e os velhos sonharão. Sim, eu derramarei o meu Espírito sobre os meus servos e as minhas servas, e naqueles dias eles também anunciarão a minha mensagem”. (Atos 2, 14-18)
Viveremos agora a espera da festa de pentecostes, mas diferentemente de outros anos, não se esconda. Jesus cumpriu a promessa de vencer a morte, cumprirá quantas vezes for necessário o pentecostes em nossa vida.
Um imenso abraço fraterno.



A Páscoa é um êxodo - Padre Fernando Gross



Eis o que é a Páscoa: é o êxodo, a passagem do homem da escravidão do pecado, do mal, à liberdade do amor, do bem. Porque Deus é vida, somente vida, e a sua glória é o homem vivo (cf. Ireneu, Adversus haereses, 4, 20, 5-7).
Amados irmãos e irmãs, Cristo morreu e ressuscitou de uma vez para sempre e para todos, mas a força da Ressurreição, esta passagem da escravidão do mal à liberdade do bem, deve realizar-se em todos os tempos, nos espaços concretos da nossa existência, na nossa vida de cada dia. Quantos desertos tem o ser humano de atravessar ainda hoje! Sobretudo o deserto que existe dentro dele, quando falta o amor a Deus e ao próximo, quando falta a consciência de ser guardião de tudo o que o Criador nos deu e continua a dar. Mas a misericórdia de Deus pode fazer florir mesmo a terra mais árida, pode devolver a vida aos ossos ressequidos (cf. Ez 37, 1-14).
Eis, portanto, o convite que dirijo a todos: acolhamos a graça da Ressurreição de Cristo! Deixemo-nos renovar pela misericórdia de Deus, deixemo-nos amar por Jesus, deixemos que a força do seu amor transforme também a nossa vida, tornando-nos instrumentos desta misericórdia, canais através dos quais Deus possa irrigar a terra, guardar a criação inteira e fazer florir a justiça e a paz.
E assim, a Jesus ressuscitado que transforma a morte em vida, peçamos para mudar o ódio em amor, a vingança em perdão, a guerra em paz.
Abc amigo

: Alegremo-nos: Jesus ressuscitou e está no meio de nós, vitorioso para nos fazer também vencedores -Maria Regina.



SEGUNDA

Mateus 28,8-15



               As mulheres estavam com medo, por causa da sua limitação humana, mas correram com grande alegria para dar a notícia aos seus amigos. A alegria é o sinal que o cristão dá ao mundo da sua fé e esperança na ressurreição de Jesus. O medo é consequência da nossa limitação humana e é mais intenso na medida em que nós não conseguimos nos apoiar na fé e na esperança. A alegria e o destemor são sinais de que a nossa vida está guardada com Jesus e é a nossa motivação para também anunciar ao mundo a sua presença em nós.
              Jesus também vem a nós na hora que nós estamos temerosos  diante das coisas que ainda não entendemos e nos alenta: “Alegrai-vos, não tenhais medo; Ide anunciar”! Só podemos dar testemunho de que Jesus está vivo e faz vida em nós, quando vivemos realmente esses três mandatos de Jesus. A alegria é o primeiro sinal de uma vida em Deus; O destemor faz parte da vida do cristão, e anunciar o Evangelho é a missão de todos aqueles  que vivem em Cristo. O medo faz parte da nossa humanidade, porém, quando nós nos apropriamos da Palavra de Cristo e assumimos as suas promessas nós podemos atravessar o vale escuro sem nenhum temor.
             Tudo na vida passa e todas as dificuldades nós poderemos suportar em vista da alegria de ter uma vida interior renovada pela presença de Jesus dentro de nós. Alegremo-nos: Jesus ressuscitou e está no meio de nós, vitorioso para nos fazer também vencedores. Reflita – Você tem obedecido às ordens de Jesus? – Você cultiva a alegria? – O que o seu coração ainda teme? – Como você tem anunciado ao mundo a sua vida nova? – Você tem se apossado das promessas de Deus e confiando na Palavra de Cristo? – Então você já é um  vencedor.
Amém
Abraço carinhoso de
-Maria Regina

: A fé abre os nossos olhos e ouvidos para enxergar e escutar a Jesus que está muito próximo de nós -Maria Regina.



SÁBADO
Marcos 16,9-15


                                A fé em Jesus Cristo, a certeza de que Ele age e tem influência nas nossas ações, nos nossos sentimentos e no nosso testemunho de vida será como uma bandeira para que as pessoas a quem nós encontramos também tenham o desejo de experimentar a salvação. Maria Madalena anunciou a ressurreição de Jesus a Pedro e João, eles não acreditaram. Os discípulos de Emaús também saíram anunciando o encontro que tiveram com Cristo, mas os outros não lhes deram crédito.
                             Só acreditaram quando Jesus apareceu aos onze. Não é fácil também para nós acolher o mandado de Jesus: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o evangelho a toda a criatura,” enquanto não tivermos também um encontro pessoal, glorioso com a Sua Pessoa. Por isso, Jesus vem a nós a cada dia e quer se deixar encontrar na Eucaristia, na Palavra, na Oração. Todos nós poderemos ter esta experiência de fé com Jesus vivo e, assim, crendo, assumir o papel de anunciadores do Evangelho.
                        A fé abre os nossos olhos e ouvidos para enxergar e escutar a Jesus que está muito próximo de nós, nos traz a paz e sopra sobre nós o Seu Espírito Santo. Somente pelo poder do Espírito nós também nos tornamos anunciadores da Boa Nova de Jesus. Obedecendo a sua ordem nós também nos tornamos Seus discípulos e seguidores. Peçamos a Jesus ressuscitado que abra os nossos olhos e os nossos ouvidos do coração a fim de que tenhamos esta experiência forte com Ele. Que nós tenhamos o propósito de acreditar que Ele está vivo, muito perto de nós e que assim como aconteceu com outros nós possamos também “ir pelo mundo inteiro e anunciar o Evangelho a toda criatura”! Reflita – Faça hoje a sua profissão de Fé no Cristo morto e ressuscitado. – Reze com muita atenção o Creio em Deus Pai e vá se apossando da realidade mais concreta para o cristão: JESUS ESTÁ VIVO , AQUI!
Amém
Abraço carinhoso de
-Maria Regina

: A paz é fruto da justiça. Jesus é o Justo por excelência por isso Ele é o doador da Paz -Maria Regina



QUINTA

 Lucas 24,35-48


                    Os discípulos de Emaús não perderam tempo e foram dar aos outros a notícia do seu encontro com Jesus. Na mesma hora, como que para confirmar as suas palavras, Jesus apareceu-lhes e disse: “A paz esteja convosco!” Jesus mostrava-se a eles, marcado, cicatrizado, porém vivo e ressuscitado. Embora, alegres e surpresos, eles ainda tinham dúvidas no coração, mas Jesus os convidou a que tocassem nele e pediu-lhes algo para comer. Por meio das palavras e dos gestos de Jesus os discípulos começaram a entender o porquê de todos os acontecimentos. Assim, Jesus abriu-lhes a inteligência para compreenderem as Escrituras dando-lhes a paz e o entendimento de tudo quanto lhes dissera antes.    
                  Do mesmo modo acontece conosco: para que possamos compreender Jesus nós precisamos nos aproximar Dele, tocá-Lo e alimentarmo-nos com Ele. Quando temos uma experiência com Jesus e chegamos a tocar no Seu mistério de Amor por meio da Sua Palavra nós também alimentamos a nossa alma e temos a inteligência iluminada para compreendermos a obra que Ele quer realizar em nós. Na verdade, a primeira manifestação de que estamos tocando Jesus é o sentimento de paz que invade o nosso coração. Jesus vem também nos dizer que o sofrimento, a dificuldade, a aflição, são os acontecimentos próprios da nossa vida que nos trarão mais tarde a paz, o entendimento, a alegria da superação quando nos apoiamos e temos como exemplo a Sua Ressurreição.
                  A paz é fruto da justiça. Jesus é o Justo por excelência por isso Ele é o doador da Paz. Porém, a paz que Ele nos trouxe, Ele a conquistou, justamente, na Cruz. O Seu sofrimento e a Sua entrega foram por Amor, por Paixão. Reflita – Você agora entende melhor os acontecimentos que Jesus viveu? – E os acontecimentos da sua vida, você compreende-os? – Você sente essa paz que Jesus veio nos dar? – Ela acontece em você apesar das suas dificuldades? – Você tem mostrado isso na sua vida?
Amém
Abraço carinhoso de
-Maria Regina

: Jesus Cristo se faz presente no nosso caminho de uma maneira muito sutil e também muito simples -Maria Regina.



QUARTA
 lucas 24,13-35


                                Mergulhando na mensagem deste Evangelho nós concluímos que somos como os discípulos de Emaús: caminhamos absorvidos nas nossas dificuldades e não nos detemos para decifrar os enigmas da nossa vida a fim de comprovarmos que o Senhor ressuscitado está muito perto de nós. Não entendemos as coisas que nos ocorrem, nos apavoramos diante dos acontecimentos que nos tiram a tranqüilidade e, muitas vezes mergulhamos na tristeza e na desesperança. Parece até que chegamos ao final do nosso caminho e não temos mais para onde correr. “Como somos sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram!” Esta é a conclusão a que nós devemos chegar. A certeza de que realmente o Senhor ressuscitou e está muito perto de nós, porém, pode mudar toda a nossa compreensão diante dos fatos que nos tiram do sério.                                Jesus Cristo se faz presente no nosso caminho de uma maneira muito sutil e também muito simples. Precisamos estar atentos  para reconhecê-Lo! Quando nós, simplesmente meditamos na Sua Palavra nós podemos sentir a Sua presença ressuscitada; quando nós O contemplamos e O adoramos no Santíssimo Sacramento do Altar e nos deixamos banhar pela Sua Luz nós também desvendamos os mistérios da nossa existência; quando nós participamos de uma Celebração Eucarística e comungamos o Seu Corpo e o Seu Sangue nós distinguimos que algo mudou dentro de nós e que também o nosso coração arde mesmo que nada aconteça de extraordinário.
                              Assim sendo, nós também como os discípulos de Emaús somos motivados a dar a Boa Nova por onde passamos: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a mim”! Tudo está escrito e marcado no nosso coração! Nunca mais seremos os  mesmos– Você já pode sair anunciando isto por onde passar? – Você ainda continua olhando apenas para as coisas ruins da sua vida ou já percebeu que Cristo parte o pão para você? – Você se considera uma pessoa inteligente para desvendar os enigmas de Deus?
Abraço carinhoso de
-Maria Regina

: “Mulher,(homem) porque choras? A quem procuras?” Nós choramos por causa da nossa falta de fé e de confiança na Palavra do Senhor -Maria Regina.



TERÇA
João20,11-18


                            Impotente diante do que presenciava, Maria chorava angustiada. Ainda não passara pela sua mente o que Jesus já havia revelado aos seus discípulos: que morreria, mas no terceiro dia teria novamente a vida. Mesmo diante da presença dos anjos, mensageiros de Deus, Maria continuava lamentando: “Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram!” Maria não conseguia nem reconhecer o próprio Jesus, de pé, diante dela, pois estava centrada apenas na sua dor. Ela queria ter o corpo de Jesus morto, no entanto, Jesus estava vivo e ressuscitado perto dela. Maria é o nosso retrato quando nos deparamos com as situações “trágicas” da nossa vida.
                        Quando também nós só choramos e lamentamos sem perceber a presença d'Aquele que está muito junto de nós e nos questiona: e procuramos Alguém que está muito perto de nós e não O percebemos. Nós conhecemos as Escrituras, temos ciência das promessas de Deus, sabemos que Cristo ressuscitou e que nos deixou o Seu Espírito, mas choramos sem esperança, olhando somente para as “aparências”. Sofremos muitas vezes pela nossa incapacidade de “enxergar” as coisas de Deus. O mundo espiritual está tão perto de nós, e nós somos incapazes de percebê-lo, absortos que estamos em prestar atenção às coisas e as pessoas que nos rodeiam.
                        Como Maria Madalena, nós confundimos a presença de Jesus com a presença de “outras pessoas”. No entanto, já é tempo de percebermos a Sua presença viva e ressuscitada e ouvirmos realmente a sua voz que fala o nosso nome e nos envia a sairmos em disparada como fez Maria Madalena para anunciar a todos: “Eu vi o Senhor!” Reflita – Você continua chorando e lamentando as suas perdas? – Você tem consciência de que Jesus está vivo, muito perto de você? – Você já pode dizer: eu também vi o Senhor? – Você contou a sua experiência a alguém? – Jesus diz hoje para você: “não me retenhas” , não me queira só para si, vai dizer aos meus irmãos que estou vivo e com eles”.
Amém
Abraço carinhoso de
-Maria Regina

: “É o Senhor!”. Hoje, também, Jesus está muito perto de nós à beira da nossa vida -Maria Regina.



SEXTA
João 21,1-14


                         Jesus ressuscitado aparece pela terceira vez diante dos seus discípulos. Dessa vez Ele os encontrou na beira do mar, tristes e acabrunhados pelo fracasso da pesca que haviam tentado fazer. “Não pescaram nada naquela noite e já tinha amanhecido”. Como das outras vezes, eles não reconheceram Jesus quando Ele lhes pediu de comer e lhes mandou que lançassem a rede à direita da barca. Somente depois que eles viram o milagre acontecer foi que reconheceram a Jesus e disseram: “É o Senhor!”. Hoje, também, Jesus está muito perto de nós à beira da nossa vida, nos pede de comer e nos manda lançar a rede de outro modo, de um jeito novo, do contrário do que nós sempre temos feito.
                         Ele sabe precisamente do que nós precisamos pescar e nos dá as dicas, porém continuamos envolvidos com a nossa “falta de sorte” e não ouvimos o que Ele fala para direcionar a nossa caminhada. Perdemos as oportunidades e a hora da graça passa. Pergunte a Jesus qual o lado certo para você lançar a sua rede, REFLITA – O que você precisa fazer diferente? – Peça para que Ele lhe mostre a vida nova, o novo jeito de viver e ser feliz! – Você tem certeza de que está fazendo as coisas da maneira que Jesus quer?
Amém
Abraço carinhoso de
-Maria Regina

: Colocar as mãos nas chagas de Jesus para nós, muitas vezes é viver o sofrimento e experimentar a dor. -Maria Regina



DOMINGO DIA 07 DE ABRIL
João 20,19-31


                    A primeira mensagem que Jesus deu aos Seus discípulos quando lhes apareceu depois de ressuscitado foi de paz. Neste Evangelho, por três vezes Jesus anunciou a paz aos Seus discípulos que, ainda temerosos, se reuniam a portas fechadas. Jesus surgiu no meio deles e lhes desejou a Paz. Em seguida, Jesus também lhes disse: “Recebei o Espírito Santo”. A paz de Jesus nos vem através do Espírito Santo. O sopro do Espírito Santo de Jesus em nós nos traz a paz e nos faz levar a paz ao mundo, assim como também nos motiva a oferecer o perdão e a misericórdia de Deus aos nossos irmãos.                  A paz da nossa consciência é oriunda da justiça de Deus que para nós é o Seu perdão e a Sua misericórdia. Se, perdoarmos, seremos perdoados e teremos paz. Jesus nos conscientiza de que o perdão deve ser ministrado por nós mesmos. Portanto, se nós não perdoarmos aos nossos irmãos os seus pecados, diante de Deus eles serão retidos pela nossa falta de perdão. Consequentemente, nós também, não teremos o perdão dos nossos pecados por parte dos nossos irmãos diante do Pai. É o Espírito Santo também quem nos leva a crer no Cristo Ressuscitado, mesmo sem precisar colocar o dedo nas marcas dos pregos de Jesus como fez Tomé. Colocar as mãos nas chagas de Jesus para nós, muitas vezes é viver o sofrimento e experimentar a dor. “Felizes os que creram sem terem visto!” Felizes, portanto, são os que sem experimentarem a dor confiam que Jesus está vivo. Não percamos tempo: o Espírito Santo já foi soprado e está dentro de nós. Portanto, proclamemos com convicção: ‘MEU SENHOR E MEU DEUS!” – Você tem consciência firme de que o Espírito Santo mora em você? – O que tem lhe dado paz? – Você já aprendeu a dar e receber perdão das pessoas? – Você encontrou Jesus no amor ou na dor? – Você costuma anunciar ao mundo que Jesus Cristo está vivo na sua vida?
Amém
Abraço carinhoso  de
-Maria Regina

sábado, 30 de março de 2013

Palavras do Papa Francisco na Via Sacra



SEX, 29 DE MARÇO DE 2013 22:10 / ATUALIZADO - SEX, 29 DE MARÇO DE 2013 22:22POR: CNBB


Seguindo o costume dos seus antecessores, Papa Francisco celebrou a Via Sacra no Coliseu de Roma. A celebração contou com a participação, em uma das estações, de dois jovens brasileiros lembrando a Jornada Mundial da Juventude. Havia uma multidão do lado de fora de um dos mais conhecidos da cidade histórica.
As palavras do Papa na Via Sacra, segundo a agência ZENIT:
Amados irmãos e irmãs,

Agradeço-vos por terdes participado, em tão grande número, neste momento de intensa oração. E agradeço também a todos aqueles que se uniram a nós através dos meios de comunicação, especialmente aos doentes e aos idosos.

Não quero acrescentar muitas palavras. Nesta noite, deve permanecer uma única palavra, que é a própria Cruz. A Cruz de Jesus é a Palavra com que Deus respondeu ao mal do mundo. Às vezes parece-nos que Deus não responda ao mal, que permaneça calado. Na realidade, Deus falou, respondeu, e a sua resposta é a Cruz de Cristo: uma Palavra que é amor, misericórdia,perdão. É também julgamento: Deus julga amando-nos. Se acolho o seu amor, estou salvo; se o recuso, estou condenado, não por Ele, mas por mim mesmo, porque Deus não condena, Ele unicamente ama e salva.

Amados irmãos, a palavra da Cruz é também a resposta dos cristãos ao mal que continua a agir em nós e ao nosso redor. Os cristãos devem responder ao mal com o bem, tomando sobre si a cruz, como Jesus. Nesta noite, ouvimos o testemunho dos nossos irmãos do Líbano: foram eles que prepararam estas belas meditações e preces. De coração lhes agradecemos por este serviço e sobretudo pelo testemunho que nos dão. Vimo-lo quando o Papa Bento foi ao Líbano: vimos a beleza e a força da comunhão dos cristãos naquela Nação e da amizade de tantos irmãos muçulmanos e muitos outros . Foi um sinal para todo o Médio Oriente e para o mundo inteiro: um sinal de esperança. Então continuemos esta Via-Sacra na vida de todos os dias. Caminhemos juntos pela senda da Cruz, caminhemos levando no coração esta Palavra de amor e de perdão. Caminhemos esperando a Ressurreição de Jesus.

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SEX, 29 DE MARÇO DE 2013 17:32 / ATUALIZADO - SÁB, 30 DE MARÇO DE 2013 01:02POR: CNBB / RÁDIO VATICANO

Às 17h, (13h em Brasília), o Papa Francisco presidiu a celebração da Paixão do Senhor, na Basílica de São Pedro. O rito consiste na Liturgia da Palavra, seguida pela adoração da Cruz e a comunhão eucarística com hóstias consagradas no dia anterior, pois neste dia não é celebrado nenhum sacramento. É o único dia do ano em que a Igreja Católica no mundo inteiro não celebra a missa. Frei Raniero Cantalamessa, OFM, pregador oficial da Casa Pontifícia, fez a meditação intitulada “Justificados gratuitamente por meio da fé no sangue de Cristo”.
Abaixo, o texto integral:
“Todos pecaram e se privaram da glória de Deus, mas foram justificados gratuitamente pela sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Deus o predeterminou para a propiciação por meio da fé no seu sangue [...], para provar a sua justiça no tempo presente, a fim de que ele seja justo e justifique aquele que tem fé em Jesus" (Rm 3, 23-26).
Chegamos ao ápice do ano da fé e ao seu momento decisivo. Esta é a fé que salva, "a fé que vence o mundo" (1 Jo 5,5)! A fé – apropriação, pela qual tornamos nossa a salvação operada por Cristo e nos vestimos do manto da sua justiça. Por um lado, temos a mão estendida de Deus, que oferece a sua graça ao homem; por outro, a mão do homem, que se estende para recebê-la mediante a fé. A "nova e eterna aliança" é selada com um aperto de mão entre Deus e o homem.
Nós temos a possibilidade de tomar, neste dia, a decisão mais importante da vida, aquela que nos abre de par em par os portões da eternidade: acreditar! Acreditar que "Jesus morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação" (Rm 4, 25)! Numa homilia pascal do século IV, o bispo proclamava estas palavras excepcionalmente contemporâneas e, de certa forma, existenciais: "Para cada homem, o princípio da vida é aquele a partir do qual Cristo foi imolado por ele. Mas Cristo se imola por ele no momento em que ele reconhece a graça e se torna consciente da vida que aquela imolação lhe proporcionou" (Homilia de Páscoa no ano de 387; SCh 36, p. 59 s.).
Que extraordinário! Esta Sexta-feira Santa, celebrada no ano da fé e na presença do novo sucessor de Pedro, poderá ser, se quisermos, o início de uma nova vida. O bispo Hilário de Poitiers, que se converteu ao cristianismo quando já era adulto, afirmava, ao repensar na sua vida passada: "Antes de te conhecer, eu não existia".
O necessário é apenas nos situarmos na verdade, reconhecermos que precisamos ser justificados, que não nos auto-justificamos. O publicano da parábola subiu ao templo e fez uma brevíssima oração: "Ó Deus, tem piedade de mim, pecador". E Jesus diz que aquele homem foi para casa "justificado", ou seja, transformado em homem justo, perdoado, feito criatura nova; cantando alegremente, penso eu, dentro do seu coração (Lc 18,14). O que ele tinha feito de tão extraordinário? Nada. Ele se colocou na verdade diante de Deus, e esta é a única coisa de que Deus precisa para agir.
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Como o alpinista que, superando uma passagem perigosa, faz uma parada para retomar o fôlego e admirar a paisagem que se abre à sua frente, assim o apóstolo Paulo, no início do capítulo quinto da Carta aos Romanos, depois de proclamar a justificação pela fé, escreve: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus graças a nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus; não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência produz a experiência, e a experiência, a esperança. Ora, a esperança não nos decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5, 1-5).
Hoje, a partir de satélites artificiais, são tiradas fotografias infravermelhas de regiões inteiras da terra e de todo o planeta. Como é diferente a paisagem vista de cima, à luz desses raios, em comparação com o que vemos à luz natural e estando presentes no local! Eu me lembro de uma das primeiras fotos de satélite que correram o mundo, reproduzindo a península inteira do Sinai. As cores eram muito diferentes, eram mais evidentes os relevos e as depressões. É um símbolo. A vida humana, vista pelo infravermelho da fé, do alto do Calvário, também se mostra diferente de como é vista "a olho nu".
“Tudo”, dizia o sábio do Antigo Testamento, “acontece para o justo e para o ímpio... Percebi que, sob o sol, em vez da lei existe a iniquidade, e, no lugar da justiça, a maldade” (Eclesiastes 3, 16; 9, 2). Em todos os tempos, de fato, viu-se a maldade triunfante e a inocência humilhada. Mas para que não se pense que no mundo não há nada de fixo e de certo, observa Bossuet, às vezes se vê o oposto, ou seja, a inocência no trono e a maldade no cadafalso. Mas o que o Eclesiastes concluía? "Então eu pensei: Deus julgará o justo e o ímpio, porque há um tempo para cada coisa" (Eclesiastes 3, 17). Ele encontra o ponto de observação que devolve a paz à alma.
O que o Eclesiastes não podia saber, mas que nós sabemos, é que esse juízo já aconteceu: “Agora”, diz Jesus, caminhando para a sua paixão, “é o julgamento deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo; e eu, quando for levantado da terra, atrairei todos para mim" (Jo 12, 31-32).
Em Cristo morto e ressuscitado, o mundo chegou ao seu destino final. O progresso da humanidade avança a um ritmo vertiginoso e a humanidade vê desenrolar-se, à sua frente, horizontes novos e inesperados, fruto das suas descobertas. Pode-se dizer, porém, que já chegou o fim do tempo, porque em Cristo, que subiu à direita do Pai, a humanidade encontrou o seu objetivo final. Já começaram os novos céus e a nova terra.
Apesar de toda a miséria, injustiça e monstruosidade na terra, ele já inaugurou a ordem definitiva no mundo. O que vemos com os nossos olhos pode nos sugerir o contrário, mas o mal e a morte foram, na verdade, derrotados para sempre. As suas fontes secaram; a realidade é que Jesus é o Senhor do mundo. O mal foi vencido radicalmente pela redenção que ele realizou. O novo mundo já começou.
Uma coisa, acima de tudo, parece diferente quando vista através dos olhos de fé: a morte! Cristo entrou na morte como se entra numa prisão escura, mas saiu dela pela muralha oposta. Ele não voltou por onde tinha entrado, como Lázaro, que tornara à vida para depois morrer de novo. Cristo abriu uma brecha para a vida que ninguém poderá fechar e pela qual todos podem segui-lo. A morte não é mais um muro contra o qual se parte toda esperança humana; ela se tornou uma ponte para a eternidade. Uma "ponte dos suspiros", talvez, porque ninguém gosta do fato de morrer, mas uma ponte, não mais um abismo que engole tudo. “O amor é forte como a morte”, diz o Cântico dos Cânticos (8,6). Em Cristo, ele é mais forte do que a morte!
Na sua "História Eclesiástica do Povo Inglês", Beda, o Venerável, relata como a fé cristã chegou até o norte da Inglaterra. Quando os missionários vindos de Roma chegaram a Northumberland, o rei do lugar convocou um conselho de notáveis para decidir se permitia ou não que eles divulgassem a nova mensagem. Alguns dos presentes foram a favor, outros contra. Era um inverno rigoroso, açoitado pela nevasca lá fora, mas a sala estava iluminada e aquecida. Em dado momento, um pássaro entrou por um buraco na parede, pairou assustado na sala e desapareceu por outro buraco, na parede oposta. Então, levantou-se um dos presentes e disse: “Rei, a nossa vida neste mundo é como aquele pássaro. Viemos não sabemos de onde, desfrutamos por um breve instante da luz e do calor deste mundo e depois desaparecemos de novo na escuridão, sem saber para onde estamos indo. Se estes homens podem nos revelar alguma coisa do mistério da nossa vida, devemos ouvi-los”.
A fé cristã poderia voltar ao nosso continente e ao mundo secularizado pela mesma razão por que já entrou nele antes: como a única que tem uma resposta segura para dar às grandes questões da vida e da morte.
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A cruz separa os crentes dos não crentes, porque, para alguns, ela é escândalo e loucura, e, para outros, é poder de Deus e sabedoria de Deus (cf. I Cor 1, 23-24). Em sentido mais profundo, ela une todos homens, crentes e não crentes. "Jesus tinha que morrer [...] não por uma nação, mas para reunir todos os filhos de Deus que andavam dispersos" (Jo 11, 51 s.). Os novos céus e a nova terra são de todos e para todos, porque Cristo morreu por todos.
A urgência decorrente de tudo isto é evangelizar: "O amor de Cristo nos impele, ao pensarmos que um só morreu por todos" (II Cor 5,14). Impele a evangelizar! Vamos anunciar ao mundo a boa notícia de que "não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus, porque a lei do Espírito que dá vida em Cristo Jesus nos libertou da lei do pecado e da morte" (Rm 8, 1-2).
Há um conto, do judeu Franz Kafka, que é um poderoso símbolo religioso e que assume um novo significado, quase profético, na Sexta-Feira Santa: "Uma Mensagem Imperial". Fala de um rei que, em seu leito de morte, chama um súdito e lhe sussurra ao ouvido uma mensagem. É tão importante aquela mensagem que ele faz o súdito repeti-la ao seu próprio ouvido. O mensageiro parte, logo em seguida. Mas ouçamos o resto da história diretamente do autor, com o tom onírico, de pesadelo, quase, que é típico deste escritor:
"Projetando um braço aqui, outro acolá, o mensageiro abre alas por entre a multidão e avança ligeiro como ninguém. Mas a multidão é imensa, e as suas moradas, exterminadas. Como voaria se tivesse via livre! Mas ele se esforça em vão; ainda continua a se afanar pelas salas interiores do palácio, do qual nunca sairá. E mesmo que conseguisse, isto nada quereria dizer: ele teria que lutar para descer as escadas. E mesmo que conseguisse, ainda nada teria feito: haveria que cruzar os pátios; e, depois dos pátios, o segundo círculo dos edifícios. Se conseguisse precipitar-se, finalmente, para fora da última porta - mas isso nunca, nunca poderá acontecer - eis que, diante dele, alçar-se-ia a cidade imperial, o centro do mundo, em que montanhas de seus detritos se amontoam. Lá no meio, ninguém é capaz de avançar, nem mesmo com a mensagem de um morto. Tu, no entanto, te sentas à tua janela e sonhas com aquela mensagem quando a noite vem".
Do seu leito de morte, também Cristo confiou à sua Igreja uma mensagem: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16, 15). Ainda existem muitos homens que se sentam à janela e sonham, sem saber, com uma mensagem como a dele. João, como acabamos de ouvir, afirma que o soldado perfurou o lado de Cristo na cruz “para que se cumprisse a Escritura, que diz: Hão-de olhar para Aquele que trespassaram” (Jo 19, 37). No Apocalipse, ele acrescenta: “Eis que vem sobre as nuvens e todo olho o verá; até os mesmos que o trespassaram, e todas as tribos da terra se lamentarão por ele” (Ap 1,7).
Esta profecia não anuncia a última vinda de Cristo, quando já não for o tempo da conversão, mas do julgamento. Ela descreve, em vez disso, a realidade da evangelização dos povos. Nela ocorre uma vinda misteriosa, mas real, do Senhor que traz a salvação. O seu pranto não será de desespero, mas de arrependimento e de consolação. Este é o significado da profecia da Escritura, que João vê realizada no lado trespassado de Cristo, ou seja, o texto de Zacarias 12, 10: “Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém o Espírito de graça e de consolação; eles olharão para mim , para aquele a quem trespassaram".
A evangelização tem uma origem mística; é um dom que vem da cruz de Cristo, daquele lado aberto, daquele sangue e água. O amor de Cristo, como o da Trindade, do qual é a manifestação histórica, é "diffusivum sui", tende a se expandir e chegar a todas as criaturas, "especialmente as mais necessitadas da sua misericórdia". A evangelização cristã não é conquista, não é propaganda; é o dom de Deus para o mundo em seu Filho Jesus. É dar ao Chefe a alegria de sentir a vida fluir do seu coração para o seu corpo, até vivificar os seus membros mais distantes.
Temos de fazer todo o possível para que a Igreja nunca se pareça ao castelo complicado e assombroso descrito por Kafka, e para que a mensagem possa sair dela tão livre e alegre como quando começou a sua corrida. Sabemos quais são os impedimentos que podem reter o mensageiro: as muralhas divisórias, começando por aquelas que separam as várias igrejas cristãs umas das outras; a burocracia excessiva; os resíduos de cerimoniais, leis e disputas do passado, que se tornaram, enfim, apenas detritos.
Em Apocalipse, Jesus diz que ele está à porta e bate (Ap 3,20). Às vezes, como foi observado por nosso Papa Francisco, não bater para entrar, mas batendo de dentro porque ele quer sair. Sair para os "subúrbios existenciais do pecado, o sofrimento, a injustiça, ignorância e indiferença à religião, de toda forma de miséria."
Acontece como em certas construções antigas. Ao longo dos séculos, para adaptar-se às exigências do momento, houve profusão de divisórias, escadarias, salas e câmaras. Chega um momento em que se percebe que todas essas adaptações já não respondem às necessidades atuais; servem, antes, de obstáculo, e temos então de ter a coragem de derrubá-las e trazer o prédio de volta à simplicidade e à linearidade das suas origens. Foi a missão que recebeu, um dia, um homem que orava diante do crucifixo de São Damião: "Vai, Francisco, e reforma a minha Igreja".
"Quem está à altura dessa tarefa?", perguntava-se o Apóstolo, aterrorizado, diante da tarefa sobre-humana de ser no mundo "o aroma de Cristo"; e eis a sua resposta, que é verdade também agora: "Não é que sejamos capazes de pensar alguma coisa como se viesse de nós; a nossa capacidade vem de Deus. Ele nos fez idôneos para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito, pois a letra mata, mas o Espírito dá vida" (II Cor 2, 16; 3, 5-6).
Que o Espírito Santo, neste momento em que se abre para a Igreja um novo tempo, cheio de esperança, redesperte nos homens que estão à janela a esperança da mensagem e, nos mensageiros, a vontade de levá-la até eles, mesmo que ao custo da própria vida.

O SÁBADO SANTO


O SÁBADO SANTO

“Jesus jaz na tumba e os apóstolos crêem que tudo terminou. Todo o dia de sábado seu corpo descansa no sepulcro. Porém, sua mãe, Maria, se lembra do que disse seu filho: Ao terceiro dia ressuscitarei. Os Apóstolos vão chegando a seu lado, e Ela lhes consola.”

O Sábado Santo é um dia de luto imenso, de silêncio e de espera vigilante da Ressurreição. A Igreja em particular recorda a dor, a valentia e a esperança da Virgem Maria.”
Ela representa a angústia de uma Mãe que tem entre seus braços seu Filho morto, porém não se pode esquecer neste momento, Ela é a única que conserva em seu coração as palavras do ancião Simeão, que bem profetizou que Cristo seria sinal de contradição e uma espada lhe transpassaria a alma, também indicou que Jesus seria sinal de ressurreição.

O que os discípulos tinham esquecido, Maria conservava no coração: a profecia da ressurreição ao terceiro dia. E Maria esperou até o terceiro dia.

Primeira Leitura - Leitura do Livro do Gênesis (Gn 1,1—2,2)

1No princípio Deus criou o céu e a terra. 2A terra estava deserta e vazia, as trevas cobriam a face do abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas.

3Deus disse: “Faça-se a luz!” E a luz se fez. 4Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. 5E à luz Deus chamou “dia” e às trevas, “noite”. Houve uma tarde e uma manhã: primeiro dia.

6Deus disse: “Faça-se um firmamento entre as águas, separando umas das outras”. 7E Deus fez o firmamento, e separou as águas que estavam embaixo das que estavam em cima do firmamento. E assim se fez. 8Ao firmamento Deus chamou “céu”. Houve uma tarde e uma manhã: segundo dia.

9Deus disse: “Juntem-se as águas que estão debaixo do céu num só lugar e apareça o solo enxuto!” E assim se fez. 10Ao solo enxuto Deus chamou “terra” e ao ajuntamento das águas, “mar”. E Deus viu que era bom.

11Deus disse: “A terra faça brotar vegetação e plantas que dêem semente, e árvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie, que tenham nele a sua semente sobre a terra”. E assim se fez. 12E a terra produziu vegetação e plantas que trazem semente segundo a sua espécie, e árvores que dão fruto tendo nele a semente da sua espécie. E Deus viu que era bom. 13Houve uma tarde e uma manhã: terceiro dia.

14Deus disse: “Façam-se luzeiros no firmamento do céu, para separar o dia da noite.
Que sirvam de sinais para marcar as festas, os dias e os anos, 15e que resplandeçam no firmamento do céu e iluminem a terra”. E assim se fez. 16Deus fez os dois grandes luzeiros: o luzeiro maior para presidir o dia, e o luzeiro menor para presidir à noite, e as estrelas. 17Deus colocou-os no firmamento do céu para alumiar a terra, 18para presidir ao dia e à noite e separar a luz das trevas. E Deus viu que era bom. 19E houve uma tarde e uma manhã: quarto dia.

20Deus disse: “Fervilhem as águas de seres animados de vida e voem pássaros sobre a terra, debaixo do firmamento do céu”.

21Deus criou os grandes monstros marinhos e todos os seres vivos que nadam, em multidão, nas águas, segundo as suas espécies, e todas as aves, segundo as suas espécies. E Deus viu que era bom. 22E Deus os abençoou, dizendo: “Sede fecundos e multiplicai-vos e enchei as águas do mar, e que as aves se multipliquem sobre a terra”.
23Houve uma tarde e uma manhã: quinto dia.

24Deus disse: “Produza a terra seres vivos segundo as suas espécies, animais domésticos, répteis e animais selvagens, segundo as suas espécies”. E assim se fez.

25Deus fez os animais selvagens, segundo as suas espécies, os animais domésticos, segundo as suas espécies e todos os répteis do solo, segundo as suas espécies. E Deus viu que era bom.

26Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e segundo a nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais de toda a terra, e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra”.

27E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou: homem e mulher os criou. 28E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, sobre os pássaros do céu e sobre todos os animais que se movem sobre a terra”.

29E Deus disse: “Eis que vos entrego todas as plantas que dão semente sobre a terra, e todas as árvores que produzem fruto com sua semente, para vos servirem de alimento.

30E a todos os animais da terra, e a todas as aves do céu, e a tudo o que rasteja sobre a terra e que é animado de vida, eu dou todos os vegetais para alimento”. E assim se fez.

31E Deus viu tudo quanto havia feito, e eis que tudo era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: sexto dia.

2,1E assim foram concluídos o céu e a terra com todo o seu exército. 2No sétimo dia, Deus considerou acabada toda a obra que tinha feito; e no sétimo dia descansou de toda a obra que fizera.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial - Salmo 103

Enviai o vosso Espírito, Senhor,
e da terra toda a face renovai.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!
De majestade e esplendor vos revestis
e de luz vos envolveis como num manto.

Enviai o vosso Espírito, Senhor,
e da terra toda a face renovai.


A terra vós firmastes em suas bases,
ficará firme pelos séculos sem fim;
os mares a cobriam como um manto,
e as águas envolviam as montanhas.

Enviai o vosso Espírito, Senhor,
e da terra toda a face renovai.


Fazeis brotar em meio aos vales as nascentes
que passam serpeando entre as montanhas;
às suas margens vêm morar os passarinhos,
entre os ramos eles erguem o seu canto.

Enviai o vosso Espírito, Senhor,
e da terra toda a face renovai.


De vossa casa as montanhas irrigais,
com vossos frutos saciais a terra inteira;
fazeis crescer os verdes pastos para o gado
e as plantas que são úteis para o homem.

Enviai o vosso Espírito, Senhor,
e da terra toda a face renovai.


Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras,
e que sabedoria em todas elas!
Encheu-se a terra com as vossas criaturas!
Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

Enviai o vosso Espírito, Senhor,
e da terra toda a face renovai.

Segunda Leitura - Leitura do Livro do Gênesis (Gn 22,1-2.9a.10-13.15-18)

Naqueles dias, 1Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: Abraão!”

E ele respondeu: “Aqui estou”.

2E Deus disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um monte que eu te indicar”.

9Chegados ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um altar, colocou a lenha em cima, amarrou o filho e o pôs sobre a lenha em cima do altar. 10Depois, estendeu a mão, empunhando a faca para sacrificar o filho.

11E eis que o anjo do Senhor gritou do céu, dizendo: “Abraão! Abraão!”

Ele respondeu: “Aqui estou!”.

12E o anjo lhe disse: “Não estendas a mão contra teu filho e não lhe faças nenhum mal!
Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu filho único”.

13Abraão, erguendo os olhos, viu um carneiro preso num espinheiro pelos chifres; foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar do seu filho.

15O anjo do Senhor chamou Abraão, pela segunda vez, do céu, 16e lhe disse: “Juro por mim mesmo - oráculo do Senhor -, uma vez que agiste deste modo e não me recusaste teu filho único, 17eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descendentes conquistarão as cidades dos inimigos. 18Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste”.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial - Salmo 15

Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,
meu destino está seguro em vossas mãos!
Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,
pois se o tenho a meu lado não vacilo.

Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

Eis por que meu coração está em festa,
minha alma rejubila de alegria,
e até meu corpo no repouso está tranqüilo;
pois não haveis de me deixar entregue à morte,
nem vosso amigo conhecer a corrupção.

Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

Vós me ensinais vosso caminho para a vida;
junto a vós, felicidade sem limites,
delícia eterna e alegria ao vosso lado!

Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! 

Terceira Leitura - Leitura do Livro do Êxodo (Êx 14,15—15,1)

Naqueles dias: 15O Senhor disse a Moisés: “Por que clamas a mim por socorro? Dize aos filhos de Israel que se ponham em marcha. 16Quanto a ti, ergue a vara, estende o braço sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel caminhem em seco pelo meio do mar. 17De minha parte, endurecerei o coração dos egípcios, para que sigam atrás deles, e eu seja glorificado às custas do Faraó, e de todo o seu exército, dos seus carros e cavaleiros. 18E os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando eu for glorificado às custas do Faraó, dos seus carros e cavaleiros”.

19Então, o anjo do Senhor, que caminhava à frente do acampamento dos filhos de Israel, mudou de posição e foi para trás deles; e com ele, ao mesmo tempo, a coluna de nuvem, que estava na frente, colocou-se atrás, 20inserindo-se entre o acampamento dos egípcios e o acampamento dos filhos de Israel. Para aqueles a nuvem era tenebrosa, para estes, iluminava a noite. Assim, durante a noite inteira, uns não puderam aproximar-se dos outros.

21Moisés estendeu a mão sobre o mar, e durante toda a noite o Senhor fez soprar sobre o mar um vento leste muito forte; e as águas se dividiram. 22Então, os filhos de Israel entraram pelo meio do mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam como que uma muralha à direita e à esquerda.

23Os egípcios puseram-se a persegui-los, e todos os cavalos do Faraó, carros e cavaleiros os seguiram mar adentro.

24Ora, de madrugada, o Senhor lançou um olhar, desde a coluna de fogo e da nuvem, sobre as tropas egípcias e as pôs em pânico. 25Bloqueou as rodas dos seus carros, de modo que só a muito custo podiam avançar. Disseram, então, os egípcios: “Fujamos de Israel! Pois o Senhor combate a favor deles, contra nós”.

26O Senhor disse a Moisés: “Estende a mão sobre o mar, para que as águas se voltem contra os egípcios, seus carros e cavaleiros”.

27Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar voltou ao seu leito normal, enquanto os egípcios, em fuga, corriam ao encontro das águas, e o Senhor os mergulhou no meio das ondas.

28As águas voltaram e cobriram carros, cavaleiros e todo o exército do Faraó, que tinha entrado no mar em perseguição a Israel. Não escapou um só. 29Os filhos de Israel, ao contrário, tinham passado a pé enxuto pelo meio do mar, cujas águas lhes formavam uma muralha à direita e à esquerda.

30Naquele dia, o Senhor livrou Israel da mão dos egípcios, e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar, 31e a mão poderosa do Senhor agir contra eles. O povo temeu o Senhor, e teve fé no Senhor e em Moisés, seu servo. 15,1Então, Moisés e os filhos de Israel cantaram ao Senhor este cântico:

Salmo Responsorial - Êx 1-6.17-18

Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!

Ao Senhor quero cantar, pois fez brilhar a sua glória:
precipitou no Mar Vermelho o cavalo e o cavaleiro!
O Senhor é minha força, é a razão do meu cantar,
pois foi ele neste dia para mim libertação!
Ele é meu Deus e o louvarei, Deus de meu pai, e o honrarei.

Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!

O Senhor é um Deus guerreiro;
o seu nome é “Onipotente”.
Os soldados e os carros do Faraó jogou no mar;
seus melhores capitães afogou no mar Vermelho,

Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!

Afundaram como pedras e as ondas os cobriram.
Ó Senhor, o vosso braço é duma força insuperável!
Ó Senhor, o vosso braço esmigalhou os inimigos!

Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!

Vosso povo levareis e o plantareis em vosso Monte,
no lugar que preparastes para a vossa habitação,
no Santuário construído pelas vossas próprias mãos.
O Senhor há de reinar eternamente, pelos séculos!

Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!

Qaarta Leitura - Leitura do Profeta Isaías (Is 54,5-14)

5Teu esposo é aquele que te criou, seu nome é Senhor dos exércitos; teu redentor, o Santo de Israel, chama-se Deus de toda a terra.

6O Senhor te chamou, como a mulher abandonada e de alma aflita; como a esposa repudiada na mocidade, falou o teu Deus.

7Por um breve instante eu te abandonei,mas com imensa compaixão volto a acolher-te.

8Num momento de indignação, por um pouco ocultei de ti minha face, mas com misericórdia eterna compadeci-me de ti, diz teu salvador, o Senhor.

9Como fiz nos dias de Noé, a quem jurei nunca mais inundar a terra, ssim juro que não me irritarei contra ti nem te farei ameaças.

10Podem os montes recuar e as colinas abalar-se, mas minha misericórdia não se apartará de ti,
nada fará mudar a aliança de minha paz, diz o teu misericordioso Senhor.

11Pobrezinha, batida por vendavais, sem nenhum consolo, eis que assentarei tuas pedras sobre rubis, e tuas bases sobre safiras;

12revestirei de jaspe tuas fortificações, e teus portões, de pedras preciosas, e todos os teus muros, de pedra escolhida.

13Todos os teus filhos serão discípulos do Senhor, teus filhos possuirão muita paz;

14terás a justiça por fundamento. Longe da opressão, nada terás a temer; serás livre do terror,
porque ele não se aproximará de ti.
Palavra do Senhor 

Salmo Responsorial - Salmo 29 

Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!

Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes,
e não deixastes rir de mim meus inimigos!
Vós tirastes minha alma dos abismos
e me salvastes, quando estava já morrendo!

Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!

Cantai salmos ao Senhor, povo fiel,
dai-lhe graças e invocai seu santo nome!
Pois sua ira dura apenas um momento,
mas sua bondade permanece a vida inteira;
se à tarde vem o pranto visitar-nos,
de manhã vem saudar-nos a alegria.

Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!

Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade!
Sede, Senhor, o meu abrigo protetor!
Transformastes o meu pranto em uma festa,
Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!

Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!

Quinta Leitura - Leitura do Profeta Isaías (Is 55,1-11)

Assim diz o Senhor:
1Â vós todos que estais com sede, vinde às águas; vós que não tendes dinheiro, apressai-vos,
vinde e comei, vinde comprar sem dinheiro, tomar vinho e leite, sem nenhuma paga.
2Por que gastar dinheiro com outra coisa que não o pão, desperdiçar o salário senão com satisfação completa? Ouvi-me com atenção, e alimentai-vos bem, para deleite e revigoramento do vosso corpo.
3Inclinai vosso ouvido e vinde a mim, ouvi e tereis vida; farei convosco um pacto eterno,
manterei fielmente as graças concedidas a Davi.
4Eis que fiz dele uma testemunha para os povos, chefe e mestre para as nações.
5Eis que chamarás uma nação que não conhecias, e acorrerão a ti povos que não te conheciam, por causa do Senhor, teu Deus, e do Santo de Israel, que te glorificou.
6Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado; invocai-o, enquanto ele está perto.
7Abandone o ímpio seu caminho, e o homem injusto, suas maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele,volte para nosso Deus, que é generoso no perdão.
8Meus pensamentos não são como os vossos pensamentos e vossos caminhos não são como os meus caminhos, diz o Senhor.
9Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos,quanto está o céu acima da terra.
10Assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais,
mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação,
11assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial - Salmo 12, 2-6

Com alegria bebereis do manancial da salvação.

Eis o Deus, meu Salvador, eu confio e nada temo;
o Senhor é minha força, meu louvor e salvação.
Com alegria bebereis do manancial da salvação.
Com alegria bebereis do manancial da salvação.

Com alegria bebereis do manancial da salvação.

be direis naquele dia: 'Dai louvores ao Senhor,
cinvocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas,
dentre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime

Com alegria bebereis do manancial da salvação..

Louvai cantando ao nosso Deus, que fez prodígios e portentos,
publicai em toda a terra suas grandes maravilhas!
Exultai cantando alegres, habitantes de Sião,
porque é grande em vosso meio o Deus Santo de Israel!'

Com alegria bebereis do manancial da  salvação.

Sexta Leitura - Leitura do Profeta Baruc (Br 3,9-15.32-4,4)

9Ouve, Israel, os preceitos da vida; presta atenção, para aprenderes a sabedoria.

10Que se passa, Israel? Como é que te encontras em terra inimiga?

11Envelheceste num país estrangeiro, te contaminaste com os mortos, foste contado entre os que descem à mansão dos mortos.

12Abandonaste a fonte da sabedoria!

13Se tivesses continuado no caminho de Deus, viverias em paz para sempre.

14Aprende onde está a sabedoria, onde está a fortaleza e onde está a inteligência, e aprenderás também onde está a longevidade e a vida, onde está o brilho dos olhos e a paz.
 
15Quem descobriu onde está a sabedoria? Quem penetrou em seus tesouros?

32Aquele que tudo sabe, conhece-a, descobriu-a com sua inteligência; aquele que criou a terra para sempre e a encheu de animais e quadrúpedes;

33aquele que manda a luz, e ela vai, chama-a de volta, e ela obedece tremendo.
 
34As estrelas cintilam em seus postos de guarda e alegram-se;

35ele chamou-as, e elas respondem: 'Aqui estamos'; e alumiam com alegria o que as fez.

36Este é o nosso Deus, e nenhum outro pode comparar-se com ele.

37Ele revelou todo o caminho da sabedoria a Jacó, seu servo, e a Israel, seu bem-amado.

38Depois, ela foi vista sobre a terra e habitou entre os homens.

4,1A sabedoria é o livro dos mandamentos de Deus, é a lei, que permanece para sempre. Todos os que a seguem, têm a vida, e os que a abandonam, têm a morte.

2Volta-te, Jacó, e abraça-a; marcha para o esplendor, à sua luz.
 
3Não dês a outro a tua glória nem cedas a uma nação estranha teus privilégios.

4Ó Israel, felizes somos nós, porque nos é dado conhecer o que agrada a Deus
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial - Salmo 18

Senhor, tens palavras de vida eterna.

Alei do Senhor Deus é perfeita,
conforto para a alma!
O testemunho do Senhor é fiel,
sabedoria dos humildes.
Senhor, tens palavras de vida eterna.
Os preceitos do Senhor são precisos,
alegria ao coração.
O mandamento do Senhor é brilhante,
para os olhos é uma luz.

Senhor, tens palavras de vida eterna.
É puro o temor do Senhor,
imutável para sempre.
Os julgamentos do Senhor são corretos
e justos igualmente.

Senhor, tens palavras de vida eterna.

Mais desejáveis do que o ouro são eles,
do que o ouro refinado.
Suas palavras são mais doces que o mel,
que o mel que sai dos favos.

Senhor, tens palavras de vida eterna.

Sétima Leitura - Leitura do Profeta Ezequiel (Ez 36,16-17a.18-28 )

16A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos:

17a'Filho do homem, os da casa de Israel estavam morando em sua terra. Mancharam-na com sua conduta e suas más ações.

18Então derramei sobre eles a minha ira, por causa do sangue que derramaram no país e dos ídolos com os quais o mancharam.

19Eu dispersei-os entre as nações, e eles foram espalhados pelos países. Julguei-os de acordo com sua conduta e suas más ações.

20Quando eles chegaram às nações para onde foram, profanaram o meu santo nome; pois deles se comentava:'Esse é o povo do Senhor; mas tiveram de sair do seu país!`

21Então eu tive pena do meu santo nome que a casa de Israel estava profanando entre as nações para onde foi.

22Por isso, dize à casa de Israel: Assim fala o Senhor Deus: Não é por causa de vós que eu vou agir, casa de Israel,mas por causa do meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes.

23Vou mostrar a santidade do meu grande nome, que profanastes no meio das nações. As nações saberão que eu sou o Senhor. - oráculo do Senhor Deus - quando eu manifestar minha santidade à vista delas por meio de vós.

24Eu vos tirarei do meio das nações, vos reunirei de todos os países, e vos conduzirei para a vossa terra.

25Derramarei sobre vós uma água pura, e sereis purificados. Eu vos purificarei de todas as impurezas e de todos os ídolos.

26Eu vos darei um coração novo e porei um espírito novo dentro de vós. Arrancarei do vosso corpo o coração de pedrae vos darei um coração de carne;

27porei o meu espírito dentro de vós e farei com que sigais a minha lei e cuideis de observar os meus mandamentos.

28Habitareis no país que dei a vossos pais. Sereis o meu povo e eu serei o vosso Deus.
Palavra do Senhor

Epístola - Romanos 6, 3-11

Irmãos:

3Será que ignorais que todos nós, batizados em Jesus Cristo, é na sua morte que fomos batizados?

4Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortospela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova.

5Pois, se fomos de certo modo identificados a Jesus Cristo por uma morte semelhante à sua,
seremos semelhantes a ele também pela ressurreição.

6Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Cristo, para que seja destruído o corpo de pecado, de maneira a não mais servirmos ao pecado.

7Com efeito, aquele que morreu está livre do pecado. 8Se, pois, morremos com Cristo,
cremos que também viveremos com ele.

9Sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais; a morte já não tem poder sobre ele.

10Pois aquele que morreu, morreu para o pecado uma vez por todas; mas aquele que vive, é para Deus que vive.

11Assim, vós também considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo.
Palavra do Senhor

Salmo Responsorial  - Salmo 117

Aleluia, Aleluia, Aleluia

Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!
'Eterna é a sua misericórdia!'
Acasa de Israel agora o diga:
'Eterna é a sua misericórdia!'
Aleluia, Aleluia, Aleluia
A mão direita do Senhor fez maravilhas,
a mão direita do Senhor me levantou,
a mão direita do Senhor fez maravilhas!'
Não morrerei, mas ao contrário, viverei
para cantar as grandes obras do Senhor!
Aleluia, Aleluia, Aleluia

A pedra que os pedreiros rejeitaram,
tornou-se agora a pedra angular.
Pelo Senhor é que foi feito tudo isso:
Que maravilhas ele fez a nossos olhos!.
Aleluia, Aleluia, Aleluia

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus (Mt 28, 1-10)

Depois do sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.

2De repente, houve um grande tremor de terra: o anjo do Senhor desceu do céu e, aproximando-se, retirou a pedra e sentou-se nela.

3Sua aparência era como um relâmpago, e suas vestes eram brancas como a neve.

4Os guardas ficaram com tanto medo do anjo, que tremeram, e ficaram como mortos.

5Então o anjo disse às mulheres: 'Não tenhais medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado.

6Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito! Vinde ver o lugar em que ele estava.

7Ide depressa contar aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos, e que vai à vossa frente para a Galiléia. Lá vós o vereis. É o que tenho a dizer-vos.'
 
8As mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria,para dar a notícia aos discípulos.

9De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: 'Alegrai-vos!' As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés.

10Então Jesus disse a elas: 'Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galiléia. Lá eles me verão.' o que havia acontecido.
Palavra da Salvação

Comentário - A Ressurreição do Desaparecido

A celebração desta noite nos oferece uma perspectiva esplêndida da história. Fala-nos da origem do fogo, da luz, de nosso nascimento na água. Evoca-nos os grandes textos de nossa tradição que relatam a criação, o êxodo, as vozes proféticas que deram senso à história.  

Porém, o mais surpreendente acaba se ser proclamada na leitura do evangelho. O texto nos comunicou o fenômeno mais surpreendente na história humana: o desaparecimento total do Corpo morto de Jesus.  

Em três dias um corpo morto não se dissolve totalmente. A hipótese de um roubo ou profanação da tumba foi desde o princípio descartado. O que aconteceu?  

Testemunhas do desaparecimento misterioso do corpo foram somente mulheres: Maria Madalena, Joana, Maria de Santiago e outras. Todas elas discípulas de Jesus que o haviam seguido desde a Galiléia e tinham chegado até o Calvário e assistido a sua execução, embora de longe.

Estas mesmas mulheres queriam ungir o corpo de Jesus, mas quando chegaram de manhã ao sepulcro, o encontraram vazio.

Dois homens com vestidos luminosos - símbolos talvez dos primeiros evangelizadores da Ressurreição, como por exemplo, Paulo em 1 Cor 15 -, lhes anunciam o desaparecimento e a motivo: o corpo morto tinha sido ressuscitado por Deus; tinha assumido uma forma de vida muito superior a anterior, o Espírito de Deus o converteu em portador de vida eterna; mais real que o real! Mais vital que o vivente!

O corpo não desapareceu. Os olhos humanos já não podem perceber tanta densidade ontológica, uma realidade inimaginável, tão divina. Os sentidos colidem com os seus limites. Ante tanta visibilidade e luz, os sentidos se cegam, ante tanta realidade o tato se torna insensível, ante a voz tão esplendida e transformadora, o ódio se torna absolutamente surdo.  

"Não está aqui!" os dois mensageiros nos indicam que somente a quem é concedido superar este nível, poderá reconhecê-lo e senti-lo. As mulheres são convidadas a recordar, como a Mãe de Jesus, as palavras do Senhor quando, vindo da Galiléia para Jerusalém lhes falou de sua morte e ressurreição. As discípulas recordaram e creram! Não buscaram Jesus. Creram Nele como vivente.

Os discípulos masculinos, por outro lado, se sobressaltaram ante o anúncio das mulheres. Eles não acreditaram. Pedro iniciou sua busca particular. Estranhou o que viu no sepulcro, porém o corpo de Jesus não estava lá.

Não deixa de ser uma ironia da vida que aqueles a quem - como dizemos - confiou Jesus seu corpo na “Última Ceia”, seja aos que perderam a perspectiva de sua fé; e aquelas a quem - segundo dissemos - Jesus não confiou seu corpo, sejam as que vão embalsamá-lo e depois as mais preocupadas em encontra-Lo, não têm dificuldade em crer em sua presença real embora invisível.

Esta noite celebramos a ressurreição, mas sem aparições. A Ressurreição do Desaparecido.

O excelente relato do evangelho nos confronta com a qualidade de nossa fé e confiança. Cremos de verdade na realidade de Jesus e desconfiamos da capacidade de nossos sentidos para detectá-lo? Estamos convencidos de nossa necessidade de um “suplemento de fé”, dados os limites de nossa percepção sensorial. “Vem a fé por suplemento os sentidos completar” (praestet fides supplementum sensuum defectui).

Se nos é concedido crer na Ressurreição, translademos à região da vida; deixemos nossas tumbas e lamentações; não nos preocupemos tanto com os sepulcros. Todo corpo morto tem data de vencimento. Está ameaçado de vida. Deus Pai e seu Espírito estão vigilantes. A qualquer momento dirão a outros corpos aquelas palavras pascais: “Tu és meu filho, minha filha... eu te gerei hoje!”.

É esta noite o momento principal e fundamental da história. Nela somos convidados a entrar no limiar da Páscoa, onde tudo muda de sentido e a Esperança nos acolhe. 
FONTE: Paróquia Coração de Maria