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quinta-feira, 30 de junho de 2016

JESUS VÊ A "PESSOA" E NÃO O SEU PECADO! – Olívia Coutinho


Dia 01 de Julho de 2016 

Evangelho de Mt9,9-13
 
 No mundo onde impera o individualismo, são muitos os esquecidos, os que estão doentes da alma, pessoas que só precisam de se sentir amadas para mudar de vida!
E muitos de nós, que dizemos seguidores de Jesus, ao invés de ajudarmos estes irmãos a retomar o caminho vida, contribuímos para que eles se percam cada vez mais, com a nossa indiferença, com o nosso preconceito!
Todas as vezes que destacamos o ponto fraco de alguém, que o rotulamos negativamente, estamos excluindo-o   do convívio social, negando a ele a oportunidade de retomar a sua vida!
Temos a tendência de julgar o outro pela aparência, pelo tipo de trabalho que ele exerce, pelos lugares que ele frequenta, esquecendo de que o valor de uma pessoa está na sua essência, em ser filho de Deus!
Jesus, ao contrário de nós, enxerga a “pessoa” e não o seu pecado, para Ele, estar em pecado,  é estar doente e o que um doente necessita, é de um médico e não de um juiz!
Todos nós podemos nos tornar médicos para alguém, médicos de alma, basta amá-lo concretamente, pois o amor cura,  motiva, devolve a vida, o amor salva!
A todo instante, somos chamados a fazer parte do Reino de Deus, enganamos, quando pensamos que este convite seja feito somente para os vistos como bons, os que já estão no caminho!
O chamado de Jesus, é extensivo a todos, Jesus  não faz restrição de pessoas, Ele, tanto chama os  bons, como os não bons, ainda!
Para Jesus, o que vale é a resposta que se dá ao seu chamado, pois no coração de quem aceita um chamado de Jesus, já houve transformação, afinal, ninguém aceita o chamado Dele,  sem estar disposto a mudar de vida!
O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, narra o encontro de Jesus com Mateus, um cobrador de imposto, visto como um pecador.
 “Jesus viu um "homem" sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe:” "Segue-me”!  Jesus enxerga o “homem” Mateus, um filho de Deus e não o seu pecado! E Mateus, por sua vez, ao ser convidado a deixar tudo  para seguir Jesus, não hesita em abandonar os seus projetos pessoais para aderir ao projeto de Deus que  lhe fora apresentado por Jesus!
Os cobradores de impostos, eram mal vistos pelo o povo, eles  eram considerados impuros, por este motivo, os fariseus se escandalizaram quando Jesus chama Mateus para segui-Lo, e mais escandalizados ficaram, quando viram Jesus sentado à mesa com ele!
Para Jesus, o que é decisivo, não é o cumprimento rigoroso de leis, de normas e sim, o estar disposto a mudar de vida a  aceitar a sua proposta de vida nova!
A resposta decisiva de Mateus, deve ser também a nossa resposta ao chamado de Jesus! Não podemos hesitar, pedir tempo para responder o seu chamado, como muitos de nós fazemos por não conseguirmos   libertar dos nossos apegos.
Jesus tem várias formas de nos chamar a fazer parte do Reino de Deus e nós deveríamos ter uma só forma de responder ao seu chamado: “Eis me aqui Senhor”! 

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
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“TU ÉS O MESSIAS, O FILHO DO DEUS VIVO!” – Olivia Coutinho


SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO.
 
Dia 03 de Julho de 2016
 
Evangelho de Mt16,13-19
 
Com imensa  alegria, celebramos hoje, a festa de São Pedro e São Paulo, dois pilares que sustentam a nossa Igreja!
Vindos de realidades completamente diferentes, estes dois homens, Pedro, um simples pescador  e Paulo, um Judeu culto de origem romana, deixaram-se conquistar por Jesus se entregando por inteiros a serviço do Reino de Deus! E assim, como o próprio Jesus, deram a vida  pela causa deste Reino!
O evangelho que a liturgia desta solenidade nos convida a refletir,  vem nos despertar sobre  a importância de conhecermos bem Jesus, de nos tornarmos íntimos Dele!
Sem aprofundarmos no conhecimento a Jesus, não vamos entrar na dinâmica do Reino, não vamos  compreender,  que para ganhar a vida, é preciso passar pela cruz!
O texto nos diz, que Jesus, no desejo de saber se o povo e os discípulos, já  haviam entendido o seu messianismo, pergunta-lhes: “Quem dizem as pessoas ser o Filho do homem? Para esta pergunta, surgiram várias respostas, afinal, é  fácil responder em nome do outro, não compromete! Já quando esta mesma pergunta, é direcionada aos discípulos, vem o silencio, pois desta vez, a pergunta requer uma resposta pessoal, o que exige comprometimento!
Pedro foi o único que respondeu, e respondeu com firmeza: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo.”  Esta resposta, agradou Jesus, pois Ele sabia que esta afirmação de Pedro, era fruto da sua convivência com Ele! Por esta profissão de fé, Pedro é convocado para uma missão desafiadora: ser a pedra sobre a qual, Jesus construiria a sua Igreja! “... Tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja...”
Este episódio, chama a nossa atenção sobre a responsabilidade de quem afirma conhecer Jesus! Saber quem é Jesus é muito mais do que saber que Ele é Deus, afirmar que conhece Jesus, implica em dar testemunho Dele, em comprometer com a sua causa!
Olhando a escolha de Pedro, para conduzir a sua Igreja, podemos perceber, que Jesus construiu  a sua Igreja sobre a fragilidade humana!  Jesus  não edificou a sua igreja a partir de homens considerados grandes pelo o mundo, mas sobre Pedro, um homem frágil, sujeito a falhas, que representa os homens de toda a história da Igreja: homens santos e pecadores!
Antes de entregar a Pedro, a responsabilidade de conduzir a sua Igreja, Jesus não questiona o seu passado, não lhe faz nenhuma exigência, a não ser, o seu compromisso em transformar o seu amor por Ele em cuidado para com o que lhe é de mais precioso: o povo!
Ao escolher  Pedro para a liderança da sua Igreja,  Jesus demonstra a  sua compreensão para com a fragilidade humana!  Pedro, era de um temperamento extremamente  forte, Jesus sabia que mais tarde, ele o negaria, mas mesmo assim, Ele confiou no seu dinamismo, na sua fidelidade!
A escolha de quem conduziria a barca de Jesus, não caíra sobre um homem especial, e sim, sobre um homem comum, dotado de virtudes e defeitos, como qualquer um de nós, o que  nos mostra, quão é grande a diferença entre os critérios dos homens e os critérios de Deus; os homens, escolhem pessoas capacitadas para os  cargos de lideranças, enquanto que Deus, capacita aquele   que Ele escolhe. 
Com a volta de  Jesus para o Pai, Pedro assume o seu legado e a igreja missionária, fundamentada no amor a Jesus, conduzida pelo Espírito Santo, sobre a liderança de Pedro, dá o seu primeiro passo rumo a uma nova Jerusalém, tendo mais tarde, a grande colaboração de Paulo, que representa a igreja itinerante!
O amor a Jesus, é o fundamento de toda comunidade cristã, numa comunidade cujo centro é Jesus, um líder não se destaca pela sua autoridade, e sim, pelo o seu amor a Jesus transformado em serviço!
A missão da Igreja consiste em revelar aos homens a vida nova que brota da ressurreição de Jesus! Sua grande riqueza está na abertura a todos os povos e culturas!
A Igreja é unidade, ela é a guardiã do amor, do amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo!
Pedro e Paulo são modelos de discípulos missionários, com suas virtudes e fraquezas, mas sobre tudo, pelo o seu amor e fidelidade a Cristo e a sua Igreja.

Nesta solenidade, unamos em oração pelo nosso Pastor, o sucessor de Pedro, represente legítimo de Jesus aqui na terra: o Papa Francisco. 

São Pedro e São Paulo roguem a Deus por nós!
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
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quarta-feira, 29 de junho de 2016

A primeira aula prática dos doze-Diac. José da Cruz

QUARTA FEIRA DA 14ª SEMANA DO TC 06/07/2016
1ª Leitura  Oséias 10,1 – 3.7.8.12
Salmo  104 (105) , 4b “Procurai continuamente a face do Senhor”
Evangelho Mateus 10, 1-7

                                      “A primeira aula prática dos doze”
Parece que neste evangelho terminou o primeiro período de formação dos apóstolos e agora, chamando-os pelos nomes os que foram aprovados, Jesus irá envia-los para a primeira missão que tem um caráter experimental. O Mestre transfere a eles todos os seus poderes e agora finalmente irão “entrar em campo” para o primeiro jogo, que vale como treino ou um teste.
Um bom técnico de futebol, depois de todas as orientações e treinos técnico e tático, não irá expor a sua equipe em um jogo contra um adversário duro e difícil, mas escolhe uma equipe em igualdade de condições onde o importante é o treino e o exercício. E assim vem a recomendação para que anunciem primeiro as ovelhas perdidas da Casa de Israel, evitando a cidade dos Samaritanos e a terra dos pagãos, locais estes onde a missão será bem mais difícil.
Jesus não está querendo poupar seus apóstolos, ou está discriminando os Samaritanos e Pagãos, antes, quer avaliar como se sairão os seus apóstolos, evangelizando primeiro os de casa. Surge aqui uma boa pergunta a todos nós: em nossas casas, em meio á nossa Família, vivemos de maneira autêntica o Santo Evangelho? Todas as pessoas, inclusive as que conosco convivem, devem ser permanentemente evangelizadas, quer pelo anúncio ou pelo testemunho.
E se em nossa família não convencemos a ninguém, podem ter certeza de que aí no “mundão” a missão será bem mais difícil, pois, para convencer, é preciso que estejamos convencidos pelo anúncio do evangelho, uma vez que ninguém poderá dar algo que não têm.
Há também nesse evangelho o desafio de se ser comunidade. O grupo dos doze tem muitas diferenças, e no meio deles também está Judas, o Traidor. Mas naquele momento estavam unidos em torno da  mesma e única missão : anunciar que o Reino dos Céus está próximo.
Nós cristãos do terceiro milênio não precisamos nos  preocupar com o que fazer, nossa missão é a mesma dos apóstolos e a mesma de Jesus, entretanto, passados três milênios de anúncio e de Vida em Missão, da nossa Igreja, deveríamos estar bem “calejados” para saber que a nossa missão de anunciar o Reino, está no “mundão” onde pessoas tão difíceis como os pagãos e samaritanos daquele tempo, estão a espera de quem lhes anuncie a Verdade que Salva, redime e liberta.  (Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP -  E-mail cruzsm@uol.com.br



A Messe do Senhor-Diac. José da Cruz


TERÇA FEIRA DA XIV SEMANA DO TC 05/07/2016
1ª Leitura Oséias 8, 4-7. 11-13
Salmo 113(114), 17 “Israel, confia no Senhor; ele é teu amparo e teu escudo”
Evangelho Mateus 9, 32-38

___ Hei  São Mateus, parece que neste seu evangelho os ensinamentos estão todos misturados, isso é, com assuntos diferentes.
São Mateus ____Vejamos então o final do evangelho “ A Messe é grande mas os operários são poucos...”. O que faz primariamente os operários na Messe do Senhor?
___Bom, eles são anunciadores do Evangelho e do Reino...
São Mateus___Está vendo? O evangelho começa a falar de um mudo que foi curado por Jesus e que, quando começou a falar, causou admiração no povo....Ele não falava de qualquer coisa mas anunciava a Boa Nova do Evangelho que o libertara da mudez...
___Então, os operários são poucos, porque a maioria não conhece as maravilhas de Deus e por isso estão “mudos”, não fizeram ainda essa experiência libertadora com Jesus?
São Mateus___Isso mesmo, os poucos que têm, não atendem a demanda, as pessoas querem conhecer algo novo, querem ser libertas e terem algo a anunciar. Se os cristãos não anunciarem, quem irá anunciar?
____Bom, só falta uma coisinha São Mateus...e esse versículo que fala sobre este sentimento de compaixão de Jesus em relação á multidão?
São Mateus ___Jesus nosso Senhor e Mestre presta atenção nas pessoas, não as vê como consumidoras de um produto, mas tem sensibilidade para perceber do que elas precisam. Por isso é movido de compaixão, sofre junto com elas, mas também junto com elas busca algo que as encante,  que dê sentido á sua vida.
____Tudo bem, mas aí no caso, só ele sozinho dava conta do recado! Se  eram como ovelhas sem pastor, agora têm diante de si o melhor de todos os pastores. Por que o apelo para Deus envie mais operários?
São Mateus ____Essa multidão que Jesus vê e pela qual sente compaixão, é toda a humanidade, a do seu tempo, anterior a ele, e a humanidade futura, que precisa ter uma esperança nova, algo inédito que lhes mude a existência. E aí é que entra a Igreja presente no mundo aí no ano de 2014. A Igreja, como Jesus, teve ser movida pela compaixão ás pessoas, percebendo que a real necessidade delas, para serem felizes e realizadas, é tomarem  consciência de que são filhas de Deus.
___Pronto São Mateus, fechou o pensamento: nossa Igreja é formada pelos operários que somos cada um de nós, e a nossa missão primeira é trabalhar na grande messe, anunciando o evangelho a todos, porém, nosso método de trabalho, deve ser exatamente igual ao método de Jesus, ter compaixão, sofrer junto com os que sofrem, e perceber suas necessidades básicas onde descubram a Deus que é todo amor, nisso consiste a Boa Nova anunciada.  (Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP-
E-mail cruzsm@uol.com.br)



Cura e Ressurreição: sinais do Reino-Diac. José da Cruz


SEGUNDA FEIRA DA XIV SEMANA DO TC 04/07/2016
1ª Leitura Oséias 2, 16-17b
Salmo 144(145) “O Senhor é clemente e compassivo”
Evangelho Mateus 9, 18-26
                                                 “Cura e Ressurreição: sinais do Reino”
A cura de todo tipo de enfermidades e a ressurreição de mortos, eram por excelência sinais de que o Reino Messiânico havia chegado e estava no meio dos homens. Quando restringimos o nosso foco á cura física e a ressuscitação de cadáveres, estamos esvaziando a nossa Fé Cristã que é tão rica e eficiente.
Jesus não ressuscitou todos os que morreram, no seu tempo, e nem curou todos os enfermos do seu tempo, mas os relatos principais dessas curas e prodígios, são uma resposta a Fé das pessoas por ele curadas ou ressuscitadas. Milagres são necessários e acontecem ainda hoje mas como um meio e não como o fim, e aqui não falamos dos milagres televisivos das igrejas da Mídia, mas sim das nossas comunidades cristãs, onde o poder de Jesus continua a ser manifestado.
Mas que milagres são esses? Quase não ouvimos falar neles? Parece que os Néo –Pentecostais fazem muito mais sucesso do que a nossa Igreja Católica. Se pensarmos nos milagres apenas físicamente, vamos ser obrigados a admitir que nossa atuação é muito fraca nesse campo. Prestem atenção no que o evangelista diz desse Chefe que se aproximou de Jesus...”aproximou-se, inclinou-se profundamente diante dele e disse ...Minha Filha acaba de morrer: Mas vem, impõe suas mãos sobre ela e ela viverá....” Aproximar-se e inclinar-se significa que ele encontrou em Jesus o Deus da sua vida, depois professa sua Fé de que Jesus é também o Deus da Vida, que consegue com a imposição de mãos, reanimar a Vida de quem estava morto.
Há tantos sinais de morte em nossos tempos, não só da morte física, mas a relação é muito grande: morte dos casais que se separam, de pais e filhos que não mais se entendem, de jovens vítimas das drogas e da dependência química, da morte das injustiças sociais, desigualdades, preconceitos, da morte das divisões, da violência e dos desentendimentos, da morte da honestidade e da integridade humana. Tudo isso é um processo de morte que está aí no quotidiano. No Poder de Jesus, o que nós cristãos estamos fazendo? Se como este Chefe não acreditarmos em Jesus como o Deus Supremo da Vida, não veremos o milagre acontecer.
Mas a nossa Fé tem de ser de qualidade, segura e consistente como o dessa mulher, que nem exigiu de Jesus um ritual de cura, e para ela foi suficiente tocá-lo em meio a multidão e Jesus faz questão de identifica-la pois agora ela não é mais uma anônima em meio a multidão, mas um exemplo de Fé. E fica então a segunda pergunta desta reflexão:  nossas ações cristãs, movidas pela Fé, nos identifica perante o mundo como Homens e Mulheres que creem, ou continuamos a ser Cristãos anônimos, sem nenhum compromisso em fazer o Reino acontecer?  (Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)



SOLENIDADE PEDRO E PAULO-Diac. José da Cruz


SOLENIDADE PEDRO E PAULO 3/07/2016
1ª Leitura Atos 12, 1-11
Salmo 33(34),5 “Procurei o Senhor e ele me atendeu, livrou-me de todos os temores”
2ª Leitura 2Timóteo, 4-6-8.17-18
Evangelho Mateus 16, 13-19
As Colunas da Igreja...
Festa de São Pedro e São Paulo, que celebramos nesse domingo, nos faz pensar na origem de nossas comunidades. Como tudo começou? Quando foi a primeira celebração, quem fez? Como é que a comunidade cresceu e se desenvolveu para chegar aos dias de hoje? Uma coisa é muito certa, o fundador ou fundadores, deve ter feito uma experiência muito profunda com Jesus Cristo, pois sem isso, a comunidade não teria um alicerce, alguém em quem apoiar-se para poder crescer e cumprir a sua missão.
Comecemos a falar primeiro de Paulo, cuja teologia, isso é, o modo como ele começou a pensar as coisas de Deus, depois do encontro com Jesus no caminho para Damasco, foi tão marcante na vida das comunidades, que esse apóstolo é mencionado como o segundo fundador da nossa Igreja. De fato, seria difícil pensarmos em uma igreja universal, presente no mundo inteiro, em outras culturas e nações, sem nos lembrar de Paulo, aquele que pregou aos gentios que eram pessoas de outra cultura. Paulo não ficou só na mística, se assim o fizesse, teria fundado uma outra religião e arrastaria milhares de adeptos, porém, sistematizou alguns pontos doutrinários importantes, organizou as comunidades que havia iniciado, e o mais bonito, mesmo pensando um pouco diferente do Chefe dos Apóstolos, manteve-se firme em comunhão com ele e os irmãos da Igreja de Jerusalém, com quem aliás, sempre foi solidário , ao organizar coletas que levava para a Igreja mãe.
São Paulo é o modelo fiel do cristão autêntico, que faz a experiência com Jesus, se encanta com o seu ensinamento, desfaz o seu projeto de vida por causa dele e torna-se um fiel seguidor do evangelho, dando por ele a própria vida como aconteceu em seu martírio.São Paulo sempre acreditou nas comunidades, mesmo quando havia indícios de desunião, problemas internos, contendas e divisões, acreditava nas pessoas e mantinha com elas uma boa relação, mesmo que se tratasse de Pedro, que tinha uma linha mais tradicionalista, causa de algumas divergências bastante sérias entre ambos mas Paulo nunca deixou de amá-lo por causa disso. Ele mesmo manifestava essa sua flexibilidade, quando afirmava que se fazia um com todos e não tinha dificuldade de conviver com as pessoas. Outra coisa importante na pessoa de Paulo, é que ele promoveu uma ação evangelizadora em ambiente hostil á Cristo e ao seu evangelho, era corajoso e nunca teve medo de anunciar a Verdade. Isso nos leva a pensar que muitas vezes somos negligentes, quando ficamos esperando que as pessoas venham procurar nossa pastoral ou movimento, parece que a gente não se sente seguro para falar do evangelho no meio do mundo, lá onde as pessoas precisam escutar esse anúncio, porque achamos que não vão gostar e que algumas vão ser contra. Se São Paulo pensasse assim, milhares de pessoas, ontem e hoje, não teriam conhecido a Jesus.
São Pedro é chamado o príncipe dos apóstolos, isso é, aquele que iniciou o apostolado, e vemos no evangelho de hoje, porque o próprio Cristo o constituiu chefe da sua igreja. Ele conseguiu enxergar em Jesus algo muito mais do que se falava, o povo via nele um Messias Profeta, comparável a João Batista ou a Elias, outro grande profeta na História de Israel, mas esse pensamento era fruto de uma ideologia, e a era messiânica que todos aguardavam com ansiedade, representava uma nova política, uma inversão do quadro, o Messias era um libertador Político, enviado por Deus sim, porém, com uma missão terrena.
O apóstolo Pedro, que fala em nome do grupo, consegue fazer essa transição, do Messias Histórico e Ideológico, para o Messias Espiritual, ele não era enviado por Deus mas sim o próprio Deus. O que Jesus falava e fazia, todos viam, e a partir disso embalavam o sonho e a esperança de dias melhores para o povo de Israel, mas sempre em uma perspectiva terrena.
A confissão de Pedro manifesta pela primeira vez no meio do grupo, a Fé em uma Salvação que supera toda e qualquer realização humana, onde o homem atinge a plenitude do seu ser, divinizando aquilo que é humano. Cesaréia de Filipe é terra de pagãos, cercado por rochas sobre as quais há edificações habitadas pela elite do império romano. A igreja de Cristo está no meio do mundo, porém edificada sobre a fé professada por toda comunidade, que tem como base a fé professada por Pedro, naquele dia.
Como Pedro e Paulo, que sejamos nessa igreja um apoio seguro para os que ainda não crêem, porque não conhecem a Cristo e acima de tudo, nunca nos esqueçamos que Jesus Cristo edificou o reino sobre pessoas como Pedro e Paulo, instrumentos aparentemente fracos, mas que pela ação da graça operante e santificante do Batismo que receberam, tornaram-se perenes, transpondo fronteiras e todas as barreiras que separa os homens, para anunciar Jesus Cristo, o Filho de Deus, aquele que plenificou o nosso existir. ( Diácono José da Cruz - Paróquia Nossa Senhora Consolata - Votorantim SP - E-mail jotacruz3051@gmail.com.br) )






Quando o Jejum não têm sentido-Diac. José da Cruz


SÁBADO DA XIII SEMANA DO TC 02/07/2016
1ª Leitura Amós 9, 11-15
Salmo 84 (85), 9 “Escutarei o que diz o Senhor Deus, porque ele diz palavras de paz ao seu povo”
Evangelho Mateus 9, 14-17
                                                 “Quando o Jejum não têm sentido”
Aviso aos navegantes: este evangelho não é uma crítica a quem tem o costume de jejuar, Jesus não é contra o jejum, ele mesmo jejuou no deserto por 40 dias quando se preparava para iniciar o seu ministério publicamente. O problema aqui é outro, por que jejuar ? Os discípulos de João e os Fariseus jejuavam, mas os discípulos de Jesus não. O que isso significa?
Naquele tempo o jejum também era uma forma de suplicar a Deus para que mandasse o prometido Messias pois Jejum ( que significa estar privado de alimentação que é essencial) queria significar exatamente isso, que sem o Messias Enviado de Deus, o homem estava privado da Verdadeira Vida. Jejum era dizer a Deus, que mais importante do que o alimento material que sustenta o corpo, era o alimento da Salvação, que alimentava a alma.
Pronto! Agora ficou fácil entender a censura que Jesus faz nesse evangelho. Exatamente porque os seus discípulos já estavam saboreando a bênção e a graça do seu messianismo, enquanto que os discípulos de João e os Fariseus, mais preocupados em seguir a Lei e a tradição, ainda estavam a espera do tal Messias, sem se dar conta de que ele já estava no meio deles.
Tudo o que os outros suplicavam e esperavam, para que suas vidas fossem mudadas, os discípulos de Jesus já estavam experimentando essa mudança interior. O Jejum de hoje tem quase esse mesmos sentido, nosso único e verdadeiro alimento é Deus pois dele em Jesus Cristo nos vêm a Vida Nova, é portanto, apenas Dele que temos necessidade. Jejuar na quaresma, nos dois dias determinados pela Igreja: Quarta Feira de Cinzas e Sexta Feira Santa, é reafirmamos a nossa Fé e esperança em Cristo Jesus, pois a sua morte na cruz tornou possível  essa Vida Nova em nós, cuja necessidade supera até a nossa fome material. Claro que o jejum vem acompanhado pela oração e práticas de caridade, sem isso, ele não têm sentido nenhum e de nada nos valerá. (Diácono José da Cruz - Paróquia Nossa Senhora Consolata - Votorantim SP - E-mail jotacruz3051@gmail.com.br)




Jesus chama Mateus-Diac. José da Cruz

SEXTA FEIRA DA 13ª SEMANA DO TC – 01/07/2016
1ª Leitura Amós 6,406.9-12
Salmo Mt 4,4  "Está escrito: não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que precede da bpca de Deus"
Evangelho Mateus 9, 9-13
“Jesus chama Mateus, um escândalo para os Fariseus...”
___Olha São Mateus,  o Senhor poderia nos falar sobre aquele dia que o Mestre passou na sua banca e o chamou para ser discípulo?
___Bom, foi um dia inesquecível, eu pensei que o Galileu fosse pagar algum imposto, mas de repente vi o seu olhar sobre mim, não era um olhar acusador como o da maioria do povo, mas era um olhar firme, que me deixou encantado, suas palavras apenas expressaram o que os seus olhos já me haviam dito...
___É Verdade que o Farisaísmo entrou em polvorosa?
___Nossa, e como ! Eles consideravam muito o Mestre e tinham grande admiração e respeito por ele, mas certas atitudes os desconcertavam, e esse chamado que ele me fez, ali diante deles, foi realmente muito desconcertante, imagine eu, um Cobrador de impostos, explorador do povo e a serviço do poder romano, ser chamado por Jesus. E o que é pior, ele foi jantar em minha casa naquela noite....Deu o maior "buchicho"
___Pois é, percebe-se no seu relato, eles começaram a "apertar" os discípulos, o por que desse jantar em sua casa...
___Sim, mas não só isso, meus amigos cobradores de impostos também vieram, achei que o Mestre iria nos fazer um discurso moralista, prá gente mudar de vida e ....
___Ué, mas então ele não pregou a palavra, não fez ameaças para vocês se converterem? Pensei que ele tivesse dado uma "dura" no seu grupo de pecadores...
___Pois é, eu também pensei assim, e até achava que aquele jantar seria bem chato, pelo clima que o Mestre iria criar. Mas...me surpreendeu o fato dele ter ficado á vontade em minha casa, sabe, parecia um de nós, comia, bebia, falava, ria de coisas gozadas que a gente falava, e uma hora até ameaçou uma dança, como era nosso costume....Foi uma festa imemorável, descobri que ele nos queria muito bem, apesar de sermos uns "casos perdidos".
___Então não foi o discurso ou ensinamento que te levou a mudar de vida e segui-lo ?
___Não, de modo algum! Foi a sua atitude e o modo como se relacionou comigo e com os outros, Jesus é simplesmente encantador, é impossível não segui-lo, quando se experimenta o quanto ele nos ama... daí sim é que vem a conversão.....
___Conclusão: daí o Império Romano perdeu um excelente cobrador, e o Mestre ganhou um novo discípulo, e nós enquanto igreja,  ganhamos um grande Santo e Apóstolo.......(Diácono José da Cruz - Paróquia Nossa Senhora Consolata - Votorantim SP - Email jotacruz3051@gmail.com.br )


“CORAGEM FILHO, OS TEUS PECADOS ESTÃO PERDOADOS!” - Olívia Coutinho

 
Dia 30 de junho de 2016
 
Evangelho de Mt 9,1-8
 
Pela fé, é possível vencer todos os obstáculos que nos impede de aproximarmos de Jesus, de sermos tocado por Ele!
A fé,  abre caminhos, nos coloca diante de Jesus, ainda que para chegar até Ele, tenhamos que  ser carregados por alguém!
Como seguidores de Jesus, comprometidos com a sua causa, temos o compromisso de conduzir o  nosso irmão  até Jesus!
É missão de todos nós, levar os acorrentados pelas paralisas do preconceito, da indiferença do abandono até Jesus,  pois só  Ele poderá libertá-los!
Um coração humano, quando tocado pelo o  amor divino, torna fonte de luz no mundo a tirar da escuridão e das prisões, muitos corações encarcerados!
A todo instante somos chamados a fazer a experiência do amor de Deus, partilhando a vida com o outro, nos fazendo caminho de libertação para eles!
O  evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, diz que  alguns homens, se fizeram caminho de libertação, para  um paralítico, levando-o  numa cama, até Jesus!
Ao ver tamanha fé, tanto do paralítico, quanto dos que o levaram até Ele, Jesus disse:  “Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!”
 Diante deste episódio, uma multidão  glorificou a Deus por ter dado a um homem, o poder de curar alguém, até então, o povo não  tinha clareza de que este homem, não era um homem qualquer, se tratava do  Filho de Deus!
Enquanto  aquela multidão glorificava  a Deus, os mestres da lei se negavam  a enxergar  em Jesus o próprio Deus! Eles  preferiram fechar os olhos diante do milagre, para criticar Jesus,  alegando que Ele estava blasfemando.
Porém Jesus, que conhecia o pensamento deles, disse:  “Porque tendes esses maus pensamentos em vossos corações?  O que é mais fácil dizer:  Os teus pecados estão perdoados, ou dizer: Levanta-te e anda?”
Com essas palavras, Jesus tenta mostrar aos mestres da lei, que o importante ali, era a cura do paralítico, a sua libertação, o modo Dele convidar aquele homem a retomar a sua vida, não fazia diferença.    
Na mentalidade dos mestres da lei, só Deus poderia perdoar pecados, este,  foi a pretexto que eles arrumaram para  contestar Jesus, para negar a sua divindade. 
Mesmo diante de tantas evidencias,  os mestres da lei, se recusavam a reconhecer Jesus  como o Filho de Deus, o Messias anunciado pelos os profetas!
 Ainda hoje, são muitos, os que não querem acreditar em Jesus, que  recusam a acreditar  na verdade que liberta  para não ter que mudar de vida!
 
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
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PEDRO E PAULO, DOIS GRANDES SANTOS DA IGREJA - Maria de Lourdes Cury Macedo


Domingo, 3 de julho de 2016.
Evangelho de São Mateus 16, 13-19.

A solenidade de São Pedro e São Paulo nos leva a refletir sobre a importância desses dois grandes santos da Igreja, Pedro representando a instituição, Igreja: "Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja" (Mt16,18) e Paulo representando o papel missionário da Igreja no mundo. Eles são considerados as colunas da Igreja. Dois Grandes evangelizadores atuaram em campos diferentes, divergiram em pontos de vista, desentenderam-se também, mas o grande amor pelo Mestre Jesus e o forte testemunho os uniram na vida e no martírio. A vida, a paixão, a morte e ressurreição de Cristo foi um prolongamento na vida e no martírio de Pedro e de Paulo, porque eles passaram o que Cristo passou.
Foi o próprio Cristo quem os escolheu e confiou-lhes a árdua missão de serem as bases da Igreja que nascia, as duas colunas de sustentação: Pedro a estrutura e Paulo a missionária.
Conheceram Jesus e experimentaram sua ação em suas vidas de formas diferentes. Mas seus testemunhos de fidelidade e amor por Cristo foram idênticos. Ambos amaram a Jesus com o máximo de amor, dando suas vidas por Jesus e pela Igreja. Podemos nos espelhar neles, que sendo gente como nós, com suas fraquezas, limitações próprias do ser humano, tiveram força e coragem para anunciar e testemunhar Jesus até com a própria vida.
Pedro recebeu do Espírito Santo a revelação que Jesus era o Messias o Filho de Deus. “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!” (v16). Em outras palavras Pedro está dizendo: nós acreditamos que tu és o Salvador prometido. Tu és aquele que vem com o poder de Deus para nos salvar. Pedro em nome dos discípulos está declarando sua fé, sua confiança completa em Jesus. Apesar de reconhecer que Jesus era o Salvador, devido a fraqueza humana, uma vez ou outra, ele foi infiel a Jesus. Todos nós conhecemos muito bem a fraqueza humana. Também nós acreditamos que Jesus é nosso Salvador e Filho de Deus e quantas vezes somos infiéis a Jesus, pecando, virando as costas para o Salvador que tanto nos ama.
Jesus tornou Pedro o chefe da Igreja. Jesus disse a Pedro: “És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne e o sangue que te revelaram, mas sim Meu Pai que está nos Céus. E Eu também te digo a ti: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na Terra ficará ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra ficará desligado nos Céus”. Assim Jesus funda sua Igreja na profissão de fé em Cristo, feita por Pedro. Jesus confia a Pedro a missão de ser o chefe deste novo povo, a Igreja.
Carne e sangue na linguagem bíblica indicam as limitações humanas, fraquezas, imperfeições.
A missão da Igreja é dar testemunho da proposta de salvação que Jesus veio trazer. À Igreja e a Pedro é confiado o poder das chaves – isto é, de interpretar as palavras de Jesus, de adaptar os ensinamentos de Jesus aos desafios do mundo e de acolher na comunidade todos aqueles que aderem à proposta de salvação que Jesus oferece.
As chaves sempre foram um sinal, um símbolo do poder, da autoridade na Igreja. Jesus está nomeando Pedro como seu representante aqui na terra. Pedro deverá ser o centro visível, humano, dessa comunidade de pessoas mantida pela força do Cristo sempre presente. Pedro é a pedra sobre a qual está construída a comunidade de Cristo. Pedro é o ponto de união, o coração humano da comunidade unida na caridade. Tem o poder de decidir, ensinar, dar ordens, enquanto isso for necessário para manter a união dos discípulos de Jesus. Hoje Pedro se faz presente na Igreja na pessoa do Papa, que é o mesmo que pai.
Pedro recebe das mãos de Jesus a missão de ser o primeiro papa, aquele que tem como missão confirmar os irmãos na fé, e a responsabilidade em manter a unidade da fé em Cristo e na Igreja. Pedro ficaria no lugar de Jesus para comandar o grupo dos apóstolos e todos que se convertessem ao cristianismo.  Em nome do Senhor deve ensinar e julgar, isto é, ser porta-voz da vontade de Deus. Jesus simboliza a missão que está dando a Pedro pela entrega das chaves do Reino dos céus. O poder de ligar e desligar indica a autoridade para transmitir a doutrina do Mestre e decidir o que é de acordo ou contrário ao evangelho.
Pedro foi preso diversas vezes por pregar o nome de Jesus e seus milagres. Foi torturado, mas não se intimidava. Tendo retornado para Roma, aí permaneceu até ser martirizado por ordem do imperador. Depois de ser açoitado, foi amarrado numa cruz, no dia 29 de junho, provavelmente no ano 64. Diz a tradição que ele mesmo pediu para ser crucificado de cabeça para baixo por não se achar digno de morrer da mesma forma que Jesus.
Pedro é exemplo para nós. Somos como Pedro, imperfeitos por isso nos identificamos com ele, nos sentimos semelhantes a ele. A vida e a transformação de Pedro nos mostra que também nós podemos nos transformar, que todos nós temos capacidade de crescer e nos fortalecer na fé. Podemos, assim como Pedro, buscar forças nos ensinamentos de Jesus, na Palavra Sagrada e nos Sacramentos, para vencer nossa teimosia, ignorância e limitações, para, seguindo seu exemplo, nos tornarmos mais uma “pedra” a ser colocada na construção do Reino.

SÃO PAULO

Paulo era perseguidor dos cristãos, da igreja primitiva. Mas Jesus escolhe Paulo para ser seu apóstolo. Paulo, de perseguidor dos cristãos torna-se um homem novo, o mais ardente missionário do Evangelho, que irá dedicar o resto da sua vida a Cristo, numa contínua identificação com Ele ao ponto de poder dizer: “Para mim viver é Cristo” (Fl 1-21); “Já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim.” (Gl 2,20)
Desde aquele momento que Paulo encontrou-se com Jesus começa para ele uma nova etapa da vida, uma grande aventura que o levará por montes, desertos, mares, aldeias e cidades do Mediterrâneo Oriental, e que terminará em Roma com o martírio.
A transformação deste perseguidor zeloso de Jesus Cristo em o defensor chefe do evangelho (1Coríntios 3,10; 1Timóteo1,13) mudaria profundamente o curso da história mundial.
A conversão de São Paulo é uma das mais importantes da história da Igreja. Mostra o poder da graça divina, capaz de transformar Saulo, perseguidor da Igreja, no "Apóstolo Paulo" por excelência, que tem a iniciativa da evangelização dos pagãos. Ele próprio confessa, por diversas vezes, que foi perseguidor implacável das primeiras comunidades cristãs. Por causa disso atribui a si mesmo o título de "o menor entre os Apóstolos" e ainda, de "indigno de ser chamado Apóstolo". Mas Deus, que conhecia a sua retidão, tornou-o testemunha da morte de Santo Estevão, cena descrita nos Atos dos Apóstolos. A visão de Estevão apontando para os céus abertos e Cristo, aí reinando, domina a vida toda de Paulo, o grande missionário do Cristianismo.

Jesus, falando de Paulo, disse a Ananias: “Esse homem é um instrumento que escolhi para anunciar o meu Nome aos pagãos, os reis e ao povo de Israel”. (At 9,15-17)
Paulo não pode pregar para os cristãos judeus porque foi perseguidor dos cristãos, por isso não acreditavam na sua pregação. Teve que pregar para os pagãos, partir para outras terras, daí ser chamado o Apóstolo dos  Gentios, dos pagãos.
Mas era grande demais o amor por Jesus, e por esse amor estava disposto a enfrentar todas as tribulações, a suportar os piores tormentos, diz Paulo: "Muitas vezes vi a morte de perto. Cinco vezes recebi dos judeus os quarenta açoites, menos um. Três vezes fui flagelado com varas. Uma vez apedrejado. Três vezes naufraguei, uma noite e um dia passei no abismo”.
Paulo sempre disposto a anunciar Jesus percorreu a Ásia Menor, atravessou todo o Mediterrâneo em 4 ou 5 viagens. Elaborou uma teologia cristã, que junto dos evangelhos suas epístolas são fontes de todo pensamento, vida e mística cristãs. Além das grandes e contínuas viagens apostólicas e das prisões e sofrimentos por que passou, deve-se a ele, que se auto denomina "servo de cristo", a revelação da mensagem do Salvador, ou seja, as 13 Epístolas ou Cartas. Elas formam como que a Teologia do Novo Testamento, exposta por um Apóstolo.
 Viagens sem conta, exposto a perigos nos rios, perigos de salteadores, perigos da parte dos próprios concidadãos, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos entre falsos irmãos! Trabalhos e fadigas, repetidas vigílias, com fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez! Além de outras coisas, o que levava Paulo pra frente era a preocupação cotidiana, a atenção por todas as igrejas!" Isto é, pelas comunidades que ia formando e alimentando-as com suas preciosas cartas. (II Cor 11, 23-28).
Algemado, Paulo é levado de Jerusalém a Roma. Durante a viagem, não perdia a oportunidade de anunciar o Evangelho em todos os lugares por onde passava. Na prisão, São Paulo pregava aos carcereiros e escrevia aos seus discípulos.  O sublime imitador de Jesus Cristo sela seu testemunho com o próprio sangue.
Condenado à morte, Paulo, por ser cidadão romano, não podia, como Pedro, sofrer a pena vergonhosa da crucifixão, mas sim a da decapitação, e esta devia dar-se fora dos muros da cidade. Conduzido por um grupo de soldados arrastaram para fora da cidade até um vale. Ali, entre a vegetação daquela região pantanosa, o sublime imitador de Jesus Cristo selava seu testemunho com o próprio sangue. Sua cabeça, ao cair no solo sob o golpe fatal da espada, saltou três vezes, fazendo brotar em cada um dos pontos uma fonte de água borbulhante. São Paulo Apóstolo, sofreu o martírio em Roma. O ano é incerto, mas deve ter ocorrido entre 64 e 67.
Realmente é admirável sua atividade na propagação da fé. De perseguidor de  Jesus  Cristo fez-se um Apóstolo da Igreja, um missionário, o modelo dos missionários  de todos os tempos. As Epístolas de São Paulo dão-nos uma imagem nítida das suas lutas, dificuldades, provações e tribulações de toda a sorte. Mas em tudo venceu o amor a Jesus, a Jesus crucificado. São Paulo é um gigante no amor ao salvador. "Jesus é minha vida", confessa ele, e para Jesus não havia trabalho que não fizesse, dificuldade que não vencesse. No fim da vida, pôde, em verdade, dizer: "Combati o  bom combate, terminei a carreira e conservei a fé".
Nem a vida nem a morte podiam separar Paulo do amor de Cristo. Por isso, dois mil anos depois do início de sua peregrinação terrena, a monumental obra apostólica deixada por ele continua viva e produzindo abundantes frutos para a Igreja.
É exatamente isso que Jesus espera de cada um de nós. Quer que nos tornemos Pedros, quer ver-nos convertidos em Paulos. Jesus quer ver suas ovelhas apascentadas e quer que façamos das nossas vidas uma carta viva, com exemplos concretos, de como viver o amor.
Para que possamos afirmar a mesma coisa, é preciso que imitemos o grande Apóstolo no imenso amor a  Jesus e à Santa Igreja. É preciso que com ele, sacrifiquemos a nossa carne., demos desprezo ao mundo, tenhamos amor aos nossos irmãos, sejamos castos e  puros, e da nossa vida façamos um hino de louvor a Deus. Assim sendo seremos herdeiros da coroa, que nos dará o justo juiz no dia da recompensa.
Pedro e Paulo em todos os momentos de suas vidas, na tristeza, na tribulação, nas alegrias sempre disseram sentir o amor e proteção de Jesus. Sentiam que Jesus estava junto deles fortalecendo-os, encorajando-os para enfrentarem tudo o que passaram. O amor de Jesus por eles era constante e permanente.

                Oração: Senhor, que possamos como Pedro e Paulo sentir  o grande amor que Cristo tem por cada um de nós. E como eles dizer “nada poderá me separar do amor de Cristo”. Amém!

         ABRAÇOS EM CRISTO!

         MARIA DE LOURDES