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terça-feira, 31 de maio de 2016

“TU NÃO ESTÁS LONGE DO REINO DE DEUS” – Olivia Coutinho


 
Dia 02 de Junho de 2016
 
Evangelho de Mc12,28b-34
 
No evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, um mestre da lei, pergunta a Jesus:  “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” Jesus responde: “... Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda tua alma, de todo o teu entendimento e com toda tua força! O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
Como podemos ver, Jesus não somente respondeu qual era o primeiro mandamento, como também o segundo.  É que estes dois mandamentos estão interligados, não tem como amar a Deus sem amar o próximo e nem amar o próximo sem amar a Deus!
O amor sugerido por Jesus, não pode ficar só na palavra, tem que nos levar a atos concretos!
Para que possamos amar verdadeiramente o próximo, precisamos primeiro nos amar, pois ninguém consegue amar o outro, se não tem amor por si mesmo! “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
O texto chama a nossa atenção para a importância da escuta da palavra de Deus. É impossível viver o mandamento do amor, sem passar pela escuta desta palavra, pois é a palavra de Deus que nos aponta o caminho do amor!
No finalzinho do evangelho, Jesus diz ao mestre da lei: “Tu não estás longe do reino de Deus.” Ou seja,  o mestre da lei, havia entendido as palavras de Jesus pela a inteligência, só faltava ele dar vida a estas  palavras!
O amor incondicional de Deus Pai, que nos fora  revelado nas ações misericordiosas de Jesus, merece de nós uma resposta de amor, resposta esta, que só podemos dar, através dos nossos gestos concretos de amor ao próximo!
Quando Jesus insiste em nos falar do mandamento do amor, é porque de fato, o amor realiza-nos, fortalece-nos, é caminho para a eternidade!
Não pode haver sintonia entre o homem e Deus sem a vivencia do amor!
O mandamento do amor supera todas as leis, todos os outros mandamentos, ou seja, quem ama a Deus e ao próximo, é feliz, por realizar a vontade de Deus!
Querer o bem do outro, independente do que possamos receber dele, é amar do jeito de Jesus, é amar gratuitamente sem esperar por recompensa!
Jesus vai manifestando em nós, à medida da nossa obediência aos seus mandamentos que tem como chave, o mandamento amor!
Quem observa este mandamento e o coloca em prática  no seu dia a dia, tem a  vida regida o tempo todo pelo o amor de Deus!
 
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
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Conceito de felicidade-Helena Serpa

06/06/2016 - 2ª feira – X semana do tempo comum - 1 Reis 17, 1-6 – “o Senhor  também nos chama a ir para o oriente ”
Em obediência às ordens de Deus Elias partiu em direção ao oriente para junto da torrente de Carit  onde encontrou a água para matar a sua sede e os corvos que lhe serviram de alimento e saciaram a sua fome. Quando na nossa vida também não cai chuva, nem mesmo o orvalho e nós nos sentimos fracos e sem esperança, o Senhor  também nos chama a ir para o oriente e seguir Suas orientações a fim de encontrar a torrente que é o Seu amor se derramando sobre nós pelo Espírito Santo. Assim como fez com Elias Ele também nos chama a aproximarmo-nos Dele para tomarmos a direção do “oriente”, isto é, uma nova rota, um novo modo de ação, uma nova vida. Perto da torrente nós encontraremos comida e bebida para matar a nossa fome e a nossa sede espiritual. Mesmo que ao redor de nós não estejamos encontrando o que comer nem beber, mesmo que as perspectivas sejam as mais negras, nós podemos confiar que indo para o “oriente” nós estaremos salvos, pois assim o Senhor nos garante. Precisamos apenas obedecer às ordens do Senhor e isto significa confiar na Sua misericórdia, no Seu chamado, na Sua ação poderosa. Porém, a ação do Senhor na nossa vida, mudará a nossa sorte e, também, os nossos planos e nem sempre aceitamos essas mudanças. Deus é o Senhor do céu e da terra, portanto, se confiarmos no Senhor não precisaremos ficar preocupados porque “comeremos pão e carne trazidos pelos corvos e beberemos da torrente”.  A graça que nos sustenta vem do Espírito de Deus.
– Você quer se aproximar também desta torrente do Senhor, mesmo sabendo que muita coisa mudará na sua vida? – Você ainda tem água e alimento suficientes para a sua caminhada espiritual? – Onde você está buscando isso? -  Como o Senhor tem o (a) alimentado?

Salmo 120 – “Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e a terra!”

Levantar os olhos para os montes é colocar a nossa atenção e a nossa esperança voltados para dentro do nosso coração e, então, encontrar Aquele que nos vigia, que nos guarda e protege. O salmista é quem afirma com convicção que o Senhor nos guarda na partida e na chegada. É Ele quem cuida da nossa vida e só a Ele devemos pedir socorro. Temos, então, tomar consciência desta realidade: não estamos sós, o Senhor vigia os nossos passos e atende ao nosso pedido de socorro bastando somente que levantemos os olhos para Ele. O Senhor fez o céu e a terra!


Evangelho – Mateus 5, 1-12 – “ Conceito de felicidade”   Diante dos ensinamentos de Jesus podemos avaliar se estamos sentindo a sua manifestação na nossa vida. Na medida em que vivemos as bem-aventuranças nós podemos aferir a obra que Deus está fazendo no nosso coração e, consequentemente, nas nossas ações e no nosso viver como um todo. Ser bem aventurado é ser feliz! O conceito de felicidade que o mundo prega é completamente diferente da felicidade que Deus planejou para a nossa vida. Ser pobre, aflito, manso, faminto, misericordioso, puro de coração, promotor da paz, perseguido, insultado, na concepção humana é, na realidade, uma infelicidade. Porém, se nos aprofundarmos na sabedoria de Deus, o Espírito nos convencerá de que tudo isso é inerente à nossa condição humana. Ao nos reconhecermos completamente dependentes da misericórdia do nosso Pai, então, todas essas dificuldades transformam-se em ocasiões para que experimentemos o Seu Amor infinito, e aí então, seremos realmente felizes. A nossa felicidade aqui na terra está condicionada à nossa experiência pessoal com o Amor de Deus. Nesse caso, todas as ocasiões em que somos mais provados são justamente os momentos em que mais temos a amostra da   ação de Deus na nossa vida. Portanto, para avaliar se somos tudo isto a que se refere o Evangelho, precisamos verificar se sentimos o reino dos céus, se nos sentimos consolados, se temos bons relacionamentos, se buscamos a santidade, se estamos provando da misericórdia, se temos comunhão com Deus, se nos consideramos filhos de Deus, se estamos sendo perseguidos, se vivemos alegres apesar das humilhações e dificuldades do reino. - Você é bem aventurado (a)? – O que falta para você viver das bem-aventuranças? – Você confia que Deus o (a) alimentará e sempre matará a sua sede de justiça? Você sabia que quem persegue a justiça, tem sede de fazer o bem, deseja que o outro melhore também? Que justo é que todos sejam bons? -  Como tem sido o seu relacionamento com as pessoas. Você é capaz de conquistá-las com mansidão



O caixão é o nosso coração-Helena Serpa

05/06/2016 - 10º DOMINGO Tempo Comum - 1ª Leitura - 1Reis 17,17-24 – “sinais de Fé”
Diante da realidade eminente de que o menino estava morto e que, aparentemente não haveria mais saída, Elias não se deu por vencido. Por três vezes estendeu-se sobre o menino orou a Deus e com Ele argumentou até que a alma daquele menino voltou e ele recuperou a vida. A alma é quem anima o nosso corpo. Nela estão os nossos sentimentos e emoções. É a partir da nossa alma que existimos, nos movemos, agimos e reagimos. Muitas vezes o “menino morto” significam as nossas frustrações, decepções, coisas que nos tiram a capacidade de reagir de querer lutar de prosseguir vivendo com esperança. Assim como Elias por três vezes suplicou ao Senhor pela vida do filho da viúva e foi atendido, nós também podemos pedir a Deus com perseverança que nos devolva a vontade de viver como também por alguém que aos nossos olhos se encontra perdido. A nossa determinação, a nossa perseverança e confiança são sinais de Fé e, por isso, precisamos estar seguros e nunca desistir. A Palavra de Deus é a verdade na nossa boca e essa Palavra é que nos dá garantia para prosseguir tentando com esperança de que seremos atendidos (as). – Você tem tentado muitas vezes orar ao Senhor pelo que você considera impossível de acontecer? - Você acredita no que a Bíblia recomenda? – Você conhece alguém que está assim como esse menino morto? – Você tem orado por ele com persistência? Tente fazê-lo!

Salmo 29 – “Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes e preservastes minha vida da morte!”
A cada dia que passa a nossa alma é salva da morte. Sem mesmo percebermos, com certeza o Senhor tem nos livrado e nos desviado do caminho do pecado e da morte. Muitas vezes estamos quase morrendo, desistindo e o Senhor vem a nós e nos oferece abrigo e proteção. Ele transforma o nosso pranto em festa e nos devolve a alegria de viver. Isto acontece com você?

2ª. Leitura – Gálatas 1, 11-19 – “o Espírito Santo em nós nos faz distinguir a voz do Senhor”
Quando, porém, aquele que me separou desde o ventre materno e me chamou por sua graça se dignou revelar-me o Seu Filho para que o pregasse entre os pagãos, não consultei carne nem sangue. ”  Apesar de antes ser perseguidor dos cristãos, São Paulo teve um encontro com Jesus e, por isso mesmo teve o entendimento do Evangelho que Cristo lhe mandava anunciar.    Só o Espírito Santo em nós nos faz distinguir a voz do Senhor. Ele nos faz enxergar os planos do Senhor para nós e entendê-los, mesmo que sejam eles, os mais incoerentes com o nosso estilo de vida, cultura, profissão, etc. Obedecer à voz de Deus é o que a nós importa: nem a carne, nem o sangue, nem os homens e mulheres “importantes ou famosos” podem nos revelar mais do que o Espírito Santo. – A sua humanidade tem atrapalhado o seu relacionamento com Deus? – Você tem obedecido às inspirações do Espírito Santo? – Existe em você algum questionamento?  - Peça ao Espírito Santo que o (a) ajude a esclarecer?

 Evangelho – Lucas 7, 11-17 – “o caixão é o nosso coração”

Como aquela viúva da cidade de Naim , em algumas ocasiões da nossa vida nós também estamos como conduzindo os “nossos filhos” mortos, encaixotados a fim de enterrá-los. Isso acontece, quando nos frustramos pelos nossos sonhos desfeitos, por nossa vontade contrariada, por causa do afastamento das pessoas, ou quando nós e os nossos projetos somos rejeitados. Achamos que é o fim, tudo acabou. Nesses momentos Jesus tem compaixão de nós e se aproxima, tocando no “caixão” que é o nosso coração onde escondemos as nossas frustrações e nos diz: “Não chore!” “Eu te ordeno, levanta-te”.  E aí acontece o milagre! De repente percebemos que existe outra maneira das coisas acontecerem, notamos que os “filhos” que alimentávamos têm outra característica, precisam de uma nutrição diferente que só Jesus pode lhes oferecer e tudo toma outro sentido. Jesus continua fazendo milagres no meio do seu povo, atendendo ao apelo das mães que choram pelos seus filhos “mortos” pelo mundo. O “caixão” significa tudo o que nos prende, nos escraviza e oprime. O pecado é o caixão que nos atrela e nos faz parecermos mortos e sem esperança. – Quais são os “filhos” que você tem conduzido para enterrá-los? – Você já percebeu que Jesus está presente, bem perto de você, para fazê-los levantar e ter outro sentido? – O que mais você entende sobre essa mensagem?

-NÃO CHORE!-José Salviano

10º DOMINGO TEMPO COMUM


5 de Junho de 2016

1ª Leitura - 1Rs 17,17-24

Salmo - Sl 29

2ª Leitura - Gl 1,11-19


Evangelho - Lc 7,11-17


-NÃO CHORE!-José Salviano




PRIMEIRA LEITURA
Elias, um homem de Deus executa um grande milagre. Deus ouviu os seus pedidos e um menino é salvo da morte em seus braços.
Ele teve fé e conseguiu efetuar um milagre. Jesus disse: se tiveres fé podereis fazer tudo o que eu faço, e muito mais.
Os milagres só acontecem quando há fé o suficiente. Jesus sempre perguntava quando alguém lhe pedia um milagre: Você acredita que eu posso fazer isso?
Se a nossa fé é morna, não conseguimos o que pedimos, por mais que repetimos. E é por isso que muitos e muitas acabam dizendo que Deus não existe. Eles pedem rezando apenas com os lábios e nada conseguem. Depois botam a culpa em Deus!
Não seja você um deles! Reze mais. Mas reze com mais fé!

SALMO
Louvemos e agradecemos a Deus, pois são muitas graças e milagres que já recebemos e que ainda vamos receber. Ao começar pelo dom da vida, e pela proteção que Deus nos dá todos os dias.
Estamos vivos até hoje. E isso se explica pela bondade de Deus, que nos ama com amor infinito. Ele perdoa os nossos pecados e nos mantém de pé, esperando sempre a nossa conversão.

SEGUNDA LEITURA
Nesta carta, Paulo dá um testemunho do seu chamado, e de sua transformação de perseguidor da Igreja, a anunciador do Evangelho.
Paulo explica que Deus o escolheu desde o seu período intra-uterino, usando um palavreado de ventre materno. Seu destino estava marcado pelo chamamento do Pai, embora ele nem sabia de nada, e continuava a perseguir os cristãos.  Depois de entender e ouvir a voz do Alto, Paulo mudou, e realizou um trabalho de gigante, exemplo que deve ser seguido por cada um de nós.
Paulo foi chamado para pregar entre os pagãos, aceitou o convite de Deus, e foi a luta, numa autodoação sem igual até hoje.
Será que você nunca foi tocada, ou tocado pelo convite de Deus para transformar-se e transformar esse mundo?
Presta atenção na sua vida até aqui. Será que tudo aconteceu por acaso? Tudo foi aleatoriamente?  Não! Tudo o que nos acontece tem um sentido!
Reze com mais fé. Fale com Deus hoje! Pergunte a Deus o que Ele preparou para você. Pergunte a Ele o que você pode fazer, como pode contribuir para O Reino dos Céus, para a salvação da humanidade decaída, e para a glória de Deus!
Diga a Jesus que você está disposta, disposto a seguir o exemplo de Paulo, e fazer alguma coisa para que esse mundo seja melhor, seja habitável, seja transformado pelo amor do Pai, através da sua colaboração.  Vai!  Coragem!

EVANGELHO

Muitos jovens hoje já morreram, ou estão morrendo pelos males causados pelas drogas, ou ainda estão prestes a morrer, pois quem vive pela espada morre pela espada, quem ama o perigo, nele perecerá.
Quantas mães hoje choram ao ver seu filho que foi criado com tanta dificuldade, mas com muito amor e carinho. Seu filho querido e muito amado, entregue ao poder do mal, entregue ao vício, a rebeldia, entregue nas mãos do crime!
Filhos que estão presos por terem participado de assaltos, e lá no presídio estão se especializando ainda mais na maldade e no crime, projetando as suas vidas e as de outras pessoas para a morte inevitável aos olhos humanos. 
Porém, minhas queridas mães que estão sofrendo. Para Deus nada é impossível. Por que a oração da mãe chorosa, toca o coração de Jesus. A mãe daquele jovem morto estava sofrendo muito. Como vocês, mães do mundo de hoje, estão sofrendo. Jesus disse àquela mãe: “NÃO CHORE!”.  Ele ficou com muita pena daquela pobre mulher! E em seguida ressuscitou o seu querido filho na hora. O seu filho amado, que havia morrido, agora estava conversando como se nada tivesse acontecido. Tudo isso pelo poder e bondade de Deus na pessoa de seu Filho Jesus.
Prezada mãe. Jesus também quer lhe dizer hoje: Não chore! Eu posso lhe ajudar. Mas eu preciso da sua ajuda. Eu preciso que você me aceite em sua vida, que me deixe entrar na sua casa, entrar em sua vida, em sua mente, em sua alma. Deixa-me entrar, e eu vou libertar o seu filho de todo o mal em que ele se meteu!
Aquele mesmo Jesus que disse para aquele jovem. Jovem, eu te ordeno. Levanta!   Está querendo dizer aos nossos jovens: Levanta! Saia dessa vida!
Prezadas irmãs, prezados irmãos. Muitas desgraças que nos acontecem, simplesmente é porque relaxamos na oração, ou simplesmente paramos de rezar.
O padre Ricardo em seu belo sermão no domingo disse mais ou menos o seguinte:
Nós arrumamos tempo para muitas coisas: Para ir academia, e lá ficamos horas malhando. Para ir à praia, ficamos ao sol quente sem nos importar, não nos importamos de ficar sem comer, pois estressados que por vezes estamos, precisamos sentir o corpo para relaxar e recarregar as energias.
Outras pessoas ficam até seis horas no cabeleireiro, seis horas! E não têm tempo de ir ao sacrário por alguns minutos para falar com Deus!
E ainda dizem: Padre. Eu não tenho tempo de rezar! É uma vida muito corrida...
Ter tempo é questão de preferência. Nós até podemos fazer tudo isso: Academia, praia cabeleireiro, mas também podemos e devemos arrumar um tempo para Deus. Para falar com Aquele que pode tudo, que pode nos livra de todo o mal, que nos protege, que quer que tenhamos vida em abundância.
 Mas, infelizmente, muitos só se lembram de Deus quando a casa cai. Quando o terremoto está destruindo tudo, quando o prédio desaba, quando o tiroteio começa, quando os raios da tempestade são muito ameaçadores, quando, quando...
Mas nem tudo está perdido!  E um exemplo disso foi a JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE  que aconteceu no Rio de Janeiro.
Ainda existem muitos jovens nesse mundo que buscaram e buscam a Deus. Que procuram levar uma vida ao lado de Cristo Jesus. Ainda existem muitos jovens que acreditam, e o melhor. Que praticam a sua fé, sem receios do que possam dizer ou pensar outras pessoas. Ainda existem jovens capazes de testemunhar esta mesma fé ao mundo inteiro! E isto é maravilhoso!  Eles fazem isso para a alegria de suas mães, e para a glória de Deus!

ORAÇÃO DE MÃE

Jesus que teve pena daquela viúva, tenha pena de mim! Por que do fundo do abismo clamo à vossa infinita bondade, clamo ao vosso poder infinito. Tenha misericórdia de mim, salve o meu filho dessa situação em que ele se encontra. Ele está a caminho da morte física. Mas Senhor, se quiseres podereis libertá-lo! Se quiseres podereis nos devolver a paz.
Jesus, socorro! Clamo por vossa infinita misericórdia! Ordena ao meu filho que se levanta e volte a vida. A vida normal, a vida em abundância que nos prometestes.
Jesus amado. Eu sei que nunca nos abandona. Mas nós é que o abandonamos. Perdoa meu filho por isso. Ele foi arrastado pelas más companhias, e hoje está perdido, hoje está morrendo!  Ou está a caminho do precipício mortal!
Jesus. Sei que podes fazer isso. Obrigada, obrigado. Amém!


“Vigiai, e orai sem cessar”

Um bom domingo. José Salviano

sal e luz-Helena Serpa

1ª. Leitura – Isaias 58, 7-10 – “luz que brilha nas trevas”
Isaias com muita propriedade nos revela as instruções do Senhor para que tenhamos saúde na alma e no corpo. As nossas boas ações atraem para nós a luz de Deus e a Sua glória manifesta-se em nós e através de nós. O Senhor nos recomenda repartir o pão com o faminto; acolher em casa o pobre e peregrino e cobrir aquele que está nu. Estas são ações de justiça que o Senhor nos receita para que a Sua Luz brilhe no mundo, por nosso meio. A despeito de entendermos literalmente o que isto significa, nós também poderemos refletir qual a outra maneira de colocar em prática os ensinamentos do Senhor. Vejamos o que o Espírito Santo nos revela: repartir o pão com o faminto significa também anunciar a Palavra, que é o Pão da vida, retirando as pessoas do estado de ignorância sobre amor incondicional de Deus, atraí-las para ter um encontro pessoal com Jesus, Salvador por meio do testemunho. A Palavra de Deus é alimento para a nossa alma e por meio dela nós também mudamos de mentalidade, de costumes e de hábitos. Acolher em casa os pobres e peregrinos significa também acolher de coração as pessoas a quem encontramos, com quem convivemos, compreendendo-as, perdoando-as, ajudando-as, aconselhando-as, enfim manter bom relacionamento com todos. Cobrir o nu é também consolar aquele que está deprimido e triste, levar esperança a quem está desiludido, falar da misericórdia de Deus para quem está arrependido, sentindo-se abandonado. Deus está sempre perto daqueles que se dispõem a seguir os Seus preceitos e se apresenta com toda a plenitude no coração de quem aceita a Sua correção. Diante de tudo que foi exposto precisamos repensar a nossa vida em relação aos nossos hábitos autoritários, à nossa linguagem maldosa, à forma como tentamos oprimir as pessoas quando desejamos que elas sejam como nós queremos. Que a luz do Senhor brilhe nas trevas do nosso coração e vá iluminando e purificando os nossos pensamentos tolos levando-nos a agir com justiça. Assim, o Senhor também, apresentar-se-á e dirá a cada um de nós, “eis me aqui” – Você já aprendeu a acolher o peregrino? – Como é o seu relacionamento com as pessoas as quais você encontra, mas não as conhece bem? – Você é uma pessoa misericordiosa? – O que você faz quando encontra alguém triste e desesperançado? 

Salmo 111 – “Uma luz brilha nas trevas para o justo, permanece para sempre o bem que fez!”

O salmista tece elogios ao homem justo e descreve como são as suas ações, a sua motivação, a sua mentalidade. Podemos também aprender como ser justo aos olhos do Senhor. O homem justo é correto, generoso e compassivo, caridoso e prestativo. Ele jamais vacila e, confiando plenamente no Senhor, tem um coração seguro, firme e tranquilo. Por isso, não teme receber notícias más, nada lhe tira a paciência. Reparte os dons que possui com as pessoas que necessitam dele. O bem que fizer permanecerá para sempre e por seu intermédio a glória e o poder de Deus manifestar-se-ão.

2ª. Leitura – 1 Coríntios 2, 1-5 – “o poder do Espírito”

São Paulo nos ensina a pregar a Palavra pelo poder do Espírito Santo sem nos valer da nossa sabedoria humana, da nossa intelectualidade nem tampouco da nossa oratória requintada. Anunciando a Jesus crucificado, ele não procurava argumentos elaborados por ele mesmo. Cumpria a sua missão com tremor, isto é, reconhecendo a sua fraqueza humana, mas com firmeza e convicção de que o próprio Espírito Santo era quem o instruía. Quando nós fazemos a experiência de nos deixar conduzir pelo Espírito Santo, mesmo nos sentindo impotentes e fracos, nós conseguimos falar de Jesus de coração, dando testemunho das maravilhas que a cada dia acontecem na nossa vida. A experiência de Deus, o testemunho de vida é a melhor pregação. Jesus foi crucificado para nos redimir e esta verdade deve nortear os nossos depoimentos a fim de que a fé das pessoas com quem nós compartilhamos se baseie no poder de Deus e não na nossa sabedoria humana. – Como você tem dado testemunho da ação de Deus na sua vida? – Você fala o que tem no seu coração ou procura palavras bonitas para impressionar? – Você já meditou tendo como quadro, Jesus Crucificado? – Faça isso, hoje e perceba qual é a sua reação!

Evangelho – Mateus 5, 13-16 – “”sal e luz”

O sal é o amor de Deus, a Luz é o conhecimento de Deus. Jesus nos chama para ser sal da terra e luz do mundo. Assim como o sal serve para dar sabor e conservar os alimentos, nós também temos o papel de animar, encorajar e dar esperança à vida das pessoas. Do mesmo modo que a luz tira as trevas e a escuridão e revela o que está escondido, nós também, como a luz, temos a missão de desvendar ao mundo os mistérios de Deus e tirar as pessoas da ausência de conhecimento. As nossas ações de amor, bondade, misericórdia, perdão, compreensão, mostram ao mundo a Luz de Deus e que o Amor saboreia a vida dos homens. Viver é mais do que apenas existir, portanto precisamos aproveitar o nosso tempo aqui na terra vivendo cada dia como se fosse o último. Não podemos nos esconder do mundo para iluminar apenas aqueles a quem amamos e convivemos de perto. Precisamos irradiar a Luz de Deus, sem interesse próprio, por amor. Quando nós amamos com o Amor de Deus nós conseguimos elevar o mundo manifestando a glória de Deus. “A glória de Deus é o homem vivendo em plenitude!” (Sto. Irineu) Ser luz do mundo é clarear a mentalidade deturpada e enganadora que reina na cabeça das pessoas desavisadas do Evangelho. É tirar da ignorância, aqueles (as) que não se conhecem, por isso não enxergam as suas próprias dificuldades. – Você tem levado alegria e esperança à vida das pessoas? – Você é daqueles (as) que só pensam em si e nos seus problemas? – Você tem procurado tirar as pessoas da ignorância em relação às coisas de Deus? –Você tem sido sal da terra e luz do mundo?

Helena Colares Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

Regras de vida-Helena Serpa

1ª. Leitura – Apocalipse 7, 2-4.9-14- “os marcados com o sinal da fé”

Ao mesmo tempo em que São João relata para nós a visão beatífica do céu, ambiente de beleza, de pureza e de unidade, ele nos conscientiza também de que esse lugar é destinado àqueles que aqui na terra foram marcados com o sinal da fé pelo Batismo, que tiveram suas vestes lavadas com o Sangue do Cordeiro, isto é que aderiram ao projeto salvífico do Pai, passando por tribulações para alcançar o reino e colocando a sua esperança de salvação em Jesus Cristo Filho de Deus. Nós todos que participamos do Corpo de Cristo, que é a Sua Igreja, podemos também nos imaginar nesse cenário, fazendo parte dos cento e quarenta e quatro mil (que é um número infinito) que louvam e adoram o Senhor dia e noite dizendo: “a honra, o poder e a força pertencem ao nosso Deus para sempre. Amém.” Enquanto aqui vivemos nós alimentamos em nós a feliz esperança de um dia também estar de pé diante do trono e do Cordeiro, trajando vestes brancas e trazendo na mão a palma da vitória conquistada para nós por Jesus. Essa perspectiva nos faz enfrentar com firmeza tudo o que poderá ainda acontecer conosco enquanto estivermos sujeitos à grande tribulação. – Como você se sente refletindo sobre isso? - Você se sente parte deste contexto descrito por São João? – Para você o que seria aderir ao projeto salvífico do Pai? – Você percebe a grandeza de ter sido batizado (a) na morte e na ressurreição de Cristo? – Você crê nisto?

Salmo 23 – “É assim a geração dos que procuram o Senhor!”

O salmo faz um questionamento sobre quem subirá ao monte do Senhor e quem ficará em sua santa habitação. Ele mesmo nos dá a resposta: “ quem tem mãos puras e inocente coração!” Significa dizer aqueles (as) que agem com retidão de intenção, quem não usa a sua mente para o mal, isto é, quem pratica a Palavra do Senhor, os que buscam a Sua face e que vivem aqui na terra sabendo que Deus é o Criador de todas as coisas. Sobre estes (as), diz o salmo, desce a bênção do Senhor e a recompensa do Deus Salvador.

2ª. Leitura – 1 João 3, 1-3 – “desde já somos filhos de Deus”

Todos nós sabemos que ser filho (a) é ser herdeiro (a ) e ter direito sobre tudo o que o pai e a mãe possuem. Portanto, para nós, é um privilégio e um grande presente de amor de Deus, o fato de podermos ser chamados (as) de seus filhos, suas filhas. O saber que somos filhos e filhas do Deus Pai Criador de todas as coisas faz diferença na qualidade da nossa vida aqui na terra, imagine quando realmente se manifestar o que seremos quando O contemplarmos face a face. Aí, então, O veremos tal qual Ele é, e mais ainda, poderemos nos assemelhar a Ele. São João nos garante que todo aquele que espera e crê em Jesus, purifica-se a si mesmo, pois recebe a Sua misericórdia. Na medida em que seguimos os passos de Jesus nós também nos vamos assemelhando a Ele e seremos reconhecidos pelo Pai. -Você sabia que como filho e filha de Deus é chamado (a) a ser igual a Ele? – Você acha que a cada dia que passa você se sente mais purificado (a)? – Você tem consciência de que Deus está trabalhando em você?

Evangelho – Mateus 5, 1-12 – “regras de vida”

Jesus percebia que o mundo havia desviado os homens do objetivo maior para o qual eles haviam sido criados, por isso, Ele “via as multidões” e as ensinava. Se pararmos para refletir nós também hoje, iremos entender que tudo quanto Jesus ensinava àquele povo, naquele tempo é completamente o inverso do que o mundo tem nos ensinado. Por isso é que Ele, hoje, continua olhando para nós e quer nos dar ciência de que a herança do Pai para nós não consiste numa porção material, mas num ensinamento para uma vida em abundância. Assim, Ele nos mostra que é bem aventurado, isto é, feliz, quem segue a Sua doutrina. Para nós parece impossível que assim seja, porém se atentarmos para o fato de que o Pai sabe de que o filho necessita, então não podemos duvidar, mas colocar em prática tudo o que Ele nos aconselha. As Bem-aventuranças são como mapa que traça para nós o caminho da santidade, portanto, da justiça. Ser bem-aventurado (a) é ser feliz, agraciado (a), abençoado (a). Cada Bem-aventurança é um desafio do nosso espírito para suplantar a nossa carne. Se, exercitarmos e perseguirmos a vivência de pelo menos uma dessas regras de vida, com certeza, aos pouco nós iremos crescendo em graça e em sabedoria nas demais bem-aventuranças e diante de Deus, nosso Pai, seremos tais qual o Nosso Senhor Jesus Cristo. A cada bem-aventurança corresponde uma recompensa, ou melhor, dizendo, uma consequência natural. O pobre em espírito, isto é, humilde, dependente, desapegado, vive desde já o reino dos céus. Os aflitos, os que sofrem, choram, se arrependem, terão o consolo do Pai; os mansos conquistarão, pelo amor, o coração das pessoas; os que têm fome de santidade serão santificados; os que têm misericórdia e compaixão dos irmãos receberão o perdão e a misericórdia de Deus; os puros de coração, porque não têm maldade no coração, conseguirão enxergar além das aparências e terão percepção do céu, desde já; os que promovem a paz são verdadeiramente filhos de Deus, que é Paz. Finalmente, os perseguidos, pela causa de Jesus Cristo, tomarão assento no reino dos céus e viverão a alegria dos servos eleitos. – Como você tem vivido as bem aventuranças? - Qual a mais difícil para você vivenciar? - Qual é a bem-aventurança que naturalmente você mais se identifica?- Você alguma vez foi perseguido (a) por causa da justiça?- Você se alegrou por isso ou não compreendeu a mensagem? - Qual é a bem-aventurança que você mais desejaria viver?

Helena Serpa, 
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

Conceito de felicidade-Helena Serpa

06/06/2016 - 2ª feira – X semana do tempo comum - 1 Reis 17, 1-6 – “o Senhor  também nos chama a ir para o oriente ”
Em obediência às ordens de Deus Elias partiu em direção ao oriente para junto da torrente de Carit  onde encontrou a água para matar a sua sede e os corvos que lhe serviram de alimento e saciaram a sua fome. Quando na nossa vida também não cai chuva, nem mesmo o orvalho e nós nos sentimos fracos e sem esperança, o Senhor  também nos chama a ir para o oriente e seguir Suas orientações a fim de encontrar a torrente que é o Seu amor se derramando sobre nós pelo Espírito Santo. Assim como fez com Elias Ele também nos chama a aproximarmo-nos Dele para tomarmos a direção do “oriente”, isto é, uma nova rota, um novo modo de ação, uma nova vida. Perto da torrente nós encontraremos comida e bebida para matar a nossa fome e a nossa sede espiritual. Mesmo que ao redor de nós não estejamos encontrando o que comer nem beber, mesmo que as perspectivas sejam as mais negras, nós podemos confiar que indo para o “oriente” nós estaremos salvos, pois assim o Senhor nos garante. Precisamos apenas obedecer às ordens do Senhor e isto significa confiar na Sua misericórdia, no Seu chamado, na Sua ação poderosa. Porém, a ação do Senhor na nossa vida, mudará a nossa sorte e, também, os nossos planos e nem sempre aceitamos essas mudanças. Deus é o Senhor do céu e da terra, portanto, se confiarmos no Senhor não precisaremos ficar preocupados porque “comeremos pão e carne trazidos pelos corvos e beberemos da torrente”.  A graça que nos sustenta vem do Espírito de Deus.
– Você quer se aproximar também desta torrente do Senhor, mesmo sabendo que muita coisa mudará na sua vida? – Você ainda tem água e alimento suficientes para a sua caminhada espiritual? – Onde você está buscando isso? -  Como o Senhor tem o (a) alimentado?

Salmo 120 – “Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e a terra!”
Levantar os olhos para os montes é colocar a nossa atenção e a nossa esperança voltados para dentro do nosso coração e, então, encontrar Aquele que nos vigia, que nos guarda e protege. O salmista é quem afirma com convicção que o Senhor nos guarda na partida e na chegada. É Ele quem cuida da nossa vida e só a Ele devemos pedir socorro. Temos, então, tomar consciência desta realidade: não estamos sós, o Senhor vigia os nossos passos e atende ao nosso pedido de socorro bastando somente que levantemos os olhos para Ele. O Senhor fez o céu e a terra!


Evangelho – Mateus 5, 1-12 – “ Conceito de felicidade”
Diante dos ensinamentos de Jesus podemos avaliar se estamos sentindo a sua manifestação na nossa vida. Na medida em que vivemos as bem-aventuranças nós podemos aferir a obra que Deus está fazendo no nosso coração e, consequentemente, nas nossas ações e no nosso viver como um todo. Ser bem aventurado é ser feliz! O conceito de felicidade que o mundo prega é completamente diferente da felicidade que Deus planejou para a nossa vida. Ser pobre, aflito, manso, faminto, misericordioso, puro de coração, promotor da paz, perseguido, insultado, na concepção humana é, na realidade, uma infelicidade. Porém, se nos aprofundarmos na sabedoria de Deus, o Espírito nos convencerá de que tudo isso é inerente à nossa condição humana. Ao nos reconhecermos completamente dependentes da misericórdia do nosso Pai, então, todas essas dificuldades transformam-se em ocasiões para que experimentemos o Seu Amor infinito, e aí então, seremos realmente felizes. A nossa felicidade aqui na terra está condicionada à nossa experiência pessoal com o Amor de Deus. Nesse caso, todas as ocasiões em que somos mais provados são justamente os momentos em que mais temos a amostra da   ação de Deus na nossa vida. Portanto, para avaliar se somos tudo isto a que se refere o Evangelho, precisamos verificar se sentimos o reino dos céus, se nos sentimos consolados, se temos bons relacionamentos, se buscamos a santidade, se estamos provando da misericórdia, se temos comunhão com Deus, se nos consideramos filhos de Deus, se estamos sendo perseguidos, se vivemos alegres apesar das humilhações e dificuldades do reino. - Você é bem aventurado (a)? – O que falta para você viver das bem-aventuranças? – Você confia que Deus o (a) alimentará e sempre matará a sua sede de justiça? Você sabia que quem persegue a justiça, tem sede de fazer o bem, deseja que o outro melhore também? Que justo é que todos sejam bons? -  Como tem sido o seu relacionamento com as pessoas. Você é capaz de conquistá-las com mansidão




O caixão é o nosso coração-Helena Serpa

05/06/2016 - 10º DOMINGO Tempo Comum - 1ª Leitura - 1Reis 17,17-24 – “sinais de Fé”
Diante da realidade eminente de que o menino estava morto e que, aparentemente não haveria mais saída, Elias não se deu por vencido. Por três vezes estendeu-se sobre o menino orou a Deus e com Ele argumentou até que a alma daquele menino voltou e ele recuperou a vida. A alma é quem anima o nosso corpo. Nela estão os nossos sentimentos e emoções. É a partir da nossa alma que existimos, nos movemos, agimos e reagimos. Muitas vezes o “menino morto” significam as nossas frustrações, decepções, coisas que nos tiram a capacidade de reagir de querer lutar de prosseguir vivendo com esperança. Assim como Elias por três vezes suplicou ao Senhor pela vida do filho da viúva e foi atendido, nós também podemos pedir a Deus com perseverança que nos devolva a vontade de viver como também por alguém que aos nossos olhos se encontra perdido. A nossa determinação, a nossa perseverança e confiança são sinais de Fé e, por isso, precisamos estar seguros e nunca desistir. A Palavra de Deus é a verdade na nossa boca e essa Palavra é que nos dá garantia para prosseguir tentando com esperança de que seremos atendidos (as). – Você tem tentado muitas vezes orar ao Senhor pelo que você considera impossível de acontecer? - Você acredita no que a Bíblia recomenda? – Você conhece alguém que está assim como esse menino morto? – Você tem orado por ele com persistência? Tente fazê-lo!

Salmo 29 – “Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes e preservastes minha vida da morte!”
A cada dia que passa a nossa alma é salva da morte. Sem mesmo percebermos, com certeza o Senhor tem nos livrado e nos desviado do caminho do pecado e da morte. Muitas vezes estamos quase morrendo, desistindo e o Senhor vem a nós e nos oferece abrigo e proteção. Ele transforma o nosso pranto em festa e nos devolve a alegria de viver. Isto acontece com você?

2ª. Leitura – Gálatas 1, 11-19 – “o Espírito Santo em nós nos faz distinguir a voz do Senhor”
Quando, porém, aquele que me separou desde o ventre materno e me chamou por sua graça se dignou revelar-me o Seu Filho para que o pregasse entre os pagãos, não consultei carne nem sangue. ”  Apesar de antes ser perseguidor dos cristãos, São Paulo teve um encontro com Jesus e, por isso mesmo teve o entendimento do Evangelho que Cristo lhe mandava anunciar.    Só o Espírito Santo em nós nos faz distinguir a voz do Senhor. Ele nos faz enxergar os planos do Senhor para nós e entendê-los, mesmo que sejam eles, os mais incoerentes com o nosso estilo de vida, cultura, profissão, etc. Obedecer à voz de Deus é o que a nós importa: nem a carne, nem o sangue, nem os homens e mulheres “importantes ou famosos” podem nos revelar mais do que o Espírito Santo. – A sua humanidade tem atrapalhado o seu relacionamento com Deus? – Você tem obedecido às inspirações do Espírito Santo? – Existe em você algum questionamento?  - Peça ao Espírito Santo que o (a) ajude a esclarecer?

 Evangelho – Lucas 7, 11-17 – “o caixão é o nosso coração”

Como aquela viúva da cidade de Naim , em algumas ocasiões da nossa vida nós também estamos como conduzindo os “nossos filhos” mortos, encaixotados a fim de enterrá-los. Isso acontece, quando nos frustramos pelos nossos sonhos desfeitos, por nossa vontade contrariada, por causa do afastamento das pessoas, ou quando nós e os nossos projetos somos rejeitados. Achamos que é o fim, tudo acabou. Nesses momentos Jesus tem compaixão de nós e se aproxima, tocando no “caixão” que é o nosso coração onde escondemos as nossas frustrações e nos diz: “Não chore!” “Eu te ordeno, levanta-te”.  E aí acontece o milagre! De repente percebemos que existe outra maneira das coisas acontecerem, notamos que os “filhos” que alimentávamos têm outra característica, precisam de uma nutrição diferente que só Jesus pode lhes oferecer e tudo toma outro sentido. Jesus continua fazendo milagres no meio do seu povo, atendendo ao apelo das mães que choram pelos seus filhos “mortos” pelo mundo. O “caixão” significa tudo o que nos prende, nos escraviza e oprime. O pecado é o caixão que nos atrela e nos faz parecermos mortos e sem esperança. – Quais são os “filhos” que você tem conduzido para enterrá-los? – Você já percebeu que Jesus está presente, bem perto de você, para fazê-los levantar e ter outro sentido? – O que mais você entende sobre essa mensagem?

Ocupar-se com as coisas do Pai-Helena Serpa

04/06/2016 - – Sábado – Imaculado Coração de Maria – Isaias 61, 9-11 – “as vestes da salvação”
A palavra do profeta Isaías é dirigida a todos aqueles (as) que se consideram descendentes do povo abençoado por Deus. Portanto, esta palavra se destina a todos nós cristãos e cristãs, que, por meio de Maria, a escolhida para ser Mãe do Filho de Deus, fazemos parte da descendência que é abençoada por Ele e, por conseguinte, conhecida entre todas as nações. Jesus é,  Filho de Maria e Filho de Deus. Foi Ele quem trouxe para todos nós as vestes da salvação, que nos envolveu com o manto da justiça e nos adornou com coroa e joias que são o Espírito Santo e os Seus dons, presentes de Deus. Desse modo, nós também exultamos de alegria no Senhor pela Mulher que, como a terra faz brotar a planta, e o jardim faz germinar a semente, foi o instrumento de Deus para manifestar a Sua justiça e a Sua glória diante de todas as nações. – Você também é reconhecido (a) como descendente de Deus e de Maria? – Você se faz notar com as características da justiça e da glória de Deus? – Você transmite ao mundo a alegria de ser salvo (a)?

Salmo – 1 Samuel  2 – “Meu coração se regozija no Senhor”
A oração do salmo anuncia o regozijo do homem e da mulher que são dependentes do poder de Deus. É a oração de Maria,  serva que se alegra em fazer a vontade de Deus e Dele depender. Sentirmo-nos fracos (a) e impotentes é o caminho para que nós possamos nos regozijar com os prodígios de Deus. “O Senhor ergue do pó o homem fraco....para fazê-lo assentar-se com os nobres”. Nas mãos do Senhor todos nós somos fortes e fartos.

Evangelho – Lucas 2, 41-51 – “ocupar-se com as coisas do Pai”
Jesus fez ao mundo a primeira revelação da Sua verdadeira missão, quando tinha doze anos: “ocupar-se com as coisas do Pai”.  Com esta revelação Jesus mostrou a cada um de nós, que antes de sermos cidadãos (ãs) da terra, nós o somos do céu e, por isso mesmo, temos uma missão que começou desde o momento em que nascemos. O plano de Deus para a nossa vida está delineado no mais profundo de nós e, se soubermos “guardar no coração” os sinais que o Espírito Santo nos dá, nós poderemos também, como Jesus, dizer com autoridade para aquelas pessoas que se admiram com o nosso proceder e nos questionam: “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?  A casa do Pai significa a vivência dos Seus mandamentos, a submissão à Sua Palavra, a obediência à Igreja. ”. No coração de Maria, sua Mãe, deve ter havido muita inquietação e preocupação, no entanto, por ser uma “mulher de Deus”, obediente e atenta aos sinais do céu, conseguiu guardar “todas estas coisas” confiando em que a vontade do Senhor teria que acontecer. – Você já consegue perceber os sinais da sua missão aqui na terra? – Dentro do seu coração existe algum anseio, algum desejo que você ainda não conseguiu distinguir? – Você tem cuidado das coisas do Pai? – Você é obediente?


Rezar pelos pecadores-Helena Serpa

03/06/2016 - 6ª. Feira –  Sagrado Coração de Jesus - Ezequiel 34, 11-16 – “O Pastor vai à nossa procura para nos socorrer! ”
O Senhor nos fala através do profeta: “Vede! Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas.” A todos nós, que de uma forma ou de outra nos sentimos abandonados (as), feridos (as) e angustiados (as), o Senhor confidencia:   “Eu mesmo vou apascentar as minhas ovelhas e fazê-las repousar”. Muitas vezes, estamos sofrendo esperando o auxílio das pessoas que para nós são importantes e poderosas, no entanto, não recebemos delas nenhum auxílio, por isso, nos decepcionamos e nos desesperamos. O que não conseguimos perceber é que o único que tem verdadeiro poder para nos acudir é o nosso Deus e mais, que Ele se encontra tão perto de nós, mas não O enxergamos. Por isso, o Senhor nos pede para olhar para Ele e promete nos retirar do meio das multidões e nos levar para a nossa terra, isto é, o lugar que Ele mesmo preparou para que vivêssemos. Viver na terra preparada por Deus é viver conforme a Sua Palavra, é alimentar-se com o Seu Corpo, é contemplá-Lo no Seu Santuário. Enfim, o Senhor se propõe a nos reconduzir para o Seu redil, enfaixar o que em nós está quebrado, fortalecer a nossa alma, vigiar o nosso caminho e apascentar o nosso coração, conforme é de direito. Como é bom saber que o nosso Pai é compassivo e amoroso e que está sempre atento às nossas necessidades! Como nos consola ter o conhecimento de que apesar dos nossos pecados e transgressões podemos contar com a misericórdia do Pastor que vai à nossa procura para nos socorrer!  O nosso Deus deseja ser para nós um Pastor amoroso, presente e providente. Portanto, sejamos ovelhas dóceis e confiantes, pois só assim poderemos ser apascentadas e alimentadas para enfim, repousar nos braços do Pastor!   – Você faz parte desse rebanho? – O que lhe falta? – Você se alegra com esse recado de Deus? – Experimente, então, tomar essa palavra para você e a acolha de todo o coração, depois perceba os frutos de vida nova que surgirão em você.

Salmo 22 – “O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma”
O Salmo expressa a nossa resposta ao Deus que se propõe a ser o Pastor que nos conduz. Não nos falta coisa alguma, porque Ele tudo providencia: verdes pastagens, caminho seguro, águas repousantes, mesa bem preparada, óleo, bênção, felicidade e moradia para sempre. Reze hoje com esse salmo e repita muitas vezes o refrão com a certeza de que nunca lhe faltará coisa alguma porque o Senhor é o Pastor que o (a) conduz.

2a Leitura – Romanos 5, 5-11 – “forte e poderoso é o Amor de Deus”
Quando ainda éramos inimigos de Deus fomos resgatados pelo Seu Filho Jesus que se entregou por nós, morreu e ressuscitou para nos dar nova vida. Diante da grande verdade que São Paulo nos revela nesta carta, nós nunca poderemos duvidar da profundidade do amor de Deus para conosco. Portanto, o amor de Deus é mais forte e mais poderoso que tudo, inclusive, a morte. Jesus Cristo se ofereceu ao Pai para ser a ponte que nos ligaria a Ele, porém, isso só pôde acontecer com o derramamento do Seu próprio sangue. Por isso, nunca poderemos perder a esperança,  “O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito que nos foi dado”! O Amor de Deus é tudo! Jesus Cristo veio manifestar o amor de Deus para conosco quando éramos ainda fracos, vivíamos sem rumo, inimigos de Deus. Se a morte de Jesus nos trouxe a vida, imagine o que nos trará a vida de Cristo, isto é, o Seu Espírito Santo. O Espírito Santo é a vida e o amor de Cristo morando em nós. O Espírito Santo nos reconcilia com o Pai, por isso é que, reconciliados e perdoados, nós podemos agora sentir a ternura do Seu Coração Santo. -  Você percebe a profundidade do amor de Deus? – Você seria capaz de morrer por um inimigo ou mesmo por um amigo? – Voe já pensou que Jesus morreu por você mesmo quando você era inimigo (a) de Deus?  – Você sente a ternura do Coração de Jesus? – Você se sente uma pessoa reconciliada com Deus?


Evangelho – Lucas 15, 3-7 – “rezar pelos pecadores”
Quando meditamos na Palavra de Deus vemos como é diferente da nossa, a Sua mentalidade! Por isso, é que os ensinamentos que o mundo prega, são totalmente contrários às normas vividas no céu. Jesus nos diz que o céu se alegra com a conversão dos pecadores, no entanto, podemos constatar que aqui na terra, os “pecadores” são para nós os mais dignos de castigo. Como disse Jesus, aqui na terra têm mais valor as coisas que nos proporcionam lucro e prosperidade do que o ser humano que, muitas vezes, vítima do mundo, transgride a lei. Quando ouvimos falar de alguém que cometeu uma falha grave, nós nunca rezamos para que essa pessoa se emende e volte atrás, pelo contrário, desejamos que seja punida e receba o castigo merecido. Muitas pessoas falam até em pena de morte como se pudessem ser o juiz! Jesus veio nos ensinar que a ovelha transviada é justamente aquela que o Pastor busca para fazê-la reviver. Por isso, todos nós, em família, em comunidade, no trabalho, dentro da realidade em que vivemos temos também a oportunidade de vivenciar esta palavra. Às vezes, podemos ser essa ovelha perdida que se sente sem rumo, afastada de Deus, fora dos Seus mandamentos e precisa  ser recolhida pelo Pastor.  Em outras ocasiões experimentamos a mesma dor do pastor quando sentimos a falta de alguém que, de repente e sem explicações, se afasta do nosso convívio, da fraternidade, do caminho do bem. O pastor deixa tudo para procurar a ovelha perdida até encontrá-la e trazê-la para junto dele. Assim também deve acontecer conosco: não podemos desistir de resgatar para Deus, atraindo para o bem, aquelas ovelhas que se afastaram. Se queremos seguir os ensinamentos de Jesus precisamos rezar pelos pecadores, por aqueles que cometem as maiores atrocidades, na certeza de que é assim que o Pai deseja que façamos.  Só Deus pode mensurar o pecado e a conversão de alguém, porém, um dia a nossa alegria  também será grande no céu, porque “mais um pecador se converteu” por causa da nossa oração. – Você costuma rezar pelos “PECADORES” ou deseja que eles sejam punidos? – Como você se encontra atualmente? – Você é a ovelha perdida ou o pastor que sente falta de alguém? – Você sente alegria quando percebe que alguém voltou para perto de Deus? – Existe alguém que no momento precisa de você para ser resgatado para Deus? – O que você deve fazer, então?


O reino de Deus consiste em Amor-Helena Serpa

02/06/2016 - 5ª. feira  9ª. semana comum - 2 Timóteo 2, 8-15 – “a palavra da verdade”
Nesta Carta São Paulo se dirige a Timoteo dando-lhe conselhos e motivando a que permaneça firme na Palavra da verdade. As palavras de São Paulo devem servir de farol para a nossa caminhada no seguimento de Cristo. A Palavra de Deus é quem nos sustenta e mesmo que estejamos encarcerados (as) amordaçados (as), ela se mantém nítida dentro de nós, nos fazendo permanecer firmes e fiéis ao Senhor. Como Jesus Cristo fez, São Paulo imitou-O e nós também podemos faze-lo. Se, com Jesus nós morremos para o pecado, com Jesus nós viveremos para a ressurreição e com Ele reinaremos eternamente, pelo poder da Sua Palavra. Porém, a nossa infidelidade e a negação da nossa fé pela omissão da Palavra far-nos-ão, experimentar a perdição, nossa e daqueles que nos “ouvem”. Como um operário que não tem do que se envergonhar assim também devemos ser e, assim, diante de Deus nós somos dignos de aprovação. – Você tem sido anunciador (a) do Evangelho de Jesus ou a Palavra de Deus continua algemada dentro de você? – Tem havido conversão entre as pessoas que o (a) ouvem proclamar a Palavra de Deus?

Salmo 24 – “Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos!”
O caminho do Senhor é a vivência do Seu amor misericordioso. Se nos entregamos a Ele teremos os nossos passos dirigidos na justiça e na verdade. Com o Senhor nós guardamos uma aliança e assumimos o compromisso de seguir os Seus ensinamentos. Os Seus mandamentos são, portanto, a nossa morada e a nossa estrada.

Evangelho – Marcos 12, 28-34 – “O reino de Deus consiste em Amor ”
Neste Evangelho Jesus esclarece que o fundamento da Lei de Deus é o AMOR. Amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos é o maior mandamento e significa amar na mesma dimensão. Chegamos à conclusão de que se não nos amarmos não conseguiremos, da mesma forma, amar ao nosso próximo. Nada nos será possível realizar se não estivermos ajustados à vontade de Deus e ela consiste em que nos amemos uns aos outros, como fala o Evangelho.  Contudo, primeiramente, o Senhor nos alerta: “Ouve ó Israel “ nos fazendo perceber que nada do que fizermos terá validade se não escutarmos e praticarmos este ensinamento. Se, entendermos isso, se escutarmos e colocarmos em prática, estaremos vivendo já aqui na terra na perspectiva do céu. O reino de Deus consiste em Amor! - Você sabe qual  é a diferença entre gostar e amar? - Você ama a si mesmo (a)? O que você deseja ao seu vizinho (a) é o mesmo que deseja para si?  - Você tem dificuldade em aceitar-se a si mesmo (a)? E aos outros? – Você aceita a opinião dos outros? – Para você o que significa amar a si mesmo? – Como está a sua autoestima?


Deus dos vivos e não dos mortos-Helena Serpa

01/06/2016 - 4a. Feira – IX Semana do tempo comum  - 2 Timóteo 1, 1-3.6-12 –  “ somos chamados a uma vocação santa”
As palavras de São Paulo hoje se destinam a todo aquele que já conhece a força de Deus, porém encontra-se desanimado mediante as dificuldades próprias do seguimento de Jesus Cristo. Somente quando já vivemos uma vida de esperança em Deus, é que podemos compreender e absorver estas palavras.    Muitas vezes, apesar de termos consciência do poder de Deus, nós nos encontramos fracos (as) e impotentes, sujeitos (as) à ação do nosso maior inimigo, o desânimo.  Por isso, São Paulo nos exorta a reavivarmos a chama do dom de Deus (o dom de Deus é o Espírito Santo), para que tenhamos um espírito de fortaleza, de amor e de sobriedade. O Espírito Santo é quem nos renova e dá a motivação para que ponhamos em prática o projeto de Deus durante o tempo em que passamos nesta terra. Para que possamos enfrentar as armadilhas da nossa vida, dando testemunho ao mundo, sem constrangimento e de coração firme de que não recebemos a graça de Deus em vão, precisamos destas três virtudes fundamentais. A fortaleza que revela a nossa fé e confiança nos planos de Deus, o amor que dá sentido às nossas ações e a sobriedade para que possamos manifestar serenidade levando ao mundo a paz tão necessária.  O mundo espera e necessita do nosso testemunho de coragem, de solidariedade e de equilíbrio. Precisamos estar conscientes de que a razão da nossa fé é Aquele que nos chamou para uma vocação santa. Nós somos salvos e chamados para uma vocação santa, porque é este o desígnio do Pai, e da Sua graça em Jesus Cristo, desde sempre. A vocação santa não nos exime de vivenciarmos as dificuldades, pelo contrário, poderá ser passagem por um caminho áspero, mas na certeza de que o Senhor é capaz de guardar aquilo que nos foi confiado até o grande dia, isto é, o dia da nossa redenção. Isto não depende das nossas obras, mas da nossa adesão ao projeto  salvador que o  Pai tem para nós através da entrega de Jesus. Sabemos em quem colocamos a nossa fé, por isso, somos mais que vencedores do mundo e arautos do Evangelho. – Como você tem estado ultimamente, animado (a) ou sem esperança? -  Você acredita que um dia ressuscitará e viverá no céu com os anjos e os santos? – Você tem consciência de que foi chamado (a) para ser santo (a)? – O que você acha que precisa fazer para ser santo (a)? 


  Salmo 122 – “Ó Senhor, para vós eu levanto meus olhos”
Precisamos ter os nossos olhos sempre voltados para o Senhor já antevendo o céu que nos aguarda e sentindo no coração as primícias de uma vida perto do nosso Deus. Por isso, podemos rezar este salmo levantando os olhos para o céu, onde está Jesus e para onde um dia seguiremos. Mesmo que o mundo tente nos distrair nós podemos sempre recomeçar com a confiança de que o Senhor acolhe com misericórdia o nosso pedido de perdão. È do céu que virá o nosso socorro!

Evangelho – Marcos 12, 18-27 – “Deus dos vivos e não dos mortos ”
Os saduceus uniram-se para pregarem uma peça em Jesus e confundi-Lo fazendo-Lhe perguntas a espera de que Ele hesitasse na resposta, pois não acreditavam na ressurreição dos mortos e se baseavam nos preceitos que Moisés havia deixado. No entanto, Jesus facilmente esclareceu o caso se reportando às Escrituras e interpretando para eles os mistérios do Pai e fazendo com que enxergassem como estavam enganados! Assim também acontece com cada um de nós quando tiramos conclusões precipitadas sobre os mistérios da vida em virtude da nossa tendência a materializar o que é espiritual. Todos nós somos mais ligados à nossa dimensão material do que à nossa realidade espiritual. Por esse motivo não conseguimos interpretar o ensinamentos do Senhor por meio da Sua Palavra e confundimos os projetos de eternidade que Deus nos reserva deixando de enxergar as coisas espirituais. Consequentemente nivelamos a nossa vida depois da morte com a que experimentamos na terra. Jesus esclareceu-nos este mistério quando nos mostrou que “quando os mortos ressuscitarem, os homens e as mulheres não se casarão, pois serão como os anjos do céu.”  Por esta razão, precisamos desde já,  tentar  nos liberar do apego demasiado às pessoas, pois sabemos que todos somos propriedade de Deus Pai e é Ele quem nos reserva  o lugar no qual habitaremos eternamente, segundo a Sua misericórdia. Todo o fundamento do cristão está na ressurreição de Jesus e Nele esperamos também ressuscitar. Sabemos que Jesus está vivo e que é o Senhor dos vivos, não dos mortos, portanto, nós também continuaremos vivos, mesmo depois da nossa morte. Hoje, somos matéria e espírito, um dia seremos como os anjos do céu, não teremos mais apego a ninguém, seremos somente de Cristo e viveremos em perfeita harmonia com o Pai e com todos os nossos queridos.  – O que as palavras de Jesus causam em você: preocupação ou esperança? – Você é uma pessoa muito dependente das pessoas que o (a) cercam? -  Você acredita que um dia ressuscitará e viverá no céu com os anjos e os santos?   



Maria foi a primeira a levar a alegria de Jesus ao mundo-Helena Serpa

31/05/2016 – 3ª. feira -  Visitação de N. Senhora -  Sofonias 3, 14-18 – “para nós, também, a sentença foi revogada”
Maria foi quem nos trouxe Jesus Cristo, o nosso Salvador, por isso, Ela é a portadora da Boa Nova da Salvação para a humanidade. Foi em Maria que Jesus se abrigou entre nós, por isso, ela é a cidade de Sião, fonte de esperança e modelo para nós. A mensagem desta leitura é um alento no meio das dificuldades que nós enfrentamos na vida, quando entendemos que nunca sairemos delas e que não teremos saída para as nossas aflições. É como uma injeção de ânimo para nos reabilitar as forças e nos fazer ter esperança de que os milagres que ainda não enxergamos, acontecerão, com certeza. Há momentos na nossa vida em que ficamos presos no pecado, na culpa e não percebemos que para nós, também, a sentença foi revogada pelo Senhor que nos deu um Rei Poderoso que veio nos libertar. Portanto, ele também diz para nós:  “Não temas, não te deixes levar pelo desânimo”; “o Senhor está contigo! É este o motivo pelo qual precisamos ter um coração sempre alegre e agradecido. O Senhor é o nosso valente guerreiro e conquistou para nós a vitória. Ele está no meio de nós!  Somos hoje, como Maria, a Cidade de Sião, Jerusalém, povo de Israel a quem Deus revogou a sentença que pesava contra ele. Apesar dos transtornos que o pecado nos acarreta, temos consciência de que somos mais que vencedores em Jesus Cristo. Ele veio para nos libertar por isso, não precisamos mais temer o mal. O Senhor nos livrará afastando de nós a desgraça para que ela nunca mais nos cause humilhação. Por isso, somos chamados a cantar de alegria e exultar de todo o coração.     Jesus já veio, e já nos libertou dos nossos inimigos e, por isso, não precisamos temer nem desanimar. Este é, portanto, o motivo da nossa alegria.  – Você se considera hoje essa pessoa, alegre e liberta do mal? – O que essa Palavra fala no seu coração? – Você se considera como a cidade de Sião, eleita pelo Senhor para ser feliz? – Em que consiste a sua felicidade?  

Salmo Isaias 12 – “O Santo de Israel é grande entre vós”
Se nós somos como a cidade de Sião, todo o nosso ser deve se rejubilar pelas maravilhas que acontecem dentro de nós. No nosso interior há um universo de sentimentos, de pensamentos, de desejos, de motivações, de interesses que às vezes se confundem. Porém, quando o nosso ser como um todo elege a Deus Criador como o seu Senhor, aí então nós podemos ter harmonia interior e manifestar entre os povos a Sua glória. Dessa forma, podemos exercitar a prática do louvor e do reconhecimento à grandeza de Deus, e assim, automaticamente nós nos apoderamos do Seu poder e da Sua grandeza. Consequentemente, nós nos tornamos homens e mulheres cheios de coragem e destemor, pois o Senhor é força, é poder e salvação.  


Evangelho – Lucas 1, 39-56 – “Maria foi a primeira a levar a alegria de Jesus ao mundo
Bem aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu!”  Estas palavras de Isabel ao acolher sua prima Maria na sua casa, são hoje para nós uma fonte de esperança para tudo quanto ainda esperamos que aconteça na nossa vida e nos levam a acreditar nos projetos de Deus para nós.  Com efeito, hoje podemos fazer uma avaliação de como anda a nossa confiança nas promessas que o Senhor nos tem feito nos momentos de oração. Precisamos estar atentos (as), pois a todo instante o Senhor está realizando em nós algo que faz parte do Seu projeto para a nossa vida. Se Maria tivesse parado para conferir, e cheia de dúvidas ficasse a esperar acomodada a realização da promessa da vinda do Salvador, talvez a história tivesse sido diferente. Pelo contrário, desde o primeiro instante em que acolheu a mensagem do anjo e disse “faça-se conforme a Palavra do Senhor”, Maria saiu de si, deu o passo e começou a desempenhar o seu papel de portadora da Boa Nova de Deus. Por isso, nossa Senhora é o próprio Evangelho vivenciado, posto em prática e encarnado. Em Maria. O Senhor também nos convoca a sair de nós mesmos (as) para dar um voto de confiança às Suas promessas, agindo de acordo com a Sua Palavra e Seus ensinamentos. Tudo o quanto esperamos de Deus precisa estar de acordo com a sua Palavra e de conformidade com as Suas promessas para nós. Maria foi a portadora do Espírito Santo para Izabel! Deste modo, a Mãe de Jesus nos ensina que quando levamos Jesus para as pessoas, elas também ficam cheias do Espírito, por isso, se alegram com a nossa chegada.  O Espírito Santo é quem realiza a obra do Senhor no nosso coração e é quem nos faz sair de nós mesmos (as) e ir à busca dos que estão necessitados. Sem mesmo perceber somos instrumentos de Deus na vida dos nossos irmãos para que se cumpram os Seus desígnios e os Seus planos se realizem. Maria soube distinguir isto e não perdeu tempo, pôs-se a caminho das montanhas esquecendo a glória de ser mãe de Deus se fez serva, auxiliadora, anunciadora e canal da graça do Espírito Santo. Assim, ela foi a primeira a levar a alegria de Jesus ao mundo! O Espírito Santo é quem nos ensina a louvar a Deus e a manifestar gratidão pelos Seus grandes feitos na nossa vida, por isso, também somos felizes. Assim como visitou Isabel, transmitindo a ela e a João Batista, o poder do Espírito, Maria hoje, também nos visita e traz para nós o Seu Menino Jesus, cheio do Espírito Santo que nos ensina a cantar, a louvar e a bendizer a Deus com os nossos lábios.      – Reze com Maria, hoje: “Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador, porque olhou para a sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo!” – Você tem assumido a Palavra de Deus? - Você também se considera bem aventurado (a)? Você se sente comprometido (a) com Deus? – Você confia nas promessas de Deus? - Você tem usado o Espírito Santo  para ir em busca daqueles que precisam ser amados e ajudados?


segunda-feira, 30 de maio de 2016

ANO C 10º DOMINGO DO TEMPO COMUM-Dehonianos

05/06/2016
ANO C
10º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Nota inicial:
Não sendo possível apresentar, para este domingo, os comentários segundo o esquema habitual, limitamo-nos a breves comentários de cada uma das leituras e a um conjunto de interpelações finais sobre como ser profeta hoje, tema que percorre a liturgia deste domingo.
Além disso, vivemos uma semana intensa, que se iniciou com a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo e que incluiu a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.

Tema do 10º Domingo do Tempo Comum
A dimensão profética percorre a liturgia da Palavra deste domingo, em Elias, o profeta da esperança e da vida, em Paulo, o profeta do Evangelho recebido de Deus, e, particularmente, em Jesus, o grande profeta que visita o seu povo em atitude de total oblação.
A primeira leitura apresenta-nos a figura da mulher de Sarepta, que significa a perda da esperança e o sentimento de derrota e de procura de um culpado, e a figura do profeta Elias, que acredita no Deus da vida, que não abandona o homem ao poder da morte, ressuscitando o filho da viúva.
No Evangelho, temos a revelação de Deus expressa na atitude de piedade e compaixão de Jesus no milagre da ressurreição do filho da viúva. Deus visita o seu povo em Jesus, “um grande profeta”, realizando o reino pela ressurreição, oferecendo a sua vida e dando-lhe pleno sentido.
Na segunda leitura, acolhemos a absoluta gratuidade da conversão de Paulo, para quem o Evangelho é uma força vital e criadora, que produz o que anuncia; a sua força é Deus. É uma força vital, uma dinâmica profética que ele recebeu diretamente de Deus.

LEITURA I – 1 Reis 17, 17-24
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Naqueles dias,
caiu doente o filho da viúva de Sarepta
e a enfermidade foi tão grave que ele morreu.
Então a mãe disse a Elias:
«Que tens tu a ver comigo, homem de Deus?
Vieste a minha casa lembrar-me os meus pecados
e causar a morte do meu filho?»
Elias respondeu-lhe:
«Dá-me o teu filho».
Tomando-o dos braços da mãe,
levou-o ao quarto de cima, onde dormia,
e deitou-o no seu próprio leito.
Depois, invocou o Senhor, dizendo:
«Senhor, meu Deus,
quereis ser também rigoroso para com esta viúva,
que me hospeda em sua casa,
a ponto de fazerdes morrer o seu filho?»
Elias estendeu-se três vezes sobre o menino
e clamou de novo ao Senhor:
«Senhor, meu Deus,
fazei que a alma deste menino volte a entrar nele».
O senhor escutou a voz de Elias:
a alma do menino voltou a entrar nele
e o menino recuperou a vida.
Elias tomou o menino,
desceu do quarto para dentro da casa
e entregou-o à mãe, dizendo:
«Aqui tens o teu filho vivo».
Então a mulher exclamou:
«Agora vejo que és um homem de Deus
e que se encontra verdadeiramente nos teus lábios
a palavra do Senhor».
Breve comentário à primeira leitura.
O episódio de hoje, a ressurreição do filho da viúva de Sarepta, é um dos milagres atribuídos a Elias e enquadra-se na polémica contra a religião cananeia do deus Baal. Este era considerado o senhor e o esposo da terra e simbolizava a fertilidade dos campos, dos animais, das famílias. Enfim, era o deus da fecundidade e da vida. Portanto, em Canaã, celebrava-se todos os anos a festa da morte e da ressurreição da natureza na figura de Baal.
O milagre de Elias, como outros a eles atribuídos, significa fundamentalmente que Yahveh é a única fonte da vida e da fertilidade. A vida vem de Deus. Toda a vida e ação de Elias apontam nesse sentido; o próprio nome Elias significa “Yahveh é o meu Deus”. Portanto, todos os elementos da mensagem devem ser vistos à luz desta centralidade. Todo o relato, que pode denotar referências mágicas na relação entre pecado e doença, baseia-se na oração de Elias, que deixa clara a sua fé num Deus pessoal, senhor e fonte de vida.
A viúva de Sarepta, uma mulher estrangeira, confessa a fé em Elias como “homem de Deus”, “porta-voz de Deus”: “Agora vejo que és um homem de Deus e que se encontra verdadeiramente nos teus lábios a palavra do Senhor”. Naamã confessará uma fé semelhante, depois de ser curado e se ter lavado no Jordão por indicação de Eliseu (cf. 2 Re 5,15). Jesus fará referência à viúva de Sarepta e ao sírio Naamã como representante dos gentios que entram n Igreja, após receber o Evangelho (cf. Lc 4,25-27).
A figura da mulher significa a perda da esperança e o sentimento de derrota e de procurar um culpado. O profeta Elias é a figura que acredita no Deus da vida, que não abandona o homem ao poder da morte.
Como pensamos e agimos hoje, nós que somos cristãos? Não ficamos muitas vezes no paganismo, na falta de esperança, no derrotismo das desgraças que nos atingem? Quando é que, verdadeiramente, agimos como se Deus fosse verdadeiramente o único Deus da vida e da bondade? Quanto caminho a fazer para sermos profetas à maneira de Elias…

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 29 (30)
Refrão 1: Eu Vos louvarei, Senhor, porque me salvastes.
Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes
e não deixastes que de mim se regozijassem os inimigos.
Tirastes a minha alma da mansão dos mortos,
vivificastes-me para não descer ao túmulo.
Cantai salmos ao Senhor, vós os seus fiéis,
e dai graças ao seu nome santo.
A sua ira dura apenas um momento
e a sua benevolência a vida inteira.
Ao cair da noite vêm as lágrimas
e ao amanhecer volta a alegria.
Ouvi, Senhor, e tende compaixão de mim,
Senhor, sede vós o meu auxílio.
Vós convertestes em júbilo o meu pranto:
Senhor meu Deus, eu Vos louvarei eternamente.

LEITURA II – Gal 1, 11-19
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas
Quero que saibais, irmãos:
O Evangelho anunciado por mim
não é de inspiração humana,
porque não o recebi ou aprendi de nenhum homem,
mas por uma revelação de Jesus Cristo.
Certamente ouvistes falar do meu proceder outrora no judaísmo
e como perseguia terrivelmente a Igreja de Deus
e procurava destruí-la.
Fazia mais progressos no judaísmo
do que muitos dos meus compatriotas da mesma idade,
por ser extremamente zeloso das tradições dos meus pais.
Mas quando Aquele que me destinou desde o seio materno
e me chamou pela sua graça,
Se dignou revelar em mim o seu Filho
para que eu O anunciasse aos gentios,
decididamente não consultei a carne e o sangue,
nem subi a Jerusalém
para ir ter com os que foram Apóstolos antes de mim;
mas retirei-me para a Arábia
e depois voltei novamente a Damasco.
Três anos mais tarde,
subi a Jerusalém para ir conhecer Pedro
e fiquei junto dele quinze dias.
Não vi mais nenhum dos Apóstolos,
a não ser Tiago, irmão do Senhor.
Breve comentário à segunda leitura.
O texto de hoje enquadra-se na acentuação muito forte da absoluta gratuidade da conversão de Paulo. A essa luz Paulo prega um Evangelho que não é de origem humana. Poder-se-ia pensar que este Evangelho tem um conteúdo da catequese sobre os factos e os ditos de Jesus. Ora, Paulo, quando perseguia ferozmente os cristãos, conhecia bem o conteúdo da sua doutrina. Para Paulo, o Evangelho é uma força vital e criadora, que produz o que anuncia; a sua força é Deus. É uma força vital, uma dinâmica profética que Paulo recebeu diretamente de Deus.
Para Paulo, a sua conversão é obra exclusiva de Deus. Temos aqui um equilíbrio dinâmico entre a gratuidade da fé e a adesão à tradição e magistério eclesiástico.
Somos convidados a estarmos sempre abertos à revelação de Deus, à autêntica conversão, ao acolhimento do Evangelho vivo de Deus.

ALELUIA – Lc 7,16
Aleluia. Aleluia.
Apareceu no meio de nós um grande profeta:
Deus visitou o seu povo.

EVANGELHO – Lc 7,11-17
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo,
dirigia-Se Jesus para uma cidade chamada Naim;
iam com Ele os seus discípulos e uma grande multidão.
Quando chegou à porta da cidade,
levavam um defunto a sepultar,
filho único de sua mãe, que era viúva.
Vinha com ela muita gente da cidade.
Ao vê-la, o Senhor compadeceu-Se dela e disse-lhe:
«Não chores».
Jesus aproximou-Se e tocou no caixão;
e os que o transportavam pararam.
Disse Jesus:
«Jovem, Eu te ordeno: levanta-te».
O morto sentou-se e começou a falar;
e Jesus entregou-o à sua mãe.
Todos se encheram de temor
e davam glória a Deus, dizendo:
«Apareceu no meio de nós um grande profeta;
Deus visitou o seu povo».
E a fama deste acontecimento
espalhou-se por toda a Judeia e pelas regiões vizinhas.
Breve comentário ao Evangelho.
Temos aqui o episódio da ressurreição do filho de uma viúva, em paralelismo com o da primeira leitura. O milagre relatado neste texto, assim como o dos versículos anteriores, respondem à pergunta de João de Baptista a Jesus: “és Tu que hás de vir ou devemos esperar outro?” Jesus oferece a salvação (cf. Lc 7,1-10) e mostra o verdadeiro triunfo da vida (cf. Lc 7,11-17). Não é o relato em si que é o mais importante, mas o sentido que nos transmite.
Antes de mais, temos aqui uma revelação de Deus. Diante da atitude de piedade e compaixão de Jesus, neste milagre de ressurreição, vemos a exclamação do povo: “Deus visitou o seu povo”. Jesus é “um grande profeta”, não apenas porque transmite a Palavra de Deus e anuncia o reino com palavras, mas sobretudo porque veio realizar o reino pela ressurreição, oferecendo a sua vida.
Em seguida, vemos aqui o sentido da vida. Jesus veio criar, oferecer ao homem a alegria de uma vida aberta com todo o sentido.
Percebemos ainda todo o carácter de sinal presente no milagre. A ressurreição do filho da viúva testemunha Jesus que há de vir, cuja vida triunfa plenamente sobre a morte.
Significa que para nós, hoje como então, Deus Se encontra onde há o sentido da piedade, do amor vivificante. Significa ainda que, seguindo Jesus, só podemos também suscitar vida, ter piedade dos que sofrem, oferecer a nossa ajuda, ter uma atitude de oblação.
Das duas, uma: ou fazemos da nossa vida um cortejo de morte, dos sem esperança, que acompanham o cadáver, em atitude de choro, de luto, de desespero; ou fazemos do nosso peregrinar um caminho de esperança, de ressurreição, de transformação do choro e da morte em sentido de vida. Podemos escolher, é certo. Mas se somos seguidores de Cristo e nos deixamos visitar por este grande profeta, não temos alternativa!

SER PROFETA HOJE (algumas interpelações)
A partir da liturgia de hoje, podemos percorrer algumas interpelações sobre o sentido da profecia para os tempos atuais. Como ser profeta hoje? Como ser profeta à luz da Palavra de Deus que ilumina os acontecimentos das nossas vidas, da Igreja e do mundo? Algumas interpelações:
1. Descobrir e propor o projeto de Deus para o mundo e para os homens. O profeta é homem do seu tempo, marcado pelas descobertas, conquistas, contradições e esperanças dos homens do seu tempo… É também alguém com uma fé profunda, com uma consciência muito forte da presença de Deus na própria vida. A vida de união e de comunhão com Deus vai impregnando a vida do profeta, de modo que vai aprendendo a interpretar todos os acontecimentos políticos, sociais e religiosos à luz de Deus e do seu projeto. Só deste modo ele pode apresentar o projeto de Deus para os homens hoje.
2. Sentir-se chamado por Deus, receber de Deus uma missão, ser enviado por Deus ao mundo. Deus chama de muitas formas… Um sonho, uma leitura, um acontecimento, um sinal… Às vezes descobre-se o seu apelo no rosto de um pobre ou de um escravizado; outras vezes, nas páginas dos jornais; outras, nas necessidades da Igreja ou da sociedade; outras, nos acontecimentos turbulentos do presente; outras, mais simplesmente, nas palavras de um amigo ou de um mestre… Ao ser chamado, o profeta recebe de Deus uma missão.
3. Estar marcado pelas experiências de solidão, angústia, sofrimento, crise, rejeição, incompreensão… Ser fiel à missão de Deus, mesmo quando, com essa atitude, o profeta se sente abandonado, rejeitado, incompreendido. No fundo, trata-se de arriscar a vida, na certeza da presença de Deus.
4. Estar desinstalado, num território concreto… como espaço de verificação e de rejeição da profecia anunciada. Ninguém é profeta na sua terra, é certo. Mas é na terra, no espaço concreto, na escola, no local de trabalho, na comunidade, na Igreja… que a profecia deve ser anunciada. Com coragem, com desassombro.
5. Viver no quotidiano da existência, na minha situação concreta, aqui e agora. Como ser profeta, aqui e agora, na minha situação, face aos problemas reais que me entram pelos olhos e interpelam o meu coração aberto ao Pai e ao próximo?
6. Anunciar as Boas Novas de sempre duma forma sempre nova. O conteúdo do anúncio profético é sempre o mesmo. Mas esta única Palavra de Deus deve ressoar duma forma sempre nova…
7. Assumir um modo novo e inédito de viver e anunciar o essencial. Anunciar um modo novo de viver o essencial. E o essencial é a fé, a esperança e a plenitude do amor, das quais os profetas foram testemunhas vulneráveis mas obstinados. O Espírito sopra onde quer e como quer, com liberdade imprevisível, não se deixando amarrar em esquemas exclusivos ou demasiado estreitos…
8. Escutar, aprender, receber, acolher… o Deus do povo e o povo de Deus.
9. Ser coerente entre a palavra anunciada e as opções pessoais. Quantos pretensos profetas gritam diante dos microfones, ditam sentenças nos jornais a torto e a direito, gesticulam nas praças e na televisão… mas não dão testemunho com a sua vida. Por isso, não mudam as coisas! Há incoerência entre pensamento e vida, entre ideal e prática.
10. Denunciar não apenas os pecados, mas as estruturas de pecado, promover e estimular novas estruturas de virtudes e valores.
11. Testemunhar entre o silêncio intenso-pleno e o silêncio despojado-vazio. Diante dos dramas recentes e atuais, diante das angústias e sofrimentos, diante dos vazios e da falta de esperança, o profeta dá testemunho, com o seu silêncio, do silêncio de Deus. Não é fácil, mas pode ser um silêncio fecundo que fala.
12. Lutar contra os novos ídolos de hoje: detetá-los, desmascará-los, denunciá-los…
13. Anunciar a fé e a justiça, assumir a esperança como raiz da profecia. Não se trata de duas coisas distintas: a fidelidade ao Deus vivo exige a defesa dos direitos do pobre. A mensagem profética, na sua capacidade de denúncia, integra-se e aperfeiçoa-se, especificando-se, na proposta de uma utopia, na “proposta de uma alternativa”, chamada esperança. Sem esperança não há profecia.
14. Profetizar no século XXI, viver pobre a profecia da gratuidade, da sobriedade, da essencialidade: sentir a alegria de dar, gratuitamente; experimentar a força do Amor criador de Deus; praticar diariamente uma vida simples, sóbria; ir profeticamente contra a corrente do domínio e do consumo; ser capaz de desmascarar as raízes do egoísmo e as suas consequências…
15. Profetizar no século XXI, viver obediente a profecia da multiculturalidade: descobrir a única vontade de Deus Pai; deixar os isolamentos, os nossos planos egoístas; procurar a vontade de Deus na vontade da comunidade; deixar de lado o escândalo da excomunhão mútua; comungar no mesmo Deus…
16. Profetizar no século XXI, viver casto a profecia da sexualidade redimida: testemunhar a redenção de Cristo na globalidade do nosso ser (inteligência, liberdade, fantasia, corpo, afetos, sentidos); ser profetas da libertação integral…

UNIDOS PELA PALAVRA DE DEUS
PROPOSTA PARA
ESCUTAR, PARTILHAR, VIVER E ANUNCIAR A PALAVRA NAS COMUNIDADES DEHONIANAS
Grupo Dinamizador:
P. Joaquim Garrido, P. Manuel Barbosa, P. José Ornelas Carvalho
Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos)
Rua Cidade de Tete, 10 – 1800-129 LISBOA – Portugal
Tel. 218540900 – Fax: 218540909
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