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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

“Da queda preservastes os meus pés, para que eu ande na presença de Deus, na luz dos vivos” - Diac. José da Cruz



SÁBADO DA 24ª SEMANA DO TC 22/09/2012
1ª Leitura 1Cor 15,35-37, 42-49
Salmo 55 (56) , 14 “Da queda preservastes os meus pés, para que eu ande na presença de Deus, na luz dos vivos” - Diac. José da Cruz
Evangelho  Lucas 8, 4-15
Escute Lucas, porque o Senhor, quando escreveu esse evangelho, já deu a homilia prontinha ? A gente não tem muito o que refletir, o Senhor explicou sobre cada um dos três tipos de solos, que a semente caiu, e as conseqüências de cada um deles....
Lucas - Sim, isso eu fiz, porque as comunidades do meu tempo, bem depois de Jesus, tinham dificuldade em compreender essa parábola, eu lembrei que o Mestre tinha uma explicação mais detalhada para o grupo dos discípulos...
           E por que esse privilégio? Para o povão contava a parábola e depois em casa explicava para os discípulos...
           Lucas - Era preciso que se fizesse dessa maneira, o grupo teria que ser muito bem preparado porque mais á frente eles iriam assumir a missão de Jesus e tinham que fazer bonito nos ensinamentos....
          Está certo, da mesma forma que hoje, todos quantos têm a responsabilidade de pregarem a Palavra, sejam leigos ou ministros ordenados, têm que ser bem preparados. Mas da parábola em si, o que dá prá gente pensar nos dias de hoje....
          Lucas- Vocês do Terceiro Milênio do Cristianismo, não devem ficar olhando em redor, julgando as pessoas para saber quem é Terra boa e quem é Terra ruim e improdutiva, ou terra com pedregulho, ou cheia de espinhos...ou aquela terra dura á beira do caminho...
         Mas Lucas, não é importante a gente conhecer bem as pessoas e saber com quem a gente pode contar ?
          Lucas - Não ! Isso é julgar as pessoas e só Deus pode julgar. Esses tipos de terra que a parábola menciona, está dentro do coração do homem, tudo misturado, pode reparar, às vezes tem terra dura no coração, ou tem pedregulho, ou tem espinho que sufoca a semente, quantas coisas há no coração humano que impede a Palavra de frutificar....inconstância, indiferença, desprezo , ou mesmo quando a Palavra produz frutos, tem vez que dá cem por cento, outras vezes sessenta ou trinta por cento....esse solo imprevisível é o coração do homem....que tem que ser transformado pela Palavra, mas quanta resistência...nosso Mestre sabia disso e por isso contou essa parábola.....

“Porque por toda a terra espalha o seu reino, e até os confins do mundo a sua voz” - Diac. José da Cruz



SÃO MATEUS , APÓSTOLO E EVANGELISTA – 21/09/2012
1ª Leitura Efésios 4, 1-7, 11- 13
Salmo  18 (19), 5  “Porque por toda a terra espalha o seu reino, e até os confins do  mundo a sua voz” - Diac. José da Cruz

Evangelho Mateus 9, 9-13

Olha São Mateus, primeiramente parabéns pelo seu dia que é hoje, o Senhor poderia nos falar sobre aquele dia que o Mestre passou na sua banca e o chamou para ser discípulo?
___Bom, foi um dia inesquecível, eu pensei que o Galileu fosse pagar algum imposto, mas de repente vi o seu olhar sobre mim, não era um olhar acusador como o da maioria do povo, mas era um olhar firme, que me deixou encantado, suas palavras apenas expressaram o que os seus olhos já me haviam dito...
___É Verdade que o Farisaísmo entrou em polvorosa?
___Nossa, e como ! Eles consideravam muito o Mestre e tinham grande admiração e respeito por ele, mas certas atitudes os desconcertavam, e esse chamado que ele me fez, ali diante deles, foi realmente muito desconcertante, imaginem eu, um Cobrador de impostos, explorador do povo e a serviço do poder romano, ser chamado por Jesus. E o que é pior, ele foi jantar em minha casa naquela noite....Deu o maior "buchicho"
___Pois é, percebe-se no seu relato, eles começaram a "apertar" os discípulos, o por que desse jantar em sua casa...
___Sim, mas não só isso, meus amigos cobradores de impostos também vieram, achei que o Mestre iria nos fazer um discurso moralista, prá gente mudar de vida e ....
___Ué, mas então ele não pregou a palavra, não fez ameaças para vocês se converterem? Pensei que ele tivesse dado uma "dura" no seu grupo de pecadores...
___Pois é, eu também pensei assim, e até achava que aquele jantar seria bem chato, pelo clima que o Mestre iria criar. Mas... surpreendeu-me o fato dele ter ficado á vontade em minha casa, sabe, parecia um de nós, comia, bebia, falava, ria de coisas gozadas que a gente falava, e uma hora até ameaçou uma dança, como era nosso costume....Foi uma festa imemorável, descobri que ele nos queria muito bem, apesar de sermos uns "casos perdidos".
___Então não foi o discurso ou ensinamento que te levou a mudar de vida e segui-lo ?
___Não, de modo algum! Foi a sua atitude e o modo como se relacionou comigo e com os outros, Jesus é simplesmente encantador, é impossível não segui-lo, quando se experimenta o quanto ele nos ama...daí sim é que vem a conversão.....
___Conclusão: daí o Império Romano perdeu um excelente cobrador, e o Mestre ganhou um novo discípulo, e nós enquanto Igreja ganhamos um grande Santo e Apóstolo.......

“A CONSCIÊNCIA DO PECADO” - Diac. José da Cruz



QUINTA FEIRA DA 24ª SEMANA DO TC 20/09/2012
1ª Leitura 1 Cor 15, 1-11
Salmo 117 (118), 1  “Louvai o Senhor porque ele é bom”
Evangelho Lucas 78, 36-50
   
 “A CONSCIÊNCIA DO PECADO” - Diac. José da Cruz

Na sociedade globalizante e consumista da qual fazemos parte, onde vale tudo para ser feliz, seduzido pelas facilidades da vida moderna, na medida em que o homem avança em ritmo acelerado na tecnologia e na ciência, experimenta uma evolução rápida e espantosa. Porém, por outro lado todo esse sucesso da comunidade científica aumenta no ser humano a prepotência e a auto suficiência, assumindo o lugar de Deus, quando se apresenta como senhor de sua vida e de seus atos, conhecedor do bem e do mal, e arrogando-se o direito de decidir sua própria vida.
Temos visto recentemente em uma emissora de TV uma campanha publicitária onde determinada corrente ideológica defende abertamente o aborto e uma mulher elegante e liberada convence o telespectador de que o aborto está entre as demais conquistas da mulher moderna, que por isso têm todo direito de decidir o que fazer com seu corpo, sem dar satisfação a ninguém, muito menos a Deus, cuja lei é considerada retrógrada.
E assim, nessa sociedade mais do que nunca antroprocêntica, o homem arrogante vai dando o seu grito de independência, decretando a morte de Deus e o fim do pecado, como se Deus atrapalhasse os planos de ser feliz, da humanidade.
Mas e os discípulos de Jesus, membros de tantas igrejas cristãs, como se posicionam diante dessa sociedade que “liberou geral” em uma verdadeira maratona do “vale tudo” na busca do prazer, sucesso e felicidade?
A voz profética de Natã na primeira leitura, despertou no rei Davi a consciência do seu delito, do seu procedimento totalmente contrário à palavra de Deus, pois colocou Urias na frente de batalha para que este morresse e assim ele pudesse possuir a sua esposa. Essa atitude penitente permitiu ao rei experimentar a alegria do amor de Deus.
Precisamos admitir que estamos enfermos, para sermos curados pela misericórdia divina. O salmo 51 é um dos mais belos da sagrada escritura, com seu caráter profundamente penitencial mostra-nos o rei Davi humilde e penitente, que reconhece o seu pecado “Pequei contra o Senhor”.
Mas o pior enfermo é aquele que não admite a sua enfermidade, procurando esconde-la com práticas religiosas e uma aparência piedosa diante dos irmãos. O Fariseu Simão, que convidara Jesus para jantar em sua casa, não é má pessoa ao contrário, sua conduta é irrepreensível já que cumpre todos os deveres para com Deus e o próximo e como bom teólogo, conhece a Palavra de Deus, suas promessas e suas leis dadas a Moisés.
Já a mulher tem má fama, é conhecida como pecadora sendo moralmente desqualificada, e por sua conduta está excluída da comunidade porque é considerada impura, mas há algo em sua vida que a difere do fariseu piedoso: conheceu Jesus e descobriu-se amada e querida por ele, apesar dos seus inúmeros pecados e a experiência desse amor a leva a reconhecer-se pecadora, sentindo no coração não um remorso doloroso, mas sim uma incontida alegria que procurou manifestar na casa do fariseu, lavando e ungindo os pés daquele que a fez descobrir o verdadeiro amor.
O fariseu mantinha com Deus uma relação sem dúvida piedosa, mas como se sentia justificado pelas suas obras, dava-se o direito de julgar os que estavam em pecado, excluindo-os de sua companhia, e sentindo-se merecedor do amor de Deus e sua salvação.
Note-se que Jesus não condena a conduta e o modo de viver do fariseu, e nem tão pouco aprova a vida pecaminosa da mulher, apenas realça o modo como ambos se relacionam com Deus. Certamente essa experiência com o Mestre Jesus mudou para sempre a vida daquela mulher mostrando-nos que a iniciativa é sempre de Deus e que somente quando descobrimos o seu amor em nossa vida, é que percebemos o quanto somos pecadores por não correspondermos a esse amor.
Simão admirava Jesus, mas não via nele nada de especial, porque a lei, tradição, o rito e suas boas obras não o deixavam sentir o quanto Deus o amava, manifestando este amor em Jesus. A religião do perfeicionismo e do moralismo é sempre muito triste porque nela, o homem mantém com Deus não uma relação de filho, amado e querido, mas apenas de um empregado, que cumpre seu dever junto ao patrão, merecendo deste o justo salário.
A verdadeira autêntica e única religião têm como base um amor que não se prende a qualquer lei moral ou norma de conduta, mas sim ao encanto e fascínio de Cristo Jesus, cujo olhar, gesto e palavras tem o poder de tocar nosso coração, fazendo-nos renascer e recuperar nossa dignidade de filhos de Deus, despertando-nos esse desejo incontido de estar a seus pés, como essa mulher, naquela noite imemorável na casa de Simão. Que o formalismo religioso não mate em nós a alegria desse amor grandioso!

“Celebrai o Senhor com a cítara, entoai-lhe hinos na harpa de dez cordas” - Diac. José da Cruz



QUARTA FEIRA DA 24ª SEMANA DO TC 19/09/2012
1ª Leitura 1 Cor 12, 31- 13, 1-3
Salmo 32 (33) , 2 “Celebrai o Senhor com a cítara, entoai-lhe hinos na harpa de dez cordas” - Diac. José da Cruz
Evangelho Lucas 7, 31 – 35

Meninos sentados na praça e que gritam aos outros "Tocamos flauta e não cantais, cantamos uma lamentação e não chorais..." Com essa expressão talvez estranha para nós, Jesus diz uma grande verdade : queremos sempre que as pessoas dancem conforme a nossa música, isso é, que pensem e ajam como nós, e se for uma religião ou até mesmo aspecto cultural, que não mudem nada e nem venham com coisas novas.
João Batista, o Precursor de Jesus, tinha algo novo a anunciar, mas como vivia de um jeito meio estranho e não se alimentava, diziam que ele estava possesso de um demônio. (Qualquer fenômeno que não conseguimos definir, atribui-se ao demônio) .
Jesus de Nazaré é diferente de João Batista, aliás, não se encaixa no perfil de Messias anunciado, em vez de acabar com os pecadores e homens maus, tem amizade com eles, senta-se para tomar refeição com eles, e come e bebe com eles. Por isso o rotularam de comilão e beberrão.
E assim, o Novo que se encarnou em meio a humanidade, acabou rejeitado justamente porque era humano demais. Esse evangelho traz um forte apelo á conversão neste tempo do advento, mas o que é a conversão? Justamente purificar o olhar e o coração, para ver e sentir a presença de Jesus e do seu Reino nas pessoas e nos acontecimentos da história e da nossa vida. Mas tenhamos cautela, Jesus não está formatado do jeito que nós queremos e o imaginamos, a conversão interior é primeiramente dom de Deus, que vem com a Graça oferecida em Jesus.
Quando olhamos o mundo e as pessoas com os olhos de Jesus, não exigimos que as pessoas "dancem só conforme a nossa música", pois o Reino a todos renova e se refaz nas virtudes e nos valores que cada um tem e disponibiliza para os irmãos e irmãs.

“O SENHOR DA VIDA” - Diac. José da Cruz



TERÇA FEIRA DA 24ª  SEMANA DO TC 18/09/2012
1ª Leitura 1Cor 12, 12-14. 27- 31ª
Salmo 99 (100), 3c “Somos o seu povo e as ovelhas de seu rebanho!”
Evangelho Lucas 7, 11-17

                    “O SENHOR DA VIDA” - Diac. José da Cruz
Jesus não ressuscitou muita gente naquele tempo, os evangelhos mencionam apenas três: Lázaro de Betania, irmão de Marta e Maria, a filhinha de Jairo, Chefe da Sinagoga, e o filho da viúva de Naim, que Lucas narra no evangelho desse domingo.
Conclui-se, portanto, que não era propósito de Jesus libertar e salvar os homens da morte biológica, pois se fosse assim, sua missão teria sido um fracasso já que ressuscitou apenas esses três e nem José, seu pai adotivo, ele teria conseguido livrar da morte. Há ainda outra questão importante a ser considerada: que vantagem teria se ressuscitar fosse apenas retornar a esta vida, com todas as suas limitações e aprendizado, suas angústias e tribulações? Por acaso não iríamos morrer novamente, como o próprio Lázaro, a filha de Jairo e o moço que Jesus ressuscita nesse evangelho? Não, não valeria a pena, com toda certeza!
Essa vida nova que Cristo nos dá, através de sua paixão, morte e ressurreição, é infinitamente melhor e superior a esta existência terrena, a ponto do apóstolo Paulo afirmar em uma de suas cartas “os sofrimentos do tempo presente nem se comparam àquilo que Deus irá nos revelar”, ou ainda “o que vemos hoje é como se fosse em um espelho, mas depois nos veremos como de fato o somos”.
A chave que decifra esse mistério da Vida e da morte está precisamente em Cristo, nele o Pai não só se revela, mas revela também quem é o homem. A graça de Deus que em Cristo recebemos nos faz criaturas novas onde o mistério é iluminado pela luz da Fé.
Essa grande e feliz Verdade chegou até nós por causa do evangelho, anunciado pelo próprio Cristo – filho de Deus feito homem, que ao trazer-nos a Boa Nova permitiu-nos conhecer a Deus, descobrindo o sentido da nossa vida na Vida de Cristo, onde todos os limites humanos foram superados, ao dar-nos acesso a Deus, rompendo para sempre a barreira do pecado.
Sem este anúncio e esta graça, a nossa esperança por uma Vida Nova, seria vã, não passaria de uma grande utopia, uma fantasia e ilusão que um belo dia chegaria ao seu final, mas o homem que vive pela fé, a comunhão com Cristo, sabe em seu coração que não caminha para o fracasso da morte e esta esperança viva é que dá a esta vida terrena um sentido novo.
Portanto, nossa Vida está em Cristo porque nele nos movemos e somos, sem ele, nossa caminhada terrena não passa de um cortejo fúnebre, onde somos como um morto vivo, caminhando para a ruína da morte biológica, para ser devorado pela terra.
A vida do homem que tomou a decisão de viver sem Deus, ignorando esta Salvação e Libertação oferecida por Jesus, é muito triste, porque ele se ilude com toda pompa que esta vida oferece, satisfazendo seus desejos egoístas, colocando toda sua esperança nas coisas que passam, e no final, descobre que foi enganado, quando percebe que caminha para a morte. Mas nunca é tarde para reverter esse quadro doloroso, pois, para quem caminha assim, como se fosse um corpo sem vida, irradiando tristeza e dor aos que o acompanham, o evangelho desse domingo anuncia algo maravilhoso: no sentido contrário, vem chegando Cristo Jesus, Senhor da Vida, aquele que movido de compaixão, como na entrada da cidade de Naim, irá dizer a viúva e aos que a seguiam no enterro de seu filho: não chores!
Hoje há tantas mães caminhando tristes, levando seus filhos para a sepultura, há tanta gente caminhando cabisbaixa, sem uma perspectiva de vida e sem esperança no coração. Não chores mais – diz o Senhor, que ao tocar no esquife, que são as misérias do homem, dirá com firmeza “Moço, eu te ordeno, levanta-te!”.
E diante de sua palavra libertadora e restauradora, o homem renasce e se torna uma nova criatura, só Cristo é a nossa vida, só ele tem a palavra de ordem, capaz de nos levantar de todos os nossos pecados que querem nos arrastar inexoravelmente para a morte. Longe de Deus e da sua Salvação oferecida por Jesus, iremos fatalmente morrer, mas com ele teremos a Vida Eterna, que extrapola os nossos limites e nos reconduz ao paraíso da plenitude, resgatando a nossa imagem e semelhança com que fomos criados por Deus.
É missão nossa como Igreja anunciar a toda criatura esta vida que vem de Jesus, mas isso só será possível se como ele, tivermos no coração essa compaixão, que nos leve a sofrer e chorar com quem sofre e chora, onde um sorriso, um abraço, uma palavra de consolo ou um gesto de caridade, sempre feito em nome de Jesus, terá a mesma força de sua palavra libertadora, capaz de levantar quem se julga morto. O cristão, como qualquer ser humano, também pranteia seus mortos, mas a diferença está naquilo que ele espera: a plenitude da Vida, reservada aos que crêem que esta vida é uma peregrinação para a casa do Pai, predestinados que fomos desde toda a eternidade.

“Todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice lembrai-vos a morte do Senhor até que ele venha” - Diac. José da Cruz



SEGUNDA FEIRA DA 24ª SEMANA DO TC 17/09/2012
1ª Leitura 1Cor 11, 17-26.33
Salmo 1 Cor 11,26b “Todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice lembrai-vos a morte do Senhor até que ele venha” - Diac. José da Cruz
Evangelho Lucas 7, 1-10

Ninguém melhor do que o próprio Centurião para dar seu testemunho nesta reflexão
___Por que vocês, de fora de Israel, tidos como pagãos, acreditam em Jesus de Nazaré demonstrando uma Fé muito maior do que a de um Israelita ?
___Primeiro porque o conhecia e ouvia falar muito dele, era um Judeu diferente, se dava com todas as pessoas, conversava com elas, ía em suas casas, fossem quem fossem, não tinha tanto preconceito como o restante da comunidade de Israel.
___E como foi o seu encontro com ele em Cafarnaum?
___Eu estava muito triste e desesperado com o meu servo enfermo e acamado, os médicos do Império Romano já tinham o desenganado, eu o estimava muito e por iso estava triste.
___Escuta Centurião, mas um servo é tão importante assim em sua vida?
___Talvez para os demais oficiais um servo é apenas um escravo, uma peça que se substitui quando não serve mais para o trabalho, mas eu não penso desta forma e sabia que Jesus de Nazaré concordava com esse meu jeito de ser. Afinal, meu servo é um ser humano e não um animal, respira como eu, tem sentimentos, dores, necessidades, devo tratá-lo como meu semelhante....
___O Senhor pediu a cura do servo?
___Na verdade não, mas queria muito que Jesus fizesse algo por ele, pois seu sofrimento era muito grande e me comovia...Quando Jesus falou que iria até lá para curá-lo, me senti pequeno para receber tão grande graça....
___Mas o Senhor é um centurião, comanda cem homens, é respeitado e dá ordens a todos...
___Pois é, mas o poder de Jesus é maior que o meu, não há nada nesta vida e nem no império romano que seja superior a ele, e ao perceber a sua grandeza senti que estava diante de Deus e confessei a minha pequenez dizendo "Senhor, não sou digno de que entreis em minha casa, mas dizei uma palavra e meu servo ficará curado"
___O Senhor sabe que ficou famoso? Sua frase é repetida até hoje na missa, na apresentação do Cordeiro. Poderia nos explicar o por que dessa frase?...
___Sim, senti que Jesus queria fazer parte da minha vida, e que eu fizesse parte da vida dele, mas pobre de mim, imperfeito, pecador, nem ao povo escolhido eu pertencia.
___E como terminou essa bela história?
___Bom, meu servo foi curado e eu também....Algo novo começou em minha vida, continuei a ser um Centurião Romano, mas agora seguidor de Jesus. A verdade é que, eu é que fui curado, pois quem nesta vida não conhecer a Jesus e não experimentá-lo, permanecerá sempre enfermo....
___E sobre o elogio que Jesus fez a você publicamente, enaltecendo a sua grande Fé ?
___Olha, a Fé é apenas uma resposta que damos a Deus quando ele nos toca através de Jesus, mas é preciso abrir-se e se deixar ser tocado por ele, os Israelitas não faziam isso, iludidos com suas tradições religiosas e suas leis rigorosas e moralistas. Nós de fora, aderimos sem reservas a Jesus e o aceitamos.......E espero que vocês, cristãos aí do terceiro milênio, não se acomodem na religião do formalismo religioso, do trabalho pastoral e do sacramentalismo, mas façam uma experiência íntima com Jesus, a Vida da gente nunca mais é a mesma....eu garanto!

“Jesus e a tradição dos judeus” - Claudinei M. Oliveira.



Domingo, 02  de Setembro  de 2012.
Evangelho: Mc  7,1-8.14-15.21-23


            Estamos no primeiro domingo de setembro, mês dedicado a Bíblia, livro Sagrado que contem as leis da justiça para o seguimento do caminho reto e justo. Momento oportuno para conhecer um pouco mais da palavra que leva o homem ao encontro com Deus e dirime na virtude do bem todos os passos para o bem viver.
 Conhecer as entranhas da Bíblia é conhecer a história da salvação e a história dos cristãos que dedicaram a vida para fomentar a palavra no meio do povo com intuito de revelar o rosto do Senhor e de seu Filho Jesus.
Moisés foi um grande cristão que levou para seu povo os mandamentos certos a partir da vivência com o Senhor. Revelou para o povo de  Israel toda a severidade  dos ensinamentos  que preservava a dignidade e o respeito ao homem. Declarou  para seu povo escolhido que “nada acrescenteis, nada tireis à Palavra que vos digo, mas guardai os mandamentos do Senhor vosso Deus que vos prescrevo. Vós os guardareis, pois, e os poreis em prática, porque neles está vossa sabedoria e inteligência perante os povos” ( Dt 4, 2.6). Os mandamentos do  Senhor deve ser exemplo de vida para estar em sintonia com o Pai, assim, toda a sabedoria divina estará voltada para o seio da humanidade favorecendo o crescimento e a honradez.
Compreender e atentar-se para as leis do Senhor é fundamental para fazer o reino acontecer ainda na terra. As regras do Senhor não taxam e nem impedem o homem de viver a beleza do mundo. Assim, o homem não tornou escravo das leis do homem que são interesseiras e voltadas para atender privilégios individuais. As leis do Senhor contemplam todos na sua amplitude e para gozar delas basta o homem abrir o livro Sagrado e absorver suas lições.
Dificilmente o homem hoje faz  da lei do Senhor regras para o amadurecimento pessoal. Não observa na essência aquilo que o Senhor colocou para ser instigada por excelência. Despreza os mandamentos, não ama a Deus acima de qualquer coisa, ama o luxo, a cobiça, o dinheiro, a avareza e o desprezo a vida. O homem não honra os seus pais, mas honra seus ídolos do capital, dos meios de comunicação e do futebol. Não atenta para preservar a vida, mas mata o outro por prazer, retira do outro a dignidade e a felicidade por capricho. O homem não vai à igreja nos finais de semana, mas vai ao bar, à casa de show, aos parques e  aos lugares proibidos. Enfim, o homem não atenta-se  para o crescimento da alma e da fé, mas para o crescimento do mal e da discórdia.
Tanto que os judeus ficaram  bravos com Jesus ao perceber que os discípulos não estavam cumprindo as leis do homem. Jesus retrucou na hora, pois as leis dos homens não correspondem ao princípio da divindade. Como já afirmamos as leis do homem mata, destrói e cria ilusões para uma camada empobrecida. Assim, acredita que a vida vai mudar, mas ao passar do tempo percebe que tudo não passou de enganação e a vida continua dura e sem perspectiva de transformação.
            Jesus para desbancar os Judeus afirmou: “Escutem todos o que eu vou dizer e entendam! Tudo o que vem de fora e entra numa pessoa não faz com que ela fique impura, mas o que sai de dentro, isto é, do coração da pessoa, é que faz com que ela fique impura”.  Claro que muitos ficaram chocados com a argumentação do Mestre. Como podemos ficar impuros com as coisas que saem de dentro?  Como podemos pecar contra nós mesmo através da fala? Eram palavras que incomodavam muitos seguidores. Afinal, Jesus não estava para fazer “bons” amigos mesmo, Jesus estava para orientar e falar a verdade, mesmo que magoassem seus ouvintes.
            Mas o que levou Jesus a evocar com tenacidade certos argumentos que causariam comoção até entre os discípulos? Talvez fosse a maneira das pessoas se comunicarem com outras. Muitas vezes o cristão pensa estar falando bonito e acertando as ponderações, porém, na verdade, está matando através da fala seu irmão. Aquilo que está saindo da boca vem do coração e, ao invés, de ajudar, pode estar destruindo vidas. Logo a impureza toma o Ser do indivíduo mesclado com ações maléficas.
            Todo o cristão deve atentar-se para a fala. Não deve encher o coração e alma com pensamentos pecaminosos, destrutivos. Quanto mais lixo envolvendo a vida, mais impuro fica o homem. Assim, ao dirigir às pessoas de bens não vai favorecê-las com boas mensagens.
            Jesus termina o Evangelho com palavras que parecem ser ditas hoje, para nós neste momento: O que sai da pessoa é o que a faz ficar impura. Porque é de dentro, do coração, que vêm os maus pensamentos, a imoralidade sexual, os roubos, os crimes de morte, os adultérios, a avareza, as maldades, as mentiras, as imoralidades, a inveja, a calúnia, o orgulho e o falar e agir sem pensar nas conseqüências. Tudo isso vem de dentro e faz com que as pessoas fiquem impuras.  Em negritos não são minhas palavras, são palavras do Santo Evangelho. Veja o quanto nos comove os ditos de Jesus. Ele sabia o que estava dizendo. Queria o bem da humanidade e, portanto, todos deveriam orientar com bons pensamentos para crescer na fé os ensinamentos da libertação.
            A libertação pode levar o homem a esfera da bondade e retirar da agonia em viver presos as pressões. Tornar-se limpo para ouvir e falar com alegria algo que possa trazer a paz e a fraternidade junto à sociedade. Talvez se tornasse desafiadora, mas com justiça e libertação do mal que engana o Ser, o homem pode oferecer aquilo que tem de melhor: a solicitude e o serviço para com os irmãos.
            Diante deste Evangelho e vivendo numa sociedade opressora como a nossa, entendemos os porquês de tantas impurezas. São pessoas que guarda no coração a virilidade do engodo, do desprazer, da maldade, da violência e da rejeição. Tornam-se fúteis, não dão sentido para a vida e carregam o ódio na expressão facial na tentativa de mostrar serem as mais fortes e poderosas.
            Sabemos que está prática não condiz com os ensinamentos do Mestre. Ainda não acordamos para a vida em comunidade, não olhamos para o irmão e enxergamos o irmão, mas enxergamos a extensão do obstáculo do nosso dia-a-dia. Que pena! Somos surdos, cegos e mudos. Temos muitos que aprender para crescer no amor de Cristo Ressuscitado.
            Enfim, que a impureza não  envolva nosso ser e não esfacela a nossa compreensão das coisas do Pai, mas tornemo-nos ouvintes corretos do bem para encher o coração de coisas boas. Amém.  
            Claudinei M. Oliveira

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O anúncio da Boa Nova -Alexandre Soledade




Bom dia! Contei uma história no ano passado que serve bem para iniciar essa reflexão.
Era uma vez (…)
Certa vez uma jovem moça cansou de acreditar. Preferia a racionalidade a viver da fé naquilo que não podia entender ou ver. Dedicou-se, portanto a focar nas coisas palpáveis e que considerava segura (carreira, financeiro, bens imóveis e moveis) e de certa forma era feliz. Tinha amigos, colegas, reconhecimento, prestigio, (…). Aos seus olhos, nada faltava.
Analisava sua vida como forma de revide para as dificuldades que teve na infância e adolescência. Uma família difícil, pais imaturos e ausentes, dificuldades financeiras, (…); para ela era difícil ver a pessoa de Deus em meio a tamanho sofrimento. Sonhava acordada vendo a vida boa de seus colegas e dessa forma disfarçava a inveja que corria no seu peito e no seu olhar. “Serei grande e rica”! – pensava ela. Não quis casar. Preferiu manter a individualidade e rédeas da sua vida a ter que dividir com alguém suas alegrias, suas memórias, suas dúvidas, (…); não desejava alguém que lhe ajudasse a conduzir sua vida ou a aconselhá-la.
A vida, depois de estabilizada, não mais deu reviravoltas para essa moça. Nunca mais passou por tribulações que não pudessem ser superadas. Progrediu profissionalmente, cresceu, ganhou status e uma promoção. Um dia então, saiu para comemorar com seu carro importado e recém comprado, parou num semáforo e de súbito uma menina bateu-lhe o vidro chamando sua atenção. Algo naquela garota lhe incomodava. Perguntou-lhe então seu nome e surpreendentemente era o mesmo que o seu.
Foi um flashback! Um rio de lágrimas lhe descia aos olhos, imaginava-se naquela criança. Lembrou das dificuldades de criança. O clima nostálgico tomou conta daquele carro ao ponto de desistir de comemorar, preferindo voltar para casa. Lá, abriu a gaveta do armário e escondida entre meias, estava um livro empoeirado e de folhas amareladas. Suas mãos tremiam e por mais que tentasse não conseguia fazê-las parar.
- Quanto tempo não te leio! – Disse ela chorando. Abriu, pois a bíblia e lá numa pagina marcada leu:
“(…) Neste momento os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: Quem é o maior no Reino dos céus? Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse: Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus. Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus. E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe”. (Mateus 18, 1-5)
Descobriu então o quanto era preciosa desde a sua infância. Questionou-se imediatamente o que fizera para mudar a realidade de outras tantas crianças que não tiveram a mesma sorte ou competência que ela. Não sabia ela que acabava de entender o que é compromisso social.
Saibam que de fato tememos também em conflitar o que fizemos para mudar o nosso redor. Vivemos então uma vida fracionada e não como um todo, O mundo que de fato me preocupo é o que gravita ao redor do meu umbigo. Quem já trabalhou como voluntário em um asilo, num hospital, numa ação social ou para os outros em sua pastoral tem a real noção que NÃO TEMOS PROBLEMA ALGUM se compararmos com esses que REALMENTE precisam de ajuda.
É preciso refletir também um outro lado dessa parábola: “(…) O óleo que nós temos não dá para nós e para vocês. Se vocês querem óleo, vão comprar!”
É obvio que Jesus aqui não apregoava a individualidade ou a famosa frase “o problema não é meu”, mas faço a seguinte pergunta: O que eu tenho haver com aquele que prefere errar a acertar? O que fiz de concreto para mudar a realidade ao meu redor? De que vale ganhar o mundo inteiro e perder a vida eterna? Claro que não temos como por juízo na cabeça de tantos desajuizados por ai, mas o que posso fazer além de fechar os olhos a eles?
Não somente os alcoolizados, viciados, mas todos aqueles que partem para o mundo sem medir as conseqüências de seus atos, aqui incluímos os que fazem barbeiragens no trânsito, que vão brigar nos estádios, que acham “lindo” filmar duas colegas brigando na escola e postar no facebook, Orkut, (…). Essa “noiva” que não pensa o que faz podemos dizer que também se apegou ao imediato, ao fútil, ao prazer temporário, mas agora, ou podemos chamar de hedonismo.
 “(…) É complicado competir com o hedonismo, ou seja, pela busca desenfreada por algo que nos dê prazer. Como o encarregado da propriedade do evangelho de hoje passamos pouco a pouco a esfriar na crença ou na esperança do que acreditamos. Vendemo-nos ou nos permitimos conquistar facilmente pelas coisas que me façam feliz hoje, agora,…”.
Tudo bem que a história que contamos no começo é um conto criado e não um testemunho, mas por que não aprender com a mensagem que transmite o conto? Até quando seremos noivas que apenas esperam e não planejam ou tem ações proativas para melhor recebê-lo?
No mês de Setembro provavelmente refletiremos muito sobre compromisso, ação e omissão quanto ao anúncio da Boa Nova e quanto estou conservando-a dentro de mim através da fé, da esperança e da caridade.
Um imenso abraço fraterno.


“DESCONHECER AS ESCRITURAS É DESCONHECER O CRISTO”! – Olívia Coutinho


 
Dia 04 De Setembro De 2012
 
Evangelho de Lc 4,31-37

Estamos no mês de setembro, o Mês da Bíblia, tempo especial, que tem como propósito, nos despertar  para a  importância do conhecimento da  palavra de Deus.
Assim como a natureza nos convida a contemplar as suas maravilhas no desabrochar da primavera, a Igreja nos convida a abrirmos as páginas do Livro Sagrado, para nos inteirar das maravilhas do amor de Deus, nos revelado à luz do Espírito Santo, pela boca dos profetas e pelos ensinamentos de Jesus! Aceitar este convite é nos abrir ao novo, é nos dar a oportunidade de estar em sintonia  com a palavra de Deus, presente nas páginas deste livro da vida.
A Bíblia não é somente um livro de estudo, de referencias históricas, ela é muito mais que isto, a bíblia é fonte de oração, de  transformação de vida, de amadurecimento do povo de Deus, é um guia para a nossa vida diária.  
“Quando uma comunidade realmente alimenta a sua intimidade com a bíblia, mudanças muito significativas acontecem, não só na catequese, na vivencia da oração e da liturgia, mas em todos os aspectos da vida cristã”.
Quando fechada, a bíblia é um livro comum, mas quando aberta, se torna o livro da vida, a bússola que nos orienta na nossa trajetória terrena, por isso devemos tê-la todos os dias em nossas mãos, tendo também o firme propósito  de torná-la mais conhecida.
 Assim como a chuva que cai de mansinho, despertando a semente adormecida na terra, fazendo-a germinar, a palavra de Deus vai nos despertando lentamente, fazendo brotar de dentro de nós, uma vida nova.
De nada adianta fazermos uma leitura breve da bíblia, é preciso aprofundar, “ruminar”, o conteúdo das palavras, deixar penetrar em nossas veias, a seiva que vem das profundezas de suas raízes, só assim, vamos poder  de fato; vivenciá-la.
É a partir do conhecimento e da vivência da palavra de Deus, que vamos aos pouco no fazendo discípulos  missionários!
Para tornarmos verdadeiros seguidores de Jesus, é preciso em primeiro lugar, mergulhar na profundidade  do amor do Pai, revelado a humanidade nas páginas deste Livro Sagrado!
Quando embebedamos desta fonte de vida, vamos a cada dia tornando não somente apreciadores da palavra de Deus, mas principalmente, anunciadores desta palavra, com a nossa própria vivencia!
Vemos no evangelho de hoje, que o povo percebe o jeito diferente de Jesus ensinar e se encantam com os seus ensinamentos!  
Ao contrário dos líderes daquele tempo, que falavam sem conhecimento, apenas o que ouviam dos outros, Jesus falava com autoridade, falava daquilo que conhecia, ou seja: o que ouvia do Pai.
Hoje somos convidados a conhecer a verdade que liberta, a viver a palavra de Deus, só assim, poderemos falar com autoridade, nos tornando   fonte de libertação para o outro.
Não temos a presença física de Jesus falando conosco, como naquele tempo, hoje Jesus nos fala de várias formas, mas é pela Bíblia Sagrada, que  conhecemos  verdadeiramente a sua pessoa. 
“Desconhecer as Escrituras é desconhecer o Cristo” esta frase dita por São Jerônimo, vem nos reafirmar que sem o conhecimento da palavra de Deus, é impossível experimentar uma intimidade com Jesus.
 
FIQUE NA PAZ DE CRISTO - Olívia

“Salvai-me pela vossa misericórdia, ó Senhor Deus” – Diac. José da Cruz



SÁBADO DA 23ª SEMANA DO TC – 15/09/2012
1ª Leitura Hebreus 5, 7-9
Salmo 30 (31) , 17b “Salvai-me pela vossa misericórdia, ó Senhor Deus” – Diac. José da Cruz
Evangelho João 19, 25 – 27
Pedi socorro á minha equipe de Teólogos para juntos pensarmos nos três versículos que compõe esse Evangelho das três Marias, das quais a primeira mencionada é Maria de Nazaré, cujo nome foi omitido pelo evangelista que preferiu chamá-la de "mulher".
E no meu grupo, Maria, que atua nos Vicentinos, foi a primeira a manifestar-se "Eu acho que o fato de Jesus chamar Maria de Mulher, tem algum significado especial"
"Bom, eu acho que é aquilo mesmo que sempre ouvimos falar, nesse momento Jesus nos deu uma mãe que é Maria e nos deu a Maria, como Filhos e Filhas" - comentou um jovem que está começando em nosso grupo.
"Eu estava aqui pensando com meus botões, quando a menina se torna adulta, adquirindo a maioridade, se costuma dizer que agora é uma mulher, isso é, está preparada para a missão de ser mãe, pelo menos Biologicamente" - disse a catequista Vera.
Podemos trabalhar essa idéia que é boa, nesse diálogo entre Jesus, Maria e João, indica que algo novo está nascendo ali naquele momento. "Nossa ! No meio daquela tragédia ?" - exclamou Jorjão.
Não podemos nos esquecer que para João, a morte de Jesus na cruz não é uma tragédia, ao contrário, é uma vitória do seu Reino de Amor, por isso que nesse evangelho há sempre uma referência á "minha hora".
 Nesse momento, aos pés da cruz nasce o povo da Nova Aliança, isso é, a Igreja, a qual Maria é dada por Mãe, e em João, todos os cristãos se tornam Filhos de Maria, por isso a denominação Mulher que significa Igreja. Aquele que se fez serva desde o anúncio, e que serviu a Deus com tanta fidelidade na missão que lhe fora confiada, amadureceu a sua maternidade e agora está preparada para ser Mãe de uma multidão que iria aderir ao Filho Jesus. Nada mais justo que a primeira discípula e primeira cristã, seja Mãe da Igreja, ao ser ela a própria Igreja, que deve continuar gerando Jesus para o mundo.
E a Maria que é Vicentina, não perdeu a ocasião para um comentário inteligente e provocador ao mesmo tempo "Aos pés da cruz, na igreja que nascia, como a gente acabou de ver, haviam três mulheres e um homem, parece que desde o início nós mulheres somos a maioria"
"Pois é minha irmã, isso é verdade, mas nossos pastores são todos homens" - emendou do seu canto o Jorjão. E antes que se iniciasse uma acirrada discussão entre o papel do homem e da mulher dentro das nossa igreja, eu arrematei :
Calma gente, os pastores da nossa Igreja, Padres, Bispos e Diáconos têm a missão de cuidar com carinho da Igreja,assim como João acolheu Maria em sua casa para cuidar dela, segundo a missão confiada pelo próprio Jesus.