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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

DEPOIMENTO DE UM SOBREVIVENTE DA TRAGÉDIA DE SANTA MARIA


Testemunho de uma quase vítima
(Enviado por Vera Lúcia)
Em declaração ao portal Terra, o estudante João Junior Tavares, 19 anos, diz que poderia ter sido mais uma das mais de 200 vítimas do incêndio na boate Kiss, ocorrido na madrugada de domingo (27), em Santa Maria, RS. Segundo ele, sua vida foi salva pelo pai. “Os guris já tinham me ligado umas setes vezes para ir para a Kiss, já tinha até me arrumado, mas meu pai trancou o pé na porta e não me deixou sair. Acabei dormindo e fui acordado por várias ligações me perguntado se eu estava bem”, disse o estudante. Ele perdeu ao menos três amigos na tragédia. “Poderia ter sido eu, era para eu estar lá”, pondera.“A ficha ainda não caiu, não sei como pode ter acontecido uma coisa dessas.”

A experiência do jovem João faz pensar nas proibições de Deus. Somos livres para escolher nosso caminho, mas não somos livres para dar as costas para as consequências dessa escolha. Mesmo quando Deus “tranca o pé na porta”, ainda podemos insistir e dizer “não”. Ele respeita nosso livre-arbítrio. Com lágrimas nos olhos (como fez o pai do filho pródigo), Ele diz: “Ok, filho, siga seu caminho, mas não se esqueça de que sempre estarei aqui, de braços abertos, para recebê-lo.”

Quando Deus nos adverte para evitar o consumo do álcool, Ele o faz porque sabe que essa invenção diabólica tem o poder de destruir famílias, vidas, carreiras. Quando Ele recomenda o sexo após o casamento, o faz porque sabe que o sexo é uma bênção (porque Ele o criou), quando praticado no contexto certo, com a pessoa certa, na hora certa; mas, quando usado com irresponsabilidade, o sexo é fonte de tristeza, frustração, desilusão e até doenças. Quando nos pede para escolher sabiamente os lugares que escolhemos frequentar, as pessoas com que vamos nos relacionar e os prazeres a que vamos nos entregar, Deus faz isso porque sabe que lugares, pessoas e prazeres podem representar bênção ou maldição; podem edificar ou destruir; podem refazer, recrear, santificar, revigorar ou desfazer, poluir e escravizar.

Relacione-se com Deus para conhecer a vontade dÊle para sua vida. Reconheça que neste mundo somos todos “adolescentes inconsequentes” carentes da orientação do Pai. Ore, converse com Ele e leia a carta de amor que Ele deixou para você, a Bíblia Sagrada. Nela estão os conselhos e as orientações necessários para que tenhamos uma vida tão segura e frutífera quanto é possível neste mundo de pecado. E quando Deus “trancar o pé na porta” querendo bondosamente impedir sua passagem, fique feliz. Você tem um Pai que se importa com você. (Michelson Borges)

HONRA A TEU PAI E A TUA MÃE, PARA QUE SE PROLONGUEM OS TEUS DIAS NA TERRA QUE O SENHOR TEU DEUS TE DÁ. ÊXODO 20:12


O CAMINHO DA SALVAÇÃO COMEÇA A PARTIR DE UMA PEQUENA SEMENTE! - Olivia Coutinho



 
Dia 01 De Fevereiro de 2013
 
 Evangelho Mc 4,26-34
 
Ao longo de todo o tempo, Jesus vem colocando em nossas mãos, novas sementes, confiante de que nós saberemos lançá-las nos corações daqueles que ainda não experimentaram a alegria de fazer parte de um reino de justiça, de amor e de paz!
O Reino de Deus é construído aqui na terra, segundo a disposição e envolvimento dos que se dispõem  a semear, a cuidar e a colaborar no sentido de fazer brotar a semente no coração do outro.
O crescimento de um Reino de amor, de justiça, tão sonhado por Deus, depende da disposição dos semeadores. Um semeador, nunca deve se deixar levar pelo pessimismo, pelo desanimo, pois o seu trabalho nunca será em vão, já que muitas sementes cairão em terra boa e produzirão muitos frutos!
 Um semeador que deseja expandir o Reino de Deus aqui na terra, não perde nenhuma oportunidade de lançar a semente, ele não tem pretensão de colher para si  o que plantou, nem atribuir para si, o mérito da conversão do outro,  o seu  único desejo é a eclosão da semente  lançada.
No evangelho de hoje, Jesus compara o Reino de Deus com as realidades mais simples do nosso cotidiano, para que possamos entender a sua dinâmica. Não pode existir nada mais dinâmico, mais simples, mais silencioso, do que uma pequena semente se desenvolvendo nas profundezas da terra, trazendo vida, onde ainda não existe vida.
A semente citada por Jesus no texto de hoje,  é a palavra de Deus, palavra que  é fecunda por si mesma, e que, uma vez plantada num  coração fértil , ela sempre nasce e produz frutos!
É importante termos em mente  que a palavra que vamos  semear não é nossa, é palavra de Deus, somos apenas semeadores e se não aproximarmos de Jesus como discípulo que deseja aprender com o Mestre, não descobriremos o mistério escondido dentro de uma pequenina semente!
Nós, como seguidores  de Jesus, não podemos guardar a palavra de Deus só para nós, além de portadores, devemos ser anunciadores desta palavra que gera vida! Uma semente guardada permanece bonita, mas não produz frutos! Quanto mais a palavra de Deus é plantada nos corações dos homens, maior será a colheita! Portanto, onde não semeia, não  haverá colheita!
 O caminho da nossa salvação inicia-se a partir de uma pequena semente que um dia alguém  lançou  no nosso coração, semente que já germinou, mas  que precisa ser sempre regada para que ela e nunca morra.

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia

JESUS O PROFETA DE ONTEM DE HOJE E DE SEMPRE! – Olívia Coutinho


JESUS O PROFETA DE ONTEM DE HOJE E DE SEMPRE! – Olívia Coutinho
 IV DOMINGO DO TEMPO COMUM
 Dia 03 de Fevereiro de 2013
 Evangelho de Lc  4,21-30
 
O caminho do profeta, é um caminho marcado pela perseguição, pela rejeição e até mesmo pela  incompreensão dos que fazem parte do seu convívio!
Jesus, o profeta de ontem, de hoje e de sempre, passou por esta  experiência, além de rejeitado pelas autoridades políticas e religiosas,  também foi  rejeitado  pelos seus conterrâneos.
O evangelho que a liturgia deste domingo nos apresenta, nos trás uma amostra dos desafios enfrentados pelos profetas de ontem e que os profetas de hoje continuam enfrentando! Como podemos observar no relato, no caminho do profeta, está presente  a cruz, já que são muitos  os que tentam  calar a sua voz, o que é impossível, pois nem a morte consegue calar a voz do profeta, é justamente  depois de sua morte, que a sua  voz  passa a ressoar com mais força ainda, no coração da humanidade, chegando a todos os confins da terra, assim como aconteceu com Jesus!
O texto que nos é apresentado hoje é a  continuidade do evangelho do domingo anterior, que fala do retorno de Jesus  a sua cidade de origem, quando Ele experimenta no corpo e na alma a dor da rejeição, que certamente doeu mais forte ainda, por partir dos seus próprios conterrâneos, aqueles  que deveriam ser os primeiros a acolhê-Lo.   
A admiração pelas palavras de Jesus, manifestada a princípio por aquele  povo, cai  por terra quando a identidade do Messias, anunciado pelos profetas do antigo testamento vem  a tona.  Em resumo, os conterrâneos de Jesus, que julgavam conhecê-Lo, ficaram somente  no superficial,  na sua condição social, o mais importante, estava longe de ser percebido por eles: o Rosto humano do  Pai, se revelando no filho de um carpinteiro!
Certamente, os habitantes de Nazaré,  esperava por um  Messias, extraordinário, milagreiro, que realizasse as suas vontades, por isto não aceitaram um Messias de aparência  simples, que tinha um olhar voltado para os pequenos, os pobres, os marginalizados, os oprimidos.
Os compatriotas de Jesus, tiveram  nas mãos a chave da felicidade, mas não se deram conta desta preciosidade, por isto desperdiçaram a graça de Deus e como conseqüência, não alcançaram as primícias da fé! Ali, Jesus não realizou muitos milagres, não por retaliação, mas pela falta de fé daquele povo.     
Será  que nós  também, não temos atitudes semelhantes ao do  povo de Nazaré? Será  que aceitamos o recado de  Deus, que sempre chega até a nós, por meio das pessoas simples?  Dificilmente  reconhecemos a presença de Deus e a sabedoria presente nas  pessoas simples,  temos uma forte tendência a acreditar somente  nas palavras retóricas das pessoas  de alto "nível intelectual", com isso, deixamos escapar as mensagens que Deus quer nos passar através dos “pequenos”,  esquecendo  de que Jesus, o  Mestre de todos os mestres, o profeta Maior de todos os tempos, serviu-se de meios humanos bem simples, para anunciar o reino de Deus!
 Infelizmente a humanidade ainda continua divida, uns acolhe a voz do profeta e se dispõe a mudar de vida, outros, ignoram a sua  fala, preferindo continuar  no caminho  do pecado.
A rejeição contra Jesus, narrada no evangelho, não interrompeu o anúncio do Reino, que continua através dos incansáveis profetas de hoje: homens e mulheres que se embrenham pelo caminho da cruz, dispostos a dar a vida se preciso for, pela causa do Reino.
 
FIQUE NA PAZ DE JESUS! - Olívia 

“Jesus também nos envia!” - Claudinei M. Oliveira.



Quinta - feira, 07  Fevereiro  de 2013.
Evangelho:  Mc 6,7-13

            O evangelista Marcos escreveu para sua comunidade a maneira de  um enviado ser para a missão. Não adianta levar muitas coisas, mas o necessário para o trabalho missionário. Neste sentido, Marcos convidou seu povo a despojar-se dos bens materiais que podem corroer com o tempo, atrapalhar na viagem e dar dor de cabeça com as quinquilharias,  mas agarrar na fé, no temor de Deus, na simplicidade e na missão de expulsar os espíritos impuros. 
Ao enviar de dois em dois Jesus aponta da necessidade de formar uma comunidade. A evangelização deve acontecer em comunidade que aceita suas palavras e queria vivê-la eternamente.  Somente em comunidade que a palavra da libertação pode fluir com mais voracidade. Em dois o caminho torna-se mais curto, mais plausível e renovado para disseminar o  reino de Deus por toda terra.
Por isso o reino de Deus é universal e coletivo. Deus fez o mundo para todos. Todas as pessoas têm o direito de andar e viver seus projetos pautados na vida e no fazer de Jesus. Em primeiro lugar o amor de Deus deve prevalecer sobre qualquer situação. Nada poderá encobrir a vontade de Deus. Mas qual é a vontade de Deus? São muitas. Porém a vontade de Deus consiste no amor uns aos outros, no perdão, na sensatez, na sensibilidade, na fé no reino da justiça e no servir. Sua palavra de vida deve penetrar na áurea do pensamento do homem e fazê-lo seguidor das promessas de Cristo.
Tanto que Jesus disse aos discípulos enviados, “se em algum lugar não vos receberem nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés como testemunho contra eles”. Ao sacudir a poeira dos pés é um gesto que testemunha o julgamento de Deus sobre aqueles que não aceitaram o projeto trazido por Jesus.
O projeto trazido por Jesus não requer luxo, grandiosidade, ostentações e nem destaque nas mídias. O projeto de Jesus requer ousadia, compreensão, pobreza e vontade de alcançar a libertação. Por isso que os discípulos de Jesus tinham em sim o determinismo de expulsar o mal que se apossassem das pessoas. O mal cerca o desejo de conhecer a vivacidade de Cristo e impede que as pessoas fiquem livres para buscar o novo. Os discípulos têm a missão de clarear as consciências das pessoas para livrar das posses que engessam a criatividade junto a Deus.
Portanto,  Jesus nos envia para o trabalho na messe. Não precisamos de muitas coisas além de sua Palavra e do desejo de cultivar no coração das pessoas o amor, o despojamento, o desapego aos bens matérias. Precisamos ser discípulos criativos, amáveis e detentores de sabedoria para disseminar algo importante para o povo de Deus: a alegria de pertencer a família de Jesus, a família mais perfeita e compromissada com a vida. Amém.
Claudinei M. Oliveira.

“A sabedora de Jesus!” - Claudinei M. Oliveira.



Quarta - feira, 06  Fevereiro  de 2013.
Evangelho:  Mc 6,1-6

            Como pode uma pessoa que frequentou a escola judaica, trabalhou com seu pai na oficina, ajudou a mãe nos afazeres de casa, cresceu no lugarejo pobre e sem destaque para Jerusalém,  solidarizou-se com os pobres, pôde alegrar os corações de muitas pessoas e ao mesmo tempo provocar sua rejeição em sua cidade? Como pode também um rapaz que viu a miséria de perto ser tão sábio? Como pode um moço que foi perseguido quando criança, escondido para não ser morto pelo Rei Herodes, o grande, ser tão destro nas palavras e no toque dos corações dos marginalizados?
Somente a graça e a misericórdia de Deus podem canalizar tamanha sabedoria para Jesus, seu Filho amado. Ele tinha um jeito simples e humilde para cativar as pessoas. Sua destreza alinhava nas veias das pessoas um desejo ardente para mudar de vida, ou seja, a vida para as pessoas deveria fortalecer na caminhada rumo ao céu. Jesus embebia a alma das pessoas com seu jeito meigo de ser e de abordar as pessoas. Não tinha discursos longos, não era poliglota, mas cada palavra que saia da sua boa tinha um destino certo: alertar a consciência das pessoas da necessidade de desvencilhar das opressões sofridas.
Interessante que Jesus ganhou fama por muitas outras regiões, era adorado, amado e venerado. Mas na sua casa, ou na sua pátria não tinha o aconchego necessário. Mesmo falando a verdade, mostrando o caminho certo, alinhando o povo para superar os obstáculos, não conseguia convencer seus patriotas. Tanto que foi impedido de fazer milagres na sua cidade e pediram para deixar o local.
Quantos cegos e surdos; quantos mudos e alienados; quantos inconscientes  e levianos. Não aceitaram que o  filho da terra trouxeste a libertação, não admitiram que um pobre revelasse a divindade, mas preferiram a morte, a exploração, o atraso, a inconsciência. Jesus era pobre mesmo, nasceu junto aos animais, cheirava o estrume, mas sua origem era divina. Jesus lutou com sua família para sobreviver, enfrentou a miséria da falta de oportunidade e de pão, mas tinha uma ligação com o Criador. Jesus não tinha terno e nem gravata, mas tinha uma túnica e um par de sandálias para levar a vida para muita gente.
Mesmo diante de tanta sabedoria foi rejeitado, impedido de anunciar a libertação e de criar consciência viva para driblar a manipulação. Seu passado, sua família pobre e seu povo empobrecido não ajudou a mostrar o caminho para sua gente.
Não estamos distante de cenário como de Jesus. Ainda hoje muitos leigos e leigas que pregam muito bem, tem exemplo de vida, deseja ardentemente revelar o Deus misericordioso, não consegue falar  para sua comunidade. São rejeitados, resignados e até difamados. Quantos de nós ao chegamos à porta da igreja e ver um ministro da palavra no altar, damos meia volta para casa! Quantos pecados! Quantas injustiças! Quantas humilhações!
Ainda prendemos nos engravatados, naquele que fala bem ou  que tem muitos canudos. Damos valor incondicional para pessoa que mostra vultosa diante da sociedade. Na verdade queremos aparecer junto ao outro pelo poder e pela ostentação. Entretanto, quando um pobre, um iletrado, pés rachados pelo serviço árduo tem algo a dizer, viramos as costas. Somos egoístas também como o povo da cidade de Jesus. Não damos valor para nosso povo, ele também tem o que falar, ensinar e mostrar.  
Jesus caminhava pelas diversas regiões enaltecendo o projeto de vida e de libertação. Foi modelo de superação para muitos. Tinha um caráter empreendedor. Era um verdadeiro maestro da vida. Apesar de ser rejeitado pelo seu povo, chegou a afirmar que um profeta não era bem recebido pela sua comunidade. Mesmos sabendo disso, cheio de sabedoria, foi até sua comunidade e ensinou o sentido da verdade.
Enfim, aprendemos com Jesus de Nazaré a paciência e do discernimento para uma vida de paz. Bebemos sua sabedoria para ajudar muitos que ainda precisam conhecer a vida digna. Amém.
Claudinei M. Oliveira

“Não tenhas medo. Basta ter fé!” - Claudinei M. Oliveira.



Terça - feira, 05  Fevereiro  de 2013.
Evangelho:  Mc 5,21-43

            Impressionante a dinâmica de Jesus. Além de carregar multidões, sensibilizar pessoas, encorajar alguns desmotivados, ensinar seus discípulos a arte do amor, tinha tempo para curar as pessoas, renovar vidas e alimentar a alma de muitos com seu encanto.
Bastou uma frase para animar Jairo e fazê-lo compreender que a vivacidade do Espírito não tem limites quando não tem medo, mas tem fé. A fé é algo individual que alinha o pensar do homem no plano do mistério. É o acreditar na suprema misericórdia de Deus sem enxergar ou tocar. A fé transcende a alma do cristão, alimenta a crença e carrega de esperança. Se não existir a fé, nada vale a presença de Deus e nem seus ensinamentos.
A fé no poder de Jesus fez a  mulher doente ser curada simplesmente no toque de sua veste. Ela estava enferma, nada estancava o sangue, mas sua fé a curou. Na verdade a mulher ficou curada pela fé e pela coragem. Não amedrontou de ser julgada, não se intimidou; ela foi ao encontro de Jesus porque queria ser curada. A mulher não pensava em outra coisa a não se a cura. Ela despojou-se ao lado de Jesus, confiou nas suas palavras e canalizou todas as energias para o milagre.   Por isso Jesus queria saber quem havia tocado em suas vestes e ao descobri-la disse: “Filha, atua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”.
Inacreditável tanto o milagre da cura como a fé da mulher doente. Esta cena deveria mexer com o imaginário de qualquer pessoa. De repente uma pessoa fica curada no estalar de dedos! Somente Jesus tinha este poder misericordioso.
 Mas a alegria de ter fé não parou somente neste caso. Jesus estava indo para casa do chefe da sinagoga ver a menina que estava morta. No caminho muitos zombavam de Jairo e até de Jesus dizendo: a menina está morta, porque incomodar este rapaz, claro que não voltará a viver. Mas Jesus tinha uma missão de revelar aos olhos dos incrédulos que a fé e a crença no Deus poderoso devem existir. Nada poderá ser impossível para o Filho do Homem.
Claro que Jesus deu vida nova para a filha de Jairo de apenas doze anos. Ao dar a vida para a jovem Jesus quis firmar para seu povo que a renovação da vida é fundamental para reviver novos tempos. A morte da menina representa os costumes velhos da crença  dos fariseus que adoravam Deus, mas massacravam o povo pobre, rezavam nos templos, mas dizimavam as pessoas com duro trabalho, vestiam-se bem e sentavam-se  nas primeiras filas nas sinagogas, mas martirizavam o povo que não tinha o desprendimento para vestir-se bem.
Todos ficaram admirados com a dinâmica de Jesus. Além de curar a doença da mulher, deu vida nova para a filha do chefe da sinagoga. Não era para menos. Jesus não só surpreendia as pessoas como as faziam pensar no acontecido. Isto mesmo, Jesus desenvolvia a consciência das pessoas para terem criticidade de tudo que acontecia. Não queria pessoas alienadas, sem gosto para a vida e sem projetos para o bem viver; ele queria pessoas firmes, de consciência clara e  atuantes na sociedade. Pessoas que não tivessem preguiça para buscar o novo e nem medo de denunciar as mazelas  sociais.  
Jesus foi um exemplo de coragem e apontamento para novos projetos. Viajou por vários lugares plantando flores nos corações das pessoas para um dia existir um belo jardim, onde todos pudessem contemplar as belezas do Criador e sentirem-se protagonistas na construção da bela paisagem.
Portanto, o medo e a falta de fé podem impedir que conheçam  o maior homem que já existiu: Jesus de Nazaré. Mas somos teimosos e acreditamos na presença invisível do Mestre. Somos felizes porque somos filhos de Deus amado. Assim seja, amém!
Claudinei M. Oliveira

“Quem é mais forte: Jesus ou demônio?” - Claudinei M. Oliveira.



Segunda - feira, 04  Fevereiro  de 2013.
Evangelho:  Mc 5,1-20

            Jesus chegou à região dos gerasenos constituído de povos descrentes, a palavra revelada ainda não tinha penetrado no seio daquele povo pobre e sem rumo definido. O mal estava por todo lado. A justiça não conseguia transpor as barreiras impostas pelo mal, mas o encardido possuía o corpo do homem de bem para afrontar a vinda do novo reino.  
Jesus ao descer do barco com seus discípulos foi recepcionado por um homem endemoniado. Ele gritava, gemia, retorcia. Tomava conta do ser do inocente homem. Porém, não passava de disfarce sua perturbação. Diante de Jesus caiu de joelhos e disse: “que tens a ver comigo, Jesus, Filho do Deus altíssimo? Eu te conjuro por Deus, não me atormentes!” Este encardido, sujo, mal vestido e sem caráter, conhecia muito bem Jesus, sabia que tinha poder de destruí-lo, destrinchá-lo e desmascará-lo por inteiro, mas competia com o Mestre no poder da força. Ao afirmar, não me atormentes, enfrentava Jesus com seu poder fraco,  covarde e medroso, pois quem estava atormentando alguém era ele mesmo. Ele era quem estava destruindo a vida de um cristão, apossando do ser alheio na intenção de prevalecer o seu poder. Contudo, o poderoso Deus, altíssimo do bem, tinha enviado seu Filho, com poder divino para dar cabo à situação demoníaca.
Não obstante muitos demônios tentam enfrentar o poder divino, criam-se falsas  ilusões, apresentam-se de maneiras  diversificadas, atraentes e tentam ser convincentes. Estes falsos deuses endemoniados afirmam ter ligação com o Todo Poderoso, àz vezes, projetam-se maiores do que Deus, mas seus discernimentos não chulos, vazios, sem sentidos; prometem curas, empregos, vida harmoniosa, sossego, paz, união, mas não passa de engodo, traição, aproveitadores, destruidores de lares.
O poder de Jesus é maior, tem o aval de seu Pai Celestial, tem projeto de reestruturação, é divino e carrega o espírito santo de Deus. Nada corrompe o poder de Jesus. Sua força destrói o inimigo, coloca aos seus pés sem piedade. Tanto que o encardido saiu do corpo do homem possuído e afundou-se nas águas do mar carregado pelos porcos.
Somente a fé no invisível, no Cristo Ressuscitado, é que o mal encontra empecilho. O homem que acredita no poder de Jesus e segue seus preceitos, não deixa ser levado pelas ilusões mudanas, não se ilude com as facilidades do mundo, consegue visualizar a presença poderosa do Espírito que santifica todo o ser.  Não basta ouvir, mas precisa interagir e fomentar o Espírito Santo de Deus nas ações. Para que isto ocorra o cristão urge despojar-se das usuras, dos mecanismos alienantes, das coisas que encantam os olhos e das “burrices”do mundo. É preciso voltar-se para Deus, ser feliz, acreditar na Palavra Revelada e aceitar o plano de Deus.
Mas o poder divino protege o homem?  Sem sombra de dúvidas que Deus está diante do cristão sempre cuidando para que o mal não o convença. Entretanto, a visibilidade do encardido é tamanha que o cristão fica seduzido pelos brilhos da vida, esquece de Jesus. Não se que esquece totalmente, mas dá um tempo para o Mestre enquanto goza a vida de outro jeito, de outra maneira. Jesus tem paciência, bom coração, Ele não dá as costas para seu irmão. Ele espera o tempo necessário para que o irmão arrependa-se e volte para o bem convívio.
Portanto, o diabo tem seu poder, mas Jesus tem poder divino. Não adianta querer enfrentar o poder de Jesus, mesmo não aceitado, mesmo negando, ele existe e seu poder é maior que o  encorajou para enfrentar o maior massacre já cometido a  um homem: a morte na cruz. Será que duvidamos do seu poder? Será que não sensibilizamos com sua força poderosa, será que ainda não despertamos para compreender a mística pedagógica de um Mestre que ensinou seus discípulos na escola do amor, da fraternidade, da compreensão? Será que fechamos o coração para um Jesus que enfrentou o encardido? Será que ainda estamos dormindo para Deus?
Querido leitor, confie na força de Deus, não fique esperando acontecer um milagre diante de seus olhos, afinal eu e você não somos fariseus, mas vá, ande para Deus, descobre este Deus que tem a força de expulsar demônios, confie nele; desvencilhe das arrogâncias, do mau humor, das tentações passageiras, do egoísmo e das intransigências. Seja feliz com um Jesus que tem poder estupendo para seu povo viver melhor. Amém
Claudinei M. Oliveira

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

PRECISAMOS NOS LEVANTAR -Alexandre Soledade



31 de janeiro

Bom dia!
Ontem terminei a reflexão com a seguinte mensagem:
“(…) Se empenhar não é viver a idéia de que somos amados para justificar os erros. É após cada erro, tropeço, equivoco, (…) COM MAIS GARRA LEVANTAR e querer ter um terreno menos pedregoso ou com espinhos, pois é certo que novamente Ele passará semeando”.
Repare a intima relação dessa mensagem com uma colocação, diversas vezes mencionada por Marcio Mendes, no programa Sorrindo para a vida da TV Canção Nova: “Por essa razão, precisamos tomar posse dessa graça, MAS PARA ISSO PRECISAMOS NOS LEVANTAR, porque ninguém vence a luta deitado”.
Mas o que essas duas citações têm haver com a parábola apresentada por Jesus no evangelho de hoje? De certa forma elas se interagem. E muito!
Boa parte das pregações de Jesus tinha como tema a redenção através do perdão dos pecados. Sim, somos novamente livres através da reconciliação. Esse ato redentor deveria gerar em nós a gratidão, pois não mais estamos nas garras do mal que nos aprisionava e sim livres para sermos felizes, bons e amáveis… No entanto, por algumas vezes, a “bordoada” dada pela vida nos faz desacreditar que podemos nos reerguer, mas NOVAMENTE contradizendo as nossas expectativas humanas, levantamos.
A chama de vida e de esperança que parecia apagada, Jesus reaviva e nos dá vigor, mas a gratidão, às vezes, se rende ao entusiasmo da vitória. Vibrantes e entusiasmados pelas conquistas acabamos esquecendo de retribuir. Deus nos levanta por que nos ama, mas creio que esperasse que nós ajudássemos a levantar outros.
Temos pessoas engajadas em diversas pastorais e movimentos com talentos incríveis; temos irmãos e irmãs que vão a missa apenas aos domingos que se estivessem engajadas poderiam surgir novos sonhos como teve um dia Zilda Arns, mas como na parábola de hoje, ficam escondidas sob a mesa.
Em busca da tão sonhada estabilidade, meio que fechamos os olhos. Tememos, após esse encontro com o projeto de Deus, despendiar tempo que poderíamos estar investindo em nossa carreira, estudo, crescimento pessoal, reconhecimento profissional, sonhos…
“(…) Dos que vivem em Cristo se espera um testemunho muito crível de santidade e de compromisso. Desejando e procurando essa santidade não vivemos menos, mas melhor, porque, quando Deus pede mais, é porque está oferecendo muito mais: ´NÃO TENHAM MEDO DE CRISTO! ELE NÃO TIRA NADA E NOS DÁ TUDO´!” (Documento de Aparecida §352).
Essa frase em caixa alta é de Bento XVI e propositalmente esta em destaque. Deus não deseja que abandonemos nossos sonhos, mas que possamos dispor um pouco de gratidão a Ele no serviço principalmente por aqueles que ainda não O conhecem, os que sofrem, aos que não conseguem levantar.
“(…) Mas as condições de vida de muitos abandonados, excluídos e ignorados em sua miséria e sua dor, contradizem este projeto do Pai e desafiam os cristãos a um maior compromisso a favor da cultura da vida. O Reino de vida que Cristo veio trazer é incompatível com essas situações desumanas. Se pretendemos fechar os olhos diante destas realidades, não somos defensores da vida do Reino e nos situamos no caminho da morte: “Nós sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos. Aquele que não ama, permanece na morte” (1 Jo 3,14)”. (Documento de Aparecida §358).
Muito foi falado da idealizadora de um sonho chamado PASTORAL DA CRIANÇA, mas pouco se enfatiza nesse mundo que se tornou tão frio o fato que ela foi uma filha de Deus como nós, que nasceu para servir (como nós), dividiu um pouco do seu talento e amor materno com os  que mais precisavam (como nós?) partiu servindo. Santa da modernidade. Mãe, esposa, médica, bem sucedida, reconhecida, premiada… Como tantos outros, ela entendeu a fundo essa parábola.
Deixo em destaque novamente a afirmação do nosso pontífice:
“Não tenham medo de Cristo! Ele não tira nada e nos dá tudo”
Brilhem! Não se escondam! Levantem-se! Apresente a Deus um pouco do seu tempo e verás!
Um Imenso abraço fraterno!

“Jesus foi rejeitado” - Claudinei M. Oliveira.



Domingo, 03  Fevereiro  de 2013.
Evangelho:  Lc 4,21-30

“Seguir a Cristo é não abster-se de testemunhar a palavra de Deus, mesmo que à custa de rejeição e sofrimento”.
            Jesus falava abertamente para todos ouvirem suas palavras de libertação. Fazia questão de revelar seu plano de amor e de reestruturação. Almejava um povo livre, acolhedor, satisfeito, comprometido com um reino justo. Jesus foi um homem de fibra.
Hoje buscamos na liturgia forças deste homem que foi recusado pelos seus conterrâneos de Nazaré. Ele não somente dá a força para lutar com veemência, mas encoraja o cristão a seguir os princípios de uma vida digna. Este homem rejeitado conhece seu povo, sua gente e tem um propósito para cada um. Ele conhece todas as veredas no ser de cada seguidor.  Para que Ele atue com dinamismo, basta abrir as janelas do coração. Deixe Jesus entrar, acolha com gratidão e reze com Ele.
            O maior legado dos profetas foi a coragem de enfrentar as muralhas que impediam caminhar  para nova realidade. Sofreram muito, foram perseguidos, presos torturados e insultados. Entretanto, não desanimaram.  Fincaram a palavra de Deus no coração de muita gente e fez Cristo ser conhecido pelas atitudes de vida e amor. Ou seja, espalharam pelo vento algo significativo: a esperança no Cristo que falou a verdade, mas mostrou o verdadeiro caminho certo, o caminho da justiça.
            Agora, testemunhar a palavra de Deus é não temer a rejeição, mas convocar  o povo  para abrir os olhos para não cair nas armadilhas do satanás. Levar a mensagem do Cristo libertador  que lutou pelo seu povo e, a maior prova foi a entrega na cruz, sempre para encontrar o caminho certo que levará para ao Pai.
            Porém, testemunhar a Santa Palavra, não é somente falar, mas vivê-la na integridade, na partilha, na justiça e no amor. Para falar de Cristo, preciso viver no Cristo e sentir o que Cristo sentiu: as dores dos açoites e as dores das calúnias.
            Testemunhar é ser fiel no Criador, enumerar  com maestria seus ensinamentos de vida, mesmo correndo o risco de ser coagido ou morto. Claro que ninguém quer ser um mártir e não precisa de tanto, mas quando assume e missão de levar a palavra de Deus aos pequenos e alertá-los dos bodes que estão à espreita, pode sim correr o risco de ser calado.
            Os malignos conseguiram calar Jesus ao transpassar a espada em seu peito, e não vão medir esforços para eliminar quem quer que seja, basta tocar na ferida ou falar das corrupções.
            Veja o que aconteceu com Jesus, foi rejeitado pelos seus compatriotas! Ao chegar à sua cidade não foi bem recebido pelo povo. Sabe por que Jesus foi rejeitado? Porque era filho de família pobre! Jesus nasceu  num lugarejo paupérrimo e seus parentes continuaram na vida humilde e sofredora. O povo tem aversão pela pobreza, mas vive a pobreza.
            Enquanto Jesus pregava na sinagoga o povo ruminava: “não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs não moram conosco? Então de onde vem tudo isso?
            Neste  Santo Evangelho Jesus é maltratado pela sua própria comunidade de patriotas, não porque sabia de mais e tinha bom discurso renovador, mas porque era daquela comunidade pobre. Jesus foi rejeitado pelos amigos por não acreditar que poderia trazer algo novo, ou seja, disseram: como pode um homem que nasceu aqui no nosso meio, tinha uma vida pobre, sua família ainda vive na miséria, agora chega trazendo palavras bonitas? Como isso pode acontecer? Deveríamos estar esperando alguém importante de Jerusalém? Eles sim merecem nosso respeito! Agora, este pé rapado, pobretão não pode continuar pregando no templo! Fora daqui!
            Jesus sofreu esta perseguição verbal por pertencer à família paupérrima, sem tradição cultural, ou por ser um nazareno igual tantos moribundos.
            Entretanto, Jesus entrou na sinagoga e fez valer a palavra da justiça. Falou diante de seus irmãos o necessário para sair da situação de miséria. Jesus colocou para o povo  toda a injustiça sofrida e que estava na hora de construir novas realidades  de acordo com  a situação.
            O profeta missionário deve alertar a comunidade de todos os males que assolam para não continuar inflando de glórias. Os homens devem estar atentos para ação dos opressores. Às vezes, a sutileza da opressão não permite que estes enxerguem as causas da destruição; porém, permanecem cegos para a realidade e ideologicamente alienados na pedagogia do opressor. Como escapar desta situação? Como superar as mazelas? Como projetar novos sentidos para a vida? Culturalmente fica complicado dar uma resposta para tais indagações, mas o profeta missionário, mesmo contrariando as forças opositoras, deve anunciar a verdade para este povo sofredor.
            Basta à graça do Senhor para continuar firme na fé e na esperança de levar um comunicado da libertação  para a comunidade que seja eficaz. A comunidade do povo de Deus não pode permanecer com a cabeça dura e com o coração de pedra, deve sim, compreender os ensinamentos  da salvação e acreditar no profeta missionário local. Esperamos que a nossa cabeça não seja  dura e que o coração seja acolhedor para a mensagem da vida.
            Mesmo diante de tantas injurias Jesus não desanimou. Fez muitos milagres no lugarejo e mostrou para seu povo que um profeta só não é estimado em sua própria pátria e família, mas com certeza, o amor de outras famílias e povo, pôde enrijecer ainda mais no trabalho missionário.
            Portanto, não temais em pregar a palavra de Deus, pois ele fortalece o povo para conciliar na bondade, na justiça e na paz. Jesus foi perseguido não pelas injustiças, mas pela sua presença e pelo ardor missionário da libertação. Amamos os profetas ou rejeitamos?
            Claudinei M. Oliveira

-O FILHO PRÓDIGO - José Salviano


IV  DOMINGO DA QUARESMA
DOMINGO DIA 10 DE MARÇO

O FILHO PRÓDIGO

Introdução

Que bela história inventada por Jesus!  Um filho sem juízo e pervertido, um pai amoroso e misericordioso, e o ciúme do irmão mais velho diante da benevolência e o perdão do pai... Jesus enquanto Deus, conhecia e conhece nos mínimos detalhes a natureza humana, e tudo o que pode acontecer devido ao nosso egoísmo e demais fraquezas, construiu esta parábola que retrata com clareza a nossa miséria, a nossa realidade de cair e levantar, de pecar, e de poder contar com o amor infinito de Deus que nos atrai de volta aos seus braços. De ter de administrar o ciúme do irmão diante da demonstração de carinho do pai.
            Prezados irmãos. Quantos de nós um dia na nossa vida, ou nos dias atuais em que vivemos, não foi ou não está sendo um filho pródigo, que saiu da companhia do Pai e está vivendo momentos de  desespero, momentos de peso na consciência, por ter escolhido os caminhos do pecado!
            O evangelho de hoje nos mostra um Deus de amor, um Deus que perdoa não importando o que tenhamos aprontado.
            Parece muito justa a reação do filho mais velho! Ponha-se no lugar dele, e sinta a revolta por causa da reação de alegria do Pai, em sua atitude de festejar a volta do seu irmão sem juízo. Ora. Nesta parábola, o pai é Deus,  o filho aventureiro e folgado somos nós, e o irmão mais velho ciumento são todos aqueles com quem convivemos.

            Quando fugimos da presença de Deus e mergulhamos pelos caminhos do pecado, e tendência é pecar e pecar mais, acumulando um pecado sobre o outro, e satanás do nosso lado nos instiga a curtir a vida, a viver aquela falsa liberdade com tudo o que temos direito, até que chega a um momento onde  descobrimos que todos aqueles prazeres da comida, da bebida, da falsa diversão, NADA DAQUILO NOS  SATISFAZ. Pois somos invadidos por uma sensação de VAZIO, de SENTIMENTO DE CULPA, de TRISTEZA, de ARREPENDIMENTO etc. 
            E eis que neste momento em que estamos no fundo do posso, em que nos sentimos como aquele jovem que teve vontade de comer a lavagem dos porcos, momento em que a nossa alma tem sede e fome de Deus, e O deseja semelhante a terra árida deseja a água, é exatamente neste momento de profunda depressão que sentimos a mão forte de Deus, nos segurando e nos levantando, nos conduzindo à CONVERSÃO, AO ARREPENDIMENTO, À CONFISSÃO, A VOLATA PARA A CASA DO PAI.

Meus irmãos. Cada um de nós procura se identificar com os personagens desta parábola. Uns se sentem o filho malandro que queria curtir a vida sem se preocupar com as consequêucias, outros podem se sentir no lugar do pai que perdoa por ter sentido muita saudade do filho perdido, e, finalmente, há quem se  sinta como o irmão injustiçado pela reação do pai de fazer uma festa para o vagabundo do filho que voltou para casa depois de gastar toda a sua parte na herança, em vez de lhe dar uma boa surra!...
Tem gente que fica revoltado com Deus por Ele não castigar os malvados, enquanto nós que damos uma dura honestamente, continuamos passando necessidades... 
Nós somos mais a favor da justiça do que pela misericórdia. Esta, a misericórdia, nós a queremos somente para nós. Para o perdão dos nossos pecados e erros. A justiça,  o castigo, queremos para os demais. Pensamos assim: Todos os que erram devem ser condenados. E nós, quando pecamos, devemos contar com a misericórdia e o perdão. Pois prometemos não errar mais.
Caríssimo irmão, prezada irmã. Você que se desgarrou do rebanho e hoje se sente como o filho(a) pródigo(a) mergulhado(a) na lama do pecado, a exemplo do filho pródigo, reconheça-se pecador(a) diante de Deus, e não tenha medo, Não veja Deus como um  juíz pronto a lhe dar uma sentença! Veja e sinta Deus, como Jesus o retratou nesta parábola! Um Deus Pai que nos ama com um amor de mãe, Um Pai que espera todo dia a nossa volta para casa. Um Pai que nos deixou tudo o que precisamos para nos redimir, para nos arrepender, e para nos converter aos seus caminhos. E tudo isso encontramos em sua Igreja, una, pecadora (composta de seres humanos sujeitos a falhas)  porém santa, por causa da assistência do Espírito Santo.
O Evangelho de hoje nos convida a sentir a vontade de voltarmos par Deus. A sentir a vontade de reconhecer os nossos próprios pecados, e buscar o perdão de Deus através de uma confissão.  E depois teremos a oportunidade de nos alegrar e festejar pela misericórdia do Pai que nos perdoa, e nos acolhe de volta.
A alegria na festa pela recuperação do filho morto que voltou a viver, a alegria de ter de volta o que se perdeu. Também nós vamos nos alegrar pela devolução da paz que havíamos perdido, pela absolvição concedida por Deus.
Irmãos. As leituras de hoje nos faz um convite a comemoração da graça perdida através do pecado, e recuperada através do perdão de Deus por meio do sacerdote. Porém, nessa alegria não podemos nos esquecer do propósito de uma mudança radical da nossa vida, como o fez aquele filho errante:
“ Tendo-me levantado, irei a meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti. E de modo algum sou digno de ser chamado teu filho, aceita-me como um de teus empregados.”
Devemos mudar a nossa visão de Deus, e consequente devemos mudar também a nossa relação com o Pai. A parábola do Filho Pródigo nos lembra que Deus não é como um César dos tempos de Roma, e que nossa convivência dom Ele e com i irmão deve ser repensada, melhorada, e aprimorada diariamente.

Oremos. Deus Pai de bondade e misericórdia infinita, dê-me a vossa mão, levanta-me desta situação em que estou vivendo! Perdoa-me, pois eu prometo a perdoar a todos os meus irmãos. Eu quero entregar todo o meu ser a vós. Governe a minha vida, dirija os meus passos, pensamentos e decisões. Afasta de mim tudo aquilo que tem me afastado de vós. Não me deixeis cair em tentações, e livra-me de todo o mal. Amém. 

Salviano.