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quinta-feira, 31 de maio de 2018

JESUS É O SENHOR DO DOMINGO – Maria de Lourdes Cury Macedo.



Domingo, 3 de junho de 2018.
Evangelho de Mc 2,23-3,6.

Os judeus exageravam no cumprimento da Lei. Não davam importância ao espírito da lei. A obrigação de guardar o descanso em dia de sábado e de se abster de todo trabalho nesse dia, estava frequentemente nos conflitos entre Jesus e seus adversários. A lei de Moisés proibia trabalhar em dia de sábado com o fim de dar aos homens alívio em seus trabalhos diários e lhes facilitar a participação no culto público devido a Deus. Mas os escribas, por um rigor excessivo na interpretação desta lei, haviam convertido a observância do sábado em um peso insuportável.
Os fariseus baseados em suas tradições, cheias de exageros, acusavam Jesus de violar o descanso do sábado, porque seus discípulos apanharam espigas em dia de sábado. A acusação dos fariseus era por violar o sábado. Não era permitido trabalhar no sábado, dia do descanso e apanhar espigas era um trabalho.
Jesus respondeu aos fariseus dando o exemplo do Rei Davi e seus companheiros que comeram os pães da proposição, pois estavam famintos, só os sacerdotes podiam comer esses pães. Jesus mostra que há ocasiões em que uma necessidade superior pode dispensar de certas determinações.
O descanso do sábado foi instituído em benefício do homem para proporcionar ao espírito ocasião de cuidar das coisas de Deus e para dar o indispensável repouso ao corpo. Não é justo por isso, que o homem vá passar fome por causa do sábado.
Jesus quer nos ensinar a colocar o amor, a caridade acima de toda Lei em todas as nossas atitudes da nossa vida. Somos muito apegados aos preceitos, às regras e não percebemos que estamos sendo injustos e descumpridores da Lei de Deus, que é o amor. A Lei foi feita para servir o homem e não o homem à lei. Deus imprimiu no nosso coração a lei do amor, o que nos faz mal e nos prejudica é o desamor. Todas as ações do homem que não são conduzidos pelo amor, não servem para o crescimento do ser humano. Toda lei que tira do homem o direito de viver com dignidade, de prover a sua existência e sobrevivência não é abençoada e não está conforme a vontade de Deus.
Tudo o que Deus criou foi para o bem do ser humano. O homem é seu filho, a quem Deus mais tem zelo, amor, cuidado e todas as coisas foram criadas para ele, por amor, para suprir todas as suas necessidades. Jesus é o Senhor de tudo o que foi criado, e, tudo foi criado por Ele, por amor ao homem.
Tudo que Deus criou as plantações de trigo, grãos, frutos, raízes, os animais, a água, mares, as árvores existem para estar à disposição do homem a fim de que o homem sinta o cuidado, o olhar, o zelo, a atenção de Deus por cada ser humano que Ele ama com amor eterno.
É necessário que observemos a lei de Deus e da Igreja, mas junto com a observância da lei devemos ter espírito de caridade.
Jesus nos ensina não julgarmos apressadamente as ações dos outros. A bondade ou malícia das ações externas depende principalmente da intenção com que são feitas. Não conhecemos a intenção! Se nos deixamos guiar pelas aparências, podemos faltar com a caridade. E a caridade é a virtude básica do cristianismo. É melhor que nos deixemos guiar pela misericórdia e que tenhamos caridade com o nosso próximo ao invés de fazermos julgamentos maldosos baseado nas aparências e nos tornarmos ferrenhos na observância externa da lei como os fariseus.
Para nós hoje cristãos seguidores de Jesus, o nosso sábado é o domingo, vamos santificá-lo, amá-lo. Jesus é o nosso “Senhor” dos domingos?

Abraços em Cristo
Maria de Lourdes






MALDIÇÃO DA FIGUEIRA ESTÉRIL" - Adélio


DIA 01/06/2018


- Marcos 11,11-26

Esse longo texto do Evangelho de hoje é composto de três relatos: a maldição da figueira estéril, a publicação do tempo e a figueira seca e a conduta fecunda. 
    É uma coletânea de ditos de Jesus. 
O tema principal desses ditos constitui a oração. Estamos diante de uma mnemônica que tem o seu centro no verbo "orar". Para ele ficam orientados os verbos "crer" e "perdoar". Remete-se, dessa forma, a definição anterior do templo como "casa de oração", justificando o seu alcance. 
  Diante de uma árvore infrutífera e de uma folhagem inútil, a comunidade cristã, o novo templo de Deus, há de caracterizar-se por uma oração confiante, que reflita uma fé sem reservas e que se traduz numa vida de autêntica comunhão fraterna.
     Às vezes nós perguntamos: por que Jesus amaldiçoou a figueira, se não era tempo de figos?  Porque Jesus queria ressaltar que não há uma estação espacial para os frutos da fé. A fé sempre deve animar a nossa vida em quaisquer circunstâncias. 
     O Evangelho termina apontando a união que existe entre a fé e a qualidade da oração cristã, originada pela confiança fornecida pela fé e pelo perdão que o amor exige. 

PERMANECEMOS NA SANTA PAZ DE DEUS --Adélio Francisco. 

Venha fazer parte  do meu grupo de reflexão do Facebook https://m.facebook.com/Comentando-E-Refletindo-O-Evangelho-364442764036099/?ref=bookmarks. DO EVANGELHO DO DIA 01/06/2018

-OS VINHATEIROS HOMICIDAS-José Salviano


04   de Junho – Ano B

Evangelho Mc 12,1-12

 




Jesus usou em sua catequese o método das parábolas. Eram historinhas que Ele inventava na hora para que os seus ouvintes entendesse o significado do Reino de Deus.
Neste Evangelho, Jesus usou a parábola dos vinhateiros homicidas, na qual, Jesus fala da sua própria morte, e quais seriam os seus assassinos.
Os líderes judaicos imediatamente entenderam o significado daquela parábola, e logo em seguida queriam matar Jesus.
Porém, vendo que era grande o número de pessoas que acompanhavam Jesus, eles ficaram com medo da multidão e deixaram que Jesus se escapasse.
Hoje em dia, muitos daqueles que não vivem o Evangelho, e que defendem apenas os seus interesses egoístas, continuam rejeitando a pessoa de Jesus.
E o pior, é que esses, buscam fazer a cabeça daqueles e daquelas que vivem na luz. Aqueles que seguem os caminhos do Senhor.
É na mídia, é na rua, nos filmes, nas novelas, que vemos a imagem de Jesus desfigurada pelo pecado que é transformado em atos normais da vida.
Assim, os católicos praticantes são chamados de ingênuos, por levarem uma vida politicamente incorreta, uma vida de dedicação, de renúncia e de denúncia.
Para os espertos, o ideal, é ser politicamente corretos. Explorando os fracos e vivendo segundo o seu egoísmo selvagem.
Por outro lado, e por cauda disso, hoje Jesus tem muitos fãs e admiradores, porém, tem poucos discípulos.
Hoje em dia, largar tudo, tomar a sua cruz e seguir Jesus, é uma coisa muito rara, e são bem poucos os que fazem misso. O que muitos querem mesmo é ser cristãos meia boca,  católicos mornos, daquele tipo que admiram a Jesus, mas na verdade, continuam a seguir a sua vidinha do seu jeito.
Acontece que Jesus não quer um fã clube, mas sim, Ele quer uma comunidade SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO.
Só que fica muito difícil refletir a Luz de Deus ao mundo, se o nosso espelho estiver sujo de impurezas, de egoísmo, de injustiças, de todo tipo de pecado.
Um espelho sujo não reflete imagem, não reflete a luz.
O que é um espelho? Nada mais é do que uma chapa de vidro com um dos seus lados pintado, geralmente de  preto.
Podemos comparar isso ao fato de que para refletir a glória e o amor de Deus ao mundo, um dos nossos lados deve estar anulado. Assim como o vidro que teve um de seus lados pintado, anulado, nós só podemos refletir a luz de Deus ao mundo, se anularmos o nosso lado egoísta, e pecador, e procurar viver na graça de Deus.

Faça isso e tenha um bom dia. José Salviano.


-Amai-vos como eu vos amei-José Salviano


04 de maio – Ano B

Evangelho Jo 15,12-17

-Amai-vos como eu vos amei-José Salviano.

Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.  E a maior prova de amor fraterno é dar a vida pelos seus amigos. E foi o que Jesus fez.
Porém, só somos amigos de Jesus se fizermos o que Ele nos manda. Se obedecermos o seu mandamento do amor.
Na família ou na comunidade, a convivência fraterna só fluirá com harmonia se houver perdão. A comunidade só se manterá unida pela prática constante do perdão.
Conviver é compartilhar juntos soluções de problemas, e se comprazer nos os momentos alegres.
Mas como o sabemos muito bem, o egoísmo, a inveja, o ciúme, os mal-entendidos, a disputa pelo poder, os confrontos de opiniões, sempre geram atritos, ofensas e conflitos.
Foi por isso que Jesus disse que é necessário perdoar sempre, e não somente sete vezes.
Somente pelo perdão constante, podemos garantir a continuação da vida familiar e comunitária.
Todos nós temos amigos. E com alguns deles, compartilhamos nossos fracassos e nossas alegrias. Sabemos que nem todos os amigos são amigos de verdade.
Uns são nossos amigos apenas e tão somente visando o lucro que lhe possamos proporcionar. Outros e outras, se fazem de amigos apenas por puro interesse. Basta lembrarmos como fazem os candidatos em época de campanha. Sai por aí apertando a mão de pretos, brancos, desdentados e outros. E quando ganham e chegam no poder, sabemos muito bem o que fazem.
Temos bons amigos assim como temos amigas e amigos mais ou menos.
E qual é o melhor amigo? Aquele que apoia todas as nossas opiniões? Não! Aquela que está sempre conosco nas horas alegres? Acho que não!
Aquele que nos aceta do jeito que somos, que diz a verdade sobre os nossos defeitos e depois nos perdoa? Aquela que está do nosso lado nas horas alegres e nas horas difíceis? Sim. Este é amigo!
Porém, O MELHOR DOS AMIGOS É AQUELE QUE NOS CONDUZ A  CONVERSÃO, AQUELE QUE NOS LEVA PARA DEUS!
Você tem um amigo assim? Beleza! Um amigo que lhe proporciona uma amizade sincera e sadia, que conduz a uma libertação dos seus defeitos e vícios, e a satisfação pela ajuda mútua e partilha de convivência na paz de Cristo. Tudo isso sem inveja, sem interesses, sem segundas intenções. Esta é a verdadeira amizade. Coisa rara hoje em dia! Mas ainda existe.
Um amigo que deseja o nosso progresso, o nosso bem, que fica triste quando sofremos, e se alegra quando vencemos, quando conseguimos chegar lá.
Jesus é assim. Por isso JESUS É O NOSSO MELHOR AMIGO! Jesus nos conduz à conversão e a salvação!
Jesus se entristece quando nos desviamos do caminho da verdade e da vida, Jesus se alegra quando nos arrependemos e  pedimos perdão ao irmão, á irmã. Jesus também se alegra quando perdoamos os nossos  irmãos, e principalmente quando confessamos os nossos pecados ao sacerdote, e prometemos não mais pecar.
Pense. Que tipo de amigo ou amiga você tem sido? Será que não está na hora de melhorar?

Tenha um bom dia. José Salviano.






-Eu estou no Pai e o Pai está em mim-José Salviano


03 de maio – Ano B

Evangelho Jo 14,6-14

-Eu estou no Pai e o Pai está em mim.-José Salviano.

Jesus fez inúmeros milagres, e disse que Ele e o Pai são uma só pessoa. Também disse que o Pai está nele, e Ele está no Pai.
A nossa fé não pode balançar. Temos provas suficientes de que Jesus não era um homem qualquer. Apesar de que Deus nos deixa sempre uma brecha para desacreditar, para testar a nossa fé, tudo na natureza nos leva ao Onipotente. Não vemos a Deus, mas vemos tudo o que ele criou, e que nos encanta!
Jesus foi e é Deus conosco. Deus no meio de nós, que agradou a muitos que creram nele, porém outros, não acreditando em sua divindade, o conduziu a martírio de morte.
Neste Evangelho Jesus mostra a sua intimidade com o Pai. Jesus nos explica que Ele e o Pai são a mesma pessoa. Em outras palavras, JESUS É DEUS!
Diante da curiosidade de Filipe, que não conseguia entender como um homem de carne e osso poderia ser Deus, Jesus lhe responde: “Quem me vê, vê o Pai”. 
Assim, nós quando lemos ou ouvimos a leitura ou a explicação do Evangelho, é a Deus que estamos lendo, e ouvindo. Deus fala conosco por meio do Evangelho, e a cada vez que o lemos, descobrimos coisas novas, caminhos e soluções outras para os nossos muitos problemas.
Porque, meus irmãos, Deus é a nossa melhor opção. Deus é a nossa melhor solução, o melhor plano de saúde, o melhor remédio, o melhor seguro de vida.
Com Deus nós podemos tudo. “Aquele que crer poderá fazer tudo o que eu faço, e mais...”
Então, o segredo do nosso “poder”, ou seja, do nosso poder, apesar de limitado, depende da nossa fé. Tudo pé possível àquele que crer .
“Quem me vê, vê o Pai” Jesus se mostra na condição de imagem real do Pai. Agora Deus tem corpo, rosto, cor, carne, e ouvimos a sua voz. Ele, Deus Pai, estava bem ali diante dos discípulos.
Hoje Jesus, que é Deus, está bem aqui do nosso lado, está na pessoa do nosso próximo, está na pessoa do mendigo, está no templo onde entramos para participar da missa, Ele está no meio de nós.
Basta acreditar. Para sentir a presença divina aqui e agora, basta crer, ter ouvidos para ouvir, como sempre dizia Jesus no final de suas palestras.
Jesus está aqui do meu lado neste momento, Ele está me ditando as palavras que estou escrevendo.
Jesus está também aí do seu lado. Ele está vendo o seu sofrimento, suas dificuldades. Mas ele quer que você o peça. Ele prefere ouvir suas súplicas primeiro, antes de agir dando-lhes as soluções adequadas para os seus problemas.
Quando ignoramos a presença de Jesus, tudo corre muito mal e aí pode acontecer a depressão, a angústia, a tristeza, o desânimo, e o aumento da descrença, que é o pior.

Jesus é Deus. Acredite! E tenha um bom dia. José Salviano




quarta-feira, 30 de maio de 2018

SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI – Maria de Lourdes Cury Macedo.



Quinta-feira,  31de maio de 2018.
Evangelho de Jo 6, 51-58

Naquele tempo, disse Jesus às multidões dos judeus: "Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo". Os judeus discutiam entre si, dizendo: "Como é que ele pode dar a sua carne a comer?" Então Jesus disse: "Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue, verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que me recebe como alimento viverá por causa de mim. Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele que come este pão viverá para sempre".

Solenidade de Corpus Christi
Celebraremos quinta-feira próxima, 31 de maio a Solenidade do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, o grande mistério de amor que nos transforma! Vamos celebrar, proclamar, professar, expressar a nossa fé inabalável na presença real do Cristo, nas espécies eucarísticas: pão e vinho!
Jesus instituiu a sagrada eucaristia na quinta-feira santa, na última ceia, era a sua despedida. Ele estava dando suas últimas recomendações, o seu adeus. Portanto havia um clima de dor e de tristeza. Logo após a ceia Jesus teria sua agonia no horto das Oliveiras, e em seguida os soldados viriam para levá-lo, maltratá-lo, flagelá-lo, julgá-lo, crucificá-lo e levá-lo à morte.
Na 5ª feira Santa Celebramos com alegria e gratidão a Instituição da Eucaristia, mas por causa da morte de Jesus não se comemora com tanta alegria como esta festa merece, por isso a Igreja instituiu a festa de Corpus Christi para celebrar com alegria, com júbilo, com adoração e louvor o Corpo e Sangue de Cristo presente na EUCARISTIA. A Eucaristia é o coração da comunidade cristã.
Com a festa de Corpus Christi a Igreja celebra a PERMANÊNCIA  SACRAMENTAL de Jesus entre nós que acreditamos nesse maravilhoso milagre. A Igreja nos convida a renovar a nossa fé na presença real e substancial de Nosso Senhor no sacramento do seu divino amor. É a festa da presença de Jesus Cristo na comunidade cristã. Por isso mesmo se faz a procissão do Santíssimo, passando pelas principais ruas das cidades, especialmente ornadas para essa festa. Celebramos a PRESENÇA de Cristo na hóstia consagrada, mas celebramos, sobretudo a Eucaristia como o ponto mais alto da nossa fé e da vida da Igreja, porque a comunidade não tem outra coisa mais preciosa, mais segura para encontrar-se com o seu Deus e entrar em comunhão com Ele.

EUCARISTIA
A Eucaristia é a presença de Jesus em nosso meio. A Eucaristia é o ponto culminante de todos os sacramentos; é a fonte da qual brota toda nossa vida cristã; é a raiz que sustenta e faz crescer a Igreja.
É o alimento que nos dá vida nova, isto é, a vida em Jesus, livre do mal e do pecado, cheio da graça de Deus. É o sacramento da partilha e da fraternidade. Eucaristia é o sacramento do amor; é a hóstia pura, a hóstia santa, a hóstia imaculada; é o Santíssimo Sacramento, a Santa Comunhão. É o jeito de vivermos unidos a Cristo e a sua Igreja. A Eucaristia é chamada “Santíssimo Sacramento” porque Ela é o próprio JESUS; por isso, precisamos adorar, louvar e agradecer a Jesus presente na Santíssima Eucaristia.
A presença real de Jesus na Eucaristia, embora de forma misteriosa, isto é, acima da nossa compreensão humana, é uma presença real e verdadeira. A Eucaristia é o maior dos sacramentos, porque é o próprio Jesus. Na Eucaristia estão contidos verdadeiramente, real e substancialmente o Corpo, o Sangue, a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, enfim, é o Cristo todo. Deus e homem se tornam presentes e completos na Eucaristia.
Essa é a nossa fé: cremos com todo o nosso coração e com toda a nossa mente que  o Senhor Jesus está realmente presente tão perfeito e real como está no céu. Diante do pão e do vinho consagrados, podemos cantar: “Deus está aqui! Ele está aqui, Tão certo como o ar que eu respiro.... tão certo como amanhã que se levanta... tão certo como eu te falo e podes me ouvir.
Depois da consagração já não há mais pão, há somente o Corpo de Cristo; não há mais vinho, mas tão somente o Sangue de Cristo. Junto com Jesus, se fazem presentes o Pai e o Espírito Santo porque onde está uma Pessoa da Santíssima Trindade estão as outras duas. Na espécie do pão está todo o Cristo, na do vinho também. Em cada fragmento das espécies do pão e em cada gota da espécie do vinho está Cristo inteiro. Quem comunga somente a espécie do pão, recebe também o seu Sangue; quem recebe somente a espécie do vinho, recebe também todo o Cristo. Ao partir-se a hóstia, não partimos a Cristo,  Ele se faz inteiro.

         É o que aprendemos com o milagre Eucarístico de Lanciano, onde a hóstia se transformou em carne, o vinho se tornou verdadeiramente sangue. O sangue coagulou em 5 pedacinhos. Isso no Século VIII, ano 700,  com o avanço da ciência no século XX, em 1970, exames de laboratório foram feitos e foi provado que a hóstia era carne do miocárdio, fibras do coração, tanto a carne como o sangue são do mesmo grupo sanguíneo AB. E se pesar cada pedacinho do coágulo do sangue tem o mesmo peso, quando pesado todos juntos. Isso nos prova, nos mostra que Jesus é inteiro em cada gota de sangue, em cada partícula da hóstia.
A Eucaristia é o milagre do amor. Jesus também quer ser alimento para ser absorvido por nós e sermos absorvidos Nele. Na Eucaristia Jesus está vivo e presente como alimento espiritual para nós. Jesus se deu a nós na forma humana, como gente, e ainda quis permanecer entre nós como Pão Vivo, alimento para nos fortalecer na fé, para comunicar-nos o seu amor, a sua graça, sua amizade, sua vida divina. E como Ele mesmo disse: "Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo".
Cristo na eucaristia se torna alimento! Deus faz parte de nós e nós dele, em uma entrega total. Ele quer salvar, perdoar, redimir. Somente uma coisa nos é necessária: aceitar Cristo, sentir que Ele nos ama e quer nosso bem. Cristo quer viver em cada um de nós que o recebemos, Ele quer que tomemos parte na sua própria vida.
A Eucaristia é o Corpo de Cristo que alimenta plenamente a nossa vida. Sem nos alimentarmos de Cristo, ficamos fracos e sem ânimo para ser como Jesus, para viver o AMOR, a fraternidade, para lutar por um mundo de mais justiça, de mais perdão, de mais solidariedade.
Nós temos que comer para alimentar o nosso corpo para termos força, coragem, condição de trabalhar, de estudar, de viver. E nós comemos o corpo de Cristo na Eucaristia, para termos força, coragem, perseverança para sermos cristãos, para seguirmos os ensinamentos de Jesus. Nós nos alimentamos deste pão vivo descido do céu para nos fortalecer na fé, vencer nossas imperfeições e pecados, para nos santificar na caminhada do nosso dia-a-dia, para nos tornarmos perfeitos e santos como nos pede Jesus: “Sede santos como meu Pai é santo.” O corpo de Cristo é o alimento para nossa alma, para nos fortalecer espiritualmente.
Comer significa “assimilar”: assimilar Cristo em nossa vida, de modo a viver e a amar do jeito dele, assimilar o perdão, a justiça, a solidariedade, a partilha, o amor, e através dos meus gestos, dos meus atos, da minha maneira de ser e agir eu tenho que demonstrar que eu sou outro Cristo, devo refletir Cristo em todos os lugares onde estiver: em casa, na família, na igreja, no trabalho, no lazer, na rua, no bar, nas festas....etc.  Este é o compromisso deste sagrado sacramento. Nós comungamos para tornar-nos Sinal do amor de Deus para nossos irmãos.
Jesus presente na eucaristia nos ajuda a enfrentar os problemas mais sérios, a clarear as situações mais difíceis. Ao acreditar no poder deste sacramento, ao sentir a força da misericórdia divina, as portas do nosso coração se abrirão ao amor e à fé. Portanto, eucaristia é a força de Deus em nós! É mistério que nos dá esperança. É o milagre da fé, do amor que conforta e consola. Eucaristia: é o próprio Deus em nós!.
Na Solenidade de Corpus Christi, ao participarmos da Santa Missa e ao sairmos às ruas em Procissão, vamos com fé, com amor, com devoção, com dignidade, em espírito de adoração. Sejamos cuidadosos com o Corpo e o Sangue de Deus.
A solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue do Senhor para os que creem alimenta a fé, une no amor e prepara para a vida eterna, onde se dará o verdadeiro e definitivo banquete de Deus com os que foram salvos.
Corpus Christi: Ele está no meio de nós! Sinal de amor supremo! Lição de solidária partilha!
        
         Abraços em Cristo!
         Maria de Lourdes

Com que autoridade fazes estas coisas?-Dehonianos


2 Junho 2018
Tempo Comum – Anos Pares
VIII Semana – Sábado
Lectio
Primeira leitura: Judas 17.20-25
Caríssimos, 17quanto a vós, caríssimos, lembrai-vos das coisas preditas pelos Apóstolos de Nosso Senhor Jesus Cristo, 20Edificando-vos uns aos outros sobre o fundamento da vossa santíssima fé e orando ao Espírito Santo, 21mantende-vos no amor de Deus, esperando que a misericórdia de Nosso Senhor Jesus Cristo vos conceda a vida eterna. 22Tratai com misericórdia aqueles que vacilam; 23a uns, procurai salvá-los, arrancando-os do fogo; a outros, tratai-os com misericórdia, mas com cautela, detestando até a túnica contaminada pelo seu corpo. 24Àquele que é poderoso para vos livrar das quedas e vos apresentar diante da sua glória, imaculados e cheios de alegria, 25ao Deus único, nosso Salvador, por meio de Jesus Cristo, Senhor nosso, seja dada a glória, a majestade, a soberania e o poder, antes de todos os tempos, agora e por todos os séculos. Ámen.
O autor deste escrito, de que hoje meditamos a conclusão, apresenta-se como Judas «servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago» (v. 1). Deseja paz aos eleitos que vivem no amor de Deus Pai e foram preservados por Jesus Cristo (vv. 1s.). Judas está preocupado em salvaguardar a integridade e a beleza da fé (v. 3) e recorda àqueles a quem se dirige, provavelmente cristãos provenientes do paganismo, «as coisas preditas pelos Apóstolos de Nosso Senhor Jesus Cristo» (v. 17), incita-os a edificar-se uns aos sobre sobre o fundamento da fé (cf. v. 20) e a manter-se no amor de Deus (cf. v.21). Judas tem presente os perigos do gnosticismo. Havia que apoiar os vacilantes e ser misericordiosos e firmes com os que corriam o risco de se deixar envolver pelos seus erros.
O autor termina com uma solene doxologia, certamente de matriz litúrgica, para louvar a Deus, único salvador, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor. E conclui afirmando que só Deus tem poder para preservar das quedas e fazer comparecer na sua presença sem defeitos e cheios de alegria.
Evangelho: Marcos 11, 27-33
Naquele tempo, 27Jesus e os discípulos regressaram a Jerusalém e, andando Jesus pelo templo, os sumos sacerdotes, os doutores da Lei e os anciãos aproximaram-se dele 28e perguntaram-lhe: «Com que autoridade fazes estas coisas? Quem te deu autoridade para as fazeres?» 29Jesus respondeu: «Também Eu vos farei uma pergunta; respondei-me e dir-vos-ei, então, com que autoridade faço estas coisas: 30O baptismo de João era do Céu, ou dos homens? Respondei-me.» 31Começaram a discorrer entre si, dizendo: «Se dissermos ‘do Céu’, dirá: ‘Então porque não acreditastes nele?’ 32Se, porém, dissermos ‘dos homens’, tememos a multidão.» Porque todos consideravam João um verdadeiro profeta. 33Por fim, responderam a Jesus: «Não sabemos.»E Jesus disse-lhes: «Nem Eu vos digo com que autoridade faço estas coisas.»
A atitude «subversiva» de Jesus no templo inquietou os chefes, que resolveram interrogá-lo. Dir-se-ia que se trata de um inquérito à margem do processo oficial. A resposta positiva de Jesus, à pergunta que lhe faziam, equivalia a declarar-se Messias, pois só Messias tem autoridade para tomar tais atitudes. E nada mais seria preciso para um processo oficial contra Ele. Com grande habilidade, Jesus responde com outra pergunta, que lança a confusão entre os seus adversários. Como não tiveram coragem para responder, e se escudaram num lacónico «não sabemos», Jesus despediu-os com uma expressão seca: «Nem Eu vos digo com que autoridade faço estas coisas» (v. 33).
Talvez nos espante esta atitude de Jesus, tão atencioso e compassivo com Bartimeu. Mas o Senhor detesta a arrogância e a má vontade. É puro, mas não ingénuo. Além disso, a sua dureza podia levar os adversários a rever posições ou, pelo menos, a reconhecer que não procuravam a verdade, mas só desembaraçar-se dele.
Jesus dá-nos exemplo de «ética profética». A sua autoridade está na linha da de João Baptista. Se os adversários de Jesus reconhecessem a autoridade de João, a sua resistência a Jesus seria menos grave. Mas não o fizeram. Acabaram por recusar Jesus, mas também por atraiçoar o Baptista, ignorando a confiança que o povo tinha nele, pois o considerava um verdadeiro profeta.
Meditatio
A Carta de Judas apresenta-nos uma preciosa exortação sobre dois pólos da vida recta: a santidade de vida e a solicitude pelas pessoas cuja fé corre perigo. A santidade cresce na relação com as Pessoas divinas cultivada na oração, na docilidade ao Espírito Santo, no amor a Deus Pai e na esperança na misericórdia de Jesus: «Edificando-vos uns aos outros sobre o fundamento da vossa santíssima fé e orando ao Espírito Santo, mantende-vos no amor de Deus, esperando que a misericórdia de Nosso Senhor Jesus Cristo vos conceda a vida eterna» (vv. 20-21). Quanto à solicitude com os que correm perigo de vacilar na fé, há que ser misericordioso, mas também firme, sem descer a compromissos: «Tratai com misericórdia aqueles que vacilam; a uns, procurai salvá-los, arrancando-os do fogo; a outros, tratai-os com misericórdia, mas com cautela» (vv. 22-23).
Judas apresenta, pois, um verdadeiro programa de vida, assente na rocha viva que é Jesus Cristo. Há que construir tudo sobre a fé, com simplicidade, correspondendo à graça de Deus, sem nos fiarmos no que é simplesmente humano, nem sequer em nós mesmos. O importante é praticar «a verdade na caridade» (Ef 4, 15).
Os sumos-sacerdotes, os doutores da Lei e os anciãos de que nos fala o evangelho não agiam nem falavam com rectidão. É por isso que Jesus não responde à pergunta que Lhe fazem, mas, por sua vez, também os interroga acerca de João Baptista. A pergunta de Jesus visa fazê-los pensar e… converter-se. Mas, em vez de se deixarem tocar pela graça, entram em cálculos humanos: «Começaram a discorrer entre si, dizendo: «Se dissermos ‘do Céu’, dirá: ‘Então porque não acreditastes nele?’ Se, porém, dissermos ‘dos homens’, tememos a multidão» (vv. 31-32). Não lhes convinha dizer que o baptismo de João vinha «do céu»; mas também temeram dizer que vinha «dos homens». Escudaram-se no: «Não sabemos.». E assim se fecharam à fé.
Também nós corremos o risco de dar respostas semelhantes quando resistimos às inspirações do Espírito Santo, ou deslizamos para soluções mais cómodas, menos empenhativas. Nos nossos exames de consciência havemos de nos interrogar: «Estes pensamentos, estes projectos, estas opções são motivadas pela minha fé, ou por outras razões mais ou menos conscientes?» Quais motivações me fazem falar, agir, caminhar? Certamente reconheceremos, com humildade e confiança, diante de Deus, que, nem sempre é por Ele que falamos, agi
mos, optamos. Mas, reconhecê-lo, pedir perdão, e procurar emenda, é salvaguardar a nossa fé.
Oratio
Senhor, Jesus Cristo, não olhes para os nossos pecados, mas para a fé da tua Igreja. Dá-nos a graça de construirmos o nosso edifício espiritual sobre os fundamentos da fé e dos apóstolos. Perdoa as nossas hesitações e medos. Põe nos nossos caminhos pessoas compassivas, mas exigentes, que nos ajudem e superar as nossas misérias, mas não sejam coniventes com os nossos erros. Por vezes refilamos com as intervenções daqueles que, na tua Igreja, tem o serviço de vigiar pela integridade da fé e pela sã moral. A recordação de erros, ou de situações menos lineares e claras do passado, dão-nos ânimo para presumir respostas e rejeitar as intervenções e orientações dos nossos pastores.
Dá-nos o teu Espírito Santo, Espírito de Conselho, para sabermos discernir as situações e ver quando é oportuno fazer-nos voz daqueles que não têm voz e quando, pelo contrário, as nossas recriminações são apenas fruto da nossa impiedade, e da dureza do nosso coração.
Que sempre e em toda a parte, sejamos missionários misericordiosos da tua Verdade. Amen.
Contemplatio
S. Judas Tadeu era familiar de Nosso Senhor, um daqueles que chamavam seus irmãos, que o seguiam e o procuravam sempre. Era irmão de S. Tiago Menor, de S. Simão, bispo de Jerusalém, e de S. José, o justo, que foi proposto com S. Matias para substituir Judas, eram os filhos de Cléofas e de Maria, irmã da santa Virgem. Recebeu de sua mãe o amor de Jesus e de Maria e o espírito de reparação. Era do número dos discípulos mais amados de Jesus. Quando Jesus disse aos seus apóstolos: «Quem me ama e guarda os meus mandamentos será amado de meu Pai; eu o amarei também e me revelarei a ele», é S. Judas que toma a palavra e faz repetir a Nosso Senhor esta doce promessa! «Senhor, diz, de onde vem que vos revelareis a nós e não ao mundo?» Jesus respondeu-lhe: «É porque vós me amais e guardais a minha palavra, o meu Pai vos amará, e nós viremos a vós e faremos em vós a nossa morada» (Jo 14, 21). Ó bem-aventurado apóstolo, como invejo a vossa sorte! Mas não posso eu, se quiser, fazer-me amar também de Deus e de Nosso Senhor observando os mandamentos?
S. Judas, na sua epístola, ensina o amor de Deus e do próximo: «Meus bem-amados, diz, tinha pressa em escrever-vos. Desejo-vos a misericórdia, a paz e a caridade divina… Mantende-vos fortemente agarrados a Jesus Cristo, e erguendo-vos a vós mesmos como um edifício espiritual sobre o fundamento da vossa santa fé, rezai por meio do Espírito Santo e conservai-vos no amor de Deus, aguardando a misericórdia de Nosso Senhor Jesus Cristo para obterdes a vida eterna» (Leão Dehon, OSP4, p. 401s.).
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«Mantende-vos no amor de Deus;
tratai com misericórdia os que vacilam» (Jd vv. 21.22).
| Fernando Fonseca, scj |



Jesus e a figueira-Dehonianos


1 Junho 2018
Tempo Comum – Anos Pares
VIII Semana – Sexta-feira
Lectio
Primeira leitura: 1 Pe 4, 7-13
Caríssimos, 7o fim de todas as coisas está próximo. Sede, portanto, sensatos e sóbrios para vos poderdes dedicar à oração. 8Acima de tudo, mantende entre vós uma intensa caridade, porque o amor cobre a multidão dos pecados. 9Exercei a hospitalidade uns com os outros, sem queixas. 10Como bons administradores das várias graças de Deus, cada um de vós ponha ao serviço dos outros o dom que recebeu. 11Se alguém tomar a palavra, que seja para transmitir palavras de Deus; se alguém exerce um ministério, faça-o com a força que Deus lhe concede, para que em todas as coisas Deus seja glorificado por Jesus Cristo. A Ele a glória e o poder por todos os séculos dos séculos. Ámen.
Dando um salto notável, chegamos à secção conclusiva da Primeira Carta de Pedro. Depois de nos assegurar da graça com que fomos salvos (cf. 5, 12), o Apóstolo pede-nos que permaneçamos em Cristo. A ressurreição de Jesus introduziu-nos na última e definitiva fase da história, e exige de nós uma nova forma de existir cujas características se pode resumir em três palavras: amor, hospitalidade, serviço. O facto de encontrarmos estas mesmas palavras nas Cartas de Paulo, significa que eram temas importantes na pregação, nos primeiros tempos da Igreja. O amor, a hospitalidade e o serviço, por sua vez, devem ser alimentados pela oração. Quanto ao serviço, Pedro menciona concretamente o da transmissão da Palavra de Deus e a defesa do Evangelho, bem como as diversas formas de participação nas responsabilidades comunitárias, tais como o serviço litúrgico e a ajuda aos pobres. A multiforme graça de Deus, o dom peculiar de cada um, não deve redundar em glória própria, mas na glória de Deus que, por Cristo, enriqueceu extraordinariamente a comunidade de Cristo: «A Ele a glória e o poder por todos os séculos dos séculos. Ámen.» (v. 11). Esta doxologia dirigida ao Pai por Cristo, e ao próprio Cristo, é caso único no Novo Testamento.
Evangelho: Marcos 10, 1-12
Naquele tempo, 11Jesus, depois de ser aclamado pela multidão, chegou a Jerusalém e entrou no templo. Depois de ter examinado tudo em seu redor, como a hora já ia adiantada, saiu para Betânia com os Doze. 12Na manhã seguinte, ao deixarem Betânia, Jesus sentiu fome. 13Vendo ao longe uma figueira com folhas, foi ver se nela encontraria alguma coisa; mas, ao chegar junto dela, não encontrou senão folhas, pois não era tempo de figos. 14Disse então: «Nunca mais ninguém coma fruto de ti.» E os discípulos ouviram isto. Chegaram a Jerusalém; e, entrando no templo, Jesus começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo; deitou por terra as mesas dos cambistas e os bancos dos vendedores de pombas, 16e não permitia que se transportasse qualquer objecto através do templo. 17E ensinava-os, dizendo: «Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos? Mas vós fizestes dela um covil de ladrões.» 18Os sacerdotes e os doutores da Lei ouviram isto e procuravam maneira de o matar, mas temiam-no, pois toda a multidão estava maravilhada com o seu ensinamento. 19Quando se fez tarde, saíram para fora da cidade. 20Ao passarem na manhã seguinte, viram a figueira seca até às raízes. 21Pedro, recordando-se, disse a Jesus: «Olha, Mestre, a figueira que amaldiçoaste secou!» 22Jesus disse-lhes: «Tende fé em Deus. 23Em verdade vos digo, se alguém disser a este monte: ‘Tira-te daí e lança-te ao mar’, e não vacilar em seu coração, mas acreditar que o que diz se vai realizar, assim acontecerá. 24Por isso, vos digo: tudo quanto pedirdes na oração crede que já o recebestes e haveis de obtê-lo.Quando vos levantais para orar, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe primeiro, 25para que o vosso Pai que está no céu vos perdoe também as vossas ofensas. 26Porque, se não perdoardes, também o vosso Pai que está no Céu não perdoará as vossas ofensas.»
Depois de uma longa viagem, durante a qual anunciou o Reino e realizou prodígios, que manifestavam a sua presença, Jesus chega a Jerusalém. Entra no templo, examina a situação, e retira-se para Betânia, onde pernoita.
No dia seguinte dá-se o episódio da maldição da figueira, um evento que tem dado aso a muitas discussões e hipóteses entre os exegetas. Não vamos entrar nelas. Mas, encorajados pela liturgia que nos faz ler hoje três episódios do ministério de Jesus em Jerusalém, – a madição da figueira (vv. 12-14), a expulsão dos profanadores do tempo (vv. 15-19), a exortação à fé (vv. 22-25), – vamos procurar descobrir a ligação que há entre eles. Jesus tem fome, procura figos na figueira e não os encontra. Marcos informa que «não era tempo de figos» (v. 14). Este evento inquadra-se no contexto da revelação que Jesus está a completar. O tempo da fé é salvífico, e não cronológico. Jesus revela que o Pai, n´Ele, tem fome e tem sede, não de alimento ou de bebida, mas de amor, de justiça, de rectidão; tem fome e sede de respeito pela sua morada, e não da profanação do templo santo, que somos cada um de nós. Para saciar esta fome e esta sede, todo o tempo e todo o lugar são bons. Israel perdera a sua fecundidade religiosa porque, explorando o povo simples no próprio templo de Deus, não amava a humanidade e não podia, por conseguinte, correr o risco da maravilhosa aventura da oração e da fé.
Meditatio
Pedro exorta-nos a viver segundo o dom que recebemos, actuando como bons administradores da graça de Deus (cf. v. 10).
A fé revela-nos a imensa riqueza de graças que recebemos. A vida, as qualidades físicas, morais e espirituais, são enormes dons divinos. Somos dom de Deus, um dom generoso, um dom gratuito. E é fazendo-nos dom, a Deus e aos outros, que crescemos e nos realizamos. Os dons de Deus são para o serviço da comunidade, de cada um dos irmãos que a compõem. Quanto mais formos dom para os outros, mais receberemos do amor divino.
Pedro dá dois exemplos: a Palavra e o serviço. «Se alguém tomar a palavra, que seja para transmitir palavras de Deus; se alguém exerce um ministério, faça-o com a força que Deus lhe concede» (v. 11). Não se fale por falar, mas para transmitir as palavras de Deus. O serviço aos irmãos faz-se com a força que vem de Deus. A verdadeira caridade, aquela que cobre a multidão dos pecados (v. 8), não tem origem em nós, mas em Deus. Amamos com o amor que recebemos de Deus, com o amor com que fomos amados. Por isso, a Palavra e o serviço hão-de ser para glória de Deus: «para que em todas as coisas Deus seja glorificado por Jesus Cristo» (v. 11). Mas só os humildes, os agradecidos, os generosos podem viver tão belo ideal.
O evangelho apresenta-nos importantes lições de Jesus, na sua última ida a Jerusalém: a figueira estéril, símbolo da incredulidade judaica, oferece-lhe o ensejo de insistir numa fé intensa; a Casa de Deus serve para a oração e não para comércio; Deus só perdoa a quem perdoar ao seu próximo. Fechar-nos no nosso orgulho e ambições é, como aconteceu a Israel, lançar-nos a um caminho que leva à esterilidade e à seca. Fazer dos nossos templos, dos nossos santuários, lugares de oração, mas também de comércio e exploração, não é amar e servir como Deus quer, acima de qualquer holocausto e sacrifício. Para que a nossa oração alcance os resultados surpreendentes da fé, é necessário que, antes, se perdoe aos inimigos.
Como todos os cristãos, nós, os dehonianos, queremos viver para a glória de Deus, acolhendo o Espírito, e agindo sob o influxo dos Seus dons, pondo o carisma recebido ao serviço dos irmãos. Assim, permitimos ao mesmo Espírito produzir em nós os seus frutos, principalmente o da caridade, o do amor oblativo (cf. Gl 5, 22). Paulo define os sinais da caridade, do amor oblativo: a alegria, a paz: ser criaturas de alegria e de paz; as manifestações: a paciência, a bondade, a benevolência. Mas também lhe indica as condições: ser fiéis a Cristo, imitar a mansidão e a humildade do Seu Coração e deixar-se guiar, não pelo nosso egoísmo, mas pelo Espírito de Deus.
Somos louvor da glória de Deus quando vivemos as bem-aventuranças, quando a liturgia do rito (eucaristia) se torna, para nós, liturgia da vida, da história e a nossa existência, como afirma o Pe. Dehon, é “uma missa permanente” (C. A., III, 199) (Cst 5).
Oratio
Senhor, parece-me que não tenho alternativa: ou sou templo de oração, ou me torno espelunca de ladrões. Se não uso os talentos que me deste, se não os ponho ao serviço dos irmãos, sendo acolhedor, compreensivo, misericordioso, corro o risco de os desperdiçar, ainda que seja a satisfazer as necessidades cultuais dos teus fiéis. Se não trabalho para que em tudo seja o Pai glorificado, corro o risco de buscar a minha própria glorificação. Vivendo Contigo, não posso escolher entre Ti e a humanidade, mas viver com ambos. Só alcançarei o meu próprio bem na medida em que me ocupar das coisas do Pai Contigo, na medida em que caminhar pelos teus caminhos.
Ensina-me a falar comigo mesmo e com os outros da Palavra que nos deste e a realizar o serviço que me confias. E que, em tudo, sejas glorificado. Amen.
Contemplatio
Se a união não for assim tão estreita, é a indolência; se a separação for consumada, é a morte; assim o ramo separado do cepo seca e já não serve senão para o fogo (Jo 15, 4).
Que exemplos assustadores nos ensinamentos de Jesus: a árvore que não dá frutos, cortada e lançada ao fogo; a figueira estéril; a figueira seca; a nação infiel; os servos que não fazem frutificar a mina ou o talento!
Mas também que promessas encorajadoras para os que são generosos!
Com a graça de Jesus somos todo-poderosos: Omnia possum in eo qui me confortat (Fil 4,13).
Deus opera em nós o poder e o querer, se o deixarmos fazer; solicita e sustém cada um dos nossos actos, sobrenaturais, interiores ou exteriores (Fil 2, 13).
A graça não cessa de bater à nossa porta (Jo 5, 40). Se a aceitarmos, torna-se em nós uma fonte que brota para a vida eterna. As ondas de graça do Coração de Jesus vêm aos nossos corações, se os soubermos abrir.
A graça une-nos sempre mais a Deus na luz, isto é, na verdade, no amor e na santidade (Jo 1, 6). Transforma gradualmente as nossas almas até à semelhança divina (2Cor 3, 18).
«É pela graça de Deus que sou o que sou, diz S. Paulo, e a sua graça não foi estéril em mim» (1Cor 15, 10) (Leão Dehon, OSP4, p. 183s.).
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a palavra:
«Em todas as coisas Deus seja glorificado por Jesus Cristo» (1 Pe 4, 11).
| Fernando Fonseca, scj |

A época da colheita está cada vez mais próxima-Helena Serpa


4 DE JUNHO DE 2018

 

2ª FEIRA DA NONA SEMANA DO

 

TEMPO COMUM 


Cor verde

1ª. Leitura – II Pd 1, 2-7

 

Leitura da Segunda Carta de São Pedro 1,2-7
Caríssimos: 2Graça e paz vos sejam concedidas abundantemente,
porque conheceis Deus e Jesus, nosso Senhor. 3O seu divino poder nos deu tudo o que contribui para a vida e para a piedade, mediante o conhecimento daquele que, pela sua própria glória e virtude, nos chamou. 4Por meio de tudo isso nos foram dadas
as preciosas promessas, as maiores que há, a fim de que vos tornásseis participantes da natureza divina, depois de libertos da corrupção, da concupiscência no mundo. 5Por isso mesmo, dedicai todo o esforço em juntar à vossa fé a virtude, à virtude o conhecimento, 6ao conhecimento o autodomínio, ao autodomínio a perseverança, à perseverança a piedade, 7à piedade o amor fraterno e ao amor fraterno, a caridade. Palavra do Senhor.

Reflexão - “de degrau a degrau chegaremos à caridade perfeita”
As palavras de São Pedro nesta carta nos motivam a perceber a grande graça que Deus nos concedeu por meio de Jesus Cristo, ao nos chamar para compartilhar da Sua glória. Com efeito, pelo conhecimento da Palavra de Deus, somos informados das Suas preciosas promessas de nos tornar participantes da natureza divina, libertados da corrupção e da concupiscência do mundo, que significa a inclinação para gozar os bens terrestres. Diante de tamanha graça precisamos, porém, fazer a nossa parte dedicando todo o esforço para subirmos os degraus que nos levarão até a caridade perfeita. De degrau a degrau, e a partir da nossa fé, caminhamos buscando a virtude, o conhecimento, o autodomínio, a perseverança, a piedade, o amor fraterno e, finalmente, a caridade que é o Amor de Deus agindo em nós e se espalhando no mundo a partir dos nossos pensamentos, sentimentos e ações. Com efeito, precisamos ter a convicção de que o conhecimento da Palavra de Deus far-nos-á viver em santidade, desde já, tendo como bandeira a paz que nos foi concedida pelo príncipe da Paz, nosso Senhor Jesus Cristo. Não podemos desperdiçar tão preciosa promessa! Abramos os olhos e os ouvidos, pois o tempo é breve! – Você já tem consciência da grande graça que possui em virtude da Palavra que lhe dá conhecimento de todas as preciosas promessas de Deus? – Como você tem aproveitado o tempo presente? – Você tem procurado subir a escada que o (a) ajudará a alcançar a caridade perfeita? – Medite um pouco sobre tudo isso!

 

Sl 90, 1-2. 14-15ab. 15c-16 (R. 2b)

R. Vós sois meu Deus, no qual confio inteiramente.

1Quem habita ao abrigo do Altíssimo *
e vive à sombra do Senhor onipotente,
2diz ao Senhor: 'Sois meu refúgio e proteção, *
sois o meu Deus, no qual confio inteiramente'.R.

14'Porque a mim se confiou, hei de livrá-lo *
e protegê-lo, pois meu nome ele conhece.
15aAo invocar-me hei de ouvi-lo e atendê-lo, *
15ba seu lado eu estarei em suas dores.R.

15cHei de livrá-lo e de glória coroá-lo,
16vou conceder-lhe vida longa e dias plenos, *
e vou mostrar-lhe minha graça e salvação'.R.

Reflexão - O salmista também se refere às preciosas promessas do Senhor para quem se abriga no esconderijo do Altíssimo e vive à sombra do poder do Espírito Santo. Ele ressalta o que acontecerá àqueles (as) que ao Senhor se confiam: proteção e livramento! Sempre que invocarmos o nome do Senhor seremos atendidos e na hora da dor seremos confortados. Vida longa e dias plenos significam dias cheios da graça e da paz de Jesus, mesmo em meio às tribulações. Salvação e glória eterna são as preciosas promessas de Deus para nós, portanto, mantenhamos a nossa confiança no Senhor!


Evangelho – Mc 12, 1-12


+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 12,1-12
Naquele tempo: 1Jesus começou a falar aos sumos sacerdotes,
mestres da Lei e anciãos, usando parábolas: 'Um homem plantou uma vinha, cercou-a, fez um lagar e construiu uma torre de guarda. Depois arrendou a vinha a alguns agricultores, e viajou para longe. 2Na época da colheita, ele mandou um empregado aos agricultores para receber a sua parte dos frutos da vinha. 3Mas os agricultores pegaram no empregado, bateram nele, e o mandaram de volta sem nada. 4Então o dono da vinha mandou de novo mais um empregado. Os agricultores bateram na cabeça dele e o insultaram. 5Então o dono mandou ainda mais outro, e eles o mataram. Trataram da mesma maneira muitos outros, batendo em uns e matando outros. 6Restava-lhe ainda alguém: seu filho querido. Por último, ele mandou o filho até aos agricultores,
pensando: 'Eles respeitarão meu filho'. 7Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros: 'Esse é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa'. 8Então agarraram o filho, o mataram,
e o jogaram fora da vinha. 9Que fará o dono da vinha?
Ele virá, destruirá os agricultores, e entregará a vinha a outros.
10Por acaso, não lestes na Escritura: 'A pedra que os construtores deixaram de lado, tornou-se a pedra mais importante; 11isso foi feito pelo Senhor e é admirável aos nossos olhos'?' 12Então os chefes dos judeus procuraram prender Jesus, pois compreenderam que havia contado a parábola para eles. Porém, ficaram com medo da multidão e, por isso, deixaram Jesus e foram-se embora. Palavra da Salvação.

Reflexão – “a época da colheita está cada vez mais próxima. ”
O Evangelho de hoje nos conduz a uma reflexão em relação a nossa adesão ao projeto de Salvação que o Pai tem a fim de que vivamos, desde já, as Suas promessas de vida eterna. Somos nós os vinhateiros a quem o Senhor entregou a sua vinha e a época da colheita está cada vez mais próxima. Talvez, nós também, como no tempo de Jesus, estejamos dando pouco crédito às tentativas de Deus para que possamos entregar a Ele os frutos da vinha que nos foi arrendada.  Os emissários, no caso, são os profetas a quem muitas vezes não damos ouvidos, a Igreja que nos exorta por meio do Santo Padre o Papa e seus ministros.  São também os que pregam a Palavra de Deus e tentam lançar a Sua semente no terreno dos nossos corações. Conscientes ou não, nós também conseguimos matar e enterrar a mensagem do Evangelho para colocar em evidência as nossas convicções originárias da nossa humanidade decaída pelo pecado. Jesus Cristo foi enviado pelo Pai justamente para nos dar o conhecimento do Seu amor e da sua misericórdia, mas muitos ainda hoje O rejeitam e O tratam com indiferença. Até mesmo aqueles que se dizem cristãos e estão dentro da Igreja, frequentam os sacramentos, fazem pouco caso dos ensinamentos de Jesus confundindo as pessoas e interpretando a Palavra de acordo com a sua realidade e em benefício próprio. Assim, sendo, pregam e aceitam a teoria do aborto, do “não tem faz mal”, tudo é lícito, tudo é permitido, “o que vale é ser feliz”. Será que percebemos que agindo assim nós estamos fazendo igual aos agricultores da vinha? Devemos meditar muito sobre isto: - Será que estamos rejeitando a Jesus com as nossas incoerências de vida?  - Jesus veio para todos ou só para os meus? – O que você tem feito com os mensageiros do Senhor na sua vida? – Quem são os agricultores de hoje? – Qual a nossa responsabilidade na vinha do Senhor? – A quem estamos matando? – Você também acha que tudo é relativo?