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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O CAMINHO DA CRUZ – Maria de Lourdes Cury Macedo





Domingo, 3 de setembro de 2017.
Evangelho de Mt 16,21-27 

Jesus e seus discípulos estão a caminho de Jerusalém. Jesus começa a mostrar para os discípulos o Caminho da Cruz. Esse caminho é marcado pela necessidade de ir a Jerusalém sofrer, ser morto e ressuscitar. Jesus tinha consciência que pelo seu modo de viver, de falar, de agir, de ensinar não seria aceito pelas autoridades políticas e religiosas, mas corajosamente ele não recua, Ele não volta atrás, segue em frente para Jerusalém onde assume conscientemente os riscos da rejeição, do sofrimento e da morte por causa da justiça do Reino.
No (v21) podemos perceber quatro etapas do CAMINHO DA CRUZ quando Jesus disse: “que precisava ir a Jerusalém (1ª), sofrer muito da parte dos anciãos, dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas (2ª);  seria morto (3ª), e ressuscitaria ao terceiro dia”. (4ª)
A primeira etapa é ir a Jerusalém. Jesus sai da Galileia e vai para a Judeia, onde vai encontrar resistência e oposição em sua força total. Ele sabe que vai encontrar as forças de oposição. Oposição as suas palavras, aos seus ensinamentos, a sua pessoa, ao seu modo de ser e de agir.
A segunda é a do sofrimento causado pelos anciãos, sumos sacerdotes e doutores da Lei, todos eles membros do Sinédrio, o Tribunal Supremo (a sede da injustiça, pois governa, age injustamente, escravizando o povo).
Os anciãos formavam a classe alta de Jerusalém. Eram grandes latifundiários (donos de muitas terras). Representavam o poder do dinheiro.  A maioria deles era do partido dos saduceus.
Os sumos sacerdotes eram a classe alta sacerdotal. Eles também pertenciam ao Sinédrio e ao partido dos saduceus... Representavam o poder religioso.
Os doutores da lei formavam a classe intelectual. Era o terceiro grupo do Sinédrio e, em sua maioria, pertenciam ao partido dos fariseus. Eram aqueles que tinham o poder do saber, pois conheciam as escrituras, as leis e ensinavam para os outros. Eles são os donos da verdade e “formadores da opinião pública”.  É nas mãos desse tribunal supremo que Jesus será morto para depois ressuscitar.
Jesus tem consciência do enfrentamento do Sinédrio. E começa a mostrar isso aos discípulos. Pedro por sua vez propõe outra alternativa para Jesus, não quer que ele vá a Jerusalém para lá morrer. Porque lá o Messias seria rejeitado, passaria pelo sofrimento e morte.
A reação de Jesus é forte, diz palavras duras a Pedro. Ele rejeita Pedro como rejeitou Satanás no episódio das tentações: “Vá para longe Satanás”. Pedro é satanás e pedra de tropeço “porque não pensa como Deus e sim como os homens” (v23) Pedro quer desviar Jesus da sua missão, não por mal, mas por não compreender a Missão de Jesus.
Pedro descobrira que Jesus é o Messias, porém não aceita as consequências de ser o Messias servo sofredor. Não pensava um Messias sofredor, rejeitado, cuspido, crucificado. O mesmo Jesus chamara Pedro de pedra a qual a igreja estava sendo edificada, chama-o agora de “satanás”. Pedro não está pensando as coisas de Deus e sim as coisas dos homens. O pensamento do discípulo é do mundo, de gente que ainda não assimilou a mensagem de Jesus... Ele tem que aprender que é preciso renunciar a si mesmo, tomar a cruz e seguir Jesus como discípulo.
Poderia ter passado pela cabeça de Pedro: “Eu me encantei com o Senhor, decidi segui-lo, esperei tanta coisa – esperou o quê, por exemplo? Poder neste mundo, cargos importantes, vida boa, rica, glória?  E o Senhor me oferece a cruz e a permanente situação de discípulo, de aluno? Acho que fui enganado”!
A missão de Jesus não é do jeito que queremos, ao contrário, quer que nós sejamos como Ele é. Jesus não combate a violência com violência, o mal com o mal, Jesus usa uma luta pacífica, sua arma é o Amor. Jesus quer deixar claro que o Messias não seria um rei glorioso que muitos esperavam. Um Messias lutador, guerreiro que ia expulsar os Romanos de suas terras e ia governar com poder e glória.
A salvação que Deus oferece não coincide com os planos de grandeza humana. A felicidade consiste na união com Deus e com os outros, e poderá exigir, e quase sempre exige o sacrifício até mesmo da própria vida.
Jesus diz palavras duras a Pedro. A razão destas palavras era porque se comportava como o tentador propondo-lhe o domínio material sobre todos os reinos deste mundo.
Nós também pensamos como Pedro, não é mesmo? O homem quer ter domínio sobre os outros; alcançar o poder para ter mais coisas; agir com violência contra os que nos ofendem e nos tratam mal ou nos prejudicam... Outras vezes chega fazer caridade esperando tirar proveito ou vantagem pessoal. Ao contrário Jesus serve aos outros; procura ser mais em qualidade; ensina a perdoar, a amar, a ser misericordioso, solidário, partilhar nossos bens, nossas vidas... e assim apresenta as condições pra segui-lo: negar-nos a nós mesmos.
Muitas vezes somos “satanás” pra nossos irmãos quando queremos desviá-los do caminho certo, dando conselhos que não estão de acordo com os ensinamentos de Jesus, quando queremos atrapalhar os bons planos dos nossos irmãos, quando desencorajamos nossos irmãos de fazer caridade, de fazer o bem para o outro, desencorajamos as pessoas de trabalhar nos serviços da igreja, de perdoar a quem nos ofendeu, de retribuir com o bem, o mal que nos fizeram, de vingar, de dar o “troco” como costumamos dizer àqueles que nos ofenderam ou nos prejudicaram.
Jesus repreende Pedro, e em seguida mostra aos discípulos as condições para segui-Lo. Seguir a Jesus é adesão pessoal (se alguém quiser vir comigo tome sua cruz e siga-me) isto requer renúncia, aceitação e compromisso.  O destino do discípulo não pode ser diferente do destino de Jesus. Para estar com Ele é exigido duas condições: renunciar a si mesmo e tomar a própria cruz.
Renunciar a si mesmo é deixar de lado toda ambição pessoal, o comodismo, a vida errada, a vida egoísta que só pensa em si. Renunciar a si mesmo quer dizer: que a Salvação, a vida Nova de união com Deus e com os irmãos deve ser um grande valor para nós. Renunciar a si mesmo é não pensar só em si, no seu bem estar, mesmo que tudo indica que será um bem para nós, mas pensar também no bem do outro e fazer tudo para o irmão ser feliz.
Cristo nos pede que nossas escolhas sejam determinadas pelas necessidades dos irmãos. Todo o nosso agir seja gratuidade, isto é, sem esperar nada em troca e nossa vida seja doação de nós mesmos. Aí sim devemos nos alegrar se nossa vida se transformar em doação.
Carregar a própria cruz é enfrentar, com as mesmas disposições de Jesus, o sofrimento, perseguição e morte por causa da justiça, por causa do Evangelho. Podemos aqui nos lembrar da última bem-aventurança, a dos perseguidos por causa da justiça. Ser discípulos de Jesus, portanto, é reviver a síntese das bem-aventuranças. Podemos nos lembrar de tantas pessoas que morreram por defender os pobres, os sofridos, os excluídos, os desprotegidos: padres, freiras, leigos etc.
Carregar a cruz vai além de suportar sofrimentos, dores, doenças, desgraças, mortes, tragédias, desemprego, situação financeira difícil. Carregar a cruz é seguir o caminho que Jesus percorreu, dar a vida pelos mesmos ideais, enfrentar, se necessário até a perseguição e a morte por fidelidade ao Evangelho, como Jesus que deu a vida por nós e foi perseguido porque não abriu mão de sua doutrina de amor.
Estamos percebendo as condições para seguir Jesus na vida de comunidade, na vida de Igreja? Viver na igreja é viver em comunhão de vida com o Pai e com os irmãos.
Finalmente, (v25-27) são apresentados três motivos que justificam as duas condições que Jesus coloca para os discípulos de Renunciar-se a si mesmo e carregar a cruz.
Primeiro quem dá a vida não perde, mas a ganha como a semente lançada na terra.
Segundo, a vida deste mundo passa depressa, voa, é transitória, frágil, precária. Não vale a pena nos agarrarmos a ela como se fosse um valor absoluto, eterno, inacabável. Esta vida aqui não é definitiva, mas passageira.
Terceiro, será a recompensa final, a glória eterna, o céu, pois a única coisa que o homem leva consigo é o amor dado e recebido durante a vida. É a coerência de vida.
Ser cristão é entregar-se, confiar totalmente na pessoa de Jesus. Isto é a maior sabedoria, o maior amor. Ser cristão é aceitar as palavras de Jesus, suas ideias, como norma para nossa vida: é viver como ele viveu; é segui-lo como seguimos a um guia de absoluta confiança, até as últimas consequências. Cristo exige muito de nós, mas está exigindo o que Ele mesmo fez.
Os discípulos tinham uma ideia errada da missão de Jesus e como deveriam ser e como os seus discípulos deveriam se comportar. Jesus, portanto, vai ao encontro da cruz para depois voltar em sua glória, ressuscitado, vitorioso. Nós cristãos para ganharmos a vida eterna também teremos que percorrer o caminho da cruz, pois Jesus retribuirá a cada um, de acordo com a vida que levar aqui neste mundo, de acordo com a coerência de nossa vida.
O que poderemos levar conosco no fim de nossa vida? O dinheiro acumulado, os prazeres que desfrutamos, as vitórias que alcançamos, a gratidão dos outros, os títulos, as honras? Não! A única coisa que nos restará será o amor que tivermos dado a Deus e aos irmãos.
Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes  






“SE ALGUÉM QUER ME SEGUIR, RENUNCIE A SI MESMO, TOME A SUA CRUZ E ME SIGA.”- Olivia Coutinho.




 
22º DOMINGO DO TEMPO COMUM
 
Dia 03 de Setembro de 2017
 
Evangelho de Mt16,21-27
 
Estamos no início do Mês da Bíblia; tempo em que a Igreja nos convida a abrirmos mais vezes, este livro sagrado, a fim de que possamos nos aprofundar mais na palavra de Deus, palavra que orienta, que liberta, que aponta caminhos!
Numa comunidade cristã, que alimenta a sua intimidade com a Bíblia, sempre haverá inovação, avanços significativos, tanto na catequese, quanto na liturgia, como também, no cotidiano das pessoas, pois através da leitura profunda da Bíblia, todos vão se inteirando do querer de Deus, se colocando a seu dispor.
Cada dia é uma oportunidade que Deus nos concede, para que possamos, através do conhecimento da palavra de Deus, rever a nossa vida, nos reorganizar interiormente, esvaziando do nosso “eu” para dar espaço ao que é de Deus! É assim, que vamos assentando os nossos passos, nos passos de Jesus, deixando-nos orientar pelos os seus ensinamentos.
No evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, vemos que os discípulos, mesmo convivendo diretamente com Jesus, tiveram muitas dificuldades em entender o seu messianismo. Na mente deles, Jesus não deveria aceitar um  desfecho tão  trágico para a sua vida. A revelação da sua morte de cruz soou para eles, como um fracasso.
Pedro, ao querer eliminar a cruz do caminho de Jesus, pouco depois de professar a sua fé, (Mt16,16) reconhecendo- o  como o Filho do  Deus vivo, demonstrou, ainda  não estar totalmente preparado para assumir o seu legado, dando a  entender, que ele ainda carregava consigo a mentalidade do mundo, alimentando dentro de si, a ideia de um Messias glorioso, porém, sem a cruz!
Jesus, conhecedor das fraquezas humanas,  percebe de imediato a dificuldade dos discípulos, em aceitar o desafio da cruz, e  repreende  Pedro severamente:” Vai para longe Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensa as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens.”
Pedro, ao tentar impedir que Jesus passasse pela a cruz, inconscientemente, quis intervir nos planos de Deus, numa postura semelhante a do diabo, quando tentou Jesus. (Mt4:8-10)  Ao imaginar, um Jesus glorioso, sem a cruz, Pedro, na sua fraqueza humana, não se deu conta, de que Jesus era totalmente  obediente ao Pai, e que nada o faria desistir da missão. Como Filho obediente ao Pai, era seu propósito, concluir a missão que lhe confiada, uma missão, que teria como consequência, a cruz.
Os discípulos, embora convivendo dia a dia com Jesus, tiveram muitas dificuldades em aceitar o desafio da cruz, eles só foram compreender o sentido da cruz, depois da ressurreição de Jesus! Foi a partir da sua ressurreição,  que eles abraçaram a cruz, fazendo o mesmo caminho de Jesus, dando a vida pela causa do Reino.
Se hoje, estamos aqui, buscando um entendimento melhor dos ensinamentos de Jesus, é graças ao testemunho destes primeiros seguidores de Jesus, homens frágeis como nós, que caindo e levantando, foram crescendo na fé, nos deixando como herança, a mais bela certeza: Jesus é a nossa única opção de vida!
Quem está disposto a seguir Jesus, não deve iludir com facilidades, pois o seguimento a Ele é exigente, implica em mudanças radical no seu modo de viver, exige muito mais do que boa vontade, do que entusiasmo exige compromisso, fidelidade, disposição de deixar muitas coisas para trás, exige consciência do rumo a ser tomado, despojamento de si mesmo e de assumir a cruz de cada dia!
O seguimento a Jesus inclui à cruz, porque a nossa  adesão a Ele, nos leva a atitudes que contrariam os opositores do projeto de Deus.
Reflitamos: Se Jesus não tivesse passado  pela a cruz, os seus ensinamentos seriam em vão, Ele não passaria de mais um pregador, que passou por este chão.
Foi pela cruz, que  Jesus nos possibilitou uma vida que não passa!
 
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
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Orai sem cessar-Alexandre Soledade

TERÇA – DIA 5 - Evangelho - Lc 4,31-37


Bom dia!
Apesar de acreditar fielmente que as conversas sobre Jesus foram como aquela brincadeira “telefone sem fio”, creio sim que sua fama ganhou o mundo. O que Ele fez com o homem que estava possesso deve ter também chegado aos ouvidos daqueles que o temiam.
Sim! Eles o temiam. Repudiavam a ideia de alguém tão simples ter tanta autoridade e carisma com as pessoas sem precisar levantar a espada ou demonstrar qualquer tipo de violência; temiam o homem que vinha do povo e que falava com muita autoridade sobre Deus sem mudar uma sequer vírgula da lei. Esse homem passou a ser um problema! “(…) Que tipo de palavras são essas? Este homem, com autoridade e poder, expulsa os espíritos maus, e eles vão embora”.
Vivemos hoje um tempo que chamo de combate. Como no tempo de Jesus, todos aqueles que se empenham a expulsar o mal terão seus nomes citados e possivelmente também perseguidos.
Quando se entra para o trabalho do Senhor somos como perfumes dentro de um frasco que é aberto, ou seja, não tem volta… A fragrância percorrerá nossas narinas, chegará a onde não esperávamos; agradará alguns e também incomodará uns outros, mas certo é que foi aberto. Ele agora só depende da força do vento. Quanto mais intenso e continuo, maior a possibilidade da fragrância alcançar o outro lado quarto. Esse vento brota da vida EM oração.
“(…) Orai sem cessar. Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo. Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo: abraçai o que é bom. Guardai-vos de toda a espécie de mal. O Deus da paz vos conceda santidade perfeita. Que todo o vosso ser, espírito, alma e corpo, seja conservado irrepreensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo! Fiel é aquele que vos chama, e o cumprirá”. (I Tessalonicenses 5, 17-24)
Será que o Senhor ao ouvir aquele espírito que possuía o rapaz pensou duas vezes? Algo me fez lembrar da mulher que ungiu os pés de Jesus e não querendo voltar atrás no seu gesto quebra o gargalo do frasco de perfume.  Será que estamos preparados para também não voltar atrás? Tenho convicção do que quero?
Se sim, aonde anda seu terço? Que tempo posso dedicar a ouvir a palavra de Deus? Vou buscar os sacramentos e aperfeiçoar os dons que Deus me confiou? Vou assumir um compromisso de fazer algo novo amanhã? Tenho coragem de sair da minha mesmice de décadas e encarar um novo desafio? Tenho a divina coragem de ser NOVO?
Quantas perguntas… E as respostas?
Engraçado ver que o espírito conhece mais Jesus que muitos de nós mesmos. Dizemos ter fé, mas na verdade somos fãs de São Tomé. Não precisamos fazer coisas grandiosas, precisamos fazer algo. Não podemos nos esconder.
“(…) Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus“. (Mateus 5, 14-16)
Tenhamos atitude, pois pelo menos algo precisa ser novo.
Um imenso abraço fraterno.
  



Será que nosso mundo tem solução?-Alexandre Soledade

SEGUNDA – 4 de Setembro - Evangelho - Lc 4,16-30





Bom dia!
Será que nosso mundo tem solução? Será que as coisas que vemos e presenciamos são irreversíveis nos sobrando apenas conformar-se? Será que a minha mudança, única e pessoal, muda em alguma coisa o contexto da vida?
Sei lá o que responder, pois existem muito mais gente já conformada do que os que realmente tomam uma atitude diferente. Notemos Jesus nesse evangelho, ele não nega seu trono e a que foi chamado a fazer. Muito mais que um ato corajoso, o Senhor sela, por definitivo, sua sentença: Ele seria para sempre alvo dos não querem o bem.
Ao nos por em pé e a encarar o mundo, declaramos publicamente que pelo menos somos diferentes do regime imposto, ou seja, rompemos paradigmas sociais. Se não acreditasse ainda nisso então Chico Mendes, Dorothy Stang, entre outros tantos mártires da modernidade morreram em vão.
Mudar o mundo pode sim acontecer com a iniciativa de apenas uma pessoa. Preciso (aqui cabe bem o verbo na primeira pessoa) acreditar nisso. Ser o agente da mudança; não temer as perseguições. Ninguém vai sair por ai como homem-bomba ou caçando os que não de sua religião como fazem os extremistas de várias denominações religiosas, o que precisamos de fato são homens e mulheres de fé que tenham coragem de também se levantar e assumir os seus postos.
O que preciso fazer? Mudar de atitude!
“(…) Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possa discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito”. (Romanos 12, 2)
Mudar é converte-se. Converter é mudar de direção, tomar outro caminho e não ficar em cima do muro. Se vai fazer algo, faça bem feito, faça o melhor possível, mobilize gente, ajude-as a levantar. Nosso país poderia ser ainda melhor se os cristãos fossem cristãos de verdade e não como aqueles do evangelho de hoje que buscam apenas a ajuda do Senhor e não ajudá—lo. “(…) Nós sabemos de tudo o que você fez em Cafarnaum; faça as mesmas coisas aqui, na sua própria cidade”.
Se a religião virou um negócio é porque permitimos. Quando digo que “permitimos”, pois alimentamos os falsos pastores. Um carro novo, pagar uma grande dívida, curar uma doença,… Deus continua agindo, mas o que fizemos Dele? Um funcionário? Que adianta ser cristão e não descer da árvore como Zaqueu?
Um questionamento: Na sua comunidade tem pastoral da família? Tem alguma ação social como cortar cabelos, cursos profissionalizantes, orientação vocacional, um cursinho pré-vestibular ou aulas de reforço escolar? Ou seu centro catequético ainda é um elefante branco por falta de trabalhadores para a messe?
Nesse momento que antevêem eleições (um pouco mais que um mês) o que tem de cristão que voltou para a igreja para dizer que vai apoiar as mudanças que serão necessárias e bla, blá, blá… Como diria Dom Dimas em uma entrevista certa vez publicada pela Folha de São Paulo
“(…) Dom Dimas Lara Barbosa, afirmou ainda que o fato de um candidato se afirmar como católico não necessariamente implica na defesa de sua candidatura…; é preciso ponderar as diversas propostas e estabelecer um critério que, afinal de contas, seja razoável na consciência do próprio eleitor’,disse”.
Precisamos de políticos sérios e comprometidos, mas também precisamos de operários que sejam sérios com seus chamados e seus carismas.
Eu ainda acredito que as pedras falarão!
Um imenso abraço fraterno.


Este é o meu Filho amado-Reflexão do falecido Padre Queiroz


Padre Queiroz 



Este é o meu Filho amado.
Hoje celebramos com alegria a festa da Transfiguração do Senhor. Ela aconteceu para animar os Apóstolos, cuja fé estava bastante abalada, devido à frustração deles em relação a Jesus como o Messias. Junto com o povo, eles também esperavam um Messias triunfante e vencedor, mas perceberam as coisas estavam caminhando na direção contrária: Jesus sendo cada vez mais rejeitado, perseguido e humanamente vencido. Se continuasse assim, não haveria nenhum Apóstolo ao pé da cruz. Vemos esta diferença de visão do Messias naquela cena em que Pedro se coloca na frente de Jesus e quer forçá-lo a voltar para trás (Mt 16,21-27).
Portanto, a Transfiguração aconteceu mais em função dos discípulos do que de Jesus. Foi por isso que ele escolheu os três Apóstolos que depois presenciariam a sua agonia no Getsêmani (Mt 26,37).
Cristo apresentou, como em um micro-filme, uma antecipação da sua glória como ressuscitado, que será também a glória de todos os seus discípulos e discípulas fiéis.
O centro da cena são as palavras de Deus Pai: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” Aí está também a identidade de Jesus: o Filho amado de Deus Pai.
No prefácio desta festa encontramos um resumo do seu objetivo: “Perante testemunhas escolhidas, Jesus manifestou sua glória e fez resplandecer seu corpo, igual ao nosso, para que os discípulos não se escandalizassem da cruz. Deste modo, como cabeça da Igreja, manifestou o esplendor que refulgiria em todos os cristãos”.
O Evangelho de hoje revela-nos a chave da fé. A voz do Pai convida-nos a escutar Jesus, seu Filho amado, e subir com ele a montanha, seja do calvário, seja da transfiguração. E também a estarmos com ele na planície, como o nosso caminho, verdade e vida. Afinal, só ele tem palavras de vida eterna.
Na Bíblia, o monte e o deserto têm um sentido teológico. Significam a nosso seguimento incondicional de Cristo (monte) e a vida de oração, penitência e silêncio que devemos assumir (deserto). Abraão subiu com o filho Isaac o monte Moriá; João Batista foi para o deserto. Foi no monte que Jesus nos deu as bem-aventuranças. Subir a montanha com Cristo é caminhar na obscuridade da fé. É deixar as nossas seguranças, renunciar e morrer para si mesmo, optando pela vida que nasce da morte.
Hoje, com tanto barulho, é difícil escutar o outro e até o nosso interior, no qual Deus nos fala. Muitos até se acostumam a viver no barulho e não suportam o silêncio. Tem sempre ao seu lado uma TV, um rádio, um aparelho de som... Entretanto, a paz é fruto do deserto e da montanha.
A transfiguração é uma meta possível para quem escuta Jesus. Transfiguração quer dizer transformação pessoal, por meio da conversão, a fim de caminhar com Cristo na entrega total a Deus e aos irmãos e irmãs, especialmente aos mais necessitados. Que o povo nos veja como pessoas transfiguradas, tão transfiguradas que nos tornemos luz para eles.
Certa vez, um príncipe se transformou em um burro. Coitado! E continuou vivendo no reino, como burro. Uma princesa ficou sabendo, foi lá e começou a amar aquele burro, dar-lhe carinho e afeto. Resultado: ele voltou a ser príncipe. O amor dela o transformou, fê-lo recuperar a dignidade que havia perdido. Na verdade, o amor da princesa não foi ao burro, mas ao príncipe escondido dentro dele. O mundo nos desfigura, mas Deus nos manda agentes de transfiguração que, através do amor, nos levam a nos levantarmos, sacudir a poeira e dar volta por cima.
Aquela princesa acreditava na força transfiguradora do amor. Que nós também acreditemos, pois o amor é capaz de nos levar a ver um príncipe em um burro. Assim, um dia seremos definitivamente transfigurados.
Maria Santíssima nunca foi desfigurada pelo pecado. E ela é, depois de Jesus, a maior agente de transfiguração do mundo. Santa Maria, rogai por nós!
Este é o meu Filho amado.

 

Um rio de lágrimas...Alexandre Soledade

 SEXTA- 1 de Setembro Evangelho - Mt 25,1-13



Bom dia! Contei uma história no ano passado que serve bem para iniciar essa reflexão.
Era uma vez (…)
Certa vez uma jovem moça cansou de acreditar. Preferia a racionalidade a viver da fé naquilo que não podia entender ou ver. Dedicou-se, portanto a focar nas coisas palpáveis e que considerava segura (carreira, financeiro, bens imóveis e moveis) e de certa forma era feliz. Tinha amigos, colegas, reconhecimento, prestigio, (…). Aos seus olhos, nada faltava.
Analisava sua vida como forma de revide para as dificuldades que teve na infância e adolescência. Uma família difícil, pais imaturos e ausentes, dificuldades financeiras, (…); para ela era difícil ver a pessoa de Deus em meio a tamanho sofrimento. Sonhava acordada vendo a vida boa de seus colegas e dessa forma disfarçava a inveja que corria no seu peito e no seu olhar. “Serei grande e rica”! – pensava ela. Não quis casar. Preferiu manter a individualidade e rédeas da sua vida a ter que dividir com alguém suas alegrias, suas memórias, suas dúvidas, (…); não desejava alguém que lhe ajudasse a conduzir sua vida ou a aconselhá-la.
A vida, depois de estabilizada, não mais deu reviravoltas para essa moça. Nunca mais passou por tribulações que não pudessem ser superadas. Progrediu profissionalmente, cresceu, ganhou status e uma promoção. Um dia então, saiu para comemorar com seu carro importado e recém comprado, parou num semáforo e de súbito uma menina bateu-lhe o vidro chamando sua atenção. Algo naquela garota lhe incomodava. Perguntou-lhe então seu nome e surpreendentemente era o mesmo que o seu.
Foi um flashback! Um rio de lágrimas lhe descia aos olhos, imaginava-se naquela criança. Lembrou das dificuldades de criança. O clima nostálgico tomou conta daquele carro ao ponto de desistir de comemorar, preferindo voltar para casa. Lá, abriu a gaveta do armário e escondida entre meias, estava um livro empoeirado e de folhas amareladas. Suas mãos tremiam e por mais que tentasse não conseguia fazê-las parar.
- Quanto tempo não te leio! – Disse ela chorando. Abriu, pois a bíblia e lá numa pagina marcada leu:
“(…) Neste momento os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: Quem é o maior no Reino dos céus? Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse: Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus. Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus. E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe”. (Mateus 18, 1-5)
Descobriu então o quanto era preciosa desde a sua infância. Questionou-se imediatamente o que fizera para mudar a realidade de outras tantas crianças que não tiveram a mesma sorte ou competência que ela. Não sabia ela que acabava de entender o que é compromisso social.
Saibam que de fato tememos também em conflitar o que fizemos para mudar o nosso redor. Vivemos então uma vida fracionada e não como um todo, O mundo que de fato me preocupo é o que gravita ao redor do meu umbigo. Quem já trabalhou como voluntário em um asilo, num hospital, numa ação social ou para os outros em sua pastoral tem a real noção que NÃO TEMOS PROBLEMA ALGUM se compararmos com esses que REALMENTE precisam de ajuda.
É preciso refletir também um outro lado dessa parábola: “(…) O óleo que nós temos não dá para nós e para vocês. Se vocês querem óleo, vão comprar!”
É obvio que Jesus aqui não apregoava a individualidade ou a famosa frase “o problema não é meu”, mas faço a seguinte pergunta: O que eu tenho haver com aquele que prefere errar a acertar? O que fiz de concreto para mudar a realidade ao meu redor? De que vale ganhar o mundo inteiro e perder a vida eterna? Claro que não temos como por juízo na cabeça de tantos desajuizados por ai, mas o que posso fazer além de fechar os olhos a eles?
Não somente os alcoolizados, viciados, mas todos aqueles que partem para o mundo sem medir as conseqüências de seus atos, aqui incluímos os que fazem barbeiragens no trânsito, que vão brigar nos estádios, que acham “lindo” filmar duas colegas brigando na escola e postar no facebook, Orkut, (…). Essa “noiva” que não pensa o que faz podemos dizer que também se apegou ao imediato, ao fútil, ao prazer temporário, mas agora, ou podemos chamar de hedonismo.
 “(…) É complicado competir com o hedonismo, ou seja, pela busca desenfreada por algo que nos dê prazer. Como o encarregado da propriedade do evangelho de hoje passamos pouco a pouco a esfriar na crença ou na esperança do que acreditamos. Vendemo-nos ou nos permitimos conquistar facilmente pelas coisas que me façam feliz hoje, agora,…”.
Tudo bem que a história que contamos no começo é um conto criado e não um testemunho, mas por que não aprender com a mensagem que transmite o conto? Até quando seremos noivas que apenas esperam e não planejam ou tem ações proativas para melhor recebê-lo?
No mês de Setembro provavelmente refletiremos muito sobre compromisso, ação e omissão quanto ao anúncio da Boa Nova e quanto estou conservando-a dentro de mim através da fé, da esperança e da caridade.
Um imenso abraço fraterno.


quarta-feira, 30 de agosto de 2017

“FICAI ATENTOS!” - Olivia Coutinho.


 
Dia 31 de Agosto de 2017
 
Evangelho de Mt24,42-51
 
A busca pela a santidade deve ser o nosso objetivo primeiro, o horizonte que não podemos perder de vista!
O grande desafio, de quem busca a santidade, é não temer as consequências do seguimento a Jesus e não se isolar, afinal, ninguém alcança a santidade sozinho!
 É em meio aos conflitos conflitos, é caminhando na contramão do mundo, que vamos  alcançando a  santificando!
Viemos do Pai e para o Pai retornaremos! Diante desta verdade, devemos nos conscientizar, de que a nossa vida presente, é passageira, e por assim ser, deve ser bem vivida, isto é, vivida dentro do plano de Deus!
O evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, nos convida a refletir quanto à consciência que devemos ter, do nosso tempo de vida terrena, precisamos conscientizarmos, de que o nosso tempo presente, deve ser um tempo útil à nossa caminhada rumo à eternidade. É importante aproveitamos bem este tempo, pois ele é o único tempo que possuímos, como espaço sagrado, que Deus nos concede aqui na terra, para construirmos a nossa morada no céu! 
O texto vem nos acordar para uma realidade que ninguém pode fugir: a certeza da transitoriedade da vida terrena, a vida que passa! 
Quanto ao dia e a hora da nossa passagem, Deus preferiu nos ocultar,  Jesus só nos deu uma pista: vai acontecer de modo inesperado, o que pode nos deixar apreensivos, no entanto, para quem vive dentro do plano de Deus, o dia e  hora não importa, o que importa, é estar o tempo todo em sintonia com Deus, ciente de que há uma vida melhor por vir, a vida em plenitude! 
Jesus nos alerta sobre a importância de estarmos sempre vigilantes, o que não significa ficarmos parados,  pelo contrário, devemos  esperar pela a segunda vinda de Jesus,  no exercício da nossa missão, no lugar onde fomos plantados por Deus, para produzir frutos!
“...O Filho do homem vai chegar na hora em que vocês menos esperarem!”Lc12,40. Jesus compara o “ficar preparado,” com a postura de um empregado, que mesmo sem saber a hora que o patrão irá chegar,  ele está  sempre de prontidão, pronto para servi-lo!
Estar vigilante, é estar fazendo o bem, estar atento às necessidades dos irmãos, é estar a serviço da vida!
Em Jesus, encontramos  força e  coragem, para darmos continuidade a nossa missão! Com Ele, em vez de medo, o que cultivamos no nosso coração, é a esperança, que é fruto da fé!

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
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