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domingo, 31 de dezembro de 2017

"E TODOS OS QUE OUVIRAM OS PASTORES FICARAM MARAVILHADOS..."Olivia Coutinho


SOLENIDADE DA MÃE DE DEUS - DIA MUNDIAL DA PAZ !
 
Dia 1º De Janeiro de 2018
 
Evangelho de Lc2,16-21
 
Ainda no tempo do Natal, primeiro dia do ano, somos agraciados com a solenidade da Santa Mãe de Deus! É a Igreja nos convidando a reverenciar aquela que fez do seu ventre, o primeiro Sacrário de Jesus!
O ventre sagrado de Maria abrigou a Luz que veio quebrar a escuridão presente no coração humano! 
Deus quis se fazer um de nós, se manifestando ao mundo, na pessoa de Jesus, dando-nos a graça de participar da sua divindade! Ele se fez homem nascendo de Maria, portanto, Maria é a Mãe de Deus, negar esta verdade, é não reconhecer Jesus como o  Deus encarnado!
Muitas coisas, no campo da fé, são Mistérios, e por assim serem, estão além da nossa compreensão, o que não nos impede de abraça-los. Façamos como Maria, que ao receber o anuncio de que ela seria a mãe do Filho de Deus, abraçou este Mistério, sem questionar, colocando-se por inteira a serviço de Deus. 
Contemplemos a Mãe de Deus, meditando também sobre a importância da maternidade.
 Todos nós, homens e mulheres, deveríamos ser um pouco maternos, a maternidade vem nos falar de fecundidade, de afeto, de carinho, de docilidade, de  cuidados... Como seria bom, se entrássemos neste ano, com o nosso coração cheio destes sentimentos que são próprios de quem ama e que se deixa amar!
A Mãe de Deus é o modelo de vida cristã, um modelo que deve ser seguido por todos nós! Nossa vida, se pautada no exemplo desta grande mulher, com certeza, será uma vida fecunda!
Que nossos corações estejam sempre iluminados pela a luz da bondade, a mesma Luz  que iluminou o coração de Maria, a grande defensora dos pobres, dos oprimidos...
Vem somar a esta solenidade, o dia Mundial da Paz, o que tem muito a ver com Maria que é a Rainha da paz! Maria é Rainha de uma paz que brota no coração de quem realiza a vontade Deus! Esta paz, todos nós podemos ter, pois ela independe das circunstâncias em que estejamos  vivendo.
O dia Mundial da Paz vem nos despertar sobre a importância de nos tornarmos construtores da Paz, seja no ambiente familiar, no trabalho, no convívio social...
 De uma coisa, podemos ter certeza, em todo o ambiente em que Jesus se faz presente, existe paz, pois Jesus é por excelência, o dono da Paz, da paz que é fruto da sua ressurreição, uma paz que é sustentada no tripé da verdade, da justiça e do perdão.
O Evangelho que a liturgia desta solenidade nos convida a refletir destaca o sinal de salvação: "Um recém-nascido, deitado numa manjedoura!" É a partir deste cenário, que um mundo novo começa a se descortinar, que as promessas de Deus começam a se cumprirem: Num lugar, onde se punha alimento para os animais, estava deitado aquele que se tornaria o nosso alimento!
É na fragilidade de um recém-nascido, que o Salvador começa a se manifestar no mundo, tendo como seus primeiros visitantes, os pobres, os pastores, pessoas excluídas da sociedade.
Foram estes, os primeiros a receberem a Boa Notícia: “Hoje na cidade de Davi, nasceu para vocês o Salvador, o Messias, o Senhor.”(Lc2,11) Assim que receberam esta notícia, proferida pelo o Anjo, eles vão apressadamente ao encontro destra grande Luz!
Deus veio ao nosso encontro, agora, somos nós que devemos ir a seu encontro! Somos nós que devemos acolher essa Luz que quer iluminar a nossa vida.
Aprendamos com Maria, a olhar o outro com os olhos de mãe, isto é: com um olhar de misericórdia que sabe ver o lado bom que todo o ser humano tem como criatura de Deus criado a sua imagem e semelhança.

QUE TODOS TENHAM  UM ANO  NA PAZ DE JESUS!- Olivia Coutinho

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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

“ELE SERÁ UM SINAL DE CONTRADIÇÃO” Olivia Coutinho

 
 FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA!
 
Dia 31 de Dezembro de  2017
 
Evangelho de Lc 2,22-40 
       
O evangelho que a liturgia de hoje coloca diante de nós,  nos convida a contemplarmos a Sagrada Família, um modelo para todas as famílias! É uma forma que a igreja encontrou, de chamar a nossa atenção, sobre a importância da família, valor, tão desprezado nestes tempos “modernos.”.
Sagrada Família; família de Nazaré, é constituída por Jesus, Maria e José! Foi nesta família, que o Menino Deus cresceu, brincando, chorando e se alegrando, como um de nós!
Quarenta dias após o seu nascimento, Jesus é levado ao templo pelos os seus pais, a fim de cumprir um ritual judaico, isto é, todo primogênito do sexo masculino, deveria ser consagrado ao Senhor.
Maria e José, num gesto de entrega a Deus, apresentam Jesus no templo, o preciosíssimo tesouro que eles sabiam não lhes pertencer! Com este gesto, os pais de Jesus, nos dão um grande exemplo de responsabilidade para com o que é de Deus, conscientizando-nos, que a vida dos nossos filhos não nos  pertence, somos apenas depositários destes tesouros pertencentes a Deus.
O rito da purificação da mãe e a apresentação  do menino Jesus, nos ajuda a entender, que  Deus, ao se encarnar, viveu a nossa realidade, se submeteu a lei, foi pobre,  marginalizado,  injustiçado e provavelmente teve problemas na família como qualquer um de nós. Basta lembrarmos, do início da sua vida pública, quando seus familiares tentaram impedi-lo de cumprir a sua missão, alegando que Ele estava louco. Mc 3,20-21
O texto que nos é apresentado, é rico em detalhes, mostra-nos, que na apresentação do menino Jesus no templo,  fica evidenciado a identidade do Salvador e através de um conjunto de elementos proféticos, é revelado o caminho que Ele pautaria.
Em si tratando da apresentação do próprio Filho de Deus, este ritual adquire um significado muito profundo, estreitamente ligado ao mistério da encarnação. Foi um rito de grande profundidade, diferente dos outros, em que os pais apresentavam seus filhos a Deus, no rito de Jesus, é Deus quem apresenta o seu Filho aos homens, pela boca do profeta  Simeão, juntamente com a profetiza Ana..
O velho Simeão esperava pela libertação de Israel, ele já havia  recebido a promessa de Deus, de que ele não partiria desta vida, sem antes ter visto o Messias. Guiado pela a inspiração divina, Simeão  vai ao templo, exatamente no momento  em que Maria e José levam Jesus para  cumprir as prescrições legais, suas palavras proféticas, sobre o futuro do menino,  constituem o centro do relato. 
Já prestes do fim de sua existência terrena, Simeão toma o menino Jesus em seus braços, definindo-o como: A salvação que chegou  para  todos os povos. Salvação, que chegou na fragilidade de um menino, que estava  começando a vida, e que mais tarde, daria esta vida, para o resgate da humanidade corrompida pelo pecado.
Os olhos de Simeão, viram longe, viram  naquele  menino, ainda totalmente dependente do humano, a salvação do próprio humano.
Na cena, Maria permanece silenciosa, certamente ela ainda não havia entendido tudo a respeito da trajetória do seu filho, mas  acolhe  as profecias de Simeão sobre o seu  futuro, aceitando em silencio os desígnios de Deus.
Após ter tido a felicidade de ter o Messias em seus braços, Simeão sente que já podia partir deste mundo, afinal, seus olhos já haviam  visto o que ele tanto esperava:  a “libertação do povo de Israel".
Contemplando o Messias em seus braços, Simeão pensou somente no bem do povo, ele  sabia, que ele mesmo, não iria  usufruir da alegria de ver Jesus  caminhando aqui  neste chão.
 Contemplemos  a figura de Simeão, um  homem que não olhava  para o passado, que via longe, que sonhava grande, mesmo na fragilidade de sua idade avançada.
Simeão e Ana representam o povo  fiel, o povo persistente, que não perde a esperança, porque confia nas realizações  das promessas de Deus, podemos intitulá-los, como profetas da esperança!
Assim como Simeão, sejamos  também persistentes  em nossas  esperas, sem nunca desistirmos  dos nossos sonhos, pois, se temos Deus conosco, tudo nos será possível!
A família é uma instituição sagrada, é algo sonhado por Deus, que quis vir até a nós, através de uma família.
Que esta instituição sagrada, não terminem por fata de amor.” Pois é na  família, que Deus perpetua a sua criação! Não deixemos que esta sementeira de amor, se dilua, por falta do diálogo e do perdão.

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

“João Batiza Jesus!” - Claudinei M. Oliveira.



Sábado, 06  de janeiro  de 2018.
Evangelho:  Mc 1, 7-11

        
       Disse João Batista a seus seguidores: eu batizei vocês com  água, mas ele batizará vocês com o Espírito Santo Mc (Mc 1,8). 

O messias veria para confirmar a aliança com o povo de Israel com o Senhor, libertará os homens do mal para sempre e renovar o comprometimento com a libertação. Mas, para tanto, seria preciso primeiramente desfazer das coisas do mal, arrependerem-se dos pecados e batizar com água da conversão. Depois disso, acolherá o salvador que tem poder de envolver-se no Espírito Santo e lutar contra os opressores que não O aceita pela avareza e a ignorância.
         O batismo de Jesus corresponde   a humildade e a simplicidade de um Homem que se fez homem para estar no meio do povo que precisava de estímulo para acreditar que o poder de Deus interfere na vida cotidiana. O exemplo de ser batizado pelo anunciador da libertação comove a multidão. Ele é o Senhor do mundo, não precisaria rebaixar a um pecador para ganhar o perdão dos pecados, sendo que Jesus não tinha pecado para arrepender-se, sempre foi justo  com muito amor, mas ao entrar no rio Jordão para mergulhar nas águas, Jesus mostrou para o povo que ninguém é maior do que o outro e para criar a identidade de cristão  seguidor de um projeto de vida, necessita do batismo.
         João anunciava claramente para seus seguidores que outra pessoa, mais poderosa e de um coração invejável, viria batizar com o fogo e com o Espírito. Ele, João, não era digno de desatar as suas sandálias, tamanha unidade e crença tinham em Jesus. Porém, Ele (Jesus) chegou e viu descendo do céu o espírito em forma de pomba. Era a confirmação de que o Filho do Homem estava ali presente.
         O batismo é o símbolo do cristão autêntico que criou um vínculo com o Senhor. Agora o batizado faz parte da família unida da Trindade. Tem a marca do serviço. Tem uma identidade. Ao fazer parte da unidade fraternal do Criador, passa a comprometer-se com a construção do Reino.
Jesus, depois de batizado, passou a denunciar todas as injustiças sociais que insistiam persistir. Para tanto, enfrentou os poderosos com firmeza e exigia maior atenção com os desvalidos e oprimidos. Não tem como fazer parte de uma família unida e oprimir os parentes em proveito próprio. Ao ser batizado ha uma cumplicidade com o outro. O sofrimento do outro também é meu sofrimento e a cruz do outro também é minha cruz.
         Enfim, que a chama do batismo não seja abafada e o combustível para manter acessa o fogo da transformação seja desprendido pelo Espírito Santo. Sempre alimentando no poder de Cristo e perfazendo caminhos que levem ao encontro do Jordão para curar todos os pecados e as maldades que insistem em permanecer no coração de muitos homens de boa vontade. Assim, ao escolher o batismo de Cristo, tem em si a convicção de que a luta pelo projeto da vida será constante, mas valerá a pena. Amém!
Abraços

Claudinei M. Oliveira

“Filipe leva Natanael à Jesus!” - Claudinei M. Oliveira.


Sexta-feira, 05  de janeiro  de 2018.
Evangelho:  Jo 1, 43-51

         No quarto dia do Testemunho de João Batista Jesus caminha para Galileia, lugarejo pobre no qual o empobrecimento do povo se faz a partir dos grandes centros da Judéia. Jesus distancia dos dominadores – Judéia – e passa a conviver com os dominados. Sinal de luta pela libertação a fim da construção da nova realidade.
         Filipe  de Betsaida, cidade de André e Pedro, fala para Natanael que encontrou com  Jesus de Nazaré, aquele que Moisés escreveu na Lei sendo o filho de José. Momento de glória, pois estar com o Filho de Davi simboliza o encontro da confirmação da Aliança que o Senhor fez com o povo de Israel. Entretanto, Natanael duvida deste homem ao afirmar: de Nazaré pode sair coisa boa? (Jo 1,46). Filipe respondeu: venha, e você verá.
         Natanael sendo um homem pobre, passando por dificuldade, não tem a sensatez no primeiro momento de reconhecer o testemunho de Filipe. Seu coração se prende ao preconceito e ao orgulho. Não consegue pensar a partir da realidade vivida, mas da realidade almejada e sonhada pelas famílias poderosas.
Como o povo de Nazaré era paupérrimo, não poderia ter a confiança num homem que falava em nome do Senhor. Contudo, mais uma vez confirma a prepotência e a arrogância plantada no seio de um povo de que a pobreza e a miséria não geram algo que possa ser valioso, ou seja, deste povo lascado só pode nascer o atraso.
         Natanael representa  as pessoas que para reconhecer Jesus tem que passar por transformações. Primeiro: deixar o preconceito; segundo, abandonar a arrogância e a prepotência e terceiro ser humilde.
Ser discípulo de Jesus não há nada de especial. Qualquer um poderia ser. Mas, para tanto, seria necessário ter um coração maduro e livrar das ideias alienantes que chamam para si a morte. Natanael deveria abandonar os princípios  do Sinédrio que julga a partir de suas leis mortais. Não se pensa no outro na extensão de irmão, mas se pensa no outro na extensão da cobiça e na exploração.
         O encontro de Jesus com Natanael revela  o encontro de do povo de Israel a espera da vinda do Messias. Natanael está sentado debaixo da figueira que simboliza o povo Deus a espera. Antes mesmo de tecer qualquer comentário Jesus fala diretamente: “eis ai um israelita verdadeiro, sem falsidade” (Jo 1,47).  Demonstra o conhecimento por inteiro do seu povo e de suas atitudes. Surpreso ficou Natanael: de onde me conheces? Como sabeis que sou eu? Nunca te vi em lugares diferentes deste?
         Ás vezes,  ficamos surpresos com as maravilhas de Deus. Preocupamos tantos com coisas irrelevantes que ao depararmos  com a magnitude  do Senhor e duvidamos:  Senhor está acontecendo isto comigo mesmo? Claro, às vezes, Cristo cansa de enxergarmos parados, sem atitudes que Ele dá um sinal. Porém são poucos que tem a sensatez de perceber o agir de Jesus em suas vidas.
O desafio para nós é descobrirmos que Jesus é o dom que Deus faz à humanidade. Por isso que o nome Natanael significa “o dom de Deus”.  Ou seja, Jesus é o Homem que carrega a vida plena consagrada por seu Pai a toda a humanidade.
         João termina o Evangelho afirmando nas palavras de Jesus: “eu lhes garanto: vocês verão o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”(Jo 1,51).  Esta afirmação relata o sonho de Jacó de uma grande escada que unia o céu a  terra. Todavia, o elo entre o céu a terra estava na Luz do Filho de Homem. Para chegar ao céu era preciso conhecer  e seguir Jesus de Nazaré, Homem pobre, mas de uma sensatez infinitamente inconfundível.
         Portanto, não escondemos do compromisso de fazer algo para o povo. Preocupemos menos com a situação de uma vida boa a partir da cobiça e vivamos a plenitude no consolo do dom de nosso Deus que nos quer bem. Vivamos a fraternidade e sem o preconceito. Amém!       
Abraços
Claudinei M. Oliveira



“Vinde ver: disse Jesus!” - Claudinei M. Oliveira.


Quinta-feira, 04  de janeiro  de 2018.
Evangelho:  Jo 1, 35-42

         João aponta Jesus para os dois discípulos dizendo: “Eis aí o Cordeiro de Deus”. Os dois homens seguiram imediatamente o mestre que tanto procurava. Pois estar do lado daquele que tanto João falava com muita propriedade era privilégio relevante. Seguir o mestre era sinônimo de aceitação das doutrinas e apego severo aos ensinamentos da libertação.
A oportunidade estava ali na frente, não tinha como deixar escapar a chance de viver e conviver com o Filho de Deus.
         A sorte dos homens que estavam com João contou muito, pois bebiam na fonte  limpa das palavras que propunham um novo céu e uma nova terra  Encontraram o caminho do bem que proporcionaria felicidade e justiça. Agora com o Cordeiro  que obedece as lições do Criador e vai para o matadouro com o objetivo da libertação, pois cumprira a missão de elevar a fé e a crença no Deus presente e transformador, os homens perfazem a trajetória que todos deveriam percorrer.
         Jesus volta-se para trás e pergunta: o que  estão procurando?  Os homens respondem: Rabi (que quer dizer Mestre) onde moras? Jesus respondeu: venham, e vocês verão. Na verdade os homens estão procurando maior intimidade com Jesus e para eles, saber onde Jesus morava construiriam laços de amizades intensas,  mas ao segui-lo descobriram-se que a morada de Jesus é o mundo, Jesus não tem uma casa própria com portas e janelas. Jesus tem o mundo como sua casa, pois aonde chegava era bem recebido. No aconchego do lar do povo descansava, alimentava e pregava. Jesus era bem acolhido entre os pobres. Tinha certa admiração e apreço pelos irmãos que carregavam fardos pesados a fim de contentar os donos do poder.
         Assim, seguir Jesus é despojar-se de todo comodismo,  alimentar da graça de Deus, fazendo a prática da justiça e do bem e não apegar com a morte dos bens matérias que impedem o reconhecimento de Cristo.
O exemplo dos homens que não olharam para trás  e nem buscaram seus pertences para caminhar na estrada com Jesus de Nazaré é a certeza de que muitas coisas devem mudar na vida do cristão. É preciso apaixonar-se pela luta dos oprimidos e não ser um devaneio fugaz, mas ser missionário engajado e comprometido com as causas da renovação do homem descrente, haja vista, que João nos seus escritos trata de homens maduros que discernem por si próprios.
         João Batista foi o grande testemunho da eficácia das palavras do Messias. Reconheceu nas ruas o Cordeiro capaz de provocar admiração e transformação. Isto só foi possível porque acreditava na vinda do Filho do Homem e tinha muita fé e apontou para outros seguirem o caminho reto.
O convite ficou protocolado para o homem de hoje: descobrir o Messias no meio de tantos, mas o Messias correto,  verdadeiro, aquele que dá nome e reconhece o esforço do servo fiel. Portanto,  procuramos as coisas boas do mundo para abraçar a felicidade do Cristo Vivo. Amém!
Abraços
Claudinei M. Oliveira




“Eis o Cordeiro de Deus!” - Claudinei M. Oliveira.


Quarta-feira, 03  de janeiro  de 2018.
Evangelho:  Jo 1,29-34

         João Batista dá testemunho daquele que fortalece a vida para o homem que entrega sua alma para seguir o Novo Reino. Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, ou seja, que liberta o homem da cegueira e das trevas. Este Cordeiro leva o cristão à Luz da misericórdia e  da compaixão, retoma uma vida nova cheio de espírito renovador.
         Perceber na pessoa de Jesus o modelo de caminho livre e sereno, todos que tem bom senso percebem, mas viver na luz e testemunhar a glória de Deus no meio do homem são poucos que têm a coragem. Mas por que o homem prefere enganar-se? Por que não levanta a cabeça e reconhece a honra de investir no batismo? Será que o mundo é tão perfeito que não permite enxergar as belezas de Deus?
         João batista saiu de peito aberto anunciando a chegada do Messias, daquele que não seria digno de desamarrar suas sandálias. Por onde passava convidava para o batismo. Mas um batismo diferente, um batismo que representava a disposição em aceitar a novidade libertadora de Jesus. Um batismo que revestia de uma profunda santidade, dando alegria e felicitação para quem dispusesse acolher no seu íntimo Jesus.
         O Cordeiro que João viu e testemunhou continua vivo no meio do homem dando força e coragem para libertar das amarras que prendem no mundo das trevas. É preciso agir em favor da vida do povo, porque nosso Deus vai aos pouco manifestando na vida de todos mediante o testemunho de quem adere a ele, pois Deus traz a plenitude do amor, Ele é vida; Ele contagia quem estende a mão e pede socorro; Ele não deixa ninguém desamparado.
         O Cordeiro que foi humildemente para a cruz deixou o legado de um amor sem fim. Um homem apaixonado pela vida e pela cura. Olha que foram muitas pessoas curadas como o cego, o coxo e, fez  milagres para restaurar a vida como aconteceu com Lázaro, na partilha dos pães e peixes, no casamento em Canã. São tantos exemplos em três anos de atividades de Jesus.
         Enfim, temos um Deus disponível para ajudar e transformar a vida de quem almeja algo novo, de vida nova longe das trevas, basta abrir o coração e segui-Lo na liberdade.  
Abraços.
Claudinei M. Oliveira



“O grito no deserto!” - Claudinei M. Oliveira.


Terça-feira, 02  de janeiro  de 2018.
Evangelho:  Jo 1,19-28

         A comunidade de João, o Amado, estava indicando quem era o Messias que deveria ser seguido. Lógico que João Batista aplainava os caminhos do Senhor, preparava com o batismo aqueles que teriam a vontade de seguir uma vida nova cheia de amor e fraternidade. Portanto muitos seguidores mensuravam sua fé em Batista, pois o enxergavam como o líder, uma pessoa que tinham a missão de cultivar os mistérios do Reino.
         Mas a comunidade de João, o Amado, disseminava o verdadeiro Verbo, Jesus, que veio do Pai com meta de trazer vida nova e libertada, o Messias que habitou entre os homens e tornou-se o Cordeiro Imolado sem pecado. Esse era o Messias que não justificava a Lei dos judeus, uma lei excluidora e perversa.
         O verdadeiro Messias compraz de uma lei do amor, uma lei que almejava a paz e o discernimento entre os irmãos. Que não abandonavam da sociedade as pessoas pela posição social e econômica. Mas uma lei comprometida com a salvação e a maturação do cristão na fé.
         Batista foi indagado pelos sacerdotes e levitas. Queriam saber quem era ele. Se era o Messias, o profeta ou mesmo Elias. Por que os judeus-lideres, donos do poder político, econômico e ideológico, queriam saber quem era aquele que batiza, anunciava e comunicava algo novo?  Porque seus interesses estavam sendo ofuscado com a Boa Nova.
         Nenhum poderoso quer ver ser poder sendo questionado ou colocado em dúvidas. Ele quer continuar usufruindo dos privilégios, dos desmandos, de manter a corrupção para manter-se agarrado no poder. Jamais aceita uma proposta de unificação.
         Jesus tinha e tem uma proposta de um novo reino. Um reino que não faz distinção de pessoas pelo seu estado social, um reino acolhedor e um reino que ama todos.
         Mas o “reino” dos homens pecadores mata, explora, marginaliza, desfaz das pessoas. Tanto que até hoje quem ousa contrariar os mandões do poder tem severos castigos; alguns são mortos, tombados pelo trabalho do anúncio da vida liberta. Temos muito exemplos de cristãos hoje que deixaram o espírito falar alto em seu ser e saíram para enfrentar o poder imperante. Podemos citar o Padre Josimo Brito, Padre Ezequiel Ramin, Irmã Doreth e tantos outros leigos e leigas que vestiram do sangue de Cristo e não amedrontaram dos empecilhos da vida. São exemplo para serem seguidos e anunciados para todo mundo. Foram pessoas que deixaram tudo para trás a fim de levar a felicidade e a alegria para o homem marginalizado.
         Batista deu o ponta pé inicial. Saiu em meio a deserto para gritar para todos que tem ouvidos que o Messias estava preste aparecer. O deserto recorda a caminhada do povo de Deus rumo à liberdade e à vida. Portanto, Batista é a pessoa que prepara o povo para a libertação que irá acontecer em Jesus. Por quê? Porque os caminhos do Senhor foram torcidos pela injustiça que gera a morte.
         Para tanto o batismo de Batista é o sinal pelo qual as pessoas se dispõem a acolher a novidade libertadora de Jesus. Ele está presente, Ele será conhecido através do testemunho dos que o aceitam.
         Portanto, o grito no deserto deve continuar ecoar a libertação do homem que queira conhecer Jesus e aceitar sua proposta de vida. Para que isso ocorra é necessário assumir nossa missão batismal e sair do comodismo a fim de fazer valer o nome do libertador que é Cristo, nosso irmão carinhoso.
Abraço
Claudinei M. Oliveira



“A família de Jesus!” - Claudinei M. Oliveira.



Domingo, 31  de dezembro  de 2017.
Evangelho:  Lc 2,22-40

         Neste último domingo do ano de 2017 refletiremos sobre a família unidade de Jesus. Exemplo para ser seguida,  Maria e José apresentaram o Menino Deus ao Templo para a purificação como determinava a lei de Moisés. Ao entrar no templo foi recebido por Simeão que não teve dúvida da profecia de Isaias. O menino seria então o libertador de um mundo que precisava de um líder solidário e que ensinasse ao mundo o significado de amar.
“Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel.  Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma” (Lc 2,34-35).
Estas foram  palavras de Simeão dirigidas aos de Jesus na entrada do templo. Na visão dele, o menino salvador trazeria na essência mudanças radicais no comportamento social do povo do Israel. Mas, para tanto, sacrificaria sua própria vida para bendizer a justiça no campo da verdade, junto ao povo que necessitava de novos tempos.
         A apresentação do menino Jesus no templo como exigência da Lei de Moisés por ser o primeiro filho homem do casal, marca o símbolo da nova igreja para uma sociedade que esperava afoito pelo libertador. Tanto que Simeão louva ao Senhor por ter recebido em seus braços o menino da Luz:  “Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel” (Lc 2,29-32)
         Ao entrar no templo Jesus torna-se luz para multidões de homens que viviam na marginalidade. Com sua arguição na vida adulta leva a estes marginalizados projetos de vida, isto é, norteia novos rumos com a finalidade de uma vida com dignidade, paz, amor e prosperidade. Jesus, nas palavras de Simeão, é a luz das nações e gloria do povo de Israel, pois toda a esperança está assentada na pessoa com personalidade da justiça. O único anunciador com proposta de transformação radical era Jesus.
         Caminhar para o templo foi o legado deixado pelos pais de Jesus. Ensinou desde pequeno o lugar sagrado para agradecer, rezar e fazer seus pediso. Todo cristão necessita de um espaço no dia para louvar e conversar com o Criador. José e Maria mesmo cumprindo exigência de seu tempo ensinaram a criança a entrar no santuário. Assim, ao colocar Jesus no templo significou um grande ensinamento para o homem: a fé transcende o imaginário real, pois acreditar no infinito além das coisas palpáveis é encontrar a graça de Deus.
         Este Evangelho trás um compromisso para os cristãos de hoje: ensinar os nossos pequenos a cultuarem a crença num Deus que ama indubitavelmente seu povo. Nunca é tarde para encontrar as portas da igreja, mas se começarmos desde pequeno a frequentar os bancos da casa de Deus  muitas coisas ruins evitarão. Pois, estar em sintonia com Deus, criar-se cumplicidade com os ensinamentos revelados na Sagrada Escritura.
         Ao  apresenta os “pobres de Javé”, isto é, Lucas  apresenta à sua comunidade  Simeão e Ana  como reconhecimento dos profetas àquele que nasceu Messias, com objetivo de libertar o povo da escravidão e das injustiças. Os profetas, que tanto esperavam o Enviado do Senhor para cumprir a aliança com o povo antigo, agora poderiam partir para a gloria do Senhor, pois alcançou em vida o mistério do Filho do Homem.
            A proposta de Lucas foi enaltecer o compromisso de sua comunidade para com o projeto de vida de Jesus. Jesus não veio ao mundo por interesse do Senhor para provar seu poder, mas para garantir aos pobres e oprimidos saídas para vida melhor. Porém, a prática de Jesus não estava somente em oração nos templos, estava na tomada de atitude em conversão para o perdão  e atitude de mudança de mentalidade. Para provar a sua comunidade a serenidade dos fatos, exemplifica o Evangelho com a presença de Simeão e da viúva Ana. São profetas que esperaram em vida a presença da libertação, não somente do povo de Israel, mas do povo de toda face da terra. Eles acreditaram  fielmente que um dia reinaria na terra um Homem vigoroso que não tivesse medo de enfrentar os maldosos que corriam o povo sofrido.
            Simeão fala claramente para os pais de Jesus que o menino seria a luz para iluminar o caminho da humanidade com a proposta da liberdade. Assim, novos rumos norteariam para o povo escolhido de Deus. O caminho a ser trilhado seria a justiça, o entendimento, a concórdia, a fraternidade e a felicidade. Este era o caminho correto. Entretanto, muitos por capricho dos bens materiais não teriam a coragem de seguir o Filho do Homem, prefeririam continuar no caminho da morte e da injustiça. Porém, a tristeza estaria naqueles que não tivessem forças para caminhar sozinhos e precisassem do auxilio dos poderosos. Neste caso, suas vitalidades seriam consumidas para controlá-los ainda mais.
            Contudo, este Jesus apresentado ao Templo como exigia a Lei Sagrada para a purificação será sinal de contradição. Este menino crescerá com toda vitalidade no seio de uma família que tinha muito amor para oferecer. Tanto que Maria e José tiveram que fugir muitas vezes para não entregar o filho para a autoridade e,  para proteger a criança,  desbravaram montanhas, montes e rios e não há nenhum registro de desânimo. Eles abraçaram a causa da libertação e fizeram tudo que estivesse ao seu alcance. Depois de crescido e preparado para o mundo, Jesus levou a mensagem que muitos queriam ouvir, a mensagem da esperança; mas muitos rejeitaram a mensagem de Jesus por não concordar com a prática da justiça que era exigida.
            Convém salientar que Lucas apresenta a profetiza Ana como ponto de partida para a evangelização. A mulher, muitas vezes rejeitada no meio eclesial, foi de importância relevante na formação do povo de Deus e construção da igreja evangelizadora. Veja que tudo começou com Maria ao aceitar ser a mãe do Salvador. Ana  que permanecia no templo esperando a libertação das injustiças foi a marca da mulher guerreira por não arredar do espaço sagrado. E as mulheres que primeiramente anunciaram a ressurreição de Jesus.
Portanto, o Reino de Deus está para ser moldado com o Espírito Santo da vida e da paz, devemos encorajar como estes profetas que acreditaram através da fé e alcançaram em vida a libertação. Façamos com amor a construção do Reino da Paz. Amém!

Feliz Ano Novo

Claudinei M. Oliveira

“Maria modelo de mãe!” - Claudinei M. Oliveira.


Segunda-feira, 01  de janeiro  de 2018.
Evangelho:  Lc 2,16-21

         Nesta solenidade da Santíssima Maria, Mãe de Deus, percebemos o quanto é importante refletir o que Deus quer nos falar. Sentir a presença do Libertador e perceber o caminho a seguir. Deixar as trevas e voltar-se para a luz.
         A caminhada que o cristão faz, encontram-se diariamente perigos. Muitos destes consomem a vitalidade com coisas supérfluas, não acrescenta nada para o bem da caminhada. Logo, urge apressar para descobrir os encantos divinos nas entrelinhas do dia a dia e viver na paz. Os pastores souberam seguir a estrela e encontrar o Messias numa manjedoura com sua família. Isso aconteceu porque tinham fé e tinham um objetivo de não deixar que coisas mundanas entrassem em seus caminhos.
         A recompensa foi ver de perto o Menino-Deus em serenidade com o Espírito Santo purificador. Em seu olhar percebeu o quanto sua presença reinaria um novo tempo, pois os filhos de Israel padeciam por melhores dias; estavam sendo consumidos pela opressão e pela maldade de uma minoria. Os filhos amados de Deus precisavam de um homem que tinha um compromisso com a Boa Nova. Anunciar a libertação plena e cheia de misericórdia.
         Ao lado da criança recém-nascida estava sua mãe. Serena como sempre. Calada diante do milagre e da entrega enquanto serva de Deus. Maria refletia tudo o que tinha passado e traçava o futuro para o menino enquanto oferta ao Pai. Símbolo de uma comunidade que se preocupa com a vivência, Maria tem a certeza de que o Menino seguiria a missão do Criador. Não a decepcionaria, porque em seu ventre foi gerado o Verbo que habitaria no meio da humanidade.
         Caros leitores, como nossa Mãe foi digna de receber o Menino Deus. Como estava preparada para enfrentar os desafios da vida. Como se mostrou dinâmica em receber os visitantes e ouvir atentamente os desígnios de Deus através dos pastores. Maria assumiu para sim a responsabilidade de cuidar do salvador, pois saberia que Ele faria a diferença na sociedade.
         Assim deve agir a família unidade de Deus em nosso tempo. Os pais devem zelar pela educação catequética dos filhos e ensinar a caminhar na estrada da vida como se fosse levá-los ao paraíso. A família que se ama, cresce, tem um Deus amigo e companheiro, torna-se exemplo para a sociedade.
         Assim foram José e Maria: amigos, compreensivos, dedicados e responsáveis pelo rebento. Sabemos que estava cumprindo as promessas feitas ao povo de Deus, mas mesmo assim, os pais agiram de modo maravilhoso enquanto família.
         Nossas famílias carecem de unidade, fortaleza, exemplo e dedicação daqueles que dispuseram a formar uma família de verdade. Muitos casais dedicam-se ao máximo com seus filhos: zelam, doutrinam-se, ensinam o que é o certo, mostram o caminho a ser percorrido, ou seja, preparam os filhos para a Boa Nova. Entretanto, muitas famílias se formam por acaso, não tem o cuidado um com o outro, vivem na discórdia, nem a igreja procuram. São famílias a mercê do encardido. Precisa de ajuda, mas uma ajuda solidária, não uma ajuda deselegante e cheia de moral.
         O certo é que temos o exemplo a ser seguido: a família de Nazaré. Formada por um anjo e cuidada pelo pai Celestial, a família pobre de Nazaré venceu todos os desafios. Não deixaram ser derrubado pelo mal. O casal se amava e tinha a certeza da missão. Essa era a comunidade perfeita. Uma comunidade que partilhava e agradecia junto às belezas da vida.
         Quem tem Deus no coração tem tudo. Aconteceu com Moisés ao receber o privilegio de anunciar a Arão  e seus descendentes que  o “senhor te abençoe e te guarde; que o Senhor brilhe seu rosto sobre você e seja propício para você; o Senhor te mostrará o seu rosto e te dará paz. E chamem meu nome sobre os israelitas e os abençoarei” (Número 6, 24-27)
         Quem assume a vida em plenitude com Deus tem seu amparo e cordialidade. Não anda nas trevas e caminha sempre na luz. No passado o povo de Deus teve o privilegio de ser guiado pelo Senhor com a proposta de enviar seu filho a fim de restaurar a vida. Ele cumpriu sua promessa e continua abençoando e dando a paz.
         Agora temos a mãe da humanidade que gerou o filho abençoado e com todo carinho nos ensina a mansidão e a serenidade de uma vida feliz. Que Nossa Senhora nos proteja e nos cubra com seu manto sagrado, nos livrando de todo mal e nos intercedendo junto ao seu Filho bem amado a graça de vivermos na glória de Deus.
Feliz Ano Novo
Claudinei M. Oliveira