09/08/2016 - 3ª. Feira XIX semana comum – Ezequiel 2, 8 - 3,4 - “a palavra de Deus é alimento para nossa
alma”
Deus nos oferece a Sua Palavra como um alimento que precisa ser
ingerido, mastigado e experimentado. Na visão do profeta Ezequiel, quando lhe foi
entregue das mãos de Deus “um livro
enrolado”, percebemos que, enquanto era somente um papel dobrado, não tinha
gosto nenhum, porém a partir do momento em que “abriu a boca e comeu o rolo,” ele sentiu o seu gosto de mel na
boca. Assim também acontece conosco, quando apenas pegamos a Palavra nas nossas
mãos e não a adotamos na nossa vida. Comer a Palavra de Deus é encarná-la e
assumi-la concretamente na vida diária. Não podemos apenas dar uma olhadinha
rápida nem tampouco dispensar a ela um pouco do nosso tempo para uma leitura
dinâmica e apreciativa, mas será imperativo vivenciá-la. Portanto, há de se perceber que a Palavra só
saciará as nossas entranhas quando for vivida e proclamada. Ter as entranhas
saciadas é sentir-se abastecido (a) de felicidade e paz interior. O Senhor nos diz: “Come este rolo e vai falar aos filhos de Israel”. Quando temos
conhecimento da Palavra de Deus e a experimentamos na nossa vida não
conseguimos ficar calados (as). É Ela própria quem nos motiva a sair de nós
mesmos (as), das nossas concepções e ideias humanas para ter como regra de vida
os mandamentos da Lei do Senhor e dar testemunho deles. Aparentemente, à primeira vista para nós é
difícil vivenciar os ensinamentos de
Deus, porém quando os assimilamos e os assumimos como preceitos divinos para a
nossa felicidade percebemos que a nossa história passa a ter um outro sentido e
uma nova razão de ser. Depois disso, assim como Ezequiel, somos chamados a ir
adiante para falar a todos sobre a palavra que vivemos. – O que você tem feito com a Palavra de Deus?
– Você tem apenas a lido e a achado interessante ou você a tem assumido
concretamente na sua vida? – Qual é o sabor que ela tem para você? - Você a tem proclamado com a sua boca na
mesma medida em que você a tem saboreado?
Salmo 118 – “Como é doce ao paladar vossa palavra, ó Senhor!
Este é o canto que sai dos lábios das pessoas que têm a palavra de
Deus como regra de vida e que a põem em prática. A alegria e a paz são
atributos de quem segue os ensinamentos do Senhor e são fiéis à Sua Aliança. O
salmista diz que a palavra de Deus é a sua herança, pois é ela que alegra o seu
coração e é esta alegria a maior riqueza que o ser humano deseja para si. Vale mais do que milhões em ouro e prata!
Evangelho – Mateus 18, 1-5.10.12-14
– “ser como criança, não é ser infantil”
No reino dos céus não existe maior ou menor, todos somos os
pequeninos a quem o Pai atrai e sustenta com o Seu Amor. No entanto, existe uma
grande diferença dos reinos da terra, pois quem é grande no céu é pequeno no
mundo. A mentalidade evangélica é totalmente contrária ao modo de pensar do
mundo. No mundo, o mais e o maior sempre prevalecem. No reino do céu o maior
tem sentido de menor, isto é, quem quer ser grande no reino de Deus terá que
ser pequeno que nem uma criancinha aqui na terra. Em diversas ocasiões Jesus
usou a figura da criança para identificar as pessoas que têm acesso ao reino
dos céus. Ser como as crianças, é ser simples e dócil para assumir encargos e,
ao mesmo tempo, ser capaz de entregar-se, de abandonar-se para ser dependente
de Deus. É ser também, verdadeiro (a), transparente e saber comunicar as
emoções com naturalidade e sem fingimento. Diante disso não podemos pensar que
ser criancinha é ser, tolo, infantil, imaturo (a) e turbulento (a), sem
coerência. Existe, pois, uma grande diferença entre ser infantil e ser como a
criança. A pessoa infantilizada recusa-se a assumir a plena responsabilidade
pelas próprias ações e, sempre deseja receber o prêmio. Ser infantil exige
pouco esforço, porém o ser como criança exige de nós muito mais coragem porque,
embora sejamos homens e mulheres maduros (as), necessitamos nos abrir às
emoções como elas o fazem. “Os atos
infantis afastam, enquanto que as ações próprias das crianças atraem”. O homem
que se converte, torna-se como criança aos olhos do Pai, pois para Deus somos
como filhos pequenos e amados, dependentes do Seu amor. Aquele que não confia
na proteção do Senhor através dos seus anjos não pode ser considerado
pequenino, portanto não entrará no reino dos céus. Saber
que temos no céu, diante do trono do Pai o nosso anjo da guarda fará com que
também sejamos como crianças dependentes da proteção, da ajuda e da assistência
dos anjos de Deus. – Você já experimentou ser como uma criança? - Será que você está perdendo tempo querendo
ser “grande” e deixando passar a graça de viver aqui o reino de Deus? – Você se sente dependente de Deus, abandonado
(a) em Suas mãos? - Você é auto
suficiente? – Em quem você confia?
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