14- DOMINGO - Evangelho - Lc 12,49-53
Bom dia!
Ôh verdade que dói! Sabemos o que é certo, mas por que é que não
fazemos?
Existem problemas que se iniciam dentro de nós mesmos, mas não
conseguimos (ou não queremos) identificá-los. Repito, sabemos qual seria a
melhor medida, mas não conseguimos seguir. Imaginemos esse exemplo:
“Trabalho, estudo, vivo em comunidade, mas não consigo me
relacionar adequadamente com pessoas que me cercam; Não me permito me mostrar
por completo (sem máscaras) para os outros; Não consigo ouvir ou aceitar
opiniões e sentimentos diferentes do meu, pois me sinto mais seguro (a) quando
minhas opiniões, desejos, expectativas, percepções, sentimentos e emoções
prevalecem; sou um (a) líder nato (a), pois exerço controle sobre mim e/ou
sobre os outros…”.
Será que é difícil conhecer alguém assim? Talvez não na totalidade
do texto, mas todos nós temos um pouco dessa pessoa do exemplo acima. Não
podemos confundir esses pensamentos com a idéia de pessoa com auto-estima. Não
façamos isso! É muito comum e estimulado num cenário de bolsa de valores,
capitalismo, vendas (…) onde é visto como “virtude”, mas no relacionamento
interpessoal, na família, na sociedade, (…) essas “virtudes” mais afastam as
pessoas do que agregam, e o que é pior, sabemos disso!
“(…) Mas, então, não sou eu que o faço, mas o pecado que em mim
habita. Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem, porque o
querer o bem está em mim, mas não sou capaz de efetuá-lo. Não faço o bem que
quereria, mas o mal que não quero. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu
que faço, mas sim o pecado que em mim habita”. (Romanos 7, 18-20)
Temos outro tipo de pessoa (…).
“Tenho medo, não contenho a raiva, a frustração; minha esperança
escoa como areia pelos dedos; não acredito mais nas pessoas; tenho problemas
nos meus relacionamentos pessoais e profissional; tenho pena de mim mesmo, sou
azarado e nas correções e exortação me ponho na defensiva”.
Como no exemplo anterior, temos também conhecimento de pessoas que
também são assim, mas será que conseguimos ver que às vezes somos, em partes,
parecidos com ele? Paulo disse (versículo acima) sobre o mal que mesmo não
querendo fazer o fazia mesmo não desejando fazer. Fazemos sim muito mal as
pessoas sem perceber, mas muito mais a nós mesmos que não notamos se não nos
acontecer algo que mude ou interfira nessa triste rotina.
Imaginemos um lago bem calmo. Águas cristalinas, um espelho d’água.
De repente vem aquele menino e joga uma pedra no meio do lago. A tranquilidade
(ou marasmo) é quebrada por aquelas ondas que surgiram do impacto da pedra com
a água. Temos problemas quando não conseguimos esperar o tempo e entender que
as ondas passarão. Sofremos também quando alimento o menino para continuar
lançando pedras… Parece que me acostumei com a tristeza.
“(…) Vossos preceitos são minhas delícias, meus conselheiros são as
vossas leis. Prostrada no pó está minha alma, restituí-me a vida conforme vossa
promessa. Eu vos exponho a minha vida, para que me atendais: ensinai-me as
vossas leis. Mostrai-me o caminho de vossos preceitos, e meditarei em vossas
maravilhas. Chora de tristeza a minha alma; reconfortai-me segundo vossa
promessa. Afastai-me do caminho da mentira, e fazei-me fiel à vossa lei”.
(Salmo 118, 24-29)
Temos também mais duas pessoas: Uma que não sabe como esta e outra
que finge não saber. E são essas que realmente me preocupam, pois acabam não se
deixando curar mesmo tendo o remédio em casa, na comunidade, no trabalho…
Talvez seja essa ultima pessoa que Jesus tenha duramente chamado de
hipócrita, mas esse hipócrita, no contexto da nossa reflexão podemos chamar de
medroso.
Sabemos o que fazer para sermos mais felizes. Encaremos os
problemas! Não sejamos vítimas de nós mesmos.
Um imenso abraço fraterno.
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