25 - Quinta - Evangelho - Mt 24,42-51
Bom dia!
A reflexão da CNBB propõe o seguinte:
“(…) Duas virtudes nos são colocadas pelo Evangelho de hoje:
fidelidade e prudência. Servo fiel é aquele que não precisa ser vigiado o tempo
todo a fim de realizar tudo o que é da sua competência, é aquele que merece a
confiança do seu senhor, o que não quer dizer submissão cega e inconseqüente,
mas sim a pessoa ser totalmente responsável por aquilo que faz. Prudência
significa agir com cautela, procurando evitar todo tipo de erro, fugindo de
todo mal, principalmente do pecado e de suas conseqüências, o que não quer
dizer covardia e medo, mas sim uma busca de maior consciência dos próprios
atos“
Uma das discussões que mais tem ocupado meu pensamento é o fato ou
dificuldade dos cristãos, em especial dos católicos, em manterem-se firme no
que acreditam. Meio que disfarçadamente as pessoas aos poucos parecem ter medo
de dizer que acreditam em Deus, que tem uma religião ou professam uma fé.
É complicado competir com o hedonismo, ou seja, pela busca
desenfreada por algo que nos dê prazer. Como o encarregado da propriedade do
evangelho de hoje passamos pouco a pouco a esfriar na crença, zelo ou na
esperança do que acreditamos. Vendemos-nos ou nos permitimos conquistar
facilmente pelas coisas que me façam feliz hoje, agora,… Sob a bandeira da
teologia da prosperidade muitos tem preferido ficar no deserto. Mas de quem é a
culpa? Do medo
Um povo, uma gente ou apenas uma única pessoa não consegue viver se
tiver medo, e hoje parece que cada vez as pessoas precisam de gestos
concretos ou milagres para continuar acreditando, mas fé não é atendido pelo
código de defesa do consumidor! Bem aventurados hoje são aqueles que ainda
alimentam a fé, a esperança e a paz mesmo que não a vejam no horizonte.
Gosto muito de uma citação de um livro que diz: “(…) Para viver de
verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é
preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
(Pensar é transgredir – Lya Luft)
Um povo que resolve desistir de acreditar por não querer mais
esperar e assim voltar a um passado que não se orgulha, é um povo fadado a
perambular num deserto por ter medo de continuar andando. Nenhuma religião ou
credo irá contemplá-la! Alguém que precisa deixar de crer ou ter valores morais
e pessoais para se sentir inimputável dos seus atos é fadado a mediocridade
espiritual.
Bento XVI certa vez disse que “Deus não tira nada”. Se crer é um
fardo, paciência! Apesar que não entender ou julgar os motivos para tal fato.
Crer não é um valor quadrado, ultrapassado ou démodé, acreditar em algo, ter
uma religião, professar sua fé, pode nos salvar dos desertos que ajudamos a
construir; a sair de poços profundos que com nossas próprias pernas entramos.
No livro Êxodo narra-se a saga de um povo no deserto e um Deus cada
vez mais próximo, por mais que não o vissem caminhar com eles. Além de
vigilantes, convido a cada um de NÓS a nesse mês de Setembro procurar SEUS
passos na areia.
Em suma… Acredite! Vale a pena! Fuja do mal! Mantenha-se fiel! E se
ver alguém perdendo a esperança, lhe estenda a mão!
Um imenso abraço fraterno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário