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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS-Adélio Francisco.


REFLEXÃO DO EVANGELHO DIA    -03/11/2019
-Mt5,1-12a
31º -DOMINGO- SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS
Somos criaturas de Deus que retornam ao Criador. A certa altura, Jesus Cristo nos elevou à categoria de filhos de Deus. E é com olhos de filhos que contemplamos hoje a cidade santa do céu, habitada por milhões e milhões de homens e mulheres, de todas as raças, línguas e tempos, que glorificam a Santíssima Trindade e gozam da mais perfeita e íntima comunhão de amor e vida divina com o Senhor. É uma festa de louvor e de esperança. De louvor a Deus que, aceitando -nos como filhos e  filhas, nos tornou herdeiros do céu, da bem-aventurança eterna. De esperança, porque, apesar das tentações, dificuldades e pecados da vida terrena, temos um destino eterno. 
     Celebramos os nossos santos, mas celebramos também seu caminho à santidade, que é o mesmo caminho que percorremos nós. Estamos  na mesma estrada e isso nos enche de confiança, alegria e coragem. 
    O Evangelho da liturgia  deste domingo, nos propõe as bem-aventuranças proferida por Jesus ao abrir o Sermão da Montanha. Elas são, por um lado, o retrato de Jesus. Por outro, um ideal a nosso alcance. Um ideal que não se mede por critérios humanos, mas pelos novos critérios divinos com os quais se avaliam as coisas e os fatos do Reino de Deus. Por isso mesmo, por mais concretas e atuais que sejam as bem-aventuranças, só serão alcançáveis pelos que crêem na pessoa e na mensagem de Jesus. Os santos creram e foram capazes de medir sua vida por elas, ora se penitenciando para  alcançar outra.
   A felicidade proposta por Jesus é diferente da felicidade imaginada por muitos, que pensam ser felizes quando    têm muito, ou quando se livraram de contrariedades ou quando têm multidões a seus pés para servi-los. A felicidade que Jesus prega envolve o passado, porque se enraíza na doutrina  que ele deixou; o presente, porque é dinâmica e exigente; é o futuro, porque é base do Reino dos Céus, que começa aqui e plenifica-se na eternidade. 
    As criaturas foram  criadas para a felicidade, não para a desgraça. Isso equivale a dizer que fomos criados para Deus e não para o inferno. O desejo de felicidade  nos faz entender que, se iniciou antes do nascimento das criaturas humanas e sempre continua. As bem-aventuranças proclamam a felicidade perfeita que, com toda a certeza, não se radica em bens materiais e glórias esfumadas. Felicidade que abarca em primeiro lugar a vida presente. A plenitude da felicidade depende da vivência feliz nesse mundo, porque o Reino dos Céus, começa e se constrói na vida presente. Jesus de Nazaré é o modelo de quem viveu na terra  a plenitude das Bem-aventuranças. Por isso é ele também o modelo da felicidade eterna. 
   O discurso das Bem-aventuranças apresenta as contradições da vida. De fato, encontramos e vivemos situações absurdas, mas reais: sucessos e fracassos, fartura e fome, tristeza a alegria.  
    As palavras de Jesus no Evangelho que nos é apresentado,  concentram-se em torno do "por quê" da vida. Para que vivemos? Qual é o fim do homem? Quais são as coisas essenciais de nossa vida? 
Todos nós necessitamos de uma meta na vida, de um valor supremo que possa dirigir a nossa visão e a nossa ação no mundo. Enfim, o homem não é Deus, e só se sente bem quando for ao seu encontro, buscando nele proteção confiança e solução para os seus inúmeros problemas.
   Para Jesus o acúmulo de riquezas não é o que importa, isso pode até contrariar o destino humano. E as riquezas não consistem apenas em dinheiro, mas também no poder, prestígio, fama, competições humanas, etc.
    Ao contrário, Jesus nos exorta a reunir "tesouros nos céus", tesouros que se identifiquem com os valores evangélicos, os quais ele proclamou no sermão da montanha.
  "Bem-aventurados sereis quando os homens vos rejeitarem, insultarem vosso Nome como infame, por causa do Filho do Homem." Há nesse relato uma oposição entre pobres e ricos. De um lado temos os pobres, não só no sentido financeiro, mas os que estão abertos para a graça que vem de Deus e são capazes de partilhar o que possuem.
   Nem toda a pobreza é relativa. Existe pobreza absoluta: não ter o que comer, o que vestir, onde morar, não ter os meios mais elementares de subsistência, não podendo participar dos bens da cultura, da vida social e política.
   Do outro lado, há uma crítica muito forte aos ricos, porque muitas vezes se fecham no seu eu, no seu mundinho, o seu deus é o ter, o dinheiro, o poder e, às vezes, oprimem os outros.
   Na medida em que o Reino De Deus é graça, corresponde melhor à pobreza do homem do que à sua riqueza.
  Meus irmãos e irmãs: Jesus nos ensina a sermos cada vez mais simples, humildes, sinceros. Esta linguagem nos torna aptos a divulgar no dia a dia o comportamento de Jesus, no esforço de uma imitação concreta que reveste nossos anseios para a santidade. 
PERMANECEMOS NA SANTA PAZ DE DEUS!
-Adélio Francisco.


SEDE SANTOS, COMO MEU PAI DO CÉU É SANTO - Maria de Lourdes Cury Macedo



Domingo, 3 de novembro de 2019.
Evangelho de Mt 5, 1-12.


Neste dia em que a Igreja celebra a solenidade de todos os Santos, deve crescer em nossos corações o desejo de alcançarmos tão grande graça, a Santidade. Viver e buscar a santidade é viver unido ao Senhor na fé, na oração e na comunidade. A liturgia de hoje nos ensina que o verdadeiro santo é aquele que busca a sintonia com o Senhor, que espera nele, que tem fé nele. Fé que deve produzir frutos de amor, alegria e conforto para os que sofrem com o desânimo, com a opressão e a desesperança e leva a esses a Palavra de Paz e luz. Viver a santidade é depositar em Deus toda esperança e refletir essa esperança para quem está longe de Deus.
Todos nós pelo batismo fomos chamados a ser santos, portanto a Igreja ao celebrar “Todos os Santos”, nos leva a refletir como estamos vivendo essa vocação a que fomos chamados. Pelo batismo somos marcados com o sinal de Deus. O batismo marca o cristão com uma marca que não se apaga, indelével, somos de Deus, pertencemos a Ele. O batismo nos consagra a uma missão, a missão profética de Cristo; a missão de participar do seu reinado e do seu sacerdócio; a missão de sermos santos como nosso Pai celeste é santo. Deus fez a parte dele, cada um de nós deve fazer a sua.
O Evangelho de hoje fala das Bem-aventuranças que é o caminho para a santidade e como devemos fazer para atingi-las. As Bem-aventuranças faz parte do grande Sermão da Montanha.
Certo dia, vendo a multidão, Jesus sobe a montanha, que simbolicamente é o lugar de Deus. Ele recorda o Monte Sinai, onde Deus deu a Moisés os 10 mandamentos e onde foi selada a Aliança com o povo hebreu que saiu da escravidão egípcia. Subindo ao monte, Jesus nos parece um novo Moisés, promulgador da nova lei, no novo Sinai. É a nova constituição do povo de Deus.  Jesus deixa bem claro que não veio modificar a lei, mas sim aperfeiçoá-la.
O Sermão da Montanha é um sermão revolucionário. É uma inversão dos valores tradicionais. Os hebreus cultivavam a convicção de que prosperidade material, o sucesso eram sinais de bênçãos de Deus; a pobreza, a doença, a esterilidade eram sinais de maldição.
Jesus constata a realidade do povo que o segue: pobres, aflitos, mansos, famintos, necessitados inclusive de santidade, Ele percebe os esforços que fazem para mudar a situação, conhece as dificuldades e as perseguições que enfrentam para criar a nova sociedade, e os proclama felizes, depositários do Projeto de Deus. É preciso um mundo melhor, e esse mundo só será melhor se as pessoas forem melhores.
A sociedade que vivemos é baseada na riqueza que explora e no poder que oprime. Nesta sociedade as palavras: honestidade, moral, verdade, respeito, justiça e amor, perderam o seu sentido original. O Ter tem mais valor que o Ser.
Tudo isso nos traz angústia, porque estamos lutando na contra mão. À vista disso, somos tentados a desanimar e, às vezes, até deixar tudo. Mas vale a pena continuar. A sociedade é um grande desafio para nós, cristãos amantes da justiça e do amor.
Qual a atitude de Jesus diante disso? O que Jesus valoriza? As palavras que Ele proferiu no Sermão da Montanha há mais de 2.000 anos vêm de encontro a essa angústia e são válidas hoje e sempre, porque são palavras de vida eterna. Devemos ler, reler e meditar as Bem-aventuranças para não deixar morrer em nós o desejo de ser santos, de evangelizar e transformar a sociedade...
As Bem-aventuranças são propostas de santidade, e Jesus chama de bem-aventurados os pobres e humildes. Agora os bem-aventurados não são mais os ricos deste mundo, os saciados, os favorecidos, mas os que têm fome e choram, os pobres e perseguidos.
O que nos diz as Bem-aventuranças hoje?       
As Bem-aventuranças ensinam o caminho da santidade. Se trocarmos a palavra “Bem-aventurados” por “São Santos”, Santo é aquele que é Feliz. Assim o convite à santidade é um convite à felicidade. A vida de santidade é possível, pois, Deus nunca nos convida a realizar o impossível, inatingível. As coisas impossíveis, só a Ele pertencem. A santidade está nas pequenas coisas do dia-a-dia, em realizar as coisas da melhor maneira possível, não basta fazer por fazer, mas é preciso fazer bem feito. Santa Terezinha viveu a santidade nas pequeninas coisas, no entanto ela é Santa, doutora da Igreja.
“São santos” os pobres em espírito, os pobres, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os que promovem a paz, os perseguidos por causa da justiça.
Todos estes estão no caminho da santidade, todos que tem espírito de pobre, que dependem de Deus, que não são orgulhosos, mas humildes; os que se afligem com o sofrimento alheio e faz tudo o que pode para aliviar a dor do próximo; estão no caminho da santidade, os mansos, os que não agem com violência, mas tem paciência, mansidão, temperança; estão no caminho da santidade aqueles que são justos, que buscam uma vida melhor para todos, e lutam pela justiça, pois a justiça do mundo é falha, mas a de Deus é perfeita; estão no caminho da santidade os misericordiosos que usam de misericórdia com seu próximo; estão no caminho da santidade os que tem coração puro, pois, são os que só vêm e fazem o bem, porque Deus está sempre com eles, não tem maldade; estão no caminho da santidade os que promovem a paz, porque estão mostrando que são filhos de Deus; estão no caminho da santidade os que sofrem perseguição por causa da Palavra, porque estão plantando o Reino dos Céus e por isso sofrem injúrias, perseguições, calúnias e todo tipo de mal, esses cristãos missionários são dignos de ser chamados de santos e terão sua grande recompensa nos céus.
Essa é a proposta de Jesus, não é fácil, mas é possível com a graça de Deus. O caminho da santidade nem sempre é fácil, exige uma luta diária e uma perseverança na fé em Cristo. Resta nos esforçarmos para sermos santos, como nos pede Jesus: “Sede santos, como meu Pai do Céu é santo!”

Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes


quarta-feira, 30 de outubro de 2019

LAMENTAÇÃO SOBRE JERUSALÉM-Adélio Francisco.


REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 31/10/2019
-Lucas 13, 31-35 
"LAMENTAÇÃO SOBRE JERUSALÉM " 
O grande objetivo da Igreja é o apelo à salvação que a todos dirige. É assim, e não de outra forma, que o Evangelho deve ser anunciado. Basta saber que a salvação está na Igreja e que Deus criará sempre a sua comunidade. Só Deus conhece a importância numérica da Igreja. Quem é membro dela? Quem já cessou de ser? Eis a questão. 
   A  Igreja reconhece os seus limites. A Igreja fica sabendo que certos homens se recusam ao seu apelo. Não é, pois, ela que estabelece as fronteiras; ela esbarra nas que lhe são impostas de fora. Não é senão no encontro entre a Igreja e a incredulidade que se decide onde se situam as fronteiras da Igreja. Se a verdadeira Igreja não pode renunciar a todos os batizados como seus membros, ela deve reconhecer que há entre eles alguns que não pertencem à comunidade. 
   O texto do Evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, inicia falando  que apareceu um grupo de fariseus, que chega a Jesus dizendo: "Sai daqui, porque Herodes quer te matar " Vemos que estes fariseus, não estavam preparados coisíssima nenhuma em proteger Jesus. Primeiro que eles eram do grupo  partidário  de Herode.
    Por várias vezes tentaram pegar Jesus em armadilhas, isto é, armando confusão.  Estes fariseus,  aparecem meios autoritários, querendo que Jesus saísse do meio deles, não gostava do jeito de Jesus, queria mesmo  que Jesus desaparecesse.  
  As vezes  agimos com as mesmas atitudes desses  fariseus. Quando desprezamos o nosso próximo, quando entramos  em confusão com o nosso irmão ao lado, chegamos a tal ponto de dizer  que não queremos nem ver a sombra deste ou daquele sujeito.
   Não há muita diferença, daqueles da época de Jesus; devemo-nos  questionar: será que eu estou agindo do  jeito deles?  
    Quanto a este grupo de fariseus, em que aparece no Evangelho; Jesus sempre tem sua resposta positiva, Ele não deixou por menos quando dissera que Herodes queria mata-lo. Sua resposta foi com firmeza e corajosa. Disse-lhes ele:  "Ide dizer a essa raposa:  eis que expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e ao terceiro dia terminarei a minha vida. É necessário, todavia, que eu caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não é admissível que um profeta morra fora de Jerusalém. 
    Observamos que Jesus está fazendo um prenúncio de sua paixão, morte e ressurreição. 
   Jesus não é um profeta medroso; apesar de ter percebido um final trágico pelas mãos das autoridades religiosas e políticas, manteve sua adesão de continuar o caminho e enfrentar o destino que já haviam enfrentado os antigos profetas : dar a vida em Jerusalém. 
PERMANECEMOS NA SANTA PAZ DE DEUS!
  -Adélio Francisco.


“BENDITO AQUELE QUE VEM EM NOME DO SENHOR!" – Olivia Coutinho

  
Dia 31 de Outubro de 2019

Evangelho de Lc13,31-35

Estamos no finalzinho do mês de outubro, o mês das missões!
Creio que estes  três meses, colocados pela Igreja, como meses  temáticos, quando refletimos em Agosto o mês vocacional,  em Setembro o mês da Bíblia e em Outubro  o mês das missões, tenha nos ajudado muito na nossa caminhada como igreja missionária, uma Igreja em saída, como nos  pede o Papa Francisco.
O caminho do missionário começa com o seu  discipulado, ou seja, o entrar em intimidade com Jesus, aprender com Ele, o conhecê-Lo melhor, para poder levá-Lo ao outro, afinal, só podemos apresentar à alguém, aquele que conhecemos!
No evangelho que a liturgia de hoje nos convida refletir, podemos perceber claramente o contexto ameaçador e perigoso em que Jesus vivia. Herodes, que já havia mandado matar João Batista, queria também, tirar Jesus do seu caminho. “Tu deves ir embora daqui, porque Herodes quer te matar.” Jesus recebe este alerta de alguns  fariseus, os mesmos que por várias vezes o confrontou, dando a entender, que eles faziam parte do grupo que apoiava Herodes. Não pensemos que estes fariseus que alertaram Jesus, quanto ao perigo de Herodes, estavam preocupados com a integridade Dele, de forma alguma, o que eles queriam mesmo, era, assim como Herodes, se verem livres de Jesus que representava uma  ameaça para eles, afinal, Jesus, estava  ganhando cada vez  mais,  a confiança do povo..  A resposta de Jesus a estes fariseus é corajosa: “Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho.” “Com estas palavras, além de fazer uma menção  a sua morte ressurreição, Jesus quis dizer também, que Ele não precisava de autorização de ninguém para realizar a vontade do Pai. Como vemos, nenhuma força contrária, conseguiu deter Jesus, faze-lo desistir da sua caminhada rumo a cruz, onde Ele daria a vida para nos resgatar.
“Eis que vossa casa ficará abandonada.” Ao dizer isso, Jesus faz uma advertência aos fariseus, se referindo a destruição de Jerusalém, que aconteceria anos depois. Nesta advertência de Jesus, está também, mais um apelo à conversão. Como qualquer um de nós, Jesus não procurou a morte, Ele não queria morrer daquele jeito, mas quando colocaram a cruz no seu caminho, Jesus não fugiu dela, abraçou-a e a transformou em vida para nós!
Como temos  respondido, a este amor tão grande de Jesus por nós?
“Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedrejas os que foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir os pintainhos debaixo das asas, mas tu não quiseste!” Com esta lamentação, Jesus lembra a triste historia da resistência de um povo, aos vários apelos de Deus, que chegaram até eles, pela boca dos profetas e que não os levaram à conversão.
Que nós, não sejamos causa de lamentação para Jesus, que não tornemos como aquela geração, que por pensar a partir de si mesma, não ouviram o apelo de Deus pela boca dos profetas, os profetas que eles mataram.
Olhemos para o mundo com o olhar de Jesus e com o mesmo sentimento Dele, é por Ele e por meio dele, que vamos encontrar motivação para vivermos segundo a luz do evangelho.
Como profetas de hoje, comprometidos com o projeto de Deus anunciado por Jesus, não tenhamos medo de anunciar a verdade que liberta e salva, de apresentar Jesus ao outro.

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
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ENTRAR PELA PORTA ESTREITA-Adélio Francisco


REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 30/10/2019
-Lucas 13,22-30
"ESFORÇAI-VOS POR ENTRAR PELA PORTA ESTREITA. "
Falta só um dia para encerrar o mês de Outubro. Consagrado como  o mês das Missões, é o mês em que também nós fomos  convidados a refletir sobre a atualidade do Santo Rosário em nossa vida cristã.
Fomos convidados a reforçar a nossa devoção mariana empreendendo a Oração do Rosário em família, em grupos de orações, nos setores pastorais, nas comunidades e nas paróquias. Essa devoção contemplativa faz-nos meditar sobre os mistérios de nossa redenção. É uma oportunidade de chegar às pessoas em todos os lugares e começar ali um grupo católico, embrião de uma futura  pequena comunidade.
   Já há  tempo em que tanto falamos de Paróquia como comunidade de comunidades, uma das formas de iniciarmos uma comunidade é através da oração. É claro que os grupos de reflexão, círculos bíblicos e outros tipos de reuniões e celebrações também formam as futuras comunidades, que farão parte da paróquia presente em todo o seu território. São oportunidades que nos ajudam a viver o trabalho pastoral.
     Mas a Oração do Rosário também precede as celebrações eucarísticas, acompanha-nos nas viagens, nos tempos de reflexão, andando pelos caminhos, nos momentos de alegria ou aflição, fazendo-nos próximos do Senhor que nos conduz e ilumina nossas vidas.
       O Evangelho da liturgia de hoje  que  nos é apresentado,  observamos  que  o evangelista  Lucas vem nos dizer que Jesus está  sempre em caminho para Jerusalém, Jesus atravessava as cidades e aldeias e  nelas ensinava. Isto  mostra-nos  que Jesus deixava  sinais do Reino de Deus por todos os lugares. Seu caminhar era de passos lentos, pois tinha que atender a todos, sem fazer discriminação a quem quer que seja. Aqui nos faz lembrar de outras falas de Jesus,  em outros textos do Evangelho em que nos  disse: "Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei  vós a eles": essa frase do Evangelho  resume tudo o que devemos fazer na vida em resposta á vontade de Deus, impressa em nossos corações. Devemos amar cada pessoa, imaginando-nos em sua situação e tratando-a  como gostaríamos de ser tratados.
     Voltando a narrativa do texto do Evangelho de hoje, vemos que Jesus enquanto caminhava, aparece alguém que lhe perguntou: "Senhor, são poucos os homens que se salvam? "
    Ele respondeu : "Procurai entrar pela porta estreita; porque, digo-vos, muitos procurarão entrar e não o conseguirão...".
    Veja que Jesus sempre responde a quem faz perguntas, fazendo outras perguntas, e ensinando o caminho  certo a seguir.
    O caminho que conduz á vida é penoso e a porta estreita. Os dois adjetivos, sobretudo o primeiro, fazem referência claramente às tribulações e perseguições que os discípulos  têm que suportar. Seguir o caminho do Reino leva consigo perseguições, elas fazem parte da vida.

   Meus irmãos e irmãs : a porta estreita  continua sendo para todos os seguidores de Jesus a porta do pobre e do excluído, a porta pelo qual o próprio Jesus atravessou o umbral da existência humana; ele não se fez genericamente homem, mas especificamente homem pobre.
  
     É bom lembrar nas  palavras do envio de Jesus a seus discípulos "como o Pai me enviou, assim eu vos envio" não só se exprime  o envio missionário, mas também a forma específica de realizar a missão como ele a realizou, pela vontade do Pai. Jesus mostra  para o missionário que, para seguir o caminho da vida são raros os que o encontram.
PERMANECEMOS NA SANTA PAZ DE DEUS!
-Adélio Francisco.


(Vídeo) FESTA DE TODOS OS SANTOS, Ano C-Vera Lúcia

terça-feira, 29 de outubro de 2019

- TODOS OS SANTOS-Ano C-Mt 5,1-12a -José Salviano


FESTA DE TODOS OS SANTOS


03 de Novembro de 2019

Evangelho - Mt 5,1-12a

 

-TODOS OS SANTOS - Mt 5,1-12a -José Salviano




Prezados irmãos. É bom lembrar que somente Deus é santo e que nós apenas e simplesmente participamos de sua santidade, ou melhor, os nossos irmãos santos, foram aqueles e aquelas que se deixaram iluminar pela Luz de Deus, e por isso realizaram maravilhas enquanto estiveram na Terra.  Todos os santos e santas foram pessoas que levaram a sério o projeto de Deus!  Eles conseguiram superar o pecado. Conseguiram dominar os seus instintos, e viver uma vida santa diante de Deus.  Por isso eles são dignos de serem imitados por nós.

As Bem aventuranças são um retrato falado do Reino de Deus. Jesus em seu discurso conhecido como Sermão da Montanha, não nos fez um convite ao conformismo, mas sim, pelo contrário, foi um convite à luta.  Luta para vencer os nossos vícios, para vencer as tentações,  as injustiças dos poderosos. Pois santidade não significa a passividade de uma vida totalmente contemplativa, aceitando tudo que nos é despejado de cima para baixo.
Jesus não foi assim. Ele enfrentou a hipocrisia dos fariseus, e denunciou os seus pecados em público!  E por isso o condenaram injustamente.  Ele se deixou se condenado, e morto, porém, no terceiro dia estava de volta a vida gloriosa!

No tempo de Jesus, os valores, da sociedade eram totalmente contrários aos valores do Reino dos Céus, os quais foram anunciados neste sermão feito  pelo Mestre.
Naqueles tempos, acreditava-se que a riqueza era um prêmio de Deus, enquanto que a pobreza era um castigo do Pai pelos pecados cometidos pelo indivíduo.
Nos nossos dias não mudaram nada. Da mesma forma a sociedade valoriza aqueles que têm o poder econômico, e são bem sucedidos na vida. 
Jesus neste famoso sermão nos mostra que quase tudo o que valorizamos nesta vida não vale nada para a VIDA ETERNA.  Muitos se matam acumulando valores econômicos, riquezas, e quando morrem não levam nada. E o pior, não se dedicam ao devido preparo para merecerem a glória eterna.

Naquele tempo, assim como hoje, os arrogantes eram o mais valorizados.  Jesus inverteu os valores e proclama que "Bem-aventurados são os pobres em espírito".

Na nossa sociedade ninguém pode demonstrar nenhuma fraqueza, diante dos sofrimentos ou dificuldades desta vida, devendo portanto encarar tudo com muito otimismo e coragem  inabalável, caso contrário, será desprezado por todos por ser considerado um FRACO.
Jesus nos ensina a sermos sinceros e a não pretender tampar o sol com uma peneira e declara: "Bem-aventurados os aflitos, e por que? porque serão consolados". E isso acontecerá na outra vida. Percebe-se aqui neste discurso de Jesus, que o Plano de Deus não é voltado a uma felicidade terrena, mas sim, a uma preparação para conquistarmos a felicidade celestial um dia.

A nossa sociedade abomina os fracos e os humildes. Para o Plano de Deus, Jesus afirma: " Bem-aventurados os mansos.  Os bons, os pacíficos, os calmos, os humildes...

E para aqueles que no uso do seu poder terreno vivem praticando injustiças, e se acham os maiorais, os mais importantes da sociedade, capazes de usar e abusar do dinheiro público para o seu conforto, Jesus derruba toda a sua pompa e arrogância mostrando o contrário:  Dizendo que muito mais felizes do que eles, e  bem-aventurados são todos aqueles que  têm fome e sede de justiça, que têm de sobreviver com salários de fome, porque um dia eles serão  saciados na felicidade eterna pelo Pai celeste.

Em uma sociedade competitiva, onde os "granfinos" os "colunáveis" nem se aproximam dos fracos, dos pobres, é grande o número daqueles que não abrem suas mãos para dar uma migalha do muito que têm,  para matar a fome dos seus irmãos, os quais eles nem os consideram como irmãos, Jesus tem uma surpresa:  Ele declarou que felizes mesmo serão os  misericordiosos, os caridosos, aqueles que se importam com os famintos da sociedade, e por que?  Porque eles alcançarão a misericórdia do Pai no dia do julgamento final.

Nesta vida terrena, os mais valorizados são aqueles que falsificam, enganam, que simulam, que se fazem passar por importantes, que negam ou escondem a verdade, em fim aqueles que são muito espertos!  Jesus ao inverter a ESCALA DE VALORES,  anuncia que os mais valorizados no Reino dos Céus, os  bem-aventurados serão os puros de coração, porque eles terão a honra de ver a Deus.

Numa sociedade em que a violência virou moda, e isso aconteceu pela força da Catequese do mal mostrada nos filmes, em uma sociedade em que muitos "botam" lenha na fogueira da violência, incentivando a solução dos problemas vitais mediante o uso de armas, Jesus apresentou uma outra solução perfeita, duradoura, e eficiente: Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.

Neste sermão Jesus  promete sua recompensa  a todos que são perseguidos  pelas forças sociais, pelo fato de denunciarem  as injustiças. Os políticos contrários a força da enxurrada que vem de cima, os professores, e alguns jornalistas que não têm medo de falar a verdade, e principalmente todos os catequistas, consagrados, ou  leigos.
Para estes Jesus declarou  que bem-aventurados serão os  perseguidos por causa da justiça... Felizes e ou bem-aventurados serão todos aqueles, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.

Prezada irmã, prezado irmão.  Se a sua vida está se aproximando do fim, não fique triste, sentindo saudade antecipada da sua experiência vital. Pense:  A nossa vida é pontilhada de momentos bons, agradáveis, e de momentos ruins.  Se você fizer uma avaliação, uma peneira de todos esses momentos, perceberá que o volume dos momentos difíceis supera o volume dos momentos alegres, isso sem contar que muitos dos momentos considerados de felicidade, de prazer, lhe custaram bem caro. Ou eles causaram prejuízos a sua saúde, ou são responsáveis pela sua infelicidade atual, e futura.
Pense: Apesar de sabermos muito pouco a respeito da outra vida, vamos confiar em Jesus Cristo que nos garantiu: Ninguém jamais imaginou quão maravilhoso será o que o Pai preparou para aqueles que o amam.  Não vamos ficar com medo de partir desta vida, pelo fato de estarmos indo para o desconhecido.  Afinal, onde está a nossa fé?   Precisamos nos desapegar de tudo por aqui. Chegou a hora? Então chegou. Mesmo porque, não tem mais graça vivermos com os nosso limites quase zerados, dando trabalho aos nossos familiares, e sofrendo a cada dia mais.  Isso é viver?  Preparemo-nos para viver de verdade e eternamente na glória que  Deus nos preparou. Ou você está com medo de não merecer esta glória? Ainda está em tempo. Procure um sacerdote e ele vai resolver tudo isso, e você será santificado, preparado para ir.   Coragem!


Tenha um santo domingo. José Salviano

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

“COM QUE PODEREI AINDA COMPARAR O REINO DE DEUS?”- Olivia Coutinho.



Dia 29 de Outubro de 2019

Evangelho de Lc13,18-21 

 O anuncio do Reino, só encontra resposta no coração de quem se faz pequeno, de quem se esvazia de si mesmo para encher-se da graça  de Deus!
O jeito simples de Jesus anunciar o Reino de Deus, comparando-o com as coisas simples, presente no cotidiano dos pequenos, facilitava a compreensão destes, que viviam as mesmas realidades citadas por Jesus em suas parábolas.
A grandiosidade do Reino de Deus se faz através dos pequenos, foram eles, os primeiros a acolhê-lo e a vivenciá-lo no seu dia a dia!
Quem não observa as coisas simples, tem dificuldades em entender a pedagogia de Jesus, que servia de meios humanos bem simples, para revelar os mistérios do Reino!
Enquanto ficamos na expectativa de momentos extraordinários para sentirmos a presença do Reino de Deus, no meio de nós, perdemos a oportunidade de vivenciá-lo no cotidiano da nossa vida, como no aconchego da família, na vida de comunidade...
O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, coloca diante de nós, uma das mais belas características que é própria do Reino dos Deus: Ele é algo que cresce silenciosamente como uma pequena semente! Jesus compara o desenvolvimento do Reino de Deus, com uma semente de mostarda, ou seja,  com uma minúscula semente, que uma vez lançada na terra, tende a germinar, cresce, tornando-se abrigo para os pássaros!
Nada é mais dinâmico do que uma pequena semente se desenvolvendo silenciosamente nas profundezas da terra, com os nossos olhos  não visualizamos este processo, mas visualizamos o resultado.
Assim como a força de uma pequena semente, que consegue romper a terra para trazer vida nova ao mundo, o Reino do Deus vai  crescendo silenciosamente  no coração de quem acolhe a palavra de Deus e a transforma em vida!
O reino de Deus  é comparado também por Jesus, com o fermento na massa, a gente não o vê, mas percebe o seu efeito. É algo que cresce no meio de nós à mediada em que vamos entrando na dinâmica da escuta e da resposta.
Com esta comparação, Jesus quer nos dizer, que o reino de Deus é construído a partir de pequenas iniciativas, de tudo que é a favor da vida! Jesus nos chama a sermos fermento na massa, isto é, a fazer crescer o Reino de Deus, no meio em que vivemos! 
Se quisermos de fato,  encontrar o Reino de Deus, não precisamos  busca-lo longe,  busquemo-lo dentro de nós mesmo, pois Jesus é a a própria presença do reino de Deus, que o acolhe, passa a fazer parte de um reino de amor, de paz e de justiça!
A palavra de Deus é semente de vida, que trás dentro de si, a força do Senhor Jesus, que ao longo de todos os tempos, vem colocando em nossas  mãos, a semente do Reino, confiante de que nós saberemos cultivá-la no espírito da fé e da fidelidade a Deus!
As coisas grandes nos fascinam, mas são nas pequenas coisas, que estão escondidos, nossos verdadeiros tesouros.

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
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Todos os Santos-Jorge Lorente


Evangelhos Dominicais Comentados
03/novembro/2019 – Todos os Santos
Evangelho: (Mt 5, 1-12a)
Ao ver aquela multidão de povo, Jesus subiu ao monte. Quando sentou-se, os discípulos se aproximaram dele. Tomou a palavra e começou a ensinar: “Felizes os que têm espírito de pobre, porque deles é o reino dos céus. Felizes os que choram, porque serão consolados. Felizes os mansos, porque possuirão a terra. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Felizes sereis quando vos insultarem e perseguirem e, por minha causa, disserem todo tipo de calúnia contra vós. Alegrai-vos e exultai, porque grande será a vossa recompensa nos céus. Foi assim que perseguiram os profetas antes de vós”.
COMENTÁRIO
Hoje é um dia festivo para o cristão. Tem que ser um dia tão feliz quanto o dia do nosso aniversário. Hoje comemoramos Todos os Santos, em particular aqueles que não estão no altar.
Lembramos hoje dos cristãos que viveram o evangelho, que fizeram da Palavra de Deus o seu estilo de vida. Que souberam seguir Jesus com fidelidade, e que agora se encontram na presença de Deus na Glória Celeste. Nossas homenagens aos bem-aventurados, deste evangelho.
O sermão da montanha ou das bem-aventuranças, como é conhecido, é um dos mais expressivos ensinamentos de Jesus. As bem-aventuranças resumem todas as expressões de amor fraterno. De maneira clara elas enaltecem o pobre, o que sofre, o que luta por justiça, o injuriado, o perseguido...
Quanto mais misericordiosos, mansos, humildes e puros de coração nós formos, maior é a chance de recebermos uma grande recompensa no céu. Bem-aventurados os que promovem a paz neste mundo tão conturbado e individualista.
Falecidos ou não, hoje nos lembramos de todos os santos. Homens e mulheres dotados de total desprendimento e doação. Filhos de Deus que souberam ver em cada próximo um irmão. No anonimato, confiantes, abraçaram o ideal do evangelho e amaram intensamente, sem divisões nem restrições.
Deus nos ama profundamente e quer que nos amemos, uns aos outros, com amor tolerante, sincero e fraternal. É esse amor que Jesus ressalta em cada uma das bem-aventuranças. Elas afirmam que quem vive o amor já é santo. Fomos feitos para a santidade, portanto só há uma alternativa; ser santo ou nada!
A santidade nos espera. A santificação deve ser o nosso ideal. Ser santo é ser pobre em espírito, é confiar plenamente em Deus. É apoiar-se na graça de Deus e compartilhar do sofrimento do irmão. É chorar com os que choram, é partilhar os bens e aliviar a dor dos menos favorecidos.
O santo procura ser manso e caridoso com as pessoas, mesmo quando estas não são amáveis. O santo segue Jesus com fidelidade, pratica a justiça e a fraternidade. O santo é misericordioso, sabe dividir e não é mal intencionado. O santo é um apaziguador, reflete harmonia e, acima de tudo, é um construtor da paz.
É preciso, no entanto, persistência e muita coragem, pois o santo é também um sério candidato ao martírio. Quem vive as bem-aventuranças é presa fácil da injúria. Assim como Jesus, o santo será perseguido e até mesmo morto pelos inimigos da verdade, da justiça e da paz. Poderá ainda, ser humilhado e martirizado por aqueles que fazem da morte o seu meio de vida.
É poderosa a minoria que sobrevive da opressão, do desemprego, do tráfico de drogas e do aliciamento de menores... são perigosos os abutres que encontram na podridão a sua subsistência. O santo, porém, tem que ser forte e não pode virar o rosto para essas verdades.
O construtor da paz incomoda com sua presença e grita bem alto as falcatruas e os conchavos feitos na calada da noite. O bem-aventurado não vende seu voto, não faz promessas vazias sobre o palanque eleitoral e clama por um mundo de amor, onde haja vida e liberdade. O santo serve a Deus na pessoa do irmão.
A Boa Notícia de hoje é a certeza de que foi para você que, no seu dia a dia, vive a santidade, que Jesus deixou esta mensagem: “Alegre-se e exulte, porque grande será sua recompensa no Céu”.



domingo, 27 de outubro de 2019

“...E PASSOU A NOITE INTEIRA EM ORAÇÃO!” Olivia Coutinho


Dia 28 de Outubro de 2019

Evangelho de Lc6,12-19

O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, nos mostra mais uma vez, o quanto  Jesus era dependente do Pai, antes de tomar qualquer atitude Ele recorria ao Pai.
O texto que nos é apresentado nos convida a meditar sobre um momento decisivo na vida de Jesus, o momento em que Ele busca no Pai, discernimento para a escolha daqueles que ficariam responsáveis em dar continuidade a sua missão aqui na terra. 
Como sabemos, Jesus tinha muitos discípulos, e  como seria impossível, instruir bem uma multidão, Ele quis formar um pequeno grupo, o qual Ele poderia dedicar-se mais de perto na formação destes, que mais tarde iriam continuar a sua missão. Evidentemente, um grupo pequeno, participando diretamente do cotidiano de Jesus, teria muito mais condições de absorver os seus ensinamentos, tanto pela escuta da sua palavra, quanto pelo o seu exemplo.
Jesus não quis fazer a escolha dos doze discípulos, que passariam a serem chamados de apóstolos, (enviados) por si só, provavelmente, para não correr o risco de se deixar levar pelo o seu lado humano, isto é, escolher os mais bonzinhos, aqueles de mais fácil convívio, os que Ele tinha mais afinidade.
Para esta escolha, Jesus buscou o auxílio do Pai, e depois de uma noite inteira em oração, Ele já estava certo de quais seriam, os que o Pai havia destinado para serem os seus primeiros colaboradores.
Com a escolha dos doze apóstolos, é formada a primeira comunidade cristã, o embrião da igreja de Jesus! 
É interessante perceber, que esta escolha, não caíra sobre homens especiais, estudados e  sim, sobre pessoas simples, dotadas de virtudes e defeitos como qualquer um de nós, o que mostra-nos  a diferença entre os critérios dos homens e os critérios de Deus. Os homens escolhem pessoas capacitadas para formar uma equipe, enquanto que Deus, primeiro escolhe, depois, Ele capacita os seus escolhidos. 
Como os primeiros apóstolos, nós também, somos escolhidos por Deus, para sermos continuadores da presença de Jesus no mundo, com o compromisso de difundir o evangelho, de fazer com quê o Reino dos céus  aconteça no meio de nós! 
Antes de tomarmos qualquer decisão, atitude, subamos à “montanha” e busquemos discernimento no Pai através da oração, como fazia Jesus!
O subir à "montanha" e descer à "planície" devem ser nossos movimentes constantes. 
Vez por outra, é importante,  subirmos  á “montanha,” nos isolar do mundo a nossa volta, por alguns instantes, para um encontro conosco mesmo, através do encontro com o Pai! Após este encontro, o próprio Pai nos remete à “planície," abastecidos interiormente. 
A oração é sinal de dependência de Deus, de quem reconhece a sua limitação e recorre Àquele que tudo pode. 
Se quisermos seguir os passos de Jesus, não podemos prescindir destas duas vertentes: oração e ação!
Oração: intimidade, encontro e comunhão com Deus, duas vertentes que foram imprescindíveis na vida de Jesus e que devem ser imprescindíveis na nossa vida também.
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
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