REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 22/09/20 – Lc8,19-21
TERÇA-FEIRA DA 25º SEMANA DO TEMPO COMUM
“TUA MÃE E TEUS IRMÃOS ESTÃO AÍ FORA E QUEREM TE VER.”
Reflexão de Olivia Coutinho
Caros irmãos e irmãs em Cristo!
Para que tenhamos um melhor entendimento do evangelho que nos é apresentado na liturgia de hoje, é importante refletirmos sobre a vida de Maria, sobre a sua postura diante o projeto de Deus que ela abraçou por inteiro, colocando-o como prioridade na sua vida.
Maria nunca quis reter Jesus para si, ela sempre soube, que mesmo tendo nascido de suas entranhas, Ele não lhe pertencia. Mesmo sendo a escolhida para gerar o Filho de Deus, ela sempre se postou com humildade diante de Jesus, nunca reivindicou tratamento especial por parte Dele, pelo o contrário, se colocou como sua discípula...
O texto começa dizendo, que a mãe de Jesus e os seus irmãos, aproximaram-se, mas não podiam chegar perto de Jesus, por causa da multidão. “então anunciaram a Jesus:” “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e querem te ver.”
Jesus não afasta da multidão para atendê-los, não interrompe a sua missão junto aqueles que o Pai lhe confiara, para atender a sua família, demonstrando assim, uma atenção igualitária para com todos: família de sangue e a família de Deus.
É natural que os familiares de Jesus, tenham assustado, ao vê-lo cercado por multidões, se misturando com prostitutas, cobradores de impostos, o que os fizeram pensar que Jesus estivesse fora de si, (Mc3.21) razão pela qual, eles foram procurá-lo. Os parentes de Jesus, ainda não tinham uma clareza sobre a sua missão, sobre o caminho que Jesus haveria de percorrer em obediência ao Pai. Até mesmo sua Mãe, não tinha essa clareza, ela ia compreendendo aos poucos. À medida em que os fatos iam acontecendo, que ela ia associando-os com as revelações do anjo na anunciação e com a profecia de Simeão, por ocasião da apresentação de Jesus ao templo. Certamente, Jesus levava uma vida comum na pacata cidade de Nazaré como os jovens de família da sua época, mas a partir do momento em que Ele assume o seu Ministério, é o seu lado divino que prevalece, mas prevalece dentro da sua humanidade, isto é, Jesus não deixou de ser humano para ser divino, foi na sua humanidade que Ele revelou a sua divindade.
Assim, que Jesus assume o seu ministério, Jesus alarga o seu laço familiar, passando a ter uma só família, algo semelhante a um jovem que sai de casa, ou para abraçar o matrimônio, ou o sacerdócio. Quando um jovem abraça o sacerdócio ou o matrimônio, a sua família cresce...
Para muitos, a atitude de Jesus, descrita nesta evangelho, pode soar como um desprezo Dele para com a sua mãe, o que não faz sentido, pois ao acolher o povo de Deus, como membros de sua família, Jesus demonstrou um amor grandioso pelo o Pai e este gesto, com certeza alegrou Maria, pois assim como Jesus, ela só queria agradar a Deus, fazer a sua vontade.
"Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática.” Com essas palavras, Jesus não desconsiderou sua Mãe, pelo o contrário, a elevou, pois ninguém mais do que ela, colocava em prática a palavra de Deus! Maria se colocou como serva de Deus, desde o anúncio de que ela seria a mãe de Jesus! "Eis aqui a serva do Senhor, faça em mim, segundo a Sua vontade"!
Sempre que deparamos com este evangelho, ficamos centrados na referência que Jesus faz de quem é a sua família, ou questionando se Maria teve ou não, outros filhos, com isso, deixamos de meditar a mensagem principal do evangelho, que é um convite a colocarmos em prática a palavra de Deus, a fazer a sua vontade...
Fazer a vontade do Pai é o único requisito que Jesus nos apresenta para fazermos parte da Sua família.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!
Reflexão de Olivia Coutinho
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