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terça-feira, 8 de setembro de 2020

24º DOMINGO T.C.PERDOAR SEMPRE!-José Salviano

 

24º DOMINGO TEMPO COMUM

Ano A

 

13 de Setembro de 2020

 

Evangelho Mt 18,21-35

-DEVEMOS PERDOAR SEMPRE!-José Salviano

 

Pedro pensou que 7  seria uma quantidade ideal de vezes para se perdoar. Jesus, em sua bondade infinita, lhe responde: Perdoe 70 vezes 7. O que significa, perdoar sempre. Perdoar como o Pai nos perdoa. Ele nos perdoa tantas quantas são as vezes  que lhe pedimos perdão por meio do sacerdote que nos absolve no sacramento da confissão. Por isso, nós temos a obrigação de também perdoar a todos os que nos ofendem sem restrição, e sem mensuração.

Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 

Esta foi a condição que nos foi deixada por Jesus, quando, atendendo o pedido dos discípulos, Ele nos ensinou a rezar.

Está bem claro, que se não perdoamos, não seremos perdoados por Deus. Se nós  pedimos perdão ao Pai pelos nossos pecados e em seguida cobramos do nosso irmão uma dívida antiga, ou se não perdoamos os nossos agressores, o perdão de Deus não acontecerá. 

O perdão faz bem a quem perdoa. É como tirar um peso da nossa consciência, é como limpar uma vasilha que contem comida velha, estragada. É um grande alívio no nosso emocional, pois guardar rancores nos faz grande mal. Nos faz sentir uma pessoa má, e irredutível.

A falta de perdão é como um ato de vingança. Nós nos vingamos de alguém que nos ofendeu, nos endurecendo com tal pessoa, cortando a fala, o contato com ela, e lhe negando a nossa amizade. E isso é um ato de vingança e de ódio.

O ódio, por sua vez,  nos causa grande mal ao nosso emocional, causa um grande dano a nossa alma, e a nossa espiritualidade. Estar com ódio do nosso irmão, ou irmã nos embrutece o semblante, e deixa feia a nossa face, e nos reduz a um ser parecido com um criminoso. E em muitos casos, a maioria dos crimes são  provocados pelo sentimento de ódio. Ódio do concorrente, ódio da esposa que traiu, do marido que enganou, mentiu, ódio de alguém que nos causou grande mal...

O ódio nos transforma e nos transtorna de tal modo que não somos mais donos dos nossos atos. É até comum se dizer: Eu não respondo pelos meus atos se você fizer isso...

É preciso administrar a nossa revolta contra o mal das pessoas, contra as injustiças do mundo, para que não façamos nada que nos venha a trazer consequências irreparáveis no futuro, como por exemplo, a prisão, ou uma revanche por parte da pessoa com a qual nos vingamos.

Deus também condena a vingança. Ele nos diz que devemos dar a outra face...

O perdão também faz muito bem para quem foi perdoado. Ele passa a refletir sobre o seu erro, de modo que irá buscar não repeti-lo mais. O sentir-se perdoado é um grande alívio. É o que sentimos após receber a absolvição dada pelo sacerdote. Sentir-se perdoado é muito bom. É motivo de alegria, e nos faz sentir novamente incluído no  convívio, na amizade com Deus e com o irmão.

Vamos perdoar sempre que for necessário, seguindo os ensinamentos de Jesus Cristo.

Os judeus perdoavam duas ou três vezes. Alguns perdoavam quatro vezes, e isso era o máximo. O número sete significava muito, e foi por isso que Pedro perguntou a Jesus se deveríamos perdoar até sete vezes.

Ora, o perdão, segundo Jesus, não é algo mensurável, não é algo que se deve contar, mas sim, é fruto da ação do Espírito Santo em nós. Fruto do amor de Deus em nós, o amor de Deus que nos envolveu e nos convenceu de que a vida sem o perdão é uma vida infeliz.

Infelizmente existem algumas pessoas que não conseguem perdoar as ofensas dos demais contra elas. Pessoas que sofrem de um problema psicológico, sabe-se lá se foi por algum trauma de infância, o problema é que tais pessoas ficam remoendo as mágoas, relembrando as ofensas, de forma que são incapazes de dizer aos parentes e amigos. Você está perdoado, ou, eu te perdoo, ou simplesmente deixar as diferenças de lado e voltar a sorrir, a brincar com quem lhe maltratou um dia. E isso é o mesmo que dizer: eu te perdoei.

A incapacidade de perdoar nos afeta duplamente.

Primeiro, a falta de perdão, nos afeta psicologicamente. Assim. Eu não consigo perdoar alguém, e o nosso relacionamento fica altamente prejudicado por isso. Seja um colega de trabalho, meu filho, meu pai, minha esposa, meu marido, seja lá quem for do nosso relacionamento.

O fato de não conseguir esquecer as ofensas que os outros me faz muito mal. Isso provoca em meu psiquismo um grande mal-estar. Faz me sentir deprimido, triste, com a consciência pesada, desgostoso, e MUITO INFELIZ!

Portanto, a paz interior só acontece para aqueles e aquelas que deixam “prá lá”, as ofensas dos amigos e parentes. Não se trata de ser bobo, mas sim, de ser um sábio. Pois perdoar nos faz bem!

Em segundo lugar, a incapacidade de perdoar causa um grande mal à nossa alma. Primeiro, devemos lembrar as palavras de Jesus: “Se você estiver indo fazer uma oferta e se lembrar que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali mesmo e primeiro vai te reconciliar com teu irmão ...”

 

Reparou que Jesus não disse: se você se lembrar que está com mágoa do seu irmão, mas sim, se ele tiver alguma coisa contra ti. Pois se isso estiver acontecendo, é por que você lhe fez alguma injustiça. Se o seu irmão estiver indisposto com você, é por que você deve ter agido mal com ele. Entendeu?

A falta de perdão derruba a nossa espiritualidade. Não podemos receber a Eucaristia se não conseguimos perdoar. Se estivermos grandemente magoados com alguém, isso prejudica a nossa a santidade, de forma que a nossa graça santificante fica no chão, fica caída, e comungar, só depois de reparar o mal que fizemos ao nosso irmão, a nossa irmã, só depois de perdoar aquela ofensa que alguém nos fez.

Amar  a Deus e amar o irmão, a irmã. Se estamos na fila para a comunhão e nos lembrar de que estamos ofendidos, de que estamos magoados, com raiva de alguém, por favor, não continuemos na fila, pois aquela comunhão, aquela Eucaristia será um sacrilégio! Ela fará mais mal do que bem à nossa alma, a nossa vida espiritual, a nossa salvação eterna!

Precisamos perdoar. Porém, logo depois do atrito, logo depois da briga, fica difícil. Esperemos as coisas se esfriar. Vamos dar um tempo, e aguardar o tempo de Deus. E com certeza, Ele vai nos  preparar um momento para a reconciliação, um momento certo para o perdão. Esteja certo disso, por que Deus sempre nos conduz a reconciliação.

A mágoa nos faz muito mal. Ao nosso psiquismo, e à nossa alma, à nossa consciência moral, e portanto, a nossa PAZ INTERIOR.

Perdoar, sempre, foi o que Jesus nos disse. Ou eu perdoo, ou não participo do banquete EUCARÍSTICO na hora da comunhão.

Pequenas diferenças, pequenas mágoas ocasionadas pela falta de amor dos filhos, e demais familiares, tudo bem. Aquela pequena desavença não foi culpa sua? Então entregue-a ao Pai, prometa que vai perdoar, aquela falta de amor do seu familiar, do seu amigo, e pode comungar. Afinal, não somos mesmo santos. Afinal, sempre rezamos antes: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha alma...

 

Perdoa, e tenha um bom dia. José Salviano.

 

 

Um comentário:

  1. Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, na Bahia da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo, Adélio Francisco) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo e Nossa Mãe Maria Santíssima continue iluminando a todos. Abraços fraternos.

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