06 de Junho – Ano B
Evangelho
Mc 12,18-27
Mc 12,18-27
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Como sempre,
mais uma vez os inimigos e perseguidores de Jesus se aproximam de forma
irônica, provavelmente para chacotear os fariseus e lhe armam uma cilada. Desta
vez são alguns saduceus. Um dos pontos positivos deste grupo é a crença na
ressurreição dos mortos. E então chegando à frente de Jesus lhe perguntam: no dia da ressurreição, quando todos os mortos tornarem a
viver, de qual dos sete a mulher vai ser esposa? Pois todos eles casaram com
ela!
Jesus,
entretanto, leva a sério a pergunta. Jesus foi buscar a resposta no Pentateuco,
aceito sem discussão por fariseus e saduceus. E a tira da boca de Deus em
diálogo com o maior e mais considerado homem da história dos judeus, Moisés, no
episódio da sarça ardente, exatamente o momento em que começa toda a história
da libertação dos hebreus e o nascimento deles como povo, povo escolhido por
Deus: “Eu sou o Deus de Abrãao, de Isaac e de Jacó” (Cf. Ex 3,6). Deus não diz
“Eu fui o Deus de Abraão”, mas “eu sou”. O que significa que Abraão, Isaac e
Jacó estão vivos e continuam a adorar a Deus.
O alcance do
argumento de Jesus era bem mais amplo do que aquele contexto de ressurreição
para os fariseus que acreditavam que a ressurreição fosse um prolongamento da
vida presente, uma espécie de plenitude dos prazeres terrenos.
Para Jesus,
quem morre entra na vida eterna, na contemplação da vida divina. O mundo futuro
não consiste na continuação da vida atual do corpo, por isso não precisam de
casamento. Jesus, porém, não esclarece que tipo de corpo teremos, mas apenas
afirma que seremos iguais aos anjos, e faremos uma comunhão com Deus, ou seja,
viveremos a vida do próprio Deus. O mistério da ressurreição foi explicitado
por Jesus, sobretudo com sua própria Ressurreição. A partir da Páscoa, os
Apóstolos passaram a chamarem-se testemunhas da Ressurreição e dela fizeram o
centro de toda a pregação e o fundamento da fé cristã.
Assim, Jesus
ressuscitou dos mortos. Jesus distingue entre os dois tempos: o presente, na
carne, que é marcado pelo ter, pelo possuir e pelo poder. Neste tempo tudo é
transitório, marcado por inúmeras separações, a mais sentida delas que é a
morte. O outro tempo vem marcado pelo dar-se e dar a vida: Deus dá a vida, uma
vida que não conhecerá mais a morte; Deus dá-se a si mesmo, fazendo com quem se
revestiu da eternidade uma só comunhão, embora conservando nós nossa identidade
de criaturas, que Jesus chama de filhos de Deus, iguais aos anjos. Iguais aos
anjos, porque a vida que recebemos através da geração carnal, como pensavam os
fariseus e ensinavam ao povo, mas mediante a graça da ressurreição na
Ressurreição do Cristo. É participando da Ressurreição de nosso Senhor Jesus
Cristo que participaremos do mistério de sua filiação divina.
Se a
ressurreição consiste em estar sempre com o Senhor, o viver neste mundo
exclusivamente para o Senhor e com o Senhor já tem o gosto da eternidade. A
certeza da Ressurreição não deve ser apenas, uma realidade que esperamos; mas
deve ser uma realidade que influência, desde já, a nossa existência terrena. É
o horizonte da Ressurreição que deve influenciar as nossas atitudes; é a
certeza da ressurreição que nos dá a coragem de enfrentar as forças da morte
que dominam o mundo, do ter, do ser, do poder indiscriminado, de forma que o
novo céu e a nova terra que nos esperam comecem a desenhar-se desde já.
Viemos de
Deus da Vida, e com a morte, voltamos para Ele. A morte é o encontro
maravilhoso com os amigos e parentes, na visão beatífica do Pai. Para este
encontro queremos nos preparar na companhia do nosso melhor amigo, Jesus, o
Caminho, a Verdade e a Vida. Demos graças a Deus pelo dom da vida e a garantia
da ressurreição em Cristo Jesus!
Pai, tu és o Senhor da vida e me conduzes para a vida
eterna junto de ti. Aumenta a minha fé na vida que nunca mais terá fim, pois
vós não me criastes para a morte, mas sim à comunhão contigo.
Eu, Jair Ferreira da cidade de Cruz das Almas - Ba todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo.
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