18 de Junho – Ano B
Estamos diante da lei do Talião: “Ouvistes o que
foi dito: Olho por olho, dente por dente”, embora à primeira vista pareça estar
alimentando um sentimento de vingança, ela justamente deseja frear um ímpeto de
vingança individual.
Vivemos em
época caracterizada por ilegalidade. Que tem invadido nossa sociedade a um grau
imprevisto e sem precedente. Os que fazem da lei a sua profissão, estão sendo
convocados para repensar o propósito da lei na sociedade. Em nossos dias o
indivíduo exige seus próprios direitos e o direito de agir como lhe apraz.
Pouca consideração se dispensa ao efeito que isto possa ter sobre a vida de
outrem.
Encontramos
este princípio por todo o Novo Testamento. Vejamos o que Paulo diz. “O amor
seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. Amai-vos cordialmente
uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros”
(Romanos 12:9-10). O justo manifesta amor. O amor é atencioso e altruísta. Como
se revela esse amor?
Paulo disse:
“Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis. Alegrai-vos com
os que se alegram, e chorai com os que choram”. “Não vos vingueis a vós mesmos,
amados [não vos apegueis a vossos direitos, não demandeis pelo que vos é
devido], mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a
vingança; eu retribuirei, diz o Senhor”. Se for cometido algum erro, o entregue
ao Senhor. Não se vingue, não busque seus próprios direitos. “Se o teu inimigo
tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo
isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal,
mas vence o mal com o bem”. Paulo mostrou-nos o que nosso Senhor disse no
capítulo 5 de Mateus: A pessoa tem direitos. Seus direitos foram violados. A
pessoa pode exigir indenização. Mas o justo deixa esse problema com Deus, e
demonstra amor e perdão até mesmo aos seus inimigos. Isso é justiça em ação.
Paulo
menciona de novo este mesmo princípio em 1 Coríntios 6. Aqui ele luta com o
problema de um crente recorrer ao tribunal contra outro crente para cobrar o
que de direito lhe pertence. Certo homem insistia em seus próprios direitos, e
o apóstolo criticou o descrédito que esse testemunho trazia ao mundo incrédulo:
“Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano?”
Paulo disse que o sinal do homem piedoso é abrir mão de seus direitos para que
possa manifestar o amor altruísta de Cristo.” O amor não pratica o mal contra o
próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor”, diz o apóstolo Paulo em
Romanos 13:10. A lei nos dá direitos, mas também nos dá a liberdade de
renunciar a eles, e assim manifestar a justiça de Cristo. Temos nossos
direitos, e a Palavra de Deus os protege. Temos, também, a liberdade de
renunciar a eles para demonstrar o amor de Cristo. Não é a demanda por seus
direitos que caracteriza o justo, mas o desistir deles é que destaca o homem
que agrada a Deus.
Jesus no
Evangelho de hoje, com as palavras, vai progressivamente nos conduzindo a ir
além desta lei. Fazendo-nos reconhecer o não revide: oferecer a outra face;
deixar também o manto; caminhar com ele dois mil passos. Jesus apresenta uma
referência baseada, não na lei da justiça judaica, isto é, o que é devido a cada
um, mas na lei da graça e do amor. Ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e
dente por dente!’ Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo
contrário, se alguém te dá uma tapa na face direita, oferece-lhe também à
esquerda! Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe
também o manto! Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com
ele! Dá a quem te pedir e não vires às costas a quem te pede emprestado.
Desta
maneira, Ele nos leva ao mandamento da caridade, não só para melhor
compreendê-lo, mas também como concretamente vivê-lo. O Senhor nos ordena a dar
a todos, tudo o que eles nos pedem: que todos sejam cumulados, por nossa
generosidade, de tudo o que lhes falta.
Façamos de
modo que eles não sofram nem de sede, nem de fome, nem da falta de vestes. E
então, seremos encontrados dignos dos bens que faltam a nós mesmos e que
pedimos a Deus, pois o costume de dar nos merecerá obtê-los. Ademais, há mais
alegria em dar do que em receber.
É urgente
que aos nossos ouvidos soem as palavras de Jesus: vencer o mal com o bem, e
tornar concreto em nosso agir o mandamento do amor fraterno.
Peçamos ao
Senhor que encha nossos corações com as graças do Seu Espírito Santo; com amor,
alegria, paz, paciência, bondade e humildade. E nos ensine a amar os que nos
odeiam; a rezar pelos que nos perseguem. E com o Seu auxílio, renunciar aos
prazeres deste mundo e a desejar uma nova terra e novos céus.
Pai, não permita que a violência tome conta do meu
coração; antes, torna-me capaz de responder, com gestos de amor, a quem me faz
o mal.
Não adepto à Renovação.
ResponderExcluirPorque à Renovação q.esta em todas e q. ser os Melhores. ?
ResponderExcluirEu, Jair Ferreira da cidade de Cruz das Almas - Ba todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo.
ResponderExcluirDEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado p/ reflexão.
ResponderExcluirSanta Maria, Rio Grande do Sul.