19
de Junho – Ano B
Amar e rezar pelos nossos inimigos e perseguidores
é o conselho de Jesus. Do mesmo jeito que o Pai age conosco. Por isso, não
podemos nos limitar a amar somente aqueles que nos amam, não haveria mérito.
Não somos obrigados a gostar ou admirar, Jesus nos ordena que amemos. E amar é
querer o bem, é ajudar, é reconhecer que todas as pessoas são objeto do Amor de
Deus. À primeira vista, nós não encontramos nenhuma coerência, nem mesmo
sentido, para a ação de rezar pelos inimigos. Mas, se nos dizemos filhos do Pai
que está no céu e, se de fato queremos sê-lo, não podemos agir de outra
maneira. Aqui na terra, quando os nossos pais são pessoas de bem, nós
alimentamos o propósito de imitá-los. Mais ainda, nós precisamos copiar o Pai
perfeito do céu, que nos ama do jeito que somos, que não nos cobra, que nos
perdoa, mesmo quando somos filhos e filhas ingratos. A perfeição, a grandeza e
o poder do Pai estão no amor e o Seu Amor foi derramado nos nossos corações
pelo Espírito Santo, portanto podemos amar os nossos inimigos.
O Amor
Perfeito! É assim que prefiro chamar o amor de Deus. Aquele que passa por cima
do ódio que deveríamos sentir pelos nossos inimigos: «Vocês ouviram o que foi
dito: “Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos.” Mas eu lhes digo: amem os
seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos
do Pai de vocês, que está no céu». Nestas palavras de Jesus está a perfeição do
amor.
Jesus hoje
nos exorta longamente para que respondamos ao ódio com amor. Este texto,
aparecendo nessa situação, ajuda-nos a compreender, que Mateus vê no amor aos
adversários, a característica específica dos discípulos de Cristo.
As palavras
de Jesus indicam duas maneiras de viver: A primeira é a dos que se comportam
sem referência a Deus e sua Palavra. Esses agem em relação aos outros em função
da maneira como eles os tratam, a sua reação é de fato uma reação. Dividem o
mundo em dois grupos, os amigos e os que não o são, e fazem prova de bondade só
em relação aos que são bons para eles. A segunda forma de viver não põe em
primeiro lugar um grupo de homens, mas sim o próprio Deus. Deus, por seu lado,
não reage de acordo com a maneira como o tratam; pelo contrário, «Ele é bom até
para os ingratos e os maus» (Lucas 6,35).
Jesus chama
assim a atenção para a característica essencial do nosso Deus. Fonte
transbordante de bondade. Deus não se deixa condicionar pela maldade de quem
está à sua frente. Mesmo esquecido, mesmo injuriado, Deus continua fiel a si
próprio, só pode amar. Isto é verdadeiro desde a primeira hora. Diferentemente
dos homens, Deus está sempre pronto a perdoar: «Os meus planos não são os
vossos planos, os vossos caminhos não são os meus caminhos» (Isaías 55,7-8). O
profeta Oséias, por seu lado, ouve o Senhor dizer-lhe: «Não desafogarei o furor
da minha cólera… porque sou Deus e não um homem» (Oséias 11,9). Numa palavra, o
nosso Deus é misericordioso (Êxodo 34,6; Salmo 86,15; 116,5 etc.), «não nos
trata de acordo com os nossos pecados, nem nos castiga segundo as nossas
culpas» (Salmo 103,10).
A grande
novidade do Evangelho não é tanto o fato de que Deus é Fonte de bondade, mas
que os homens podem e devem agir à imagem do seu Criador: « Sede
misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso!» (Lucas 6,36). Através da
vinda do seu Filho até nós, esta Fonte de bondade está agora acessível.
Tornamo-nos, por nosso lado, «filhos do Altíssimo» (Lucas 6,35), seres capazes
de responder ao mal com o bem, ao ódio com amor. Vivendo uma compaixão
universal, perdoando aos que nos fazem mal, damos testemunho de que o Deus de
misericórdia está no coração de um mundo marcado pela recusa do outro, pelo
desprezo em relação àquele que é diferente.
Impossível
para os humanos entregues às suas próprias forças, o amor pelos inimigos
testemunha a atividade do próprio Deus no meio de nós. Nenhuma ordem exterior o
torna possível. Só a presença, nos nossos corações, do amor divino em pessoa, o
Espírito Santo, permite amar assim. Este amor é uma consequência direta do
Pentecostes. Não é em vão que Estêvão, «cheio do Espírito Santo» termine com
estas palavras: « Senhor, não lhes atribua este pecado. » (Actos 7,60)
Como Jesus,
o verdadeiro discípulo faz com que a luz do amor divino brilhe no país sombrio
da violência como é o nosso Brasil.
Este amor,
longe de ser um simples sentimento, reconcilia as oposições e cria uma
comunidade fraterna a partir dos mais diversos homens e mulheres, da vida desta
comunidade sai uma força de atração que pode agitar os corações. É este o amor
que eu chamo de perfeito, o amor que perdoa até aqueles que nos podem tirar a
vida.
Pai faça-me teu imitador, que eu aprenda a amar
perfeitamente como me amaste a mim e aos outros e não me deixes cair na
tentação de fazer acepção de pessoas. Que eu ame a todos, sem qualquer
distinção.
Eu, Jair Ferreira da cidade de Cruz das Almas - Ba todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo.
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