10º DOMINGO DO TEMPO COMUM
"FAZER A VONTADE DE É SER DA FAMÍLIA DE CRISTO ".
A
celebração de hoje nos leva a meditar sobre a nossa proposta de vida ao projeto de Deus para nós na liberdade de
optar pelo bem ou pelo mal. Na caminhada de fé, cada um é livre nas suas
escolhas. Tais escolhas podem nos levar
a perder o sentido da vida ou permanecer na única família de Jesus.
O Evangelho de hoje põe-se dentro das
controvérsias (e deve ter havido
inúmeras),aproveitadas pelo Evangelista para elucidar a pessoa e a missão de
Jesus. São muitos os elementos que aparecem, a começar da casa em que Jesus se
reuniu. Já não mais a sinagoga, onde o Evangelista faz acontecer as primeiras
controvérsias. Aos poucos delinea-se o novo lugar do novo povo de Deus. Nos versículos anteriores, o
Evangelista Conta a escolha dos doze
apóstolos .De certa forma, eles substituirão os
chefes das tribos de Israel.
Depois temos a multidão que acorre e ocupa Jesus e os Apóstolos a ponto
de eles não terem tempo para comer. É essa multidão, que parece " rebanho
de ovelhas sem pastor ", que Jesus, auxiliado pelos Apóstolos, deverá
transformar em novo povo eleito, em nova família de Deus, em nova comunidade de
santos. Não será o laço de parentesco, não será o sangue de raça que decidirá a
entrada ou não entrada na nova família. Entrarão os que estão dispostos a
"cumprir a vontade de Deus ".
Com
esta visão da lição do Evangelho parece
linear e fácil. Mas não é, porque a criatura humana é um ser dividido,
fragmentado, envolto ao mesmo tempo de graça e maldade. Todos temos esta
experiência. Assim como muitos procuram explicações e fontes para saciar a sede
de fé nalguma coisa superior às forças humanas, que sentem e não conseguem
explicar, também procuram explicações para o pecado, que marca profundamente a
criatura. As explicações que fora da Revelação são insuficientes. Tem um livro
chamado de (Catecismo da Igreja Católica), este livro eu particularmente recomendo-o a todos os fiéis católicos, para te-lo como
livro de cabeceira.
Lembra-o o Catecismo: "Sem o consentimento que a Revelação nos
dá de Deus não se pode reconhecer com
clareza o pecado, sendo-se tentado a explicá-lo unicamente como uma falta de
crescimento, como uma fraqueza psicológica, um erro, a consequência necessária
de uma estrutura social inadequada "(n. 387).
Vemos
que o trecho do Evangelho começa com parentes de Jesus e termina com parentes.
A atitude dos primeiros assemelha-se, embora de forma atenuada, à dos fariseus.
Não vêem a presença de Deus, mas uma " loucura ". Esses parentes
continuam. Hoje não falam em loucura, mas continuam negando a divindade de
Jesus, atribuindo-lhe poderes mediúnicos. E pensam até que estão afirmando
coisa boa dele. Não estranha que os que lhe dão apenas poderes mediúnicos não
crêem em seu poder redentor. Porque a redenção está essencialmente ligada à
divindade. Descartada a divindade de Jesus, está negada sua missão salvadora.
O
episódio dos parentes que aparecem na parte final, incluída sua Mãe, realça o
fato que, na nova família de Deus, que Jesus estava começando a fundar, não
seriam o sangue nem os laços familiares, por maiores que fossem, que dariam
algum direito à pertença. Mas o "fazer a vontade de Deus ". E nisso
Maria leva o maior elogio, porque ela se tornou quase sinônimo de vontades de
Deus, com seu histórico e fundamental "sim ". Fazer a vontade de Deus
é "crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, ter a vida em seu nome".
PERMANECEMOS NA SANTA PAZ DE DEUS -Adélio
Francisco.
Uma bênção essa reflexão, palavras claras cheias de amor que tocaram meu coração. Me fizeram ver que Jesus deixa de frequentar as sinagogas e passa frequentar a nossa casa.
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