Domingo, 10 de junho de 2018.
Evangelho de Mc 3,20-35.
Jesus iniciou sua missão a todo vapor, anunciando o Reino de Deus,
chamando os primeiros discípulos, curando os enfermos, acolhendo os pecadores,
libertando do mal todos que se aproximavam dele. Com isso queria deixar claro
que a ação de Deus inaugurava um tempo novo de amor, de paz, de misericórdia.
Muitos ficavam impressionados e admirados com suas palavras, suas
ideias, seu jeito de ser, com suas atitudes, com seu modo de viver. Mas os
fariseus junto com alguns do partido de Herodes faziam planos para matar Jesus
(3,6). Podemos verificar assim a reação das pessoas diante de Jesus, uns aprovavam,
outros tramavam sua morte. A verdade é que ninguém conseguia ficar indiferente
diante dele: desde as pessoas mais simples até aos notáveis da sociedade do seu
tempo.
Aos poucos o evangelista Marcos traça o retrato Jesus e vai apresentando-O,
como um homem profundamente envolvido naquilo que faz, pouco tradicional,
inconformado com a sociedade preconceituosa, opressora, excludente. Jesus, homem
verdadeiro, e que se movia no meio do seu povo com um espírito de liberdade
nunca visto antes. Jesus é totalmente livre e libertador.
Jesus era excessivamente procurado pelas pessoas a
ponto de não ter tempo para se alimentar e ser até considerado como louco por
seus próprios parentes. Os doutores da Lei, ou seja, a elite religiosa e
intelectual, o tinham como possuído pelo demônio.
O povo estava falando tanta coisa de Jesus, que
seus parentes ficaram com medo que ele estivesse louco. Os escribas e fariseus,
os teólogos daquele tempo, pensavam que Jesus tinha o poder de Belzebu para
realizar milagres e prodígios. “Belzebu” significa “príncipe dos demônios”.
Diziam “Ele
está possuído por Belzebu”. “É pelo príncipe dos demônios que ele expulsa os
demônios.” Então Jesus chamou as pessoas e falou com parábolas: “Como é que
Satanás pode expulsar Satanás? Se um reino se divide em grupos que lutam entre
si, esse reino acabará se destruindo; se uma família se divide em grupos que
brigam entre si, essa família não poderá durar. Portanto, se Satanás se levanta
e se divide em grupos que lutam entre si, ele não poderá sobreviver, mas também
será destruído. Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar suas
coisas, se antes não amarrar o homem forte, só depois poderá roubar a sua casa.
Eu garanto a vocês: tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados como as
blasfêmias que tiverem dito. Mas, quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca
será perdoado, pois a culpa desse pecado dura para sempre.” Jesus falou isso
porque estavam dizendo: “Ele está possuído por um espírito imundo.”
Que
pecado é esse que Jesus fala, pecado contra o Espírito Santo? O Espírito Santo
age em Jesus, espírito de bondade, de amor, de união. Assim Jesus comunica
união e não divisão. Há, porém, forças do mal que se reúnem contra Jesus e
contra seus discípulos e procuram através de falsas acusações, impedir que Ele
fizesse o bem. E diante dessa realidade, Jesus diz que pode perdoar tudo, menos
o pecado contra o Espírito Santo. Esse pecado consiste na recusa da salvação
que Deus oferece. Quando afirmam que o poder de Jesus vem do demônio, eles
recusam acreditar que chegou o reino de Deus. E permanecendo nessa recusa, não
podem receber a graça de Deus, não recebendo assim o perdão misericordioso de
Jesus.
O
poder de Deus não tem limites. Há pecados que não são perdoados não porque o
poder de Deus seja limitado ou tenha excluído algum pecado de sua misericórdia,
mas porque a pessoa quer permanecer na situação de pecado e isso impede a Deus
de lhe conceder a graça do perdão. Não existindo o arrependimento por parte do
homem pecador, não poderá haver perdão.
Enquanto
Jesus falava chegaram a mãe e os irmãos de Jesus, ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo.
Havia uma multidão sentada ao redor de Jesus. Então lhe disseram: “Olha, tua
mãe e teus irmãos estão aí fora e te procuram.” Jesus perguntou: “Quem é minha
mãe e meus irmãos?” “Então Jesus olhou para as pessoas que estavam sentadas ao
seu redor e disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de
Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.”
Os
evangelistas falam em irmãos porque na linguagem usada naquele tempo, eram
também chamados “irmãos”, os primos e os parentes, tanto próximos como
afastados. Jesus nos ensina que é seu irmão todo aquele que movido pelo
Espírito Santo, pensa, quer, age, ama como Jesus. Ele nos deixou seu exemplo: Dei-vos o
exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós!” ( Jo 13,15).
Somos
uma comunidade de irmãos. Somos irmãos de Jesus se cumprirmos a vontade do Pai.
Nossos atos é que provarão sermos de Jesus e herdeiros do céu. Jesus nos trouxe
a luz do Espírito Santo que é fonte de amor e união. O Espírito de Deus nos
atrai, embora o espírito do mal nos leve mais facilmente, provocando a divisão
e destruindo. Lutemos contra isso para que a força de Jesus e de sua Igreja que
é o Espírito Santo, fonte de amor, união, paz, coragem, esperança tome conta de
nós para agirmos como Jesus agiu.
Abraços
em Cristo!
Maria
de Lourdes
Eu, Jair Ferreira da cidade de Cruz das Almas - Ba todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo.
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