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quinta-feira, 7 de novembro de 2019

DEUS NÃO É DEUS DOS MORTOS, MAS DOS VIVOS – Maria de Lourdes Cury Macedo.


Domingo, 10 de novembro de 2019.
Evangelho de Lc 23, 27-38.

As leituras bíblicas deste domingo têm como tema central o triunfo da vida. Neste Domingo somos convidados, pela palavra de Deus, a aprofundar a nossa fé, na ressurreição dos mortos. Jesus confirma que nosso Deus é o Deus da vida, por isso nos aconselha mantermos firmes na fé, na esperança e na caridade, promovendo e defendendo a vida em nossa sociedade.
A reflexão nossa de hoje é sobre a ressurreição, os fariseus acreditavam nela e os saduceus não. Os saduceus eram judeus formados por uma classe aristocrata sacerdotal do templo e das elites de poder políticos e econômicos em Israel. Era um grupo de famílias ricas, latifundiárias, que formavam a elite de Jerusalém, eram muito conservadores, politicamente eram aliados do poder romano opressor. Na religião se destacavam pela negação da ressurreição. Não se preocupavam com a vida após a morte, porque estavam satisfeitos com a vida rica que levavam, com seu bem estar, à custa dos impostos altíssimos pagos pelo povo. Eles tinham aversão aos costumes dos fariseus, e não aceitavam a doutrina da ressurreição. (At23,8) Não aceitavam que as escrituras fossem interpretadas, eles eram conservadores fundamentalistas. O objetivo dos saduceus ao se aproximarem de Jesus não era outro senão ridicularizar a crença na ressurreição. Eles não queriam a explicação de Jesus, mas queriam desafiá-Lo baseado na lei do Levirato (lei do cunhado), que garantia a descendência para o irmão falecido. (Dt 25,5-10) Essa lei fazia parte das leis de solidariedade familiar e tinha como objetivo garantir a sobrevivência da viúva, que, dessa forma, teria direito à herança do marido falecido, porque uma viúva sem filho não teria nenhum direito.  A resposta de Jesus foi maravilhosa, sábia, como sempre, extraordinária, não fugiu do tema escolhido pelos saduceus, foi convincente dizendo que no céu seremos como os anjos, teremos os olhos fixos no Deus da vida e também vivermos em comunhão com os irmãos, como filhos amados pelo único Pai.
Jesus respondeu: Os filhos deste mundo casam-se, e dão-se em casamento.  Mas os que serão julgados dignos do século futuro e da ressurreição dos mortos, não terão mulher e nem marido.  Eles jamais poderão morrer, porque serão iguais aos anjos, e são filhos de Deus, porque são ressuscitados, e não poderão morrer. (Lc 20,35-36)  Muitos dos saduceus exclamaram com admiração. Mestre falaste bem..!
Quando rezamos o Creio na Santa Missa estamos dizendo a Deus Pai que cremos e professamos a nossa fé na ressurreição da carne, e na vida eterna. O Senhor Jesus disse: Tudo é possível àquele que crê, se Cristo ressuscitou não e vã, a nossa fé. (1 Cor 15,14 ) Jesus também disse: Quem come a minha carne, e bebe o meu sangue, tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. ( Jo 6, 54 ).  
Assim como os saduceus duvidaram da ressurreição e procuraram ridicularizar Jesus e os que acreditavam nessa doutrina, muitas pessoas em nossos dias não creem na ressurreição dos mortos e vivem como se não existisse nada após esta vida terrena.
O processo da ressurreição começa aqui neste mundo por meio das nossas escolhas. Se escolhermos o bem, com certeza na eternidade encontraremos o bem e seremos o que semearmos aqui neste mundo. Temos que seguir as pegadas de Jesus promovendo a vida, a justiça e a verdade na nossa sociedade. Não podemos perder oportunidades em servir a Deus, nosso Pai, e engrandecer o seu santo nome por meio de uma vida em santidade. Com os olhos fixos nos exemplos dos santos que viveram uma fé autêntica e animados pelo Espírito Santo somos capazes de testemunhar Cristo, orientados pelo Santo Evangelho, levando uma vida no amor, amando como Ele mesmo nos amou.
Este evangelho nos convida a renovar nossa fé na vida pós-morte e no Deus da vida, que ressuscitou Jesus, o primeiro a ressuscitar dos mortos. Assim, como Jesus ressuscitou nós podemos crer, ter fé que participaremos de sua glória ressuscitados. Não podemos nos esquecer das palavras de Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente” (Jo 11,25-26). Portanto, a nossa fé cristã nos faz afirmar: “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos”.

Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes





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