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terça-feira, 26 de novembro de 2019

1º DOMINGO do ADVENTO, Ano A-José Salviano


1º DOMINGO do ADVENTO
Ano A

01 de Dezembro de 2019

Evangelho – Mt 24,37-44

 

-TEMPO DE ESPERA PELO NATAL-Mt 24,37-44-José Salviano

Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos:
37'A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé.
38Pois nos dias, antes do dilúvio, todos comiam e bebiam,
casavam-se e davam-se em casamento,
até o dia em que Noé entrou na arca.
39E eles nada perceberam
até que veio o dilúvio e arrastou a todos.
Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem.
40Dois homens estarão trabalhando no campo:
um será levado e o outro será deixado.
41Duas mulheres estarão moendo no moinho:
uma será levada e a outra será deixada.
42Portanto, ficai atentos!
porque não sabeis em que dia virá o Senhor.
43Compreendei bem isso: se o dono da casa
soubesse a que horas viria o ladrão,
certamente vigiaria e não deixaria
que a sua casa fosse arrombada.
44Por isso, também vós ficai preparados!
Porque na hora em que menos pensais,
o Filho do Homem virá.
Palavra da Salvação.

            O ato de  esperar por algo é prática constante em nossa vida. E ao se chegar ao objetivo esperado, teremos: alegrias ou tristezas, dependendo do que estávamos esperando.
            Quando estamos esperando por uma coisa agradável, as emoções da espera são bem mais fortes que a própria chegada. É o caso da mãe que espera ansiosa o dia do nascimento do filho que traz em seu corpo.  Isso acontece porque  o melhor da festa é o esperar por ela.  É maravilhoso esperar por um acontecimento alegre! As emoções são contagiantes, e envolvem todo o nosso ser e os nossos entes queridos.  
            Ao contrário, quando se espera pela  realização de um evento triste , ou quando esperamos por algo que sabemos que vai nos proporcionar decepção, dor, sofrimento, como a morte de um amigo ou parente, o julgamento de um crime, a nossa atitude mental é deprimente, chegando ao ponto de nos fazer muito mal para a alma e para o corpo: Depressão, ansiedade negativa, tristeza, sentimento de derrota, e muito medo, tudo isso nos faz grande mal ao corpo, ao nosso psiquismo  e também a nossa alma!
            Então nesta vida temos constantemente todo tipo de espera: A espera da pessoa amada  que  demora  a chegar no encontro, a espera do dia em que vamos receber uma grande quantia em dinheiro, a espera do dia do casamento, a espera  da chegada de um parente distante, ou a espera o resultado do julgamento. A espera da morte que está próxima, é a pior das esperas.
            A nossa vida é cheia de esperas: umas alegres, festivas, as quais esperamos com alegria e entusiasmo já outras nos deixam angustiantes e deprimentes com muito sofrimento.
            A espera a que hoje vamos refletir, trata-se das quatro semanas que antecedem a comemoração do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.  Trata-se do  aniversário do Rei do Universo, o Filho de Deus feito homem que desceu à Terra para nos trazer o Plano de Salvação elaborado por Deus Pai.
            No começo do ano litúrgico, o mundo inteiro se empolga para festejar o grande acontecimento! Jesus não vai nascer de novo!  É  apenas uma festa de comemoração da data mais importante do ano.
            O comércio já está se preparando há muito tempo cuidando do abastecimento das mercadorias, dos enfeites, de todo o barulho e luzes que vão chamar atenção dos consumidores para o grande evento que lhes trarão muito lucro!  Porém, infelizmente, dentre os comerciantes, nem todos são pessoas de fé.  Nem todos estão interessados na festa em homenagem ao Menino Jesus. Mas sim, em ganhar dinheiro.
            O Evangelho nos fala da precariedade da nossa existência, e não podemos ignorar o quanto são verdadeiras as palavras de Jesus , as quais nos alerta para a possibilidade de uma morte  súbita: "Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado.  Duas mulheres estarão moendo no moinho:
uma será levada e a outra será deixada. Portanto, ficai atentos!
... "
            Deus quer que estejamos sempre preparados para o dia último da nossa vida. Assim, devemos viver hoje como se fôssemos morrer amanhã, ou mesmo hoje. Do levantar ao deitar, devemos estar de prontidão esperando a vinda do  Senhor!  Prontos, para responder: Senhor, aqui estou. Chegou a minha hora, podes me levar!
            É por isso que Paulo nos adverte em sua carta  que é hora de despertar. Que na verdade, a cada dia que passa, a salvação está mais perto de nós  do que quando abraçamos a fé.  O tempo voa, e devemos caminhar com a nossa mente voltada para o fim, não no sentido de estarmos tristes pelo pior que nos espera, mas sim, no sentido de sempre estarmos alertas no que se refere ao nosso preparo para aquele dia. A noite já vai adiantada, o dia vem chegando: despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da luz. Procedamos honestamente, como em pleno dia...
Isto é, devemos caminhar na presença do Senhor, nunca nos escondendo, para praticar atos imorais, ou injustos, mesmo porque não adiantaria nada. O senhor vê tudo até os nossos pensamentos.
            É bom viver esta vida, aproveitar os momentos de alegria, porém, devemos tomar cuidado com os excessos que afetam a nossa saúde: O comer demais, as bebedeiras prolongadas, nada de orgias sexuais e imoralidades de qualquer tipo, nem de vinganças, brigas e rivalidades. Pelo contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo.


            Revestir do Cristo, é imitá-lo. É ter em mente 24 horas os seus ensinamentos, e confiar na sua ação protetora, entregando a nossa vida nas mãos de Deus. Façamos a nossa parte, e confiamos na parte que será cuidada pelo Pai que está no céu e em todo lugar, em volta de nós.

            A liturgia de hoje nos mostra que O Cristo que veio na plenitude dos tempos, O Deus nascido de uma mulher , é o mesmo Deus que está constantemente na história de cada pessoa e da humanidade, e é o mesmo Senhor que virá no fim dos tempos, e  que  devemos  estar esperando por Ele, preparados!
            E esta atitude de espera pelo fim último não deve ser uma disposição individualista de nossa parte.  Não pode ser vivida de forma pessoal apenas, mas sim, de forma comunitária, de forma compartilhada, no sentido de que nos preocupemos também com o preparo que deve  ter o nosso irmão, nossa irmã no dia em que o Senhor chegar. E porque tem de ser assim? Por que o desejo do Pai, é que todos os homens e mulheres sejam salvos em Cristo Jesus, sem nenhuma exceção.
             Então, meus irmãos, comemorar, mais uma vez, o advento do Filho de Deus, significa se envolver de forma cada vez mais forte na missão de Cristo Salvador, aquele que antes de dar a sua vida por nós, escolheu os discípulos para continuar a sua obra de salvação, e nos chama e nos escolhe também hoje para continuar essa mesma obra que foi entregue aos seus apóstolos.
            Advento é antes de tudo um evento no qual Deus se revelou  ao mundo na pessoa de Jesus, que se  manifestou como uma pessoa verdadeira e plenamente divina e humana. "Ninguém jamais viu a Deus. Mas quem viu Jesus viu o Pai! Por que Jesus foi o retrato visível do nosso Deus invisível. "Quem me viu, viu o Pai!
             O Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória. Deus se misturou no meio do povo, e hoje Ele está no meio de nós. É o que repetimos em todas as missas. O mistério da  encarnação é um evento único, absolutamente sem precedentes, que não  se repetirá, e que constitui o cumprimento da germinação lenta de cada pessoa, de cada homem de boa vontade. Estamos falando da conversão de cada um de nós que deve acontecer diariamente.
            Hoje começa o Advento, finalmente. E qual deve ser a atitude mental do bom cristão?    É aquela de pensar: Eu quero me preparar, eu preciso descobrir como posso encontrar Deus neste mundo sem Deus nas mentes de muitos. Eu quero vê-Lo  em cada pessoa que passar por mim, em cada rosto de criança, em cada irmão carente e faminto!
            Eu quero poder dizer a todos: Vinde, caminhemos na luz do Senhor, sustentada pela fé que remove montanhas. Este é o desejo de crescer durante o tempo do Advento: voltar o nosso rosto para  a luz que vem do alto, colocar em Cristo Jesus toda nossa esperança, e com muita fé praticar toda caridade que pudermos, pois é isso que nos aproximará de Deus, é isso que  sustenta a nossa fé, animada pela prática constante do amor a Deus e ao próximo, e que nos faz sermos reconhecidos e aceitos pelo Pai.

Bom domingo. Vá e faça o mesmo!

Fica com Deus. José Salviano.


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