Tempo Comum - Anos Ímpares - XXXII
Semana - Segunda-feira
11 Novembro 2019
Lectio
Primeira leitura: Sabedoria 1, 1-7
Amai a justiça, vós que governais a
terra, tende para com o Senhor sentimentos rectos e buscai-o com sinceridade de
coração. 2Porque Ele deixa-se encontrar por aqueles que não o tentam e
revela-se aos que não perdem a fé nele. 3Com efeito, os pensamentos perversos
afastam de Deus; e o seu poder, posto à prova, confunde os insensatos. 4A
sabedoria não entrará numa alma maligna nem habitará num homem sujeito ao
pecado. 5O espírito santo, que nos educa, foge da duplicidade, afasta-se dos
pensamentos insensatos, retira-se ao aproximar-se a iniquidade. 6A sabedoria é
um espírito benevolente mas que não deixará sem castigo os lábios blasfemos,
porque Deus é testemunha dos seus pensamentos, examina o seu coração segundo a
verdade e escuta as suas palavras. 7O espírito do Senhor enche o universo, e
Ele, que tudo abrange, tem conhecimento de quanto se diz.
O livro da Sabedoria foi provavelmente
escrito por um Judeu residente no Egipto, em meados do século I a. C. O autor
começa por se dirigir aos reis da terra, mas, no fundo dirige-se a todos
quantos querem participar no dom da sabedoria.
«Amai a justiça» (v. 1) é o primeiro convite. Amar a justiça implica a conformidade total, de pensamento, vontade e obras humanas, com a vontade divina, tal como ela se manifesta nos preceitos da Lei e na voz da consciência. O justo é sábio; o ímpio é insensato. Deus e a Sabedoria, e a insensatez/injustiça, repelem-se reciprocamente (cf. vv. 3.5). Os insensatos não acreditam e tentam pôr Deus à prova (v. 2ss.) Os «pensamentos perversos» levam os insensatos à morte, que a escolhem como amiga (cf. Sb 1, 16). Mas a sabedoria conduz à vida (cf. Jb 28, 28). A sabedoria é amiga dos homens (v. 6). Deus, que bem conhece o coração do homem, por Ele criado, é o único capaz de o guiar pelo caminho da vida, graças ao dom da Sabedoria.
«Amai a justiça» (v. 1) é o primeiro convite. Amar a justiça implica a conformidade total, de pensamento, vontade e obras humanas, com a vontade divina, tal como ela se manifesta nos preceitos da Lei e na voz da consciência. O justo é sábio; o ímpio é insensato. Deus e a Sabedoria, e a insensatez/injustiça, repelem-se reciprocamente (cf. vv. 3.5). Os insensatos não acreditam e tentam pôr Deus à prova (v. 2ss.) Os «pensamentos perversos» levam os insensatos à morte, que a escolhem como amiga (cf. Sb 1, 16). Mas a sabedoria conduz à vida (cf. Jb 28, 28). A sabedoria é amiga dos homens (v. 6). Deus, que bem conhece o coração do homem, por Ele criado, é o único capaz de o guiar pelo caminho da vida, graças ao dom da Sabedoria.
Evangelho: Lucas 17, 1-6
Naquele tempo: Jesus disse aos seus
discípulos: «É inevitável que haja escândalos; mas ai daquele que os causa!
2Melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma pedra de moinho e o
lançassem ao mar, do que escandalizar um só destes pequeninos. 3Tende cuidado
convosco!Se o teu irmão te ofender, repreende-o; e, se ele se arrepender,
perdoa-lhe. 4Se te ofender sete vezes ao dia e sete vezes te vier dizer:
'Arrependo-me', perdoa-lhe.» 5Os Apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa
fé.» 6O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a
essa amoreira: 'Arranca-te daí e planta-te no mar', e ela havia de
obedecer-vos.»
Lucas apresenta-nos três temas da
pregação de Jesus: o escândalo, o perdão, a fé. É preciso considerá-los de modo
unitário.
O discípulo deve ter a preocupação de não provocar escândalo, que leve alguém a afastar-se do caminho iniciado. Trata-se do caminho evangélico. Por isso, Jesus lança um dos seus «ai». O Mestre não pode aceitar o comportamento de quem põe em risco a sua salvação e compromete a dos outros, sobretudo a dos «pequenos» (v. 2). Se é preciso evitar o escândalo, também é preciso conceder o perdão a todos, a todo o custo (vv. 3-4). O perdão é sinal de verdadeiro amor. É no perdão que se revela o amor de Deus para connosco. Jesus, que é a incarnação histórica do amor de Deus, também oferece o perdão àqueles que dele precisam.
Ao terminar o ensinamento, Jesus elogia a fé que, ainda que seja pequena, pode mostrar toda a sua força, mesmo com um milagre. Os discípulos pedem um aumento da sua fé. Jesus responde-lhes falando da eficácia de uma fé genuína (v. 6).
O discípulo deve ter a preocupação de não provocar escândalo, que leve alguém a afastar-se do caminho iniciado. Trata-se do caminho evangélico. Por isso, Jesus lança um dos seus «ai». O Mestre não pode aceitar o comportamento de quem põe em risco a sua salvação e compromete a dos outros, sobretudo a dos «pequenos» (v. 2). Se é preciso evitar o escândalo, também é preciso conceder o perdão a todos, a todo o custo (vv. 3-4). O perdão é sinal de verdadeiro amor. É no perdão que se revela o amor de Deus para connosco. Jesus, que é a incarnação histórica do amor de Deus, também oferece o perdão àqueles que dele precisam.
Ao terminar o ensinamento, Jesus elogia a fé que, ainda que seja pequena, pode mostrar toda a sua força, mesmo com um milagre. Os discípulos pedem um aumento da sua fé. Jesus responde-lhes falando da eficácia de uma fé genuína (v. 6).
Meditatio
«A sabedoria é um espírito benevolente»,
diz-nos a primeira leitura (v. 6). Este espírito guia-nos com suavidade e
força, ensinando-nos o caminho para chegarmos a Deus, e para estabelecermos uma
relação correcta com os outros.
O evangelho apresenta-nos Jesus, Sabedoria de Deus, simultaneamente severo e indulgente: «Ai daquele que causa escândalos! Melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma pedra de moinho e o lançassem ao mar... Se o teu irmão te ofender sete vezes ao dia e sete vezes te vier dizer: 'Arrependo-me', perdoa-lhe.» (vv. 1-4).
Ao longo da nossa vida, é frequente deparar-nos com situações que exigem atitudes opostas. Nem sempre é fácil fazer um discernimento correcto sobre a altitude a tomar. Muitas vezes, o mais espontâneo é assumir atitudes exactamente opostas àquelas que o evangelho nos recomenda. Somos naturalmente indulgentes connosco. Quando provocamos escândalo, nem sempre nos damos conta disso. Mas, se nos dermos conta, facilmente nos desculpamos, dizendo que, afinal, não há motivos para escândalo. Mas, quando se trata dos nossos interesses, tornamo-nos muito severos. Se alguém nos ofende, achamos que se trata de uma enormidade, que naturalmente não podemos, nem devemos, tolerar nem perdoar. Também é fácil julgarmos, como coisa de pouca importância, aquilo que o Senhor julga com severidade. Pelo contrário somos severos com coisas que Ele olha com indulgência.
A Lei era estimada pelos Hebreus como um dos mais preciosos dons de Deus, que distinguia o Povo de Israel, pela sabedoria, de todos os outros povos, e que indicava o caminho da vida (cf. Sl 119(118). A nova lei, a lei do amor, dá ao novo povo de Deus uma sabedoria ainda maior, que lhe permite praticar sempre a justiça, porque «o amor é paciente, o amor é prestável, não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará.» (1 Cor 13, 4-7).
Peçamos ao Senhor o dom da sabedoria para julgarmos correctamente, segundo os seus critérios, os critérios do amor.
O evangelho apresenta-nos Jesus, Sabedoria de Deus, simultaneamente severo e indulgente: «Ai daquele que causa escândalos! Melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma pedra de moinho e o lançassem ao mar... Se o teu irmão te ofender sete vezes ao dia e sete vezes te vier dizer: 'Arrependo-me', perdoa-lhe.» (vv. 1-4).
Ao longo da nossa vida, é frequente deparar-nos com situações que exigem atitudes opostas. Nem sempre é fácil fazer um discernimento correcto sobre a altitude a tomar. Muitas vezes, o mais espontâneo é assumir atitudes exactamente opostas àquelas que o evangelho nos recomenda. Somos naturalmente indulgentes connosco. Quando provocamos escândalo, nem sempre nos damos conta disso. Mas, se nos dermos conta, facilmente nos desculpamos, dizendo que, afinal, não há motivos para escândalo. Mas, quando se trata dos nossos interesses, tornamo-nos muito severos. Se alguém nos ofende, achamos que se trata de uma enormidade, que naturalmente não podemos, nem devemos, tolerar nem perdoar. Também é fácil julgarmos, como coisa de pouca importância, aquilo que o Senhor julga com severidade. Pelo contrário somos severos com coisas que Ele olha com indulgência.
A Lei era estimada pelos Hebreus como um dos mais preciosos dons de Deus, que distinguia o Povo de Israel, pela sabedoria, de todos os outros povos, e que indicava o caminho da vida (cf. Sl 119(118). A nova lei, a lei do amor, dá ao novo povo de Deus uma sabedoria ainda maior, que lhe permite praticar sempre a justiça, porque «o amor é paciente, o amor é prestável, não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará.» (1 Cor 13, 4-7).
Peçamos ao Senhor o dom da sabedoria para julgarmos correctamente, segundo os seus critérios, os critérios do amor.
Oratio
Senhor, Pai santo, infunde no meu
coração a tua sabedoria divina, que lance na minha vida a luz recta da tua
palavra, e afaste as luzes enganosas das minhas inclinações naturais. Aumenta,
Pai santo, a minha fé, para que possa conhecer-me verdadeiramente e
conhecer-Te, para que possa conhecer o amor e a misericórdia d´Aquele que veio,
não para os justos, mas para os pecadores e que nos ensinou a amar a todos, até
aos nossos inimigos. Amen.
Contemplatio
S. Tiago resume toda a vida cristã sob o
nome de sabedoria que vem do alto, como S. Paulo a resumiu sob o nome de
caridade. «A sabedoria é casta, diz, é modesta, pacífica, dócil aos sábios
conselhos, cheia de misericórdia, dedicada às boas obras. Evita os juízos
temerários, as mentiras, a duplicidade. É sobretudo amiga da paz interior e do
recolhimento que são a condição para escutar a voz de Deus e para praticar a
justiça
na pureza de intenção». Sim, é na paz interior, na união com o Sagrado Coração, que poderei praticar a vida de amor e de reparação que Nosso Senhor espera de mim. A modéstia, o recolhimento e a humildade vão preparar-me para isso. (Leão Dehon, OSP 3, p. 506s.).
na pureza de intenção». Sim, é na paz interior, na união com o Sagrado Coração, que poderei praticar a vida de amor e de reparação que Nosso Senhor espera de mim. A modéstia, o recolhimento e a humildade vão preparar-me para isso. (Leão Dehon, OSP 3, p. 506s.).
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a
palavra:
«A sabedoria é um espírito benevolente» (Sb 1, 6).
«A sabedoria é um espírito benevolente» (Sb 1, 6).
Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo, Adélio Francisco) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo continue iluminando a todos. Abraços fraternos.
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