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terça-feira, 6 de junho de 2017

--Existem ricos caridosos-José Salviano

10 de Junho de 2017
Cor: Verde
Evangelho - Mc 12,38-44


Naquele tempo:
38Jesus dizia, no seu ensinamento a uma grande multidão:
'Tomai cuidado com os doutores da Lei!
Eles gostam de andar com roupas vistosas,
de ser cumprimentados nas praças públicas;
39gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas
e dos melhores lugares nos banquetes.
40Eles devoram as casas das viúvas,
fingindo fazer longas oraçðes.
Por isso eles receberão a pior condenação'.
41Jesus estava sentado no Templo,
diante do cofre das esmolas,
e observava como a multidão depositava
suas moedas no cofre.
Muitos ricos depositavam grandes quantias.
42Então chegou uma pobre viúva
que deu duas pequenas moedas,
que não valiam quase nada.
43Jesus chamou os discípulos e disse:
'Em verdade vos digo,
esta pobre viúva deu mais do que todos os outros
que ofereceram esmolas.
44Todos deram do que tinham de sobra,
enquanto ela, na sua pobreza,
ofereceu tudo aquilo que possuía para viver'.
Palavra da Salvação.(CNBB).

Certa vez conheci um homem rico e muito caridoso.  É, isso existe! Ele herdara uma fortuna do seu pai, e se compadecia muito dos necessitados. Matou a fome de muitos. Ficava tão triste quando entrava em contato com alguém que estava passando por dificuldades financeiras, que até lhe vinha lágrimas nos olhos.
Aquele jovem foi muito criticado pelos seus familiares por estar esbanjando a fortuna da família, enquanto outros diziam que ele não passava de um hipócrita, com pretensões políticas, e ainda outros disseram que ele não estava fazendo caridade nenhuma, pois dava o que lhe estava sobrando.
Porém, nada disso o abalou. Nada disso era verdade. Eram críticas que não tinha um fundamento real, pois não passava mesmo era de inveja. Porque na verdade ele era mesmo caridoso. Rico e caridoso. E Deus estava do seu lado.  Deus o amava muito! Deus protegia-o dos mais inesperados e incríveis perigos, como foi no caso de uma tentativa de sequestro, onde ele foi salvo, e escapou milagrosamente da armadilha que lhe foi preparada! E os malfeitores foram punidos, pois caíram na própria armadilha que haviam preparado, e foram todos pegos em flagrante.
No Evangelho de hoje, Jesus estava sentado no Templo com os discípulos, e viram que muitos ricos depositavam grandes quantias como esmolas. Então chegou uma pobre viúva
que deu apenas duas pequenas moedas. Então Jesus disse aos discípulos:
“Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”.
Jesus comentou a doação daquela pobre viúva de Jerusalém que, de sua indigência, deu tudo o que possuía para viver, sem se preocupar com o dia de amanhã, pois depositava toda sua confiança e esperança na proteção de Deus.
        
Prezados irmãos. Se não optarmos pelo desprendimento das riquezas não conseguiremos entrar no Reino dos céus. Pois se somos fiéis ao seguimento de Cristo devemos dirigir retamente nossas preferências vitais de forma que, por causa do uso das coisas mundanas, dos bens materiais, do deleito ao conforto,  por causa do apego às riquezas contra o espírito da pobreza evangélica, não sejamos impedidos de tender à perfeição da caridade, e de um dia merecer a eterna glória.
        
Jesus destacou o comportamento daquela pobre viúva, elogiando-a pelo seu gesto de total entrega, mostrando aos discípulos e a nós hoje, que a verdadeira felicidade não reside na riqueza, mais sim na pobreza de espírito.
Bem-aventurados os pobres em espírito" (Mt 5,3). As bem-aventuranças revelam uma ordem de felicidade, de gra­ça, de beleza e de paz. Jesus celebra a alegria dos pobres, a quem já pertence o Reino. É o antegozo das alegrias celestiais, por causa da sua decisão de preferir as riquezas espirituais, em vez das riquezas materiais.
        
Os ricos deram o dinheiro que eles tinham de sobra. Enquanto aquela pobre viúva deu tudo o que possuía, e por isso fez o melhor investimento. Os ricos que encontram sua alegria nos seus bens procuram o poder terreno, ao passo que o pobre de espírito busca em primeiro lugar, o reino do céu, como fez aquela viúva, investindo na vida eterna. Ela abandonou-se nas mãos de Deus, sem nenhuma reserva. Confiou plenamente na providência do Pai, depositando tudo o que tinham, sem nenhuma preocupação se iria ficar  sem nada no dia de amanhã. Isso é confiança total em Deus a qual nos predispõe para a bem-aventurança por sermos pobres. Por isso veremos a Deus.
        
A viúva, ao contrário dos ricos, era, portanto, pobre em espírito, pois a "pobreza em espírito" é uma  humildade voluntária de uma pessoa que se entrega a Deus em atitude de  renúncia plena, como deveria ser a renúncia dos discípulos, dos sacerdotes, e de cada um de nós que realmente atendemos ao chamado de Deus para libertar o mundo da escravidão do pecado, através da catequese. Agindo assim, estaremos imitando a  Cristo, O Filho de Deus que se despojou de seu poder, de sua riqueza, se fazendo pobre como nós, para nos enriquecer em graças e santidade.
       
O mundo de hoje através da mídia nos apresenta uma felicidade falsa, mediante o consumo desenfreado de celulares, computadores, câmeras, jogos, e outros produtos de curta duração, para acelerar a economia, e o pleno emprego. Porém, somente o  desejo da felicidade verdadeira liberta o homem do apego imoderado aos bens deste mundo. Felicidade que se realizará na visão e na bem-aventurança de Deus. "A promessa de ver a Deus ultra­passa todas as bem-aventuranças. Na Escritura, ver é possuir. Aquele que Vê a Deus obteve todos os bens que podemos imaginar.
          
Para nós, os escolhidos, resta-nos lutar, com a graça do Alto, para alcançar os bens que Deus promete. Para contemplar a Deus, os fiéis de Cristo mortificam sua concupiscência e supe­ram, com a graça de Deus, as seduções da riqueza, do conforto e do poder.
        
Não se trata de abandonar tudo e ir morar em uma caverna. Porque precisamos e merecemos uma vida digna, com alimentação e moradia decentes; porém, o que o Evangelho nos fala hoje, é para não nos apegar exageradamente à riqueza e ao conforto nos esquecendo que tudo isso é passageiro como o faz os ricos.
        
Podemos até ser ricos. Porém sem nunca nos esquecer que  o desapego das riquezas é necessário para entrar no Reino dos Céus. Pois Bem-aventurados são os pobres de espírito.


Tenha um bom dia. José Salviano.



Um comentário:

  1. Obrigada pela partilha da Palavra! Deus te abençoe cada vez mais e mais com saúde e paz!

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