31º DOMINGO TEMPO
COMUM
30 de Outubro de 2016
1ª Leitura - Sb 11,22 - 12,2
Salmo - Sl 144,
2ª Leitura - 2Ts 1,11 - 2,2
Evangelho - Lc 19,1-10
PRIMEIRA LEITURA
Tudo o que foi criado por Deus é necessário, é bem vindo para o
nosso próprio bem. Se às vezes nos sentimos incomodados por algo que veio de
Deus, como por exemplo os latidos do cachorro do vizinho, é preciso entender
que o animal em si não tem nenhuma culpa, mas sim, o problema está no egoísmo
do nosso irmão que uma vez gostando desse animal, acha que todos também devem
gostar.
SALMO
Mesmo que estamos sofrendo, é preciso bendizer o nome do Senhor a
todo instante. Pois somente Deus sabe o por que Ele permitiu o nosso
sofrimento, o qual geralmente é causado pelo mau uso que fazemos da nossa
liberdade.
Deus é misericórdia, é compaixão, é bondade infinita, e Ele quer a
nossa paz, a nossa saúde, a nossa tranquilidade.
SEGUNDA LEITURA
Em sua carta aos Tessalonicenses, Paulo nos lembra
da necessidade de rezarmos para que o nosso Deus nos faça dignos da nossa
vocação.
Para que tenhamos mãos puras ao tocar a Hóstia
Consagrada, para que tenhamos lábios puros ao anunciar a palavra, para que todo
o nosso corpo esteja puro ao gesticular, ao se movimentar, enquanto falamos,
lemos ou explicamos o Evangelho.
Que Deus, por seu
poder, realize todo o bem que desejamos e torne ativa a nossa fé.
Pois a nossa fé não pode ser apenas TEÓRICA, mas
sim, UMA FÉ PRÁTICA. É muito bonito um discurso comovente, uma homilia
expressada com palavras fortes, com gestos decisivos, porém, infelizmente tudo
aquilo foi fruto de um dom teatral, daquele que atuou no papel de convicto.
Alguns dos presentes se convenceram da verdade dita, porém, muitos dos cristãos
autênticos, perceberam que faltava algo. Notaram que aquilo era uma atuação,
uma encenação, fruto de UMA FÉ NÃO ATUANTE, portanto foram palavras da boca
para fora.
Roguemos para que o nosso Deus nos faça dignos da nossa
vocação.
Rezemos sem cessar para que possamos ter uma fé
ativa, atuante ou prática.
EVANGELHO
Meu irmão, minha irmã. Hoje Jesus quer ficar na sua casa, na sua
companhia, junto com sua família. E isso só depende de você.
Jesus quer mudar o sentido da sua vida, Ele quer mudar sua maneira
de pensar, de valorizar, sua maneira de ver os pobres. Jesus quer a sua
conversão! Receba Jesus na sua casa, com
alegria!
Senhor, eu dou a metade dos meus bens aos pobres.
Naquele momento em que Zaqueu disse esta frase a Jesus, começou a
sua conversão. Porque a nossa dívida com o irmão é uma dívida com Deus! Porque
o que fazemos de bom ou de mal ao irmão, a irmã, o faremos com Jesus que é
Deus.
Zaqueu sentiu-se envergonhado diante da decisão de Jesus de entrar
na sua casa, na sua vida. Ele que era um homem pecador! Por isso, o seu
arrependimento foi instantâneo, foi transformador.
O que aconteceu a Zaqueu foi uma grande experiência com Deus, uma
experiência com o amor de Deus, por meio da pessoa de Jesus.
Jesus disse que a misericórdia é mais importante do que o
sacrifício pelo perdão dos pecados. De nada adiantaria Zaqueu pedir perdão a
Jesus pelo muito que roubou, e não fazer nenhum gesto de reparação de sua vida
errada, de seus pecados. Para selar a sua mudança de vida, deveria mesmo
devolver aos pobres, o que havia tirado de todos. E porque ele pensou nos
pobres? Por que foram eles os que mais sofreram com a espoliação, com a imposição
do imposto.
Zaqueu era rico porque ele explorava o povo, ele roubava. Na qualidade de chefe dos cobradores de
imposto, Zaqueu exigia que fosse cobrado uma taxa acima da exigida pelo poder
romano. E assim, ele ficava com a diferença. Por isso ele ficou muito rico, por
aproveitar da sua posição, sua situação de explorar os contribuintes.
E os “Zaqueus” dos nossos tempos atuais? Quando vão se arrepender?
Quando vão aceitar a proposta de Jesus para almoçar em sua casa? Quando vão
devolver aos pobres o que roubaram?
O povo não entendeu o gesto de amor de Jesus, e as pessoas começaram
a murmurar contra Ele. E sua resposta
foi intrigante:
...o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido
Jesus foi criticado principalmente pelos fariseus por almoçar na
casa dos publicanos, dos pecadores. Jesus explicou que Ele veio ao mundo
principalmente para salvar os que estavam perdidos pelos caminhos do pecado, os que se desviaram do caminho da
salvação. Porque a misericórdia divina é infinita e eterna, e é para todos.
Vamos receber Jesus em nossa casa, em nossas vidas! Vamos devolver
o que tiramos dos nossos irmãos.
Devolver as difamações, os mau tratos, as calúnias, as discriminações, o
ódio, a inveja, a competição desleal, e principalmente o dinheiro...
Como devolver as ofensas que fizemos aos nossos irmãos? É difícil!
Mas podemos tentar. Primeiro, lhes pedimos desculpas, perdão. Depois, mudemos o
nosso relacionamento, sendo justos e fraternos com eles.
Zaqueu, homem de pequena estatura, sem se importar com o que os
demais poderiam pensar, saiu correndo e subiu em uma árvore para poder ver
Jesus.
Nós fazemos coisa bem parecida:
Quando estamos arrependidos dos nossos pecados e decididos a nos
converter, e buscamos por Jesus. E, uma vez purificados dos nossos pecados pelo
sacerdote, corremos para ver Jesus quando o padre faz a elevação da hóstia
consagrada, dizendo: Eis o ordeiro de
Deus que tira os pecados do mundo. Em seguida, nos alegramos ao recebê-lo
em nosso corpo, Ele que vem habitar a nossa alma. Nessa hora, rezar é uma coisa
maravilhosa! Nessa hora, rezar é falar com Deus de verdade! Sentimos Deus perto
de nós, percebemos que Ele nos escuta, nos acolhe, nos ove.
Zaqueu arrependido, se converteu para o resto de sua vida. Porém, o
mesmo não acontece conosco. Pois nossa caminhada é cheia de tropeços, e assim,
caímos hoje e levantamos amanhã.
A alegria de ter recebido Jesus eucarístico, de sentir a sua
presença e vê-lo com os olhos da fé, pode acabar num instante, quando não
resistimos às tentações, e novamente caímos em pecado.
E, quando caímos, ficamos tristes, desanimados, sem poder ver Jesus.
Sem querer vê-lo, pois estamos envergonhados. E assim, não temos ânimo de
rezar, pois achamos que não vai adiantar mais nada.
Minha irmã, meu irmão. Sejamos como Zaqueu. Busquemos Jesus, e
quando o pudermos ver, quando estivemos do seu lado, peçamos forças para não
nos afastar mais da sua presença, forças para não cair em tentações.
Tenha um bom domingo. José
Salviano.
Meu querido irmão as vezes as palavras nos trai, essa visão que postou da primeira leitura é simplesmente horrível, perdi o desejo até mesmo de ler o restante do seu conteúdo. Deus te Ilumine.
ResponderExcluirEu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.
ResponderExcluirSALVIANO. NADA CONTRA OS ANIMAIS CRIADOS POR DEUS, MAS SIM CONTRA O EGOÍSMO DE ALGUNS IRMÃOS, QUE NÃO PENSAM NOS DIREITOS DE SILÊNCIO, DE DESCANSO, DE ESTUDO, ETC DOS SEUS VIZINHOS.
ResponderExcluirRoberta - oi Salviano. eu adoro cães. Porém, concordo com você. Nada justifica atropelarmos o sossego dos nossos vizinhos. Não é porque eu gosto de cachorros que tenho o direito de obrigar o meu irmão a ficar ouvindo os latidos do meu, que lhe incomoda.
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