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domingo, 30 de outubro de 2016

“A nova morada no céu!” - Claudinei M. Oliveira.


Quarta-feira, 02 de novembro  de 2016.
I Leitura – Sabedoria 3,1-9
Salmo – 41 (42)
II Leitura – Apocalipse 21,1-7
Evangelho: Mt  5, 1-12


Hoje, dia dos finados, nos lembra da “morte”, não para nos remeter ao medo, mas para nós fazer descobrir o sentido desta vida e a alegria sobre a qual está fundamentada a nossa fé.  A morte é um nascimento, marca a entrada no mundo de Deus, é o início da festa na casa do Pai. Nada se deve temer das pessoas que morreram, elas vivem com Deus e só podem fazer o bem aos que permaneceram neste mundo.

Contudo a morte é o encontro maravilhoso com os amigos e parentes, que foram na nossa frente, e com o melhor dos amigos que é nosso Deus. Na certeza da Ressurreição através da fé, acreditamos que ao morrer para o mundo renascemos para junto do Pai no Paraíso. Lá no céu estaremos juntos na harmonia da eternidade com todos os irmãos que souberam respeitar e viver a dignidade dos ensinamentos de Cristo.

Por isso que a missão do cristão não se remete somente a sua salvação, mas na tenacidade do anúncio da Boa  Nova, para sedimentar a palavra no coração em conflito com Deus, e na renúncia de tudo aquilo que atrapalha o  projeto de libertação do Pai. Deve-se atentar para as belezas da vida e do amor entre os víveres da terra para que na outra vida possa viver a eternidade na alegria do Senhor.

O que o homem deve contemplar é a vida após a morte, renascida do Espírito junto do Pai. Ter a certeza desse encontro. Viver a plenitude da Graça. Contudo as vicissitudes  da vida terrena deve elevar coisas boas. Perceber a gratuidade de nosso Deus nas entrelinhas da vida e apaixonar-se para a salvação. Isto é, ter olhos somente para a vida plena.

Sabemos que a vida na terra é passageira, feita  de momentos, ora momentos bons ou momentos não tão bom como deveria ser. Todo apreço pelas coisas boas são os juros acumulados para o dia do julgamento. Diante de Deus, o  cristão deve apresentar uma vida de paz, harmonia, de cumplicidade com os mais pobres, de comprometimento no fazer acontecer novas todas as coisas.  Mostrar a renovação e a transformação de um projeto de um Reino novo, onde todos os irmãos puderam usufruir com dignidade.

O pensamento do homem deve voltar-se para o livro da Sabedoria quando afirma: “a vida dos justos está nas mãos de Deus e nenhum tormento os atingirá”. Nada vai separar o homem do amor de Deus, nem o mal que possa atormentar o tempo todo, separará a vida dos justos das mãos de Deus. Por isso que o cristão deve amar a Deus e sentir-se protegido, porque as coisas boas acontecem quando há uma cumplicidade entre o homem e Deus. Ele estará guiando os passos e mostrando o caminho certo a seguir. Um caminho que leva para o encontro dos céus. São tantas maldades tentando impedir que o justo desvie do caminho para tomar rumo diferente e para não enxerga Deus. Mas quando tem  um apreço dos ensinamentos do Pai, e tem Deus no coração, nada de tormento atingirá. A crença e a fé devem estar acima das maldades do mundo, e o que deve prevalecer é a certeza da Ressurreição.

Pode até ter morrido aos olhos dos insensatos e aos olhos dos homens que afirmam ter sido castigado, mas para os olhos de Deus veio à nova vida. Uma vida plena, cheia de fé e nostalgia, uma vida que contagia todas as pessoas para a eternidade. Nada importa aos olhos daqueles que não acreditam na vida eterna, pois nada para Deus impedirá que aquele que lutou para uma sociedade justa e fraterna conquista uma vida feliz nos céus.

O que importa é a confiança para nosso Deus. Como no livro da Sabedoria volta a dizer: “os que nele confiam compreenderam a verdade, e os que perseveram no amor ficarão junto dele, porque a graça e a misericórdia são para seus eleitos”.

Belas palavras do livro da Sabedoria, pois aquele que revela a doutrina do bem viver e cumpre as regras da libertação tem um lugar garantido junto de Deus. Seu esforço e sua dedicação são as provas de que o entendimento da Palavra revelada foram ouvidas e praticadas.

O que o cristão visualiza na essência de uma vida terrena feliz é a sede ardente de um Deus vivo. Não um Deus morto, cabeça caída e pregado numa cruz inerte. Mas um Deus atuante que faz maravilhas sempre que necessário. Porque ao peregrinar na caminhada feliz para a casa do Pai, entre louvores e gritos, a multidão entra no reino que está à espera.  Mas para chegar nesse Reino Santo a luz do Espírito, que é a luz da verdade, guiará a longa caminhada, livrando de todos os males.

O salmista termina sua oração aclamando: “Por que te entristece, minha alma, a gemer no meu peito? Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus Salvador”. O Salvador que é Deus-Pai, com toda certeza, estará dando o aconchego e protegendo o filho na vida em preparação para a vida eterna. A certeza da Sua presença não permite dor e nem choro, porque condiz com a Verdade Absoluta.

O que se almeja é um novo céu e uma nova terra como na leitura do Apocalipse descreve. “Vi um novo céu e uma nova terra. Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram e o mar já não existe”. Tudo é passado! Nada levará desta vida terrena a não ser o discernimento para com Deus. Aquilo que fazermos na terra poderá reverter no céu em grandes conquistas e/ou poderá reverter contra a alegria da Verdade. Por isso que nesta vida devemos satisfazer a vida nos justos e a felicitação com os irmãos. Assim, a vida nova no novo céu será completa.

A mensuração da Palavra certa ganhará de graça da fonte da água viva. Assim o vencedor receberá a herança de uma vida feliz, pois
Deus será o Pai amado e o cristão será o filho bem amado.

No santo Evangelho São Mateus adverte ao afirmar sobre as bem-aventuranças. A alegria da partida para uma vida junto de Deus está alicerçada no fazer terrena. Por isso que os bem-aventurados tem um lugar reservado, mas somente os mansos, os que têm sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os que promovem a paz, os perseguidos e injuriados.  Jesus, sentando no monte, educa seus discípulos e toda multidão com as palavras das bem-aventuranças. Com isso afirma que aqueles que entregaram de coração e de alma na construção de uma vida melhor, receberão as recompensas nos céus. Ele mesmo mostrou para todos de sua época que o trabalho seria incansável. Mas a missão era um compromisso com o criador.  Tanto que no final do Evangelho Mateus escreve lindamente, “alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.

Portanto, na comemoração dos fiéis defuntos nos faz descobrir que o projeto de Deus para o homem é um projeto de vida. “No horizonte final do homem não está à morte, o fracasso, o nada, mas está à comunhão com Deus, a realização plena do homem, a felicidade definitiva, a vida eterna”  (Roteiro homilético dos finados). Amém.

Abraços
Claudinei M. Oliveira


3 comentários:

  1. Claudinei M. Oliveira; Belíssima reflexão. Um grande abraço e, que DEUS te ilumine sempre.

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  2. Claudinei M. Oliveira; Belíssima reflexão. Um grande abraço e, que DEUS te ilumine sempre.

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