SÁBADO DA 29ª SEMANA DO TC 22/10/2016
1ª Leitura Efésios 4, 7-16
Salmo 121(122), 1 “Que alegria quando me vieram dizer: “Vamos a
Casa do Senhor”!
Evangelho Lucas 13, 1-9
“O JULGAMENTO É CERTO!”
Nesta vida tudo é discutível e negociável à exceção da morte, que
irá nos acontecer mais cedo ou mais tarde, sendo que a morte nos trará o juízo
de Deus. É uma verdade que não gostamos nem de pensar mas que somos convidados
pela palavra de Deus a pensarmos naquele primeiro momento, em que estaremos
diante de Deus, após a morte.
Sabemos que haverá um julgamento e isso significa que Deus espera
algo de cada um de nós e poderíamos até afirmar que temos uma meta a ser
alcançada, uma missão a ser cumprida e nesse caso, a primeira coisa a ser feita
é estarmos disponíveis para Deus, mesmo que não nos julguemos capazes para
isso, como tantos vocacionados da Sagrada Escritura
A nossa Fé deverá ser inabalável, mesmo que algo dê errado, pois
como simples mortais, estamos sujeitos as imprevisibilidades desta vida que são
aqueles acontecimentos que não esperamos, e que podem nos atingir ou a alguém
do nosso relacionamento, como aqueles galileus, que se envolveram em um
conflito com os soldados de Pilatos no templo de Jerusalém e foram brutalmente
assassinados, ou como aquele grupo de trabalhadores que morreram tragicamente
na queda de uma torre que estava sendo construída. Em minha paróquia, há duas
semanas celebrei o batismo de 11 crianças, e o Pai de uma delas, que estava na
celebração, na terça feira foi vítima de uma acidente de trabalho e veio a
falecer e eu fiz as ezéquias na terça feira a noite, dois dias depois de
celebrar com ele o Batismo de sua filhinha.
Não é Deus que provoca esses acontecimentos, para punir e castigar
os pecadores, como podem pensar algumas correntes religiosas, o massacre dos
galileus foi um ato de violência contra a vida, a mando de Pilatos, e a queda da
torre, pelo menos naquele tempo, não foi nenhum atentado terrorista, mas um
acidente de trabalho, aliás, que também merece uma reflexão, pois os acidentes
de trabalho acontecem por causa de alguma falha humana ou alguma condição
insegura. Porém, Deus consente estes fatos porque respeita a liberdade humana,
mas a partir da tragédia, nos ensina alguma verdade que serve para a nossa
edificação.
Sobre tudo o que ocorre no mundo de hoje, guerras, conflitos,
chacinas, execuções, crimes hediondos até contra crianças, falamos e ouvimos
muitos discursos inflamados, desde o simples cidadão até as altas celebridades
que nos grandes meios de comunicação promovem debates acirrados, ao lado de uma
imprensa sensacionalista onde indignados jornalistas gritam palavras de ordem,
dando-se a impressão de que, por conta disso, grandes mudanças irão ocorrer.
Mas ao final, tudo continua como antes até que aconteça a próxima tragédia,
para sacudir a opinião pública.
Jesus não entra nessa onda, não declarou guerra contra Pilatos, que
era o que muitas lideranças queriam, e nem arquitetou alguma severa punição
para aplicar aos responsáveis pela queda da torre. De investigação e denúncias,
o povo já está saturado, porque no final da história, os culpados sempre ficam
impunes.
Jesus aproveita o fato para nos alertar sobre a urgência da nossa
conversão, que se inicia quando mudamos a nossa mentalidade em relação a Deus,
ele não é aquele que abençoa dando saúde e bens materiais a quem lhe obedece, e
que faz cair a desgraça na cabeça de quem não o aceita, pois se fosse assim,
não ocorreriam tragédias na vida de um cristão.
Ele quer que concentremos nossa atenção no presente, percebendo a
cada minuto á sua vontade a nosso respeito, fazendo o reino acontecer a partir
de pequenos gestos de amor e de solidariedade em nosso quotidiano, porque se
deixarmos esta vida passar em branco, sem nos darmos conta de que temos uma
missão a cumprir, frutificando segundo a palavra e a graça de Deus, iremos nos
surpreender ao final, porque seremos semelhantes a uma árvore seca e
improdutiva justo na hora da colheita.
Nesta vida Deus nos fertiliza todos os dias com a sua graça e a sua
santa palavra dando-nos todas as condições para produzirmos bons frutos. Só
depende de nós! E não precisa dizer o que vai acontecer com a árvore seca, que
não dá nenhum fruto....
Diácono José da Cruz
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP
Eu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.
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