SEGUNDA FEIRA DA 31ª SEMANA DO TC 31/10/2016
1ª Leitura Romanos 11, 29-33
Salmo 68(69), 14c “Na vossa imensa bondade, escutai-me, segundo a
fidelidade do vosso socorro”
Evangelho Lucas 14, 12-14
“Festa Particular”
A primeira
impressão sobre esse evangelho, é que Jesus é um grande estraga-prazeres, pois
a coisa mais gostosa e gratificante é quando recebemos em casa, os amigos e
parentes que muito amamos, para sentar conosco á mesa e passar horas
deliciosas, que só reforçam o afeto para com eles e deles para conosco.
Jesus aqui não está querendo acabar com essa nossa alegria de poder estar em
torno de uma mesa, com as pessoas queridas.
O recado é
outro e tem um endereço certo, ele critica o Farisaísmo, um grupo fechado
para todos os outros, por que se julgam os únicos salvos ou merecedores da
Salvação, pela sua conduta exemplar, modelo para todos, e que diante de Deus os
fazem merecedores e bem quisto pelos homens.
No centro da
reflexão está a gratuidade das relações humanas. Quanto mais eu priorizar nas
minhas relações, pessoas iguais a mim, na cultura, no modo de pensar, na
posição social, e até na expressão religiosa, mais longe de Deus estamos, pois
a Trindade Santa não é um Condomínio residencial, exclusivo para alguns Santos.
Ao encarnar-se na frágil natureza humana, Jesus, o Filho de Deus, fez da
comunhão trinitária o lugar de todos quantos queiram viver na comunhão com
Deus, não porque se fazem merecedores, mas por pura benevolência de Deus que
abre o seu coração para acolher a todos os homens.
Em Cristo
Jesus, Deus manifesta um amor sem medidas por todos e por cada homem em
particular, ainda que este não mereça ( são os pobres, aleijados, coxos, cegos,
imperfeitos) Deus convida a todos para viver esta comunhão.
Ora, se a
nossa Igreja é reflexo dessa Trindade, jamais podemos em comunidade ser um
grupo fechado, exclusivo, particular. A Igreja que Jesus instituiu não é assim,
mas aberta a todos e isso Deus espera da nossa comunidade.
Não façamos
de nossa comunidade, pastoral ou grupo, uma festa particular, mas
tenhamos coração e alma sempre abertos, para acolher a todos, mesmo
aqueles que ainda não se converteram, os pequenos que estão a procura de algo e
tantas outras pessoas que na comunidade estão, á nosso ver, fora dos “padrões”
de cristianismo, pois cada um de nós, também nem sempre está nos padrões de
Santidade de Jesus, e nem por isso o Pai cheio de amor deixa de nos acolher.
Diácono José da Cruz
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP
Eu todos os dias faço a leitura do dia e complemento com os comentários dessa equipe para complementar meus ensinamento e por em prática muito obrigado, que o Senhor Deus continue derramando benção a todos na Paz de Cristo, Jair Ferreira.
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