24º DOMINGO DO TEMPO
COMUM
Dia 11 de Setembro de
2016
Evangelho
Lc 15,1-32
Neste
mundo preconceituoso que não enxerga a “pessoa” somente os seus defeitos, são
muitos os excluídos do convívio social e até mesmo religioso, irmãos nossos,
que às vezes só precisam de se sentir amados, para mudar de vida!
É
compromisso cristão, trazer de volta ao convívio do Pai, àqueles que se
perderam pelos caminhos tortuosos. Acolher estes irmãos,
é dar a eles a oportunidade de reverem e refazerem as
suas vidas! Deus não desiste da sua criação, para Ele, não existe
caminho sem volta e nem ponto final para uma história de amor!
No
evangelho de hoje, Jesus, através de três parábolas, nos convida a
sermos misericordiosos para com aqueles que se enveredaram por caminhos
contrários mas que desejam voltar, que acolhamos estes irmãos e nos alegremos com
a sua volta à vida! O que não significa concordar com os seus erros e sim,
acreditar que uma pessoa criada à imagem e semelhança de Deus, pode mudar de
vida!
O
ponto fundamental deste evangelho é destacar é a grandiosidade do coração do
Pai, um coração misericordioso que vê a pessoa na sua essência e não o
seu pecado e a alegria de retorna à vida!
O
texto começa dizendo, que os fariseus e doutores da lei, criticaram Jesus por
Ele acolher os pecadores, como se eles (fariseus e mestres da lei) não fossem
pecadores também. Jesus responde a estas críticas, contando
três parábolas! A primeira e a segunda parábola, podemos dizer que
são gêmeas, pois as duas expressam a alegria de quem encontra a
preciosidade que haviam perdido!
A
parábola da ovelha perdida, nos fala da alegria do pastor ao reencontrar a
ovelha que havia extraviado do seu rebanho, simbolizando a alegria de Deus,
quando recebe um filho de volta a casa paterna que é o seu coração!
Assim
como a primeira, a segunda parábola nos fala também de alegria, da alegria de
uma mulher que encontra algo que havia perdido e que era de vital importância
para sua sobrevivência: uma moeda de prata da qual ela obteria o seu sustento!
Já,
a terceira parábola, é bem mais profunda rica em detalhes! Nela, podemos
perceber que há um confronto entre a lógica dos homens e a lógica de Deus! É a
parábola do filho pródigo, que deveria se chamar: “Parábola do pai
misericordioso!”
A
história nos mostra com detalhes, a atitude de um pai, perante a conduta de
seus dois filhos: a ingratidão do filho mais novo, que abandona à família
para viver uma vida desregrada e a dureza de coração, do filho mais velho, que
não é capaz de perdoar os erros do irmão.
É
interessante observarmos, que a partir do momento em que o filho mais novo
manifesta o desejo de sair de casa, o pai não intervém, deixa o filho partir.
Deus também é assim, Ele não interfere em nossas decisões, nos deixa livres
para fazermos as nossas escolhas! É importante observarmos também, a repreensão
do pai, ao filho mais velho que sentiu injustiçado diante ao acolhimento
caloroso oferecido pelo pai ao irmão mais novo, que na opinião dele, não
merecia tamanha honraria. Postura, que vem nos falar da dureza de
coração, de quem não se abre ao perdão!
Na
história, podemos perceber ainda, a paciência de um Pai que não desiste do
filho, que espera por ele dia pós dia com os olhos fixos no caminho! É assim
que o nosso Pai do céu espera por nós: dia pós dia, com o olhar fixo no
caminho, como se já nos visse de longe!
Com
estas parábolas, Jesus, além de nos despertar sobre importância do perdão e do
acolhimento à aqueles que desviaram do caminho de Deus, nos tranquiliza, pois
estes desviados, um dia, pode ser um de nós!
Através
destas pequenas histórias, Jesus não só nos convida a sermos caminho de
conversão para o outro, como também, a nos convertermos. É
importante termos a consciência de que nós, somos tão pecadores, quanto àqueles
que aos nossos olhos se afastaram de Deus.
A
parábola do filho prodigo, tem como foco, o amor incondicional do Pai para com
os seus filhos, Deus é um Pai solícito, amoroso, que está sempre pronto
para nos perdoar e nos receber de volta, esquecendo todo o nosso passado
pecador. O que vale para Deus, é o que somos, a partir da nossa conversão, o nosso
passado, para Deus não conta.
São
muitos os que estão sobre a terra, mas que se sentem soterrados por não
encontrarem motivação para se reerguerem. E quantos de nós, que dizemos
seguidores de Jesus, comportamos igual aos fariseus e mestres da lei, ao invés
de ajudar estes irmãos a se reerguerem, contribuímos para que eles se percam
ainda mais, com a nossa indiferença, com o nosso desamor!
Tenhamos
um coração misericordioso, semelhante ao coração do Pai, um coração aberto ao
amor, ao acolhimento a aqueles que desejam voltar à vida!
O
amor tem uma força irresistível, é caminho que traz de volta àquele que
dispersou! Sejamos, pois, a força deste amor na vida do outro, pois, é sendo
amada, que uma pessoa aprende a amar!
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
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