16/09/2016
Assim como Jesus chamou a Pedro e aos outros discípulos que o
seguiam, Jesus tinha um grupo de discípulas, formado de mulheres que o
seguia por dois motivos: Primeiro, eram mulheres que foram curadas por Jesus, e
em sinal de gratidão o seguiam para ajudá-lo em sua caminhada, pois eram
mulheres ricas. Vejam que uma delas era nada mais nada menos a Joana, mulher de
Cuza, procurador de Herodes. Não era fraca não! O segundo motivo destas
mulheres seguirem Jesus, é que a situação da mulher naqueles tempos era de
grande humilhação, inferioridade e discriminação por parte dos homens, não havendo
nenhuma consideração de igualdade entre marido e mulher, muito pelo contrário a
mulher servia apenas para procriar.
Jesus, como era contra todo tipo de discriminação e preconceito,
defendia a igualdade da mulher em relação ao seu marido. Mais um motivo de
gratidão daquelas mulheres para seguir o Mestre e o ajudar em sua caminhada.
Assim, o grupo das discípulas de Jesus estava ligado a ele por laços de afeto e
gratidão. Não se tratavam de fãs, nem de paquera, como alguém possa pensar.
Jesus aceita essa colaboração do grupo feminino, vendo isso de uma
forma sadia e como uma ajuda muito bem-vinda. E essas mulheres são tratadas em
pé de igualdade com os discípulos e sua tarefa consistia em prestar assistência
a Jesus com seus bens, e, assim, aliviá-lo de certas preocupações materiais,
inevitáveis para qualquer ser humano.
Comparando aquelas mulheres com as de hoje, percebemos que todo
extremismo acarreta uma situação oposta.
Quanta confusão se criou à volta da figura da mulher, meu Deus!
Esta confusão a respeito de Maria Madalena, bem como tantas outras do seu
tempo, pode ter muitas causas. Uma delas pode ser uma leitura muito rápida dos
textos bíblicos, ou mesmo um exemplo da pouca importância que se dá à memória
do discipulado das mulheres. Até pode ser que a intenção tenha sido a de buscar
na figura de Madalena, por exemplo, como uma pecadora arrependida um apelo à
conversão, mostrando como todos os pecados podem ser perdoados quando a pessoa
se arrepende. No entanto, parece haver uma intenção menos explícita, parecida
com estas propagandas que hoje se faz através das novelas. De maneira sutil, a
deturpação da figura de Maria Madalena mantém uma velha atitude de suspeita em
relação às mulheres, passando a idéia de que sua natureza e seus corpos são
espaços perigosos, de possessão demoníaca, identificada com pecado. Os corpos
inferiorizados e culpabilizados são mais facilmente submetidos.
Desta maneira, a discípula fiel, que acompanhou Jesus durante sua
vida pública, a amiga e companheira que esteve presente na crucifixão e que
permaneceu diante do túmulo; aquela que fez a maravilhosa experiência da
ressurreição, podendo afirmar com toda a convicção: “Vi o Senhor!”, foi transformada
em pecadora arrependida. Mesmo que esta deturpação da figura de Maria Madalena
não fosse muito consciente, ela é um desvelamento do medo que o diabo tem de
perder o poder. Se a tradição da discípula e apóstola permanecesse, haveria o
perigo de que as mulheres descobrissem a sua importância nas origens do
Cristianismo e se sentissem animadas a assumir com autoridade, dignidade e
pleno direito seus espaços de reflexão, decisão e também no ministério ordenado
das igrejas cristãs. Estariam lado a lado com os homens, mantendo a memória
fiel de Jesus de Nazaré, fazendo circular o amor pleno e sem medo, exercendo o
poder de defender e fortalecer a vida.
Para contrastar a situação de inferioridade da mulher em relação ao
homem, gerou-se o movimento de libertação feminina que, analisado nos mínimos
detalhes, resultou em um movimento de desvalorização feminina. Isto porque,
libertação feminina não pode ser interpretada como libertinagem feminina.
Constantemente vemos garotas dizendo e gritando palavrões pela rua. Certamente,
isto não é libertação feminina, mas sim desvalorização da menina.
Por outro lado, ser livre, não é ser promíscua, não é fazer o que
lhe vem na cabeça. Ser livre não é fugir do casamento, fugir de construir uma
família, e botar filhos no mundo sem pensar nas consequências. Não tenho nada
contra estas meninas que agem assim, pois elas não têm culpa, pois são vítimas
de uma mídia que as ensinou que liberdade da mulher significa vulgarizar a
mulher.
A mulher não tem de ser submissa nem de ser vista como objeto de
prazer, ou de procriação. Mas precisa se valorizar, e ser valorizada pela
sociedade. Precisa ser tratada em pé de igualdade pelos homens. Mãe solteira
não pode ser discriminada, pois são nossas irmãs em Cristo e precisam ser
acolhidas, orientadas e se possível, evangelizadas. Desse jeito, estamos dando
à mulher, o valor que ela merece, assim como nós gostaríamos que fosse tratada
a nossa mãe. E não nos esqueçamos que sempre atrás de um grande homem, está
sempre uma grande mulher.
Pai, reveste-me do amor e da fidelidade necessárias para ser
servidor do Reino. Que eu demonstre meu reconhecimento a Ti, colocando minha
vida a serviço do meu próximo.
TENHA UM BOM DIA . José Salviano
Quero te agradecer por cada semana com esses comentários tão maravilhosos , pois todas semanas leio e cada dia aprendo mais com suas sábias palavras . Deus te abençõe e dê cada vez mais sabedoria. Obrigado e Obrigado....
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