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terça-feira, 10 de setembro de 2019

24º DOMINGO DO TEMPO COMUM-C-OVELHA PERDIDA-José Salviano


24º DOMINGO DO TEMPO COMUM-C
15 de Setembro de 2019

Evangelho- Lc 15,1-32

 

-A OVELHA PERDIDA- Lc 15,1-32-José Salviano

O FILHO PRÓDIGO
Êx 32,7-11.13-14; Sl 51; 1Tm 1,12-17

Naquele tempo:
1Os publicanos e pecadores
aproximavam-se de Jesus para o escutar.
2Os fariseus, porém,
e os mestres da Lei criticavam Jesus.
'Este homem acolhe os pecadores
e faz refeição com eles.'
3Então Jesus contou-lhes esta parábola:
4'Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma,
não deixa as noventa e nove no deserto,
e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la?
5Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria,
6e, chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos,
e diz: 'Alegrai-vos comigo!
Encontrei a minha ovelha que estava perdida!'
7Eu vos digo:
Assim haverá no céu mais alegria
por um só pecador que se converte,
do que por noventa e nove justos
que não precisam de conversão.
8E se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma,
não acende uma lâmpada, varre a casa
e a procura cuidadosamente, até encontrá-la?
9Quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas, e diz:
'Alegrai-vos comigo!
Encontrei a moeda que tinha perdido!'
10Por isso, eu vos digo,
haverá alegria entre os anjos de Deus
por um só pecador que se converte.'
11E Jesus continuou:
'Um homem tinha dois filhos.
12O filho mais novo disse ao pai:
'Pai, dá-me a parte da herança que me cabe'.
E o pai dividiu os bens entre eles.
13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era
seu e partiu para um lugar distante.
E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada.
14Quando tinha gasto tudo o que possuía,
houve uma grande fome naquela região,
e ele começou a passar necessidade.
15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar,
que o mandou para seu campo cuidar dos porcos.
16O rapaz queria matar a fome
com a comida que os porcos comiam,
mas nem isto lhe davam.
17Então caiu em si e disse:
'Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura,
e eu aqui, morrendo de fome.
18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe:
`Pai, pequei contra Deus e contra ti;
19já não mereço ser chamado teu filho.
Trata-me como a um dos teus empregados'.
20Então ele partiu e voltou para seu pai.
Quando ainda estava longe, seu pai o avistou
e sentiu compaixão.
Correu-lhe ao encontro, abraçou-o,
e cobriu-o de beijos.
21O filho, então, lhe disse:
'Pai, pequei contra Deus e contra ti.
Já não mereço ser chamado teu filho'.
22Mas o pai disse aos empregados:
`Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho.
E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés.
23Trazei um novilho gordo e matai-o.
Vamos fazer um banquete.
24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver;
estava perdido e foi encontrado'.
E começaram a festa.
25O filho mais velho estava no campo.
Ao voltar, já perto de casa,
ouviu música e barulho de dança.
26Então chamou um dos criados
e perguntou o que estava acontecendo.
27O criado respondeu:
`É teu irmão que voltou.
Teu pai matou o novilho gordo,
porque o recuperou com saúde'.
28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar.
O pai, saindo, insistia com ele.
29Ele, porém, respondeu ao pai:
'Eu trabalho para ti há tantos anos,
jamais desobedeci a qualquer ordem tua.
E tu nunca me deste um cabrito
para eu festejar com meus amigos.
30Quando chegou esse teu filho,
que esbanjou teus bens com prostitutas,
matas para ele o novilho cevado'.
31Então o pai lhe disse:
`Filho, tu estás sempre comigo,
e tudo o que é meu é teu.
32Mas era preciso festejar e alegrar-nos,
porque este teu irmão estava morto e tornou a viver;
estava perdido, e foi encontrado'.'
Palavra da Salvação.

O tema central da liturgia de hoje é a misericórdia.  Na primeira leitura,  Deus atende ao pedido de Moisés  e desiste da decisão de punir o seu povo que havia construído um bezerro de metal fundido, e inclinaram-se em adoração diante dele oferecendo-lhe sacrifícios.

Mas Moisés, intercede pelo seu povo que deixou o Pai de lado  estava indo atrás de ídolos.
Podemos notar que desde tempos antigos, o povo era infiel. A infidelidade não coisa somente daqueles tempos, mais também dos  nossos dias. A leitura deste trecho do Êxodo nos revela um lado interessante de Deus. O seu  lado humano. Ele fica muito chateado com o seu povo. A sua ira é tamanha que ele quer castigá-los severamente. Porém,  Moisés, com quem ele desabafa, suplica-lhe, intercedendo pelo seu povo, pede que abrande a sua ira. Deus atende a Moisés e muda de opinião e decide perdoar o povo, em consideração ao seu servo fiel, (Moisés).
            Quantos ídolos temos hoje sendo adorados pelo povo de Deus!  O celular, o computador, o videogame, o prazer, a embriagues, as compras no shopping, etc.  Levamos a nossa vida praticando idolatria, e nos esquecemos, ou não sobra nenhum tempo para  adorar o nosso verdadeiro Deus!  O bezerro de metal representa para nós hoje,  o deus do dinheiro, que muita gente acaba idolatrando. Quanta loucura se faz por causa desse ídolo! Muitos arriscam suas próprias vidas por uma mala cheia de dinheiro. Outros arriscam a sua liberdade, e a segurança dos seus familiares, há outros que arriscam o seu emprego, e outras que expõem sua virgindade e seu corpo em troca de dinheiro.

            Na segunda leitura, Paulo diz a Timóteo que Cristo veio para salvar os pecadores, dos quais ele é o primeiro. Ele  que antes blasfemava, perseguia os cristãos novos e insultava,  encontrou  a misericórdia de Deus, porque agia com a ignorância de quem não tinha fé.
            Pela misericórdia divina, Paulo foi transformado de perseguidor dos cristãos,  anunciador do Evangelho de Jesus Cristo a todos quanto ele os visitava.

EVANGELHO:


Neste Evangelho, Jesus nos apresenta as parábolas: Da moeda,  da ovelha perdida, e  do filho pródigo, nas quais Ele demonstra o quanto Deus é misericordioso.
As ovelhas perdidas representam os jovens que se perderam em caminhos outros, caminhos perigosos, tanto é que volta e meia, vemos os pais enterrando os seus filhos, o que é uma triste realidade dos nossos tempos, pois a lei natural mostra que o certo é que os filhos enterrem os seus pais primeiro.
A liturgia deste domingo nos destaca a misericórdia de Deus.
A propósito, como anda a nossa prática da misericórdia na família e na comunidade? A tarefa missionária do  cristão misericordioso não é simplesmente semear a palavra, e ao mesmo tempo fazer vistas grossas para com as injustiças, como alguns o fazem. É agir com misericórdia é perdoar, acolher, não discriminar nem excluir, mais também é denunciar. Mostrar os defeitos do nosso irmão e perdoar, esquecer, e recomeçar a vida, a amizade de novo. O perdoado também deve mudar de atitude, como fez Paulo.
Caríssimos. Com relação à parábola do filho pródigo, de que lado nós estamos? Sentimo-nos como o filho mais velho, um bom moço, porém ciumento, invejoso? Ou nós somos como o filho mais novo, sem juízo, porém arrependido? Ou ainda, somos como o pai cheio de misericórdia e de compaixão? Quem sou eu? Como sou? Misericordioso, ou invejoso?
A liturgia de hoje também nos leva a refletir sobre como anda a misericórdia na nossa sociedade.
Quais são os atos e obras de misericórdia social para com os pobres, para resgatá-los de sua condição de miséria e condição sub-humana? 
Quais são as propostas para solucionar os graves problemas sociais que assolam o  país? Ou será que continuamos arrogantes e indiferentes ao sofrimento dos excluídos?
Pensemos agora em uma coisa muito triste que anda acontecendo nas nossas famílias. Como nós temos administrado dentro de cada um de nós as dimensões de: Educador, missionário, de mãe ou de pai?  Você é um missionário, pastor do pequeno rebanho familiar, que cuida e, por isso, protege? Pai e mãe que educam com amor exigente, orientando seus filhos sobre as pedras do caminho, ou, alegando não ter mais o controle sobre os seus filhos, os deixa partir sem rumo para a vida do crime? Ou são pais que se apegam tanto a Deus, que suplicam como o fez Moisés, e também depois  se alegram e acolhem de volta os filhos arrependidos, movidos pela força da graça e da misericórdia de Deus, como na parábola do filho pródigo?
Por outro lado, é bom lembrar aqui que nunca devemos abusar da misericórdia de Deus. 
Aquele homem contou para o amigos no bar que havia ficado viúvo, que os filhos estavam todos bem encaminhados, e que ele estava tendo uma aventura muito pecaminosa... Ao contar os detalhes daquela relação, os  amigos ficaram estarrecidos! Disse a ele: E o inferno? Sabe o que ele me respondeu? Não tem problema! Depois é só confessar... 
Muito triste! Aquele homem, que na sua juventude era um santo homem, cantava no coro da igreja, comungava, rezava e seguia os ensinamentos de Cristo, foi ele que  levou seus amigos para a vida da Igreja,  de uma hora para outra ele passou a viver segundo a carne, e o pior, na idade avançada, com a desculpa de que havia ficado viúvo.
Vamos procurar esse nosso amigo e fazer de tudo para trazê-lo de volta, pois ele é uma ovelha que se perdeu. Disse um daqueles referidos amigos do bar.
Abusar da misericórdia de Deus, é pecar de forma planejada, ou seja, pecar pensando em  confessar-se depois. Fazer o mal contando com o perdão de Deus. Desviar do caminho de Deus, dizendo: É só por uns tempos, depois eu volto para Deus... Não tem problema! Depois é só se confessar, como disse aquele homem.
Deus em sua infinita misericórdia, com certeza não vai nos ignorar, principalmente se nos arrependermos de verdade. Porém, precisamos evitar atos de abusos da sua misericórdia.
Como podemos ver, durante a nossa existência, pode acontecer que abandonamos o nosso Deus e fabricamos ídolos e começamos adorá-los...  E as causas dessa debandada da casa do Pai, ou afastamento da presença de Deus, são diversas: Pode ser a idade, alguma decepção ou desgraça que nos acontece, ou pode ser  principalmente a influência daqueles amigos descrentes e indiferentes a Deus.  E isso hoje é o que não falta. Principalmente entre os jovens.
Prezado irmão, prezada irmã. Se você está atravessando uma faze ruim em sua fé, se construiu um ídolo e o colocou no lugar de Deus, e se em vez da sonhada liberdade o que você conseguiu foi mais infelicidade, não desanime. Confie na misericórdia de Deus, procure um sacerdote e ele vai trazer você de volta para Deus, e garanto que será uma volta definitiva. Certamente você nunca mais vai querer pegar a sua parte da herança e sumir no mundo gastando tudo, principalmente a sua saúde.  Você agora está consciente do amor do Pai, consciente de que LONGE DE DEUS A FELICIDADE É FALSA E ACABA NUM PISCAR DE OLHOS!

Vai e faça o mesmo. Um bom domingo. José Salviano



Um comentário:

  1. Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo, Adélio Francisco) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo continue iluminando a todos. Abraços fraternos.

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