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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

A ALEGRIA DE ENCONTRAR O QUE SE PERDERA – Maria de Lourdes Cury Macedo


Domingo, 15 de setembro de 2019.

Evangelho de São Lucas 15,1-32.

A liturgia de hoje nos apresenta três parábolas chamadas de ‘parábolas da misericórdia’ elas contêm o ensinamento de Jesus – o amor e a misericórdia do Pai. A misericórdia divina é apresentada como a força que tudo vence, enche o coração de amor e consola com o perdão.
Jesus tinha muita compaixão e misericórdia dos pecadores, porque eram excluídos, marginalizados! Jesus acolheu os cobradores de impostos, odiados pelo povo, e os pecadores que se aproximaram dele para ouvi-Lo, admirados com suas palavras e se mostravam simpáticos com seus ensinamentos. Ao contrário os fariseus e doutores da lei se mostravam inimigos hostis com Jesus, mas de maneira bem disfarçada. Não se sentiam pecadores, mas puros, sem pecados...  eles criticavam Jesus por acolher os pecadores e comer com eles. Todos estavam voltados para Jesus, uns com olhar de interesse, de aproximação, outros preocupados em ver em suas atitudes, erros, imprudência e contradições.
Para explicar os motivos de sua bondade e misericórdia para com os pecadores, ele contou três parábolas. Sua intenção é lembrar que Deus é misericordioso, compassivo e deseja a salvação de todos. Nessas parábolas Jesus apresenta-nos a bondade imensa de seu coração, o espírito de caridade que veio trazer para todos nós, para a humanidade toda e da alegria em encontrar o que estava perdido.
Jesus dá exemplo da ovelha para comparar com as pessoas que andam no pecado, porque a ovelha tem muito pouco sentido de orientação, se ela se perde, se afasta do rebanho, terá dificuldades para reencontrá-lo. Dificilmente achará o caminho de volta e estará sujeita a muitos perigos, pode ser presa fácil para um lobo, ou cair num buraco e não conseguir sair. A ovelha perdida precisará muito dos cuidados do pastor para defendê-la e conduzi-la novamente para o rebanho.
Com o exemplo da ovelha, Jesus queria dizer que nós somos fracos, facilmente nos perdemos e corremos perigo. Ele veio para nos trazer a salvação, para nos conduzir ao rebanho do qual ele é o único Pastor. Jesus veio ao mundo para salvar os que se haviam perdido. Para que todos percebessem o amor que Ele tem por nós, Jesus se compara ao pastor que deixa o rebanho e vai à procura da ovelha que se desgarrou. E quando encontra a ovelha desgarrada, perdida, sofrida, doente, chorando, fica muito feliz, faz festa, conta para todos os vizinhos que encontrou a ovelha perdida. Ele deixa claro que fica muito alegre em recuperar a que estava perdida, sua alegria é maior do que o interesse por aquelas que permaneciam no rebanho, em segurança.
Assim deve ser a atitude do apóstolo cristão, que trabalha num rebanho numeroso, unido e fiel, não deve desprezar a mais simples e pequena ovelha, que fugiu ou se perdeu e sim trabalhar para conduzi-la de volta a Deus, porque Deus misericordioso não quer que nenhuma ovelha se perca. Jesus ensina o que Ele faz por uma ovelha que se transviou e dá a lição a todos: que a ovelha desgarrada tenha a mesma sorte daquelas que permanecem no rebanho. A segurança da ovelha estava na mão do pastor.
Jesus nos compara também a uma moeda. Jesus lembra que conservar uma moeda está nas mãos de quem a possui, ela pode valer pouco, mas tem seu valor e faz falta pra quem a perdeu. Tanto na parábola da ovelha como da moeda, Jesus quer deixar claro que a alegria é muito grande quando um pecador se converte e volta para Deus.
A terceira parábola é do filho que se extraviou. Nela aparecem três personagens: o pai, o filho mais velho e o filho mais novo.  Jesus conta que o filho mais novo decidiu tomar seu próprio rumo, abandonou a família e foi aventurar-se pelo mundo desconhecido.  Esbanjou toda sua herança, arrependido volta para o pai para pedir-lhe perdão. O pai o recebe de braços abertos, se alegra e faz festa, porque aquele que estava perdido foi encontrado, estava morto e reviveu. A alegria do reencontro com o pai é infinitamente superior ao pecado cometido. Reencontrou-se com o pai e com ele mesmo. O irmão mais velho enciumou-se do tratamento que o pai deu ao filho convertido, na verdade esse irmão é que mais precisava de conversão, não havia experimentado o perdão do pai, pois se julgava bom, justo...
Nós também podemos ter características dos dois filhos, ora nos desviamos dos planos do Pai, caímos na infelicidade, mas tomando consciência do erro, voltamos arrependidos pedindo perdão. Ora nos achamos perfeitos, cumpridores fiéis da lei, mas nos mostramos ciumentos, intolerantes e não reconhecemos nos nossos irmãos o arrependimento, não somos solidários com eles.
Jesus nos dá uma clara demonstração do enorme amor e misericórdia de Deus por cada um de nós. Somos ovelhas, moedas,  filhos ingratos, ciumentos, rebeldes, mas acima de tudo, é preciso lembrar que somos amados e queridos por Deus. Por isso Jesus diz que haverá muita alegria no céu por um pecador que se converteu. Isso não quer dizer que Deus ama menos aqueles que lhe foram fiéis. Deus acolhe com amor todos que dele se aproximam e isso é motivo de festa e alegria.
A misericórdia de Deus, sua bondade infinita nos leva à festa do perdão com nosso próximo e conosco também, porque todos somos pecadores precisamos de reconciliação, todos os dias. Que Deus tenha misericórdia de nós e de todos que ainda resistem em voltar para o Pai, que é amor, alegria e perdão.

Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes



Um comentário:

  1. Eu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo, Adélio Francisco) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo continue iluminando a todos. Abraços fraternos.

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