12 de julho -- Quarta - Evangelho - Mt 10,1-7
Bom
dia!
A
didática de Jesus é a prova clara que capacitação, vivência, oração e
oportunidade podem fazer algo sair do chão e se edificar. Einstein disse um dia
uma frase que foi imortalizada pelos cristãos de nossa época: “Deus não escolhe
os capacitados; capacita os escolhidos”!
Jesus
escolheu pessoas simples, talvez pra dizer a nós “estudados” que a sabedoria
não se encontra em livros de faculdade ou bibliotecas, mas sim no contato
simples com as pessoas que vêem chuviscos onde vemos tempestades; que comem
apenas feijão e farinha e mesmo assim dão Glórias a Deus por estarem vivas; que
são zombadas, criticadas quando fazem suas “rezas e novenas” pra chuva chegar e
se não vem mesmo assim agradece.
“(…)
Que diremos depois disso? Se Deus é por nós, quem será contra nós”? (Romanos 8,
31)
Fico
a imaginar a nossa fé sem André, que acreditava em João Batista e apresentou
Pedro a Jesus (João 1, 41); Imagino a nossa igreja sem Tiago, que tomava conta
das igrejas enquanto Pedro percorria a região; ou Felipe que na Santa Ceia
consolidou um pedido: a nossa esperança nas mãos de Deus (João 14, 8).
Estes
que citei foram “coadjuvantes” dos “grandes” apóstolos. Desempenhavam um
trabalho singelo e silencioso. Acredito que nenhum deles tenha se proposto a
fazer algo que não tinham a capacidade de fazer.
Uma
dura verdade: nossa fraqueza humana nos atrai a holofotes, brilhos, vaidades,
tapinhas nas costas, (…). Não vi em nenhuma passagem da bíblia, Jesus
ostentando sabedoria ou poder e esse fato intriga alguns estudiosos ao ponto de
alguns não acreditarem que Jesus realmente ter existido, pois todo homem tem
seu lado previsível e Jesus contradizendo o previsível conseguia ser o senhor
do improvável. Batiam em sua face. Esperava-se uma resposta áspera, dura ou um
troco e Ele olhava nos olhos do seu algoz e relevava; entre outras.
Em
nossas comunidades temos dificuldade em falar com os “grandes astros”. Pessoas
que não cantam nas missas e sim fazem shows; não cantam, “se esgoelam”; não
fazem comentários, e sim homilias; se pudessem, pediriam pro padre ir embora e
eles (as) mesmo “fariam” a missa (…). Vejo também com tristeza a banalização da
fé cristã em cultos na TV e como as pessoas por desespero se apegam e confiam
em pessoas e aos poucos Deus fica em segundo plano.
“(…)
Digo, pois: deixai-vos conduzir pelo Espírito, e não satisfareis os apetites da
carne. Porque os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes aos da
carne; pois são contrários uns aos outros. É por isso que não fazeis o que
queríeis”. (Romanos 8, 31)
Jesus
sai mais uma vez a procura de apóstolos. Talvez você, eu, nós não tenhamos o
dom de cantar, falar em público, anunciar; mas Jesus conhece profundamente
nosso coração e deste coração quer usar para consolar, amar, resgatar, servir
aos outros ou de ser um pé de bode em prol de algo maior: “(…) procurem as
ovelhas perdidas do povo de Israel. Vão e anunciem isto: “O Reino do Céu está
perto.”.
Em
suma…
“(…)
Nós devemos ter sempre a convicção de que, se fomos chamados para trabalhar no
Reino de Deus, foi Jesus quem nos chamou. Outras pessoas podem até ter
participado deste chamado, mas forma instrumentos nas mãos de Jesus para que
esse chamado acontecesse. E porque foi Jesus quem nos chamou, é da obra dele
que participamos. Não temos o nosso próprio projeto e nem participamos de
projetos de outras pessoas, mas na verdade, nos inserimos no projeto do próprio
Jesus. Com isso, não realizamos a nossa obra, mas a obra daquele que nos chamou
e não agimos pelo nosso próprio poder, mas agimos pelo poder daquele que nos
chamou e nos enviou para a realização do seu projeto de amor”. (reflexão
proposta pelo site da CNBB)
Um
imenso abraço fraterno.
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