13 de julho -- Quinta - Evangelho - Mt 10,7-15
Bom
dia!
Aonde
esta o reino de Deus? Aonde e por onde já o procuramos? Li certa vez numa
camiseta a seguinte frase: “dinheiro não é tudo, é 100%”. Vai saber se é mesmo?
“(…)
Porque nada trouxemos ao mundo, como tampouco nada poderemos levar. Tendo
alimento e vestuário, contentemo-nos com isto. Aqueles que ambicionam
tornarem-se ricos caem nas armadilhas do demônio e em muitos desejos insensatos
e nocivos, que precipitam os homens no abismo da ruína e da perdição. Porque a
raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela cobiça, alguns se
desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições”. (I Timóteo 6, 7-10)
O
que é o dinheiro se não temos a paz para gastá-lo?
Precisamos
muito do dinheiro para pagar nossas contas e manter nosso padrão de vida e a
nossa qualidade de vida, mas ele não nos visita, não nos consola, não nos alegra
no dia da tristeza. Vi certa vez na internet um homem que ganhou milhões de
dólares na loteria, no entanto hoje tenta recuperar o velho emprego de gari.
Assistindo
um documentário do History Channel sobre o paradeiro da arca da aliança os
pesquisadores e arqueólogos não descartam a possibilidade que ela, por ser
feita de madeira possa ter se desmanchado com o tempo, sobrando apenas o ouro
que a revestia.
A
arca carregava as tábuas da Lei, que eram de pedra, onde Moisés apresentou ao
povo os dez mandamentos. Poderia então tamanho tesouro virado pó junto com a
madeira? O que havia de mais precioso lá, as tábuas ou a mensagem?
Do
êxodo até os dias atuais, em que momento de nossas vidas não usamos como
referência os dez mandamentos? Na criação dos nossos filhos eles estão, nos
direitos e deveres públicos eles estão lá também, no entanto o ouro não está.
Precisamos
nos empenhar ainda mais a levar a mensagem de um reino de Deus que “paira”
sobre nós, mas que insistimos em não ver. Que o dinheiro, as posses, os bens
devem ser os adornos e não a vestimenta. Que a busca da felicidade não pode
estar condicionada a se acertar na loteria, em ser milionário, (…).
Quem
nunca sonhou estar de férias no caribe, na Europa, em Nova York com toda a
família, num hotel de luxo numa praia paradisíaca digna de um filme de
Hollywood? Como sonhar é bom! Por que então não acrescentamos nesses sonhos que
temos a paz, o sorriso de nossos filhos, a presença dos nossos amigos? O ouro
pode estar também na realidade que vivemos, esteja acontecendo num fundo de um
quintal ou numa laje sem cobertura.
Se
recebermos de coração aberto a paz ela será convidada a ficar, com dinheiro ou
sem dinheiro! “(…) Que a paz esteja nesta casa! Se as pessoas daquela casa
receberem vocês bem, que a saudação de paz fique com elas”.
O
que me impressiona é nossa vontade de construir patrimônio e se esquecer dos
alicerces que de fato nos sustentam para poder usufruir da conquista. E quanto
a questão de onde estaria o reino de Deus… Se de fato as tábuas viraram pó é
bem provável que elas até hoje estão no ar, ao nosso redor, sobre nós, sobre os
irmãos…
Encontrou?
A mensagem sobrevive ao tempo. É ela o verdadeiro patrimônio contido na arca da
aliança.
Fecho
esse texto com a reflexão proposta pelo site da CNBB, para esse mesmo texto, no
ano passado:
“(…)
A vida de quem é discípulo de Jesus consiste em fazer as obras do reino de Deus
para manifestar a sua presença no meio dos homens. É deixar de lado as suas próprias
obras para que, como enviado por Jesus, realize as obras de Deus. Para que isso
seja possível, o discípulo de Jesus não deve colocar a sua confiança nos bens
materiais, mas em Deus, que tudo proverá para que a sua obra seja coroada de
êxito. Com essa confiança em Deus, o discípulo de Jesus deve procurar estar
atento a tudo o que acontece ao seu redor, para que não perca nenhuma chance de
fazer o bem aos que necessitam dele e possa ser, também, um promotor da paz”.
A
exemplo de São Barnabé, nos empenhamos em levar a notícia que muda a vida
verdadeiramente. O que levar? o que é importante.
Um
imenso abraço fraterno.
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