11 de julho -- Terça - Evangelho - Mt 9,32-38
Bom
dia!
Inicio
essa reflexão com um pensamento bem particular: os discípulos de Jesus são
conhecidos pelo amor uns aos outros e aos que mais precisam e por eles superam
as pressões e os entraves da vida em comunidade.
“(…)
O discípulo nasce pelo fascínio do encontro com Cristo e se desenvolve pela
força da atração que permanece na experiência de comunhão dos discípulos de
Jesus. ‘A Igreja cresce, não por proselitismo, mas ‘por atração: como Cristo
atrai tudo para si com a força de seu amor’. A Igreja atrai quando vive em
comunhão, pois os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos
outros como ele nos amou’“. (CNBB – Documento 87, §89)
Vivemos
tempos onde as pessoas não querem mais se responsabilizar umas pelas outras.
Tenho “compromissos cristãos” bem definidos, ou seja, participo das celebrações
e de uma pastoral ou movimento, ou ajudo nas festas ou ajudo no recolhimento e
entrega de materiais de primeira necessidade como roupas, alimentos, (…).
Graças a Deus, desses operários a igreja esta bem suprida, mas novos campos
precisam ser roçados (internet, livros, CDs, DVDs,…); novos campos precisam ser
cuidados (juventude, promoção humana, política, relações sociais, comunicação…)
e reconquistar campos abandonados (família, filhos, casamento, amor ao
próximo).
O
operário que precisamos hoje na messe é extremamente capacitado por Deus, mas
muitas vezes pouco utilizado ou aproveitado por nós, às vezes por mera vaidade
ou “medo de perdermos o espaço”. Aos pastos repletos de lobos Jesus envia os
mais experientes ficando assim o cuidar do rebanho para os que foram ensinados
pelo pastor. Mas tenho uma pergunta: onde estão eles?
Muitos
pararam no caminho em virtude das perseguições dos próprios filhos de Deus que
existem em toda comunidade. Pessoas que por imaturidade e frustrações pessoais
“abraçam” a igreja como local para realizarem suas necessidades de ser
reconhecido e poder “mandar” em alguém.
Não
estou falando nenhuma coisa que não saibamos ou que não vivamos em nossas
comunidades; padres nos seminários sofrem com isso também. Não é um conforto,
mas se até Jesus teve que enfrentá-los, por que nós não teríamos?
A
proposta da CNBB para o evangelho de hoje é bem nesse foco: Dizer para cada um
que pensou em desistir a continuar lutando pelo reino de Deus
“(…)
Existem pessoas que vivem chorando pelos cantos por causa das ofensas e
calúnias das quais são vítimas no trabalho evangelizador. O Evangelho de hoje
nos mostra que não deve ser essa a atitude dos discípulos de Jesus. Quando
Jesus realiza a expulsão de um demônio, é caluniado, pois afirmam que é pelo
poder do mal que ele faz exorcismos. Jesus simplesmente continua a sua
caminhada, preocupando-se com o sofrimento e as dores de todos os que encontra
pelo caminho e fazendo o bem a todos, olhando a todos com compaixão e
preocupando-se porque são como ovelhas que não têm pastor. Assim também devemos
ser nós, não devemos viver preocupados com as calúnias que nos são dirigidas,
mas sim preocupados em fazer o bem”. (proposta do site da CNBB)
Por
que é que mesmo lendo isso ainda me calo, fujo ou desisto?
“(…)
Quando Jesus viu a multidão, ficou com muita pena daquela gente porque eles
estavam aflitos e abandonados, como ovelhas sem pastor”.
Se
me calo, desisto ou “entrego os pontos” o mundo vai aos poucos parar de ouvir
meus valores, preceitos e no que acredito. Se parar de acreditar, de denunciar,
de aprender é sinal que o mundo conseguiu me mudar.
Não
ligue para aqueles que ficam procurando defeitos no seu trabalho. Faça sim uma
reflexão permanente se algo do que falam é verdade, no entanto, entendendo e
verificando que o motivo da crítica é a inveja ou dor de cotovelo, bata o pé e
continue.
Rezemos
para que os filhos de Deus não se persigam.
Um
imenso abraço fraterno.
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