DIA 14 - SEGUNDA - Evangelho - Jo 12,1-11
Iniciamos hoje a Semana Santa. Semana na qual celebramos a centralidade
da nossa fé que tiveram início na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, ou
seja, a Paixão – subida de Jesus Cristo ao Monte Calvário, Morte e Ressurreição
de Jesus Cristo para a nossa salvação; para nos resgatar das mãos do demônio, e
nos transferir para o mundo da luz, para a liberdade dos filhos de Deus. Jesus
morre na Cruz para reconciliar o homem com Deus. É a semana da nossa
reconciliação com Deus. É a semana da vitória da vida sobre a morte. Do pecado
sobre a graça. Quando os fiéis são batizados, aplica-se a cada um deles os
efeitos redentores da Morte e Ressurreição de Cristo. Por isso, o cristão
católico convicto celebra com alegria a cada função litúrgica da Semana Santa
que começa hoje e termina na celebração do Tríduo Pascal e da Páscoa.
Assim recomenda a Santa Mãe Igreja que
todos os seus filhos se confessem para que correndo com Cristo no pecado possam
com Ele ressuscitar, na madrugado do Domingo da Páscoa para a vida eterna.
O tempo da Quaresma se prolonga até a
Quinta-feira da Semana Santa. A Missa Vespertina da Ceia do Senhor é a grande
introdução ao Santo Tríduo Pascoal. O Tríduo Pascual tem início na Sexta-feira
da Paixão, prossegue com o Sábado de Aleluia, e chega ao ponto mais alto na
Vigília Pascual terminando com as Vésperas do Domingo da Ressurreição.
No Evangelho proposto neste primeiro dia
as Semana Santa é o de Jesus que volta a Betânia seis dias antes da Páscoa para
manifestar o seu amor e carinho pelos amigos.
Comove ver como o Senhor tem esta
amizade, tão divina e tão humana, que se manifesta num convívio freqüente.
Nesta visita de Jesus à Lázaro, Maria e Marta, vejo-me também na condição de
acolher e receber Jesus em minha casa e vida. Jesus me vem visitar hoje eu
quero recebê-lo com o coração aberto, alegre e agradecido por merecer sua
amizade e confiança, assim como sempre foi muito bem recebido por Lázaro, Marta
e Maria, em qualquer dia e a qualquer hora, com alegria e afeto. Como havia
grande respeito, atenção e caridade entre eles assim me comprometo fazer.
São milhares aqueles que negam
hospedagem para Cristo Jesus em seus corações, mas escancara-os para o mundo e
suas vaidades; esses vivem com a alma cheia de vícios: a alma, sem a presença
de seu Deus e dos anjos que nela jubilavam, cobre-se com as trevas do pecado,
de sentimentos vergonhosos e de completa ignomínia. Ai da alma se lhe falta
Cristo, que a cultive com diligência, para que possa germinar os bons frutos do
Espírito! Deserta, coberta de espinhos e de abrolhos terminará por encontrar,
em vez de frutos, a queimada. Ai da alma, se seu Senhor, o Cristo, nela não
habitar! Abandonada, encher-se-á com o mau cheiro das paixões, virará moradia
dos vícios” diz São Macário.
Era costume da hospitalidade do Oriente
honrar um hóspede ilustre com água perfumada depois de se lavar. Mas mal se
sentou Jesus, Maria tomou um frasco de alabastro que continha uma libra de
perfume muito caro, de nardo puro. Aproximou-se por detrás do divã onde estava
recostado Jesus e ungiu os seus pés e secou-lhes com os seus cabelos: Trata-se
de Maria Madalena que, pela segunda vez, unge o corpo santíssimo do nosso
divino Salvador.
O nardo era um perfume raríssimo, de
grande valor, que ordinariamente se encerrava em pequenos vasos de boca
estreita e apertada. Quebrar este vaso e derramar o conteúdo sobre a cabeça de
alguém, era, entre os antigos, sinal de grande honra e distinção.
Maria ofereceu o melhor para Cristo
Jesus. Ela não ofereceu um perfume barato, e sim, o melhor e o mais caro. E tu
o que tens oferecido ao teu Senhor?
Façamos também nós o mesmo; ofereçamos
para Nosso Senhor aquilo que temos de melhor e precioso: o melhor cálice, a
mais bela patena, o mais piedoso ostensório, os melhores paramentos, a nossa
vida, tudo o que somos e temos. Pois, todo o luxo, majestade e beleza são
poucos, perante a tamanha grandeza de Jesus no Mestre.
Acolhendo o mistério redentor de Cristo
e sua Palavra, meditando os acontecimentos da nossa redenção, só poderemos
crescer na alegria e na paz do Deus que nos ofertou sua vida. Deixemos, pois
que o Espírito de Deus tome conta de nossa existência, para que sejamos conduzidos
à eterna alegria da salvação e da ressurreição.
Acolhendo o Mistério Central da nossa fé
desejo boa Semana Santa para ti e a toda a tua família.
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