Sábado, 19 de abril de 2014
Sábado Santo
Santos do Dia: Crescêncio de Florença (diácono), Elfege de Winchester (bispo, mártir),
Jorge de Antioquia (bispo, mártir), Geraldo de Einsiedeln (eremita),
Hermógenes, Aristônico, Galácio, Caio, Expedito e Companheiros (mártires de
Melitene, na Armênia), Leão IX (papa), Pafnúcio de Jerusalém (presbítero,
mártir), Sócrates e Dionísio (mártires da Panfília), Timão (um dos sete diáconos
citados em At 6,5), Ursmar de Lobbes (abade, bispo), Vicente de Collioure
(mártir).
Primeira leitura: Gênesis 1, 1-31; 2, 1-2.
Deus viu tudo quanto havia feito e eis que tudo era muito bom.
Salmo responsorial: 103, 1-2.5-6.10.12-14.24.35.
Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
Segunda leitura: Gênesis 22, 1-18.
O sacrifício de nosso pai Abraão.
Salmo responsorial: 15,5.8-11.
Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio.
Terceira leitura: Êxodo 14,15 - 15,1.
Os filhos de Israel entraram pelo meio do mar a pé enxuto.
Salmo responsorial: Êxodo 15,1-6.17-18.
Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!
Quarta leitura: Isaías 54, 5-14.
Com misericórdia eterna, eu o teu Senhor, compadeci-me de ti.
Salmo responsorial: 29, 2.4-6.11-13.
Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!
Quinta leitura: Isaías 55, 1-11.
Vinde a mim, ouvi e tereis vida; farei convosco um pacto eterno.
Salmo responsorial: Isaías 12, 2-6.
Com alegria bebereis do manancial da salvação.
Sexta leitura: Baruc 3,9-15.32-4,4.
Marcha para o esplendor do Senhor.
Salmo responsorial: 18, 8-11.
Senhor, tens palavras de vida eterna..
Sétima leitura: Ezequiel 36,16-17a.18-28.
Derramarei sobre vós uma água pura e dar-vos-ei um coração novo.
Salmo responsorial: 41, 3.5; 42,3-4.
A minh’alma tem sede de Deus.
Epístola: Romanos 6,3-11.
Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais.
Salmo responsorial: 117, 1-2.16-17.22-23.
Aleluia! Aleluia! Aleluia!.
Evangelho: Mateus 28, 1-10.
Ele ressuscitou e vai à frente para a Galiléia
Deus viu tudo quanto havia feito e eis que tudo era muito bom.
Salmo responsorial: 103, 1-2.5-6.10.12-14.24.35.
Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
Segunda leitura: Gênesis 22, 1-18.
O sacrifício de nosso pai Abraão.
Salmo responsorial: 15,5.8-11.
Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio.
Terceira leitura: Êxodo 14,15 - 15,1.
Os filhos de Israel entraram pelo meio do mar a pé enxuto.
Salmo responsorial: Êxodo 15,1-6.17-18.
Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!
Quarta leitura: Isaías 54, 5-14.
Com misericórdia eterna, eu o teu Senhor, compadeci-me de ti.
Salmo responsorial: 29, 2.4-6.11-13.
Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!
Quinta leitura: Isaías 55, 1-11.
Vinde a mim, ouvi e tereis vida; farei convosco um pacto eterno.
Salmo responsorial: Isaías 12, 2-6.
Com alegria bebereis do manancial da salvação.
Sexta leitura: Baruc 3,9-15.32-4,4.
Marcha para o esplendor do Senhor.
Salmo responsorial: 18, 8-11.
Senhor, tens palavras de vida eterna..
Sétima leitura: Ezequiel 36,16-17a.18-28.
Derramarei sobre vós uma água pura e dar-vos-ei um coração novo.
Salmo responsorial: 41, 3.5; 42,3-4.
A minh’alma tem sede de Deus.
Epístola: Romanos 6,3-11.
Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais.
Salmo responsorial: 117, 1-2.16-17.22-23.
Aleluia! Aleluia! Aleluia!.
Evangelho: Mateus 28, 1-10.
Ele ressuscitou e vai à frente para a Galiléia
A vigília pascal tem início com a
experiência do fogo novo e a luz que com este fogo vai iluminando, pouco a
pouco, o recinto sagrado. Nossa historia foi uma historia de trevas e de morte,
uma historia que parece não poder ver um caminho de saída. Porém, da tumba
vazia surge a luz, da morte surge o fogo-luz que anuncia que podemos crer na
vida, que podemos encontrar o caminho em meio à obscuridade, que a morte não é
a última palavra para o homem. Pelo fogo novo, pela luz do Círio Pascal, pela
lua cheia que ilumina o firmamento nessa noite pascal, começamos a experimentar
em nossa vida as consequências da Ressurreição de Jesus.
As leitura nos conduzem desde a
experiência da criação até a tumba vazia, porque Ressurreição é agradecer os
precisos dons gratuitos de Deus que rodeiam nossa existência. É viver como o
povo de Israel, a experiência da saída da escravidão à liberdade, uma
experiência que passa pelo contato coma água do Mar Vermelho e para nós pela
águas batismais; um caminho guiado pela coluna de fogo e pela nuvem que conduz
a Israel da experiência de morte para a experiência de vida.
A Bênção do fogo novo
No meio das trevas do pecado e da
morte, a bênção do fogo novo tem como finalidade proporcionar a chama para acender
o círio pascal, que representa Cristo Ressuscitado. À medida que o círio
avança, vai se iluminando o templo, e da chama do círio vão se acendendo as
velas dos presentes no templo; dissipam-se as trevas quando se propaga a
salvação a partir do Ressuscitado. O Círio Pascal permanecerá todo o ano no
templo, como símbolo memorial da celebração pascal.
A Proclamação da Ressurreição
O canto do Pregão pascal (Exultet), é o ponto culminante da
liturgia da luz. Nele se proclama a propagação da luz no mundo que dissipa as
trevas do pecado, guia os hebreus na saída do Egito, volta aos homens a graça,
devolve a inocência aos caídos e aos tristes a alegria, desterra os ódios,
prepara a concórdia e dobra o orgulho.
A liturgia da Palavra
As diferentes leituras do Antigo
Testamento permitem contemplar através da historia de Israel como se propagou a
luz salvífica desde a criação. Estas leituras nos lembram também que a historia
da salvação é nossa própria historia também que a historia da salvação é nossa
própria historia e exortam ao compromisso de todos e de cada um com esta
historia.
Primeira leitura: Gênesis 1,1-2,2a: A Criação
O primeiro relato da criação. Toda a
criação é obra do amor de Deus Pai que quis preparar para o homem um lugar
bonito e adaptado à sua dignidade de imagem de Deus. Ao ser humano lhe
corresponde o compromisso de continuar e conservar a criação.
Desde nossa sensibilidade ecológica
atual, esta leitura deveria assumir, de alguma maneira, toda a inabarcavel
visão que a ciência nos deu sobre a natureza. Uma boa projeção que percorra as
etapas do desenvolvimento da cosmogênesis (há muitas e facilmente localizadas
na internet), pode substituir com vantagem a simples proclamação oral desta
leitura. Também se pode substituir, com vantagem, devidamente justificada, a
substituição ante o público, pela leitura da página neobíblica «Génesis 1,
narrado hoy», de Manuel Gonzalo
(http://servicioskoinonia.org/neobiblicas/articulo.php?num=022).
Segunda leitura: Gênesis 22,1-18: O
Sacrifício de Isaac
A Leitura da salvação de Isaac nos
coloca frente às exigências da experiência de fé de Abraão: aceitar que somente
Deus sabe como dirige a historia de salvação. Da mesma maneira que para o povo
de Israel, para nós nossa historia se funda única e exclusivamente na vontade
daqule que livremente dispõe da historia e em virtude dessa liberdade deixou
Isaac viver.
Terceira leitura: Êxodo 14,15-15,1 – A
passagem do Mar Vermelho
Os israelitas eram escravos no Egito,
eram um povo submetido a outro povo. Porém, Deus viu a miséria e os sofrimentos
do povo, escutou seus clamores e lhe abriu um caminho de salvação ao povo
escravo e salvou-o do poder do faraó.
Quarta Leitura: Isaías 54,5-14: O Senhor te ama com misericórdia eterna.
O profeta Isaías descreve com belas
figuras uma vida nova, essa nova criação que Deus Pai levou à plenitude em seu
Filho Jesus ressuscitado.
O Canto do Glória
A alegria da comunidade pela
ressurreição do Senhor se expressa com o hino do Gloria, hino de ação de graças
que o povo entoa ao mesmo tempo que ressoam os sinos do templo e volta a
escutar a sua música. Com o canto dos anjos estamos confessando que Jesus, o
Messias eu foi crucificado, continua vivendo porque foi ressuscitado por Deus,
que o glorificou para sempre.
Epístola, Romanos 6,3-11: Cristo, uma vez ressuscitado já não morre mais.
Na carta aos Romanos, o apóstolo Paulo
nos mostra que pelo batismo também o cristão passa da morte à vida. Esse
mistério pascal de Jesus, mistério de morte e ressurreição é nosso próprio
mistério, porque o cristão, mediante o batismo, está morto ao pecado e vivo
para Deus. Em Cristo Jesus o cristão vive o mistério de Cristo morto e
ressuscitado cada dia nos momentos de tristeza e alegria, de enfermidade e
saúde, quando pecamos e sentimos que Deus Pai nos acolhe com misericórdia. Nós
o vivemos especialmente nos sacramentos. Cada sacramento que recebemos é uma re-atualização
do mistério pascal e isto o vemos muito claramente no texto de Romanos que
acabamos de escutar.
Salmo 117,1-2.16-17.22-23
Somente sentimentos de gratidão a Deus
são experimentados ao considerar sua obra em Jesus Cristo. A pedra angular do
templo de Jerusalém reconstruído, foi pedra de escândalo. Agora um universo
novo construído sobre a pedra angular, Cristo, se estabeleceu no dia em que
Jesus ressuscitou.
Evangelho: Lucas 24,1-12:
Não está aqui, ressuscitou.
A narrativa da tumba vazia do Evangelho
de Lucas coloca na boca dos anjos vestidos de branco, o significado da
ressurreição de Jesus para as mulheres que foram ao sepulcro ao amanhecer do
primeiro dia da semana e par todos nós: não podemos buscar Jesus entre os
mortos, porque está vivo, no meio de nós.
Somente nos corresponde descobrir o
rosto de Jesus nas milhares de pessoas que passam pela rua, nas crianças
tristes e desnutridas, nas mulheres que necessitam de um pedaço de pão para
elas e seus filhos; no homem malcheiroso que está a nosso lado no templo, em
todos os homens e mulheres que por diferentes caminhos buscam a Jesus.
A tumba vazia não é uma prova da ressurreição
de Jesus, mas a pergunta que somente terá resposta quando se consegue viver a
experiência de Jesus ressuscitado.
Os apóstolos não acreditaram no que as
mulheres lhes narraram. Entre os judeus, as mulheres não eram pessoas em quem
se podia acreditar: muita mulher, muita mentira afirmava-se entre os judeus.
Enquanto haviam vivido a experiência de Jesus vivo, Pedro comprova que a tumba
está vazia, fica assustado, porém não conseguiu viver a experiência pascal.
A Liturgia Batismal
Que melhor ocasião para ser incorporado
a Cristo e para fazer memória de nossa incorporação a ele, que a vigília
pascal? A Vigília Pascal é também celebração batismal: celebramos os batismos,
renovamos as promessas batismais.
Neste momento temos que ter na mente a
melhor explicação do batismo que se pode dar. A que nos oferece o apóstolo
Paulo na epístola aos romanos, lida na liturgia da Palavra, ma vigília. Paulo
nos mostra que ser batizado significa passar com Cristo da morte para a vida e
assinala as consequências éticas desta confirmação com o destino histórico de
Cristo: se morremos com Cristo, já não devemos mais pecar, pois entramos em uma
nova vida.
A liturgia Eucarística
Com os sentimentos de alegria que nos
comovem, partilhamos a Eucaristia, por meio da qual realizamos o mandamento que
recebemos do Senhor de fazer memória dele: Fazei
isto em minha memória.
A lembrança que agora fazemos de Jesus,
o Senhor, não consiste na pura evocação de uma historia perdida no passado.
Recordar agora significa para nós fazer a experiência da vida nova: Jesus,
ainda que morto, vive para sempre. Jesus, assim ressuscitado, está vivo em
Deus, o Pai, no meio de todo o cosmos. Cada vez que partilhamos este pã e este
cálice, como irmãos, queremos comungar com a vida que ele vive e que ele quer
também para todos e para sempre.
No hemisfério norte, ao qual pertence o
cenário da vida histórica de Jesus, a
primavera chega agora à sua plenitude: estamos no que se chama o equinócio da
primavera. A celebração da ressurreição de Jesus tem por isso sabor de
primavera, água fresca, brotos que surgem por toda parte nas plantas; o odor
das flores de todas as cores. A natureza oferece também ela a impressão de um
mundo no qual começa a germinar a vida nova. A celebração da ressurreição de
Jesus tem lugar também no dia de lua cheia: e a festa da luz.
Com os cristãos de todos os tempos
queremos ver amanhecer nesta data o projeto de Jesus de Nazaré, que é o
evangelho. Deus é o fundamento da permanência da vida ainda que a partir da
morte, de uma forma que não conhecemos e que não podemos expressar.
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