QUARTA
FEIRA DO TEMPO PASCAL07/05/2014
1ª
LeituraAtos 8, 1b -8
Salmo88
(89) "Cantarei, eternamente a bondade do Senhor"
Evangelho
João 6, 35-40
Ás
vezes quando vamos a alguma festa de poucos convidados, nunca comemos á vontade
e quando chegamos em casa, pode até ser tarde da noite se for um Jantar,
acabamos assaltando a geladeira porque por vergonha comemos pouco e não
saciamos a fome. Quando vou a uma festa assim, e tenho liberdade de brincar com
meus anfitriões, costumo dizer á saída “Vou embora que ainda tenho de
jantar”.
As
lideranças religiosas do Judaísmo viam Jesus como um grande profeta,
reconheciam o seu Carisma de ensinar de uma maneira renovada, mas não tinham Fé
suficiente para romperem com toda e qualquer segurança Religiosa, e aderirem
somente a Ele. Valorizavam somente as suas tradições e as Palavras de Jesus
acabavam caindo no vazio em seus corações. Não se saciavam do banquete que ele
oferecia e preferiam um “Lanche rápido” das suas tradições Mosaicas.
Não
conseguiam entender que nos Patriarcas e nos Santos Profetas, entre eles
Moisés, que tanto veneravam, Deus tinha só mandado um recado, e que agora em
Jesus de Nazaré, o Verbo Encarnado, o próprio Deus lhes falava, sem
intermediários.
O mais
incrível é que Jesus lhes falava ás claras. Não inventou outro deus
desconhecido deles, não revogou a Lei antiga, manteve-se fiel a Religião de
Israel submetendo-se á Lei, como diz o apóstolo, em suma, era um deles mas que
tinha em si a Plenitude que Deus Pai havia prometido na Aliança Antiga a todo
Povo de Israel.
Não
havia outra Verdade a ser anunciada, Jesus é a própria Verdade anunciada pelos
Homens Santos que o precederam porém, um Deus assim tão humano, que desceu do céu, era demais para os
Guardiães da Tradição e da Lei, que acreditavam em um Deus muito bondoso e
poderoso, onipotente e onipresente, três
vezes Santo, mas tão Santo que jamais iria se misturar ao Ser Humano.
O Pai
o enviara com a missão de ganhar a toda humanidade, o Pai o enviara para que
diante dos homens Jesus fosse o modelo de homem Novo, fiel e submisso á Vontade
Divina. Em um primeiro momento nem precisaria imitá-lo, bastava apenas ter Fé
em quem Ele era, manifestando a Fé, Jesus Cristo lhes comunicaria a sua Graça
Santificante e Operante. E o mais inédito e espetacular, o Verbo Encarnado
acabaria coma idéia do Xeol, de uma Mansão dos Mortos onde a Vida humana
terminava melancolicamente sem nenhuma perspectiva.
Todo
aquele que vê o Filho e nele crê tem a Vida eterna e eu o ressuscitarei no
último dia. Eis uma promessa que nenhum ser humano jamais havia feito. Somente
o Deus da Vida poderia fazê-lo. Notem o
verbo ter no presente “Tem” e não “Terá”. Essa Vida Nova com a qual Israel
tanto sonhou em sua história de alegrias e tragédias, Jesus a oferecia naquele
momento. Mas a falta de uma Fé mais madura e menos infantil, os impedia de
enxergarem e compreenderem tudo aquilo. Essa Realidade já está presente em nossa
mente e alma, ou ainda como Marta, a irmã de Lázaro, achamos que somente no
último dia é que tomaremos posse dela?
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