Dia 02 de Maio de 2014
Evangelho de Jo 6,1-15
A fome de tantos irmãos é uma ferida que sangra constantemente no coração de Jesus! Está em nossas mãos, a cura desta ferida, cura, que pode partir de pequenos gestos concretos de amor!
Quem de nós, não tem “5 pães e dois peixes”? Tomemos para nós, o exemplo daquele menino citado no evangelho, o menino que partilhou tudo o que tinha para o seu sustento e ficou saciado!
É difícil acreditar, mas é a mais dura realidade: num mundo de tanta fartura, ainda hoje morrem milhares de pessoas vítimas do nosso abandono. São muitos os irmãos, que continuam morrendo de fome, ou por doenças causadas pela desnutrição, conseqüência do nosso egoísmo, da nossa não partilha.
A todo instante, pessoas necessitadas de ajuda, desfilam diante dos nossos olhos, são irmãos nossos, pessoas desprovidas do mínimo necessário para a sua sobrevivência. E quantas vezes, nós, que dizemos seguidores de Jesus, tampamos os nossos ouvidos para não ouvir os seus clamores, preferindo ignorá-los, para nos isentar de quaisquer responsabilidade sobre eles. E assim, vamos buscando mil desculpas para justiçar a nossa impassibilidade, diante dos que sofrem.
Precisamos aprender a olhar o irmão com o olhar de Jesus, um olhar que não apenas constata a sua necessidade, como também, ajuda-o a encontrar o caminho que o levará a sair de suas dificuldades.
Um verdadeiro seguidor de Jesus, não pode fechar os olhos diante as necessidades do irmão e muito menos transferir para outros, a nossa responsabilidade para com ele.
Precisamos conscientizar, de que somos co-responsáveis pela vida do outro, por tanto, não podemos permanecer indiferentes aos seus problemas, problemas que se chegaram até a nós, é porque são nossos também.
Muitas vezes, o que o nosso irmão busca em nós, não é muito, é algo que está ao nosso alcance, às vezes, uma palavra de incentivo, de animo, disponibilidade para ouvi-lo, ou até mesmo um simples sorriso nosso!
Se somos de fato, seguidores de Jesus, temos que colocar em prática os seus ensinamentos, e, assim como Ele, estarmos sempre atentos as necessidades do outro, prontos para ajudá-lo no que for preciso.
De nada adianta, erguermos as nossas mãos, para louvar a Deus, se não estamos dispostos a abaixá-las para erguer o nosso irmão!
O evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, mostra-nos mais uma vez, a sensibilidade de Jesus, diante a necessidade humana!
O texto narra o episódio que marcou o milagre da multiplicação dos pães: o milagre da partilha! O ponto fundamental deste acontecimento é o amor, o amor que leva a partilha.
Evidentemente, Jesus poderia realizar sozinho a multiplicação dos pães, sem a participação dos discípulos. Mas Ele quis envolver todos, despertar neles a importância da partilha. Jesus usou-se até mesmo um menino, um anônimo, cujo o nome nem é citado no evangelho, para nos mostrar a grandiosidade que pode vir dos pequenos.
Hoje, somos nós os encarregados de saciar a fome de tantos irmãos, fome de pão e fome de amor, na certeza de que: colocando em suas mãos o pouco que temos, Jesus transforma em muito!
Onde existe amor, existe partilha, onde existe partilha, Deus entra, e o milagre da multiplicação acontece!
É nosso compromisso cristão, despertar no outro a necessidade de Deus, mas antes, é preciso saciar a sua fome, criar no seu coração a necessidade de Deus. Assim fez Jesus: a partir da necessidade do pão material, Ele despertou naquela multidão, a necessidade de Deus, ou seja, a necessidade do pão da vida!
Quem partilha com o outro o pão material, está despertando nele a necessidade de Deus, com seu gesto concreto de amor!
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia
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