Vigília Pascal é a grande festa dos
cristãos e possui a liturgia a mais solene da Igreja, a mãe de todas as
vigílias e liturgias. A celebração mais bonita e marcada pela emoção e pelo
louvor. No Exultet cantamos: Pois eis agora a Páscoa, nossa festa, em que o
real Cordeiro se imolou: marcando nossas portas, nossas almas, com seu divino
sangue nos salvou.
Nesta celebração, somos acolhidos com
palavras muito afetuosas: Nesta noite santa, em que nosso Senhor Jesus Cristo
passou da morte para a vida, a Igreja convida os seus filhos dispersos por toda
a terra a se reunirem em vigília e oração. Se comemorarmos a Páscoa do Senhor
ouvindo sua palavra e celebrando seus mistérios, podemos ter a firme esperança
de participar do seu triunfo sobre a morte e de sua vida em Deus.
Nesta noite, a comunidade se reúne para
celebrar a ressurreição do Senhor – acontecimento histórico que a constitui e
identifica. Celebra Cristo, o novo Adão, a nova criação do mundo. Cristo
é o Moisés que liberta o povo de todas as escravidões. Em Cristo o povo livre e
peregrino, fundamentado na nova Aliança com Deus, vive a plenitude da promessa
e faz a experiência da fraternidade e da partilha.
Nosso Senhor Jesus Cristo ressuscitou
de entre os mortos no terceiro dia: nenhum cristão duvida disso. Os santos
evangelhos atestam que o acontecimento se produziu nesta noite.
Não é da luz para as trevas mas das
trevas para a luz que nos esforçamos por subir. O apóstolo Paulo apela-nos a
isso: “A noite está bem avançada; o dia chegou. Deixemos as obras das trevas e
revistamo-nos das armas da luz” (Ro 13,12)… Vigiemos pois nesta noite em que o
Senhor ressuscitou e começou, na sua própria carne, a vida de que há pouco vos
falava, a vida que não conhece nem a morte nem o sono. E esta carne que surgiu
do túmulo não morrerá e não tornará mais a cair sob a lei da morte.
As mulheres que O amavam vieram de
madrugada visitar o túmulo; em vez de encontrar o seu corpo, ouviram anjos
anunciar-lhes a ressurreição. É evidente que Ele ressuscitou na noite que
precedeu esta madrugada. Assim, Aquele cuja ressurreição celebramos nas nossas
longas vigílias, Esse mesmo nos permitirá que reinemos com Ele numa vida sem
fim. E mesmo que, na hora em que velamos, o seu corpo esteja ainda no túmulo e
não tenha ainda ressuscitado, a nossa vigília mantém todo o seu sentido: porque
Ele dormiu para que nós vigiemos, Ele que morreu para que nós vivamos.
Nesta celebração da Vigília pascal,
acolhamos a palavra da ressurreição e deixemo-nos abençoar por esta palavra.
Passando pelas águas batismais, mergulhemos na imensidão da compaixão do Pai
que nos recria para um novo jeito de viver.
A Todos uma Santa vigília e que Cristo
ressuscite realmente em vós.
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