DIA 26 - SÁBADO - Evangelho - Mc 16,9-15
Ide pelo mundo inteiro e anunciai o
Evangelho.
Este Evangelho narra três aparições de
Jesus após a Ressurreição. Apareceu primeiro a Maria Madalena, que foi logo
anunciar aos discípulos, mas estes não acreditaram nela. Apareceu aos
discípulos de Emaús, que em seguida contaram aos demais discípulos, mas estes
não deram crédito. Por fim, apareceu aos onze durante uma refeição e os
repreendeu pela falta de fé.
E Jesus lhes dá a grande ordem: “Ide
pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura”.
Podemos pensar: Se o Espírito Santo não
tivesse vindo em Pentecostes, teria sido muito difícil o projeto de Jesus ir
para frente.
Nós precisamos apegar-nos firmemente com
Deus pela oração, a fim de cumprirmos esta ordem de Jesus, que hoje continua
soando em nossos ouvidos. Soa até com um ar de pedido de perdão, pois vinte e
um séculos se passaram, e a Igreja de Jesus, una, santa, católica e apostólica,
abrange no máximo trinta por cento da humanidade.
Um dos motivos é que cada um de nós
deixa para os outros esse trabalho evangelizador. Os leigos deixam para os
padres e as religiosas. Os padres e as religiosas deixam para os bispos, estes
deixam para o Papa. Pronto, todo mundo lava as mãos como Pilatos, enquanto a
cizânia vai tomando conta da lavoura de Deus. Sendo que o trabalho de anunciar
o Evangelho é de todos nós, e Deus cria as oportunidades para isso.
A Comunidade cristã é uma semente
lançada por Deus no meio do bairro. Ela é luz, sal, e fermento que deve
transformar toda a massa.
“Eu vim trazer fogo à terra. E como
gostaria que ele já estivesse aceso!” (Lc 12,49). É o fogo do amor que perdoa e
que constrói a vida. Este amor que cada um de nós recebeu no batismo não pode
ficar restrito ao nosso coração, mas devemos levá-lo aos outros. Jesus quer ver
o mundo todo ardendo nesse fogo.
A missão evangelizadora é acompanhada da
cruz, mas Jesus está junto e nos protegerá em tudo. Foi o que aconteceu com S.
Paulo: “Cinco vezes, recebi dos judeus quarenta chicotadas menos uma; três
vezes, fui batido com varas; uma vez, apedrejado; três vezes naufraguei; passei
uma noite e um dia em alto mar; fiz inúmeras viagens, com perigos de rios,
perigos de ladrões, perigos da parte de meus compatriotas, perigos da parte dos
pagãos, perigos na cidade, perigos em regiões desertas, perigos no mar, perigos
por parte de falsos irmãos... fome e sede... frio e nudez... sem falar de
outras coisas. Em Damasco, o governador mandou por guardas em toda a cidade,
para me prender. Mas, por uma janela, me desceram num cesto, muralha abaixo. E,
assim, escapei das mãos deles” (2Cor 11,24-33).
Havia, certa vez, um avô que era muito
alegra e brincalhão com seus netos. A visita dele era a maior alegria das
crianças. Afinal, todas as crianças adoram a visita do avô ou da avó.
Este avô sempre levava balas no bolso.
Mas as crianças já sabiam: antes da dar a bala, ele fazia uma pergunta do
catecismo. A criança que sabia ganhava além da bala um abraço. Nenhuma criança
ficava sem bala, mas as que não sabiam só ganhavam depois dos outros.
Foi a maneira que este senhor inventou
para evangelizar os seus netos. Deus é criativo e sempre nos inspira um jeito
adequado a cada situação.
Maria Santíssima é a Rainha dos
missionários, por ter trazido para nós o grande Missionário do Pai, Jesus
Cristo. Que ela nos ajude a cumprir bem a ordem de Jesus.
Ide pelo mundo inteiro e anunciai o
Evangelho.
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