DIA 22 - TERÇA - Evangelho - Jo
20,11-18
RABÛNI! Meu querido e grande mestre!
Ραββουνει! Esta é a palavra grega usada
por João para nos mostrar a emoção de Maria Madalena, ao reconhecer o Mestre
Ressuscitado. Rabûni ou Rabôni é uma palavra aramaica, língua falada por Maria
Madalena e por Jesus, que carrega grande significado naquele momento. Meu
Mestre ou Meu Grande Mestre é a expressão contida nessa única palavrinha
aramaica, transliterada para o grego, com a intenção de expressar o quanto o
Cristo Glorificado causou admiração a uma simples mulher da época.
É certo que, como refletimos a respeito
da mulher que lava os pés de Jesus com suas lágrimas, o sexo feminino era
sistematicamente desprezado e oprimido naquela sociedade patriarcal da qual
Jesus fazia parte. Mas vemos a reviravolta que o jovem de Nazaré produz nos
valores de uma sociedade exclusivista e machista. Jesus quer se mostrar
primeiro a um ser indigno de confiança, cheio de tentações e pecados, pronto
para pôr o forte e coerente homem em xeque, ou seja, a mulher era visto como
alguém feito para a perdição do sexo masculino.
Jesus quer, como sempre fez nas suas
pregações, resgatar os humilhados e os marginalizados da sociedade, e, até no
momento de sua gloriosa Ressurreição, fica do lado dos mais fracos. A mulher é
a primeira a ser agraciada com a experiência de vida e abundância – a primeira
a presenciar a vitória da vida sobre a morte. Jesus deseja que seus discípulos
tenham fé, por isso mesmo leva os acontecimentos das formas mais duvidosas
possíveis. Os primeiros que deviam aprender a reconstruir um mundo arrebentado
pelos preconceitos e humilhações eram os discípulos; esse é o motivo pelo qual
Jesus desafia a forma de crer de seus seguidores, apresentando a mulher como
fonte primeira de testemunho para a Ressurreição.
Um dos fatos interessantes desta
narrativa é o desconhecimento de Maria Madalena com relação ao Cristo
Ressuscitado. Jesus estaria muito diferente em seu corpo ressuscitado, pois
fica irreconhecível em várias citações dos evangelhos (Jo 21, 4; Lc 24, 16). É
somente a partir dos gestos inconfundíveis do Mestre que os olhos dos
discípulos se abrem: no partir do pão; na maneira de chamar a sua discípula
(Maria) e na maneira de estar presente com os discípulos!
Que Jesus Ressuscitado esteja presente
nos momentos mais essenciais de nossas vidas, fazendo com que nós jamais deixemos
de aclamar Rabûni! Pois esse Deus-Amor, vencedor das estruturas de morte, quer
que nós ajamos para a construção de uma nova forma de vida: onde exista
ressurreição daqueles que há muito estão mortos pela ferocidade de um mundo
selvagem.
RABÛNI! Meu querido e grande mestre!
O mais instigante qui eu acho é qui o povo quando fala de "Rabûni* só fala de qua do Maria Madalena no evangelho de João mais ninguém lenbra qui no evangelho de Marcos quando ele narra a história do cego Bartimeu de jerico ele diz qui Bartimeu tanbem se refere JESUS por Rabûni .
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