DIA 09- QUARTA - Evangelho- Jo
8,31-42
Se o Filho do Homem vos libertar, sereis
verdadeiramente livres.
Neste Evangelho, Jesus, através da
comparação com o escravo, mostra-nos que a liberdade que ele oferece é a única
verdadeira e definitiva. No mundo, as coisas são passageiras, como o escravo
naquele tempo que ficava passando de família em família. Jesus não é escravo,
mas filho. As obras dele permanecem, como o filho permanece sempre na sua
família. Além disso, a liberdade oferecida por Jesus é fruto da verdade, e esta
não muda. Mas só conhece a verdade quem permanece na palavra de Jesus: “Se
permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos e
conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
A verdade liberta e a mentira escraviza,
da mesma maneira que o pecado. Temos de optar entre a verdade e a mentira. O
próprio Cristo é a verdade. A mentira é a raiz de muitos pecados, assim como a
verdade é a raiz de muitas virtudes.
Jesus declara que a mera descendência
natural de Abraão não é garantia de que a pessoa está com Deus. É Cristo que
nos estabelece na autêntica linhagem de Abraão, pela fé. Entretanto, para
sermos discípulos de Cristo, temos de por em prática a sua palavra.
Abraão é o pai da fé, uma fé não só de
cabeça, mas que o levou a jogar a sua vida na direção das promessas de Deus,
apesar de não conhecer a fundo essas promessas. Os verdadeiros filhos de Abraão
são os que o imitam, jogando-se agora no seguimento de Cristo.
O mundo hoje tenta fazer a cabeça de
todo mundo, como um rolo compressor. Essa massificação começa com as crianças,
aprofunda-se nos jovens e nestes a massificação já começa a produzir frutos:
drogas, sexo livre, gangues... A manipulação atinge também o setor religioso;
quem não está firme na Palavra de Deus, não persevera na verdadeira Igreja de
Cristo.
É urgente sermos “discípulos e
missionários de Jesus Cristo, para que nossos povos tenham vida nele”
(Documento de Aparecida).
Os mártires testemunhos que o seguimento
de Jesus leva à verdade e está liberta a pessoa. Mesmo morrendo, eles são mais
livres do que muitos que andam pelas ruas.
Certa vez, um senhor foi ao hospital
visitar um amigo que estava internado, muito mal. O amigo estava com balão de
oxigênio.
O visitante chegou ao lado da cama e
ficou em pé, parado, conversando com ele. Mas não percebeu que havia pisado na
mangueirinha do oxigênio, e assim o doente não podia mais respirar.
Logo o doente começou a sentir-se mal e,
percebendo a causa, empurrou o visitante para trás. Foi só este se afastar,
pronto, o doente começou a respirar normal e recuperou a tranqüilidade.
Existem certos “visitantes” que se
aproximam de nós interessados no nosso dinheiro, e não hesitam em destruir a
nossa vida, por exemplo, levando-nos ao vício e a outras coisas que matam.
Campanha da fraternidade. O homem foi
criado perfeito e viveu assim até descobrir a maldade, que foi a causa da sua
deterioração, da sua exclusão da presença de Deus. O desejo desenfreado do
lucro, do poder e do prazer gera a violência e traz todo tipo de mal para a
sociedade. São fonte de insegurança.
Antigo Testamento nos mostra que fomos
criados para a comunhão com Deus e com os irmãos, na vivência concreta do amor
e somente a partir deste critério poderemos de fato ter segurança. Somente põe
a sua confiança no Senhor aquele que faz a Sua vontade.
Quanto mais perto de Deus, mais livre é
uma pessoa. Maria Santíssima era uma mulher livre. Ela não se submeteu aos
tabus da época em relação à mulher: falava em público, denunciava, fazia longas
viagens... Que ela nos ajude a permanecer e crescer na Palavra do seu Filho.
Se o Filho do Homem vos libertar, sereis
verdadeiramente livres.
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