4º DOMINGO DA QUARESMA
DIA 30 de Março de 2014
Evangelho - Jo 9,1-41
Neste quarto domingo da quaresma, já podemos alargar um pouco mais os nossos passos, passar de uma percepção ingênua, para uma visão clara da vontade de Deus.
Aprendemos muito nesta nossa caminhada de preparação para a Páscoa, mas ainda há muito que aprender, afinal temos uma missão muito importante pela frente: dar continuidade à missão de Jesus aqui na terra.
A realização plena do homem continua sendo a prioridade de Deus, Ele provou isto, investindo alto no resgate deste bem que lhe é precioso, permitindo que o seu Filho pagasse com a vida o preço da nossa liberdade. “É PARA LIBERDADE QUE CRISTO NOS LIBERTOU.”
No evangelho do domingo passado, Jesus, no encontro com uma samaritana, se apresenta como a água viva que sacia a nossa sede. Neste domingo, Ele se apresenta como a luz libertadora, ao devolver a visão a um cego de nascença!
Enquanto caminhava com seus discípulos, Jesus vê um cego de nascença e se aproxima dele. E como naquela época, a ideia religiosa dominante, induzia as pessoas acreditarem que o sofrimento, a doença, era castigo de Deus, uma conseqüência do pecado, os discípulos ficaram curiosos em saber quem havia pecado, o cego, ou os seus pais? Jesus que gostava de aproveitar todas as oportunidades para passar um ensinamento novo, corrige esse modo errôneo de pensar, que tinha como objetivo, não deixar que as pessoas enxergassem a realidade opressora em que viviam.
Pensar que Deus castiga os seus filhos com doenças é negá-Lo como Pai, um pai nunca quer para seu filho uma vida de sofrimento. Deus é puro amor, Ele não castiga ninguém, a doença, o sofrimento, faz parte da nossa natureza humana, não vem de Deus.
Ao libertar o cego das correntes que o aprisionava, Jesus nos mostra o para quê Ele veio ao mundo. Jesus não veio ao mundo com finalidade de realizar milagres, os milagres aconteciam devido a sua sensibilidade diante os sofredores. Jesus veio ao mundo para libertar os cativos e nos ensinar a fazer o mesmo, Ele veio nos ensinar com a própria vida, o caminho que devemos percorrer, se quisermos chegar ao coração do Pai, um caminho, que com certeza, passa pela cruz.
A presença de Jesus pela nossa vida é transformadora, quebra as correntes que nos aprisiona, tira-nos da escuridão das trevas, nos desenvolvendo a liberdade. Com Jesus tudo ganha um significado novo, sua presença é provocante, iluminadora, assim como foi para o cego de nascença!
Dor, sofrimento, não devem nos impedir de aproximar da luz ! Nada justifica viver na escuridão, se temos um interruptor bem ao nosso alcance, só nos basta um pequeno movimento para que a Luz de Cristo incendeia em nós.
O episódio que marcou a cura de um cego de nascença, vem nos acordar para um realidade bem próxima de nós: os muitos irmãos que vivem nas trevas! Uns, por que ainda não conheceram a Luz, outros, porque rejeitam a Luz, preferem as trevas, para que as suas ações não sejam vistas.
O cego de nascença, representa todos aqueles que vivem na escuridão, que são os prisioneiros de tantas cadeias que os impede de chegarem à plenitude da vida.
E nós, como estamos vivendo? Estamos à caminho da "piscina" de “Siloé” com o propósito de retirar a "lama" dos nossos olhos, que nos impede de enxergar a verdade que liberta? Ou preferimos continuar na ingenuidade, tateando por aí, com os nossos olhos vendados, correndo o risco de cairmos em "piscinas" vazias?
Qual é o Jesus que queremos enxergar? Um Jesus bonzinho, quietinho lá no céu, sem nos “incomodar”? Se assim for, perdemos a oportunidade de fazer a experiência do Jesus verdadeiro, o Jesus que “incomoda”, que nos desinstala , que quer nos ver á caminho, carregando a nosso cruz, estendendo a mão para os “cegos” das beiras de caminho!
Jesus nos convida a um processo de renovação, a deixarmos tudo que nos escraviza, que nos impede de aproximar da luz!
Não podemos viver na incerteza, como aquele povo que questionou a cura do cego, que alegou ser uma infração contra à lei, por ter sido realizada num dia de sábado, como se para fazer o bem houvesse dia e hora. Precisamos abrir os nossos olhos para discernir o que é de Deus e o que é contrario a Ele.
Que possamos neste tempo Quaresmal, nos banhar por inteiros, na piscina de "Siloé" e de lá, sairmos limpos, renovados, prontos para assumirmos a nossa missão.
Jesus, a luz libertadora, nos convida a renunciar tudo o que gera “trevas”.
FIQUE NA PAZ DE JESUS! -Olívia
que reflexão maravilhosa, bem coerente,concorda plenamente que estamos precisando abrir os nossos olhos para tirarmos a cegueira do egoismo, do orgulho, da ganancia e de tudo aquilo que nos impende de de fazermos a vontade de Deus,obrigada Olívia espero que deus continui te iluminando te instruindo e te abençoando com essa sabedoria divina.
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