07 de abril - Evangelho - Jo 8,1-11
Daniel 13,
1-9.15-17.19-30.33-62 – “as armadilhas do mundo” A história de Suzana nos motiva a fazer uma
reflexão profunda sobre os nossos pensamentos, julgamentos e ações no mundo em
que vivemos. Suzana era inocente e assim, Deus, que conhece as coisas
escondidas e sabe tudo de antemão veio em seu auxílio e enviou Daniel, um jovem
que tinha a “honra da velhice” , por isso, fez um julgamento fiel ao que Deus
lhe inspirava. O contrário dos dois juízes, pessoas conceituadas, maduras, respeitadas
no meio do povo, porém, levados pela “paixão” da carne, “ficaram desnorteados
desviando os olhos para não olharem para o céu, e se esqueceram dos seus justos
julgamentos.” Assim sendo, teceram toda a trama que envolveu Suzana, uma pessoa
temente a Deus. Partindo do pensamento, eles chegaram à ação, mas foram punidos
pelo próprio julgamento, quando os dois ponderaram sobre qual árvores estavam
postados na hora do delito. As suas próprias palavras desvendaram toda a
verdade libertando a vida de uma filha de Deus. Qualquer um de nós, se
desviarmos os olhos do céu, poderemos também tramar contra a vida das pessoas
quando queremos ver atendidos os nossos interesses. Por outro lado, a mulher de
Judá nos dá um exemplo de confiança na providência de Deus e não se entregando
nem tampouco se deixando corromper pelo temor de ser execrada publicamente.
Firmemente, ela expôs a Deus a sua angústia e a sua prece foi atendida. Assim
também nós, não precisamos cair nas armadilhas do mundo que muitas vezes vem
nos aliciar, nos perverter. Deus é maior que tudo e espera que nós também lhe
peçamos o auxilio necessário para não cairmos na tentação. – O que você teria
feito no lugar de Suzana? – Você alguma vez na vida deixou-se subornar com medo
da execração pública? – Você aprendeu alguma coisa com a história de Suzana e
os dois juízes?
Salmo 22
– “Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais
comigo.” A confiança na providência e na proteção do Senhor deverá ser
a bandeira que nós empunhamos em todos os momentos da nossa vida. Passamos
diariamente por vales tenebrosos, por situações difíceis que às vezes, nos
fazem desanimar e arrefecer o ânimo. Porém, a lembrança de que temos um Pastor
que olha por nós, Suas ovelhas, e que provisiona para nós, água, óleo, casa,
descanso, fartura, saúde, fortuna e felicidade nos faz seguir com esperança
atravessando montes e colinas para chegar no nosso destino final. O Senhor é o
meu pastor e nada me faltará! Esse deve ser o nosso lema.
Evangelho João 8, 1-11 – “conversão pela
misericórdia” Aquela mulher surpreendida em adultério foi colocada no meio
do povo que a condenava a ser apedrejada, para que se cumprisse a Lei. No
entanto, enquanto todos queriam apedrejá-la, Jesus, o único Santo, O Justo, a
perdoava para que se cumprisse a Lei da Misericórdia de Deus. Todos já sabiam
que ela teria que ser apedrejada, segundo a lei de Moisés. Estava escrito e não
poderia ser diferente, mas Jesus nem precisou argumentar muito nem debater com
os acusadores. Somente com o gesto de escrever na areia e de falar aos
circunstantes: “quem dentre vós não tiver pecado seja o primeiro a atirar-lhe
uma pedra”. Assim, Ele conseguiu com que o povo se afastasse a começar pelos
mais vividos, mais experientes. Esta é a prova de que só o Senhor conhece o
nosso coração, os nossos motivos, as nossas razões. “Eu também não te condeno.
Podes ir, e de agora em diante não peques mais!” Nós nunca podemos condenar
alguém, porque pecou nem tampouco atirar pedra em alguém quando ele erra. Jesus
não eximiu a mulher do pecado, mas não a condenou, usou de misericórdia. Nós
que queremos seguir a Jesus precisamos aprender a compreender as fraquezas do
nosso próximo e, ao mesmo tempo, ajudá-lo a reencontrar o caminho novo que o
Senhor abre para ele. A conversão daquela mulher partiu da misericórdia que
Jesus usou para com ela. Se ela tivesse sido apedrejada, com certeza, não teria
se convertido, talvez, pudesse ter se emendado, com medo de infringir a lei, no
entanto a revolta e a dor permaneceriam dentro do seu coração. No entanto, nós
sabemos que aquela mulher teve a sua vida completamente transformada por causa
do amor com que ela foi acolhida por Jesus. E como é que Jesus faz conosco,
hoje? – Será que somos adúlteros (as)? Pensamos que somente adultera o homem ou
a mulher que trai um ao outro, porém existe o adultério espiritual, quando
negamos a Jesus Seu Senhorio e prevaricamos em busca de outros deuses que tentam
preencher o nosso vazio espiritual. Olhamos para os “adúlteros” e as
“adúlteras” públicos e nos sentimos superiores a eles (as) porque não fizemos o
mesmo. Porém, Jesus falou para todos de uma maneira bem clara: “quem não tiver
pecado”, isto é, quem não for pecador atire a primeira pedra. O pecado é uma
traição a Deus, seja ele qual for. Somos sim homens e mulheres adúlteros e
necessitados de misericórdia. Precisamos ter consciência disso. Quando Jesus
escreveu na areia Ele estava pensando também em nós! - Você tem aprendido com
Jesus a ser misericordioso (a)? – Você costuma também condenar e jogar pedras
nas pessoas porque erram? – Com quem você tem traído a confiança de Deus? –
Qual o seu menor pecado? – Será que o pecado tem tamanho? Helena Colares Serpa, Fundadora
da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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