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terça-feira, 25 de março de 2014

Pega a tua cama e anda - Helena Serpa

1º de abril - Evangelho - Jo 5,1-16
Ezequiel 47, 1-9.12 – “o rio do Espírito Santo ”

Diante da visão do profeta Ezequiel, podemos hoje deduzir que o rio de água viva é o rio do Espírito Santo que nos banha com suas bênçãos. Aonde o rio chegar, vida e saúde em abundância nos serão concedido e, na medida em que mergulharmos nele grandes coisas poderão acontecer na nossa vida. Quando aceitamos viver a vida nova no Espírito, chega um momento em que já não podemos ficar somente submergindo, mas, teremos que nadar, isto é, sairmos de nós mesmos e nos abandonarmos literalmente às Suas sugestões. Quando estamos repletos do Espírito, somos como uma árvore plantada à margem das águas, que sempre dá bons frutos. Os frutos que produzimos são as nossas ações, reações e sentimentos que nos levam a agir em conformidade com a vontade de Deus numa vida de conversão levando saúde e paz por onde passamos.  As nossas atitudes concretas de amor são frutos que jamais se acabarão e sempre servirão de alimento e as nossas folhas serão remédio para todos os que necessitarem. Do lado direito do peito de Jesus Crucificado brotou a água do Seu Espírito Santo. Por isso, podemos também refletir que as águas jorradas do lado direito do templo, se referem à água e ao sangue que surgiram do lado direito de Jesus, na Cruz, na hora da Sua Morte, quando Ele entregou ao Pai o Seu Espírito, para que fosse derramado sobre a humanidade. São as águas do nosso Batismo e o sangue de Jesus que nos redimiu nos purificando os pecados e que nós recebemos na Eucaristia. – Você já se sente envolvido (a) pelas águas do Espírito Santo que Jesus derramou na Cruz?   – Os seus frutos já servem de alimento e suas folhas, de remédio para alguém? – As suas ações são atitudes de quem está perto das águas ou plantada no deserto seco? – Você já é consciente que o sangue de Jesus o (a) lavou?                                                                                                                               

Salmo 45 – “Conosco está o Senhor do universo! O nosso refúgio é o Deus de Jacó!”

Nós somos a morada do Altíssimo. Quem poderá nos abalar? O Senhor está no meio de nós, por isso pode a terra estremecer e os montes desabarem nos mares, conosco está o Senhor do universo. Ele é o nosso refúgio e vigor, portanto, contemplemos os Seus prodígios e a obra que Ele faz em cada um de nós.

Evangelho – João 5, 1-16 – “Pega a tua cama e anda”

Na maior parte do tempo nós também vivemos “deitados (as)” nos nossos problemas e dificuldades, acomodados (as) e imóveis, somente vendo as coisas “boas” acontecerem com as outras pessoas. Precisamos perceber a hora em que Jesus também se aproxima de nós como fez com o paralítico, e nos ordena:“Levanta-te, pega na tua cama e anda!” Esta, é a hora da graça, não podemos desperdiça-la! Devemos ter consciência de que é o próprio Jesus quem se achega a nós nos momentos de oração e adoração e nos leva até à piscina do Espírito Santo para nos lavar, nos purificar e incentivar a dar o passo decisivo. Aquele homem do Evangelho de hoje, esperava por ajuda há trinta e oito anos e continuava na mesma. Jesus veio sacudi-lo e questionar a sua inércia. A cama, é algo que prende, paralisa, acomoda e nos impede de sair em busca de tudo quanto Deus já preparou para o nosso bem.  A cama aqui tem um sentido de apatia e inércia, atitudes que nos levam a esperar pelos outros, mesmo que o imprescindível para nós esteja bem perto de nós, ao nosso alcance.      A água do Espírito Santo, às vezes, está bem pertinho de nós, no entanto, não saímos de nós mesmos (as) nem mesmo para pedir a ajuda de alguém que nos possa levar até lá e ficamos esperando que venham ao nosso encontro. Na nossa concepção humana e imperfeita há sempre “um culpado” pela nossa “desventura”! Por que não saímos do lugar? O pecado é o que nos paralisa e nos deixa presos a nós mesmos (as), portanto, como fez com o homem na piscina de Betesda, Jesus também nos recomenda: “Não voltes a pecar, para que não te aconteça coisa pior”.  Precisamos, pois, dar o passo para pedir e acolher o perdão de Deus com verdadeiro arrependimento e bons propósitos.   – Há quanto tempo você está parado (a) perto da piscina da graça do Espírito Santo? – Por quem você está esperando para aproximar-se do banquete que Jesus quer oferecer-lhe? – Por que você não se levanta pega a sua cama (sua vida) e segue a Jesus? – Você se sente como um  cego, um coxo ou um paralítico?


Helena Serpa.

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