16 de março - Evangelho - Mt 17,1-9
Estas
palavras são fundamentais não só para Filipe, quanto para nós. Pois nelas vemos
a clara epifania ou seja manifestação da humanidade do rosto do Pai na pessoa
do Filho: Jesus.
Ve-lo à Ele é ver o próprio Deus. Esta
verdade é tão verdadeira que foi o próprio Filho de Deus quem no-la deu a
conhecer: Há tanto tempo que estou
convosco, e ainda não me conehces Filipe? São sabes que quem me vê, vê o Pai?
Filipe como muitos dos nossos irmãos
hoje, ainda não tinha compreendido a verdade segundo a qual, o Filho estava em
perfeita sintonia com o Pai. Numa entrelação total. Era necessário que se
desvendasse, derrubasse a parece que lhe impedir de reconhecer Deus Pai no
Filho testemunhado pela pomba, no ato monte da transfiguração. «Este
é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado. Escutai-o.» Mt 17, 1-9 .
Ao sermos convidados a escutar a
palavra de Jesus neste texto, o Pai se dá a conhecer, assim como quer revelar
no seu Filho a sua vontade. Portanto, não nos bastará ouvir, escutar. Será
necessário fazer uma mudança radical. Uma experiência viva das obras do amor de
Jesus, que são as obras do Pai. Pois, o Pai, que está em mim, é quem
faz o seu trabalho. Creiam no que lhes digo: eu estou no Pai e o Pai está em
mim.
Ao
acreditarmos em Jesus, somos movidos a assumir as suas obras em vista da
promoção da vida plena para todos. Procuremos ver o rosto de Deus nos rostos
das pessoas por Ele amadas: Talvez me perguntes como aquele jovem do evangelho
de Lc 10:25-35, ‘mas quem é o meu próximo’? A resposta é simples. São os
pecadores, os pobres, os simples, os humildes, os marginalizados, os
andarilhos, os doentes, os encarcerados, as prostitutas, os alcoólatras e
tantas outras. Alás « quanto pior for a pessoa com quem convives melhor será
para ti»!
Por
quê? Assim com fé, confiança e esperança na conversão desta pessoa te convertes
num verdadeiro orante e melhor exercitarás a caridade, a paciência, a
misericórdia, o perdão, o amor de Deus que se Deus no Filho para o perdão dos
nossos pecados e salvação das nossas almas. Esta é a glória do Pai, que é a
glória de Jesus, à qual os discípulos são chamados a participar.
Como
discípulos eu e tu somos interpelados. Peças ao Senhor que nos dê esta graça de
sermos um em Jesus seu Filho, para que o mundo reconheça em nós Jesus Cristo, o
enviado do Pai ao mundo cuja missão é a libertação da opressão e a construção
do mundo novo de fraternidade e justiça.
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