DIA 13 - DOMINGO DE RAMOS - (Procissão - Mt.21,1-11) - Evangelho-Mt 27,11-54
Frei Aloísio Antônio de Oliveira OFV
Conv
Estamos, hoje, celebrando o Domingo que
abre as portas da Semana Santa: é o Domingo de Ramos. Jesus é aclamado Rei. Há
palmas, vivas e aclamações para recebê‑lo: a
multidão carrega ramos para simbolizar a alegre homenagem que o povo lhe quer
prestar. Jesus se apresenta em Jerusalém montado num jumento porque vem trazer
a paz. Não entra montado num cavalo porque não é um Rei guerreiro. Vem
como Rei sem exército, simplesmente oferecendo a paz àquela cidade onde, poucos
dias depois, encontrará a morte por crucificação. Propõe a paz. Em troca dão‑lhe
violência. No Evangelho deste Domingo de Ramos é lido o "Evangelho da
Paixão".
A presença ameaçadora do mal, camuflada
por semblantes humanos, serpeia através dos fatos; como a traição insensata de
Judas, a fraqueza dos discípulos, a implacável hostilidade dos chefes, o
consentimento da multidão, a curiosidade escarnecedora de Herodes, a indecisão
e o ato de injustiça final de Pilatos e os escárnios sem fim infligidos a um
homem que morre. Ele prenuncia aos seus discípulos que, na Paixão, que já está
próxima ele enfrentará a luta entre a vida e a morte, entre o bem e o mal.
Ele, Jesus, será entregue às mãos dos
pecadores e eles mesmos ficarão decepcionados por causa dele. Mesmo mostrando
Jesus como alguém senhor do próprio destino a narração evangélica não subestima
o papel agressivo e desconcertante que o mal e o sofrimento exercem sobre a
experiência humana. Ao mesmo tempo, toda a perspectiva da narrativa da Paixão
não deixa dúvidas sobre a derrota do mal: este parece descarregar toda a sua
fúria contra Jesus, o Filho de Deus.
Pelo poder do amor de Deus, o poder da
morte é destruído, para todo homem e todo tempo. 0 triunfo da graça sobre a mor ‑e vê‑se na
ambivalência daqueles que são instrumentalizados pelo poder do mal. 0 oficial
romano e seus soldados que guardavam Jesus, chegam a reconhecer que Ele era
mesmo Filho de Deus".
José de Arimatéia um membro do conselho
que condenou Jesus, toma coragem de pedir o seu corpo crucificado, e Jerusalém,
a cidade assassina de profetas ‑ onde o Filho de Deus é rejeitado e crucificado, tornar‑se a Cidade
Santa, o lugar da epifania da ressurreição.
Desenvolvendo até o fim o drama da vida
e da morte, a Paixão de Jesus proclama o sentido pleno do Evangelho. Em Jesus,
o Filho de Deus, Filho de Adão, é representada toda a esperança da humanidade.
A injustiça, a sofrimento e a morte são
realidades dolorosas, e a história da Paixão o reconhece, mas elas não têm a
última palavra sobre o destino do homem. Isto é claramente demonstrado no drama
da Paixão em que Deus atua à revelia das forças do mal.
Sigamos a Cristo, vivendo intensamente
esta Semana Santa.
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