Vai, teu filho está vivo.
Este Evangelho narra a cura, feita por Jesus, do filho do funcionário do
rei, que era um homem pagão. Jesus fez o milagre à distância, pois Jesus estava
em Caná e o menino em Cafarnaum. A Palavra de Deus, quando é acolhida com fé,
tem uma força enorme, e age mesmo à distância.
Jesus mostra que as fronteiras do Reino de Deus vão muito além da
pertença a um grupo. A verdadeira fronteira é a fé na sua Palavra libertadora.
Se não houver fé, não haverá possibilidade de entrar no Reino de Deus.
A cena vem logo após o encontro de Jesus com a samaritana. Os judeus
recusam a Jesus, os samaritanos o acolhem, e agora é um pagão que acredita.
Fica, assim, rompida toda relação de dependência entre salvação e lei. A
redenção é dom de Deus, para todos aqueles que se abrem e respondem a esse dom.
“Se não virdes sinais e prodígios, não acreditareis.” A própria Palavra
de Deus, e o seu exemplo, já deviam por si levar o povo à fé nele. A nossa fé
em Deus não devia depender de sinais e prodígios realizados por Deus, pois está
tudo tão claro na natureza, nos acontecimentos e na revelação. As pessoas que
se amam não exigem provas do amor do outro, porque conhecem o coração do outro.
Que nesta quaresma a nossa fé em Deus cresça!
Até aqui, segundo o Evangelho de S. João, Jesus mostra para quem ele
veio: não só para os judeus, mas para todos igualmente. Daqui para frente, ele
vai mostrar o que veio fazer e quem ele é. A fé é um dom de Deus, oferecido a
todos e todas. Quem acolhe esse dom, cresce na fé, cujo estágio mais
desenvolvido é ser membro ativo da Igreja, una, santa, católica e apostólica. A
nossa fé cresce na medida em que praticamos aquilo que cremos. Se a pessoa
acredita só “com a cabeça”, a sua fé vai diminuindo cada vez mais.
Fé é sinônimo de coragem. Quem tem fé, não tem medo, e já começa a dar o
primeiro passo na direção daquilo em que acredita, mesmo antes da manifestação
de Deus. “Faça a sua parte que da minha ajudarei”.
Havia, certa vez, em uma cidade, uma senhora que era muito amiga do
padre. Entretanto, não ia à Missa. Ela tinha vários filhos e se justificava
para o padre dizendo: “Em casa, eu não tenho tempo nem para piscar os olhos. É
um querendo isso, outro querendo aquilo...”
Um dia, apareceu um circo na cidade. Sabe que aquela mulher não perdeu
uma só sessão do circo? Estava presente em todas.
Tempo é questão de preferência. Quando a gente quer uma coisa, acaba
encontrando tempo para aquilo “Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o
teu coração” (Mt 6,21).
A Missa no domingo é o nosso principal encontro com Deus, e com os
nossos irmãos e irmãs da Comunidade. Deus nos deu seis dias na semana e
reservou um para ele. Neste, pelo menos uma hora, na Missa, devemos dedicar a
ele. É questão de fé.
Campanha da fraternidade. A criminalidade tem muita relação com a posse de
bens. O fator econômico é uma das causas mais importantes da criminalidade. Uma
sociedade fundamentada em valores meramente materiais cria a necessidade de
conquistar, por todos os meios, lícitos ou não, algum tipo de enriquecimento
que garanta acesso aos vários privilégios.
Entretanto, melhor que elencar as causas da criminalidade e da
violência, é cada um de nós se perguntar: o que eu poderia fazer para que haja
mais paz?
Maria santíssima é uma mulher de fé. Ela não vacilou, mesmo ao
presenciar a morte de Filho. Que ela nos ajude a imitar a fé deste empregado do
rei.
Vai, teu filho está vivo.
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