21 de março - Evangelho Mt 21,33-43.45-46
Os judeus, a quem Jesus se dirige no átrio do templo, compreendem muito
bem a parábola que lhes conta, inspirada na alegoria da vinha (cf. Is 5, 1-7).
Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos são os vinhateiros que têm o
privilégio de cultivar a vinha predileta de Deus, o povo de Israel. Estes
vinhateiros hoje, sou eu, és tu meu irmão, minha irmã, a quem Jesus encarrega a
missão de cuidar da vinha de Deus, seu Pai.
Lembro-te que no momento da colheita, em vez de apresentarem os frutos
ao dono, que é Deus, eles quiseram apropriar-se deles e maltratam os profetas
que lhes foram enviados. E hoje não acontece a mesma coisa? Não nos apropriamos
da vida de outrem ao invés de protegê-la e fazê-la crescer em estatura e graça
segundo o projeto do Criador? Não roubamos, traímos, mentimos e cometemos mil e
uma orgias?
No Evangelho, Jesus fala-nos abertamente: o Reino nos será tirado e
entregue à outros, se não nos convertermos das nossas ambições, orgulhos e
vaidades. Se não abandonarmos a vida do pecado e não aprendermos a praticar a
justiça e o bem!
«Finalmente», Deus nos enviou o seu próprio Filho, que é Jesus que nos
está falando. É a última oportunidade que Deus nos oferece para que nos
tornemos seus colaboradores na obra da salvação. Não aconteça exatamente o que
a parábola dizia sobre os vinhateiros malvados: compreenderam que eram eles os
visados e procuravam prendê-l´O. Veja que, como os vinhateiros conduzidos
habilmente por Jesus e eles mesmos tiraram conclusões das consequências de tal
ato: o dono, que é Deus, «Dá morte eterna aos malvados e arrendará a vinha a
outros vinhateiros que lhe entregarão os frutos na altura devida». Assim eu,
assim tu. Precisamos tomar consciência que se nós não fizermos render os
talentos que recebemos de Deus teremos o mesmo destino.
Os novos vinhateiros, os pecadores, os
pagãos, os criminosos, os alcoólatras, as prostitutos, os excluídos que
acolhendo a mensagem da Quaresma que os chama a rasgar os seus corações e não
as vestes, a fazer penitência com jejum e oração por causa dos seus pecados
convertidos se tornam verdadeiramente os cultivadores da nova vinha, falando,
anunciam e pregando ferozmente Paulo Àquele que antes tinha perseguido; São
os defensores da Igreja, dando a Deus abundantes frutos, ora 100, ora 60 ora 30
por um!
Oxalá, minha irmã meu irmão não tenhas a sorte dos vinhateiros
retratados por Jesus neste evangelho. Mas sim a daqueles que assumindo a sua
vocação se tornam realmente discípulos e missionários de Jesus Cristo com uma
missão específica!
Nossa que reflexão profunda e riquíssima.....Deus abençoe.
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